quarta-feira, 2 de julho de 2008

O Palestra não tira o Morumbi da Copa

Se fosse o Juvenal Juvêncio dizendo -- como de fato disse --, era uma afirmação para se desconfiar. Mas o que indica isso é o bom senso. Se o estado de São Paulo receber a partida de abertura do Mundial de 2014, ela será no Morumbi.

Basta olhar para a capacidade dos estádios que fizeram a abertura das últimas Copas.

EUA-1994 -- Soldier Field (Chicago) -- 63 mil
França-1998 -- Stade de France (Saint-Denis) -- 80 mil
Japão-Coréia-2002 -- Seoul Stadium (Seul) -- 63 mil
Alemanha-2006 -- Allianz Arena (Munique) -- 65 mil

Em 2010, o maior estádio da África do Sul será o Soccer City, com capacidade para 95 mil torcedores. O menor será o Royal Bafokeng Stadium, em Rustenburgo, que pode abrigar 42 mil pessoas -- a mesma capacidade que o novo Pocilga Itália poderá comportar após a reforma. É certo que esse estádio sul-afriano não receberá a abertura da Copa do Mundo.

Da mesma maneira, é absolutamente impossível que a Porcaria receba a abertura da Copa. Se ela vier para São Paulo, virá mesmo para o Morumbi, que poderá receber os 63 mil torcedores típicos de uma partida de abertura de Mundial.

Não é à toa que a diretoria porca tem enfatizado que quer receber a Itália (equipe que não fará o jogo inaugural da Copa de 2014) em suas dependências -- para brigar pela abertura, eles não têm a menor chance.

O alento deles é que, dentre as dez sedes escolhidas para a Copa de 2010, duas delas ficam na mesma cidade: Johanesburgo. Quem sabe eles não beliscam um joguinho para lá, apesar de o Morumbi ficar com a abertura?

A África do Sul é um país relativamente pequeno. No caso do Brasil, com tanto lobby em tantas cidades pelos jogos da Copa, será mais difícil manter duas sedes numa mesma cidade. Mas não impossível.

Agora, suponhamos que a abertura não venha para São Paulo e vá parar no Aecião, de Minas Gerais. Caso isso aconteça, Morumbi e Pocilga entrariam na briga pela sede. Os dois estando em condições de atender à Fifa, eu apostaria no estádio do Tricolor. Quem escolheria o menor, em detrimento do maior?

Nenhum comentário: