domingo, 30 de novembro de 2008

Valeu, Marcelo Portugal Gouvêa!

O ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa, atual diretor de planejamento do São Paulo, faleceu na noite de ontem, informou o Blog do Marcello Lima. Ele já lutava pela vida há mais de um mês, na UTI, após complicações geradas por uma cirurgia de ponte de safena.

Gouvêa era muito querido pelos jogadores, que certamente sentirão a perda e farão de tudo para dedicar a conquista do Brasileirão -- hoje em disputa -- ao presidente que devolveu as glórias ao Tricolor. Gestor máximo do São Paulo entre 2002 e 2005, iniciou a nova era de ouro são-paulina, conquistando um Campeonato Paulista, uma Libertadores e um Mundial.

Valeu, presidente! Hoje, temos lugar de honra reservado para o senhor ver o jogo, bem ao lado de Telê e Chicão!

sábado, 29 de novembro de 2008

A última decisão?


SPFC x Fluminense
30.nov.2008, 17h
Brasileirão 2008
Morumbi (SP)


O São Paulo jogou, por baixo, umas dez finais seguidas, nas últimas rodadas do Brasileirão. Ganhou nove e por pouco não levou as dez, depois daquela bobeada no empate com a Porcaria no Pocilga Itália. Falta um. Um só, para fechar com chave de ouro a maior arrancada já dada por um time brasileiro num Nacional por pontos corridos.

Vai dar?

O maior inimigo do Tricolor, amanhã, não é o Fluminense. Com todo respeito à boa equipe de René Simões, vencer o Flu no Morumbi é resultado mais do que normal. O que pode atrapalhar o São Paulo é o próprio São Paulo. É o clima de "já-ganhou" que tomou conta de todos, pelo menos do lado de fora do CCT. Tem jornalista preparando caderno do Hexa (ossos do ofício!), tem empresa preparando camiseta comemorativa (ossos do ofício!), tem torcedor dando o campeonato como favas contadas (ossos do ofício!)...

Se o time tiver essa mesma atitude, uma derrota no Morumbi passa a ser o resultado mais provável. Porque o Fluminense, embora não seja aquela equipe bonita do primeiro semestre -- agora já sem Thiago Neves e Gabriel, e noutro momento psicológico --, não é time de se jogar fora. Conca é perigosíssimo. Washington, nem se fale. E o zagueiro Thiago Silva está no mesmo nível do nosso Miranda -- selecionável, fácil.

O São Paulo, fora Zé Luis, vem com time completo para o jogo: Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Joílson, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. Se Muricy conseguir administrar a cabeça da moçada -- confirmando a fama de que este elenco tem nervos de aço e coração de gelo para matar seus adversários na hora certa --, é escalação para virar pôster comemorativo.

O Morumbi vai estar lindo, como só esteve um outra vez nesta temporada -- contra o mesmo Fluminense, pelo primeiro jogo das quartas-de-final da Libertadores. Naquela ocasião, foi 1 a 0 para nós. É tudo que precisamos. Desta vez não tem segundo jogo. É só esse, e aí correr pro abraço.

E, se tudo der errado, ainda podemos esperar lá de Minas um tropeço do Grêmio. Ou, o que é mais provável, jogar nossas fichas na última partida, em Gama, contra o Goiás.

Se o campeonato terminar amanhã, será em nosso favor. Se não terminar, o time terá de voltar com os pés no chão e provar -- pela derradeira vez -- que merece ser o primeiro escrete são-paulino legitimamente tricampeão. Uma tonelada de história pesa sobre os ombros desta equipe. Mas eu tenho convicção de que eles conseguirão segurar a onda. VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SER CAMPEÃO!

Sony nega negociações... e daí?

A Sony, por meio da empresa que faz sua assessoria de imprensa no Brasil, negou ter qualquer negociação para ter sua marca estampada na camisa do São Paulo a partir de 2009. Diz que tem por objetivo patrocinar o esporte em geral, mas não uma agremiação específica, embora reconheça o alto valor do clube paulista.

E o que se esperava? Que eles confirmassem um acordo que nem está fechado?

A Imprensa São-Paulina mantém a informação inicial, de que houve negociações pra valer e de que a Reebok chegou a planejar uma camisa-teste para mostrar à empresa. Esse dado vem das entranhas da fabricante de uniformes do São Paulo e foi corroborada por um fonte alternativa, ligada à Traffic, empresa de marketing esportivo.

Claro que tudo isso não quer dizer que a Sony vá ser a patrocinadora do clube em 2009. Quer dizer apenas que houve negociações a sério para isso -- e foi o que noticiamos.

Não custa lembrar que é comum empresas negarem negociações em andamento, por duas razões: primeiro, para não "melar" o negócio; segundo, para não passar recibo de incompentente ou fraca, em caso de fracasso. Para conferir este fato da vida, basta lembrar o quanto Juvenal Juvêncio negou a vinda de Adriano ao São Paulo, declarando-o "sonho impossível", embora houvesse fortes indícios de que ele ficaria no clube no primeiro semestre.

A Philips, que também chegou a fazer proposta ao clube para o patrocínio, negou publicamente tê-lo feito. E a operadora de celulares Vivo negou também qualquer tratativa com o São Paulo relativa ao Morumbi, mesmo depois que o presidente do clube a apontou como possível parceira no projeto para 2014!

Então, nada de novo no front, pessoal. Vamos aguardar e torcer para que as reviravoltas nas negociações só façam por aumentar o valor a ser pago pela camisa do São Paulo. O presidente de marketing Tricolor, Júlio Casares, disse na quinta-feira ao jornal O Estado de S.Paulo que o time voltou forte às negociações, e continua buscando o valor de R$ 30 milhões a R$ 32 milhões pelo patrocínio.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A ansiedade de um TRI!

Não sei quanto a vocês, mas eu estou tendo dificuldades para dormir pensando nesse jogo de domingo!

Ontem coloquei pra assistir o DVD do Tetra e amanhã pretendo assistir o do Penta, mas a verdade é que não vejo a hora de chegar domingo!

Sabe quando você vira na cama à noite, pensa nas possibilidades, e chega a conclusão que ser campeão mesmo com um empate não seria tão bom quanto vencer?

Pois é, a necessidade da vitória, só mais umazinha, difícil.

O engraçado é pensar na maldição do Tri, tantas e tantas vezes o SPFC esteve por conquistar 3 campeonatos seguidos e nunca conseguiu.

Me lembro da noite fria no Morumbi, onde o Vélez acabou com esse sonho pela Libertadores. Eu era apenas um garoto de 10 anos, que após ver as múltiplas conquistas da época, estava certo de mais uma vitória. Todos saíram chorando do estádio e cantando o hino, pelo orgulho enorme de ser são paulino!

Talvez o Muricy também se lembre daquela fatídica noite, era o auxiliar técnico do Telê. Espero que o destino realmente tenha preparado um grande presente de aniversário pra ele. (Muricy faz aniversário no dia do jogo: 30/11 - São Paulo x Fluminense)

Será que o destino guardou para um jogo de Tricolores, o nosso tão sonhado TRI?

Ahhh Tri, dessa vez você não escapa. Hoje temos um time frio, que sabe ter consciência na hora da decisão e essa maldição um dia tinha que acabar.

Dessa vez fomos nós que pegamos a maldição de surpresa, nos deram por "mortos" no campeonato e fomos vencendo, vencendo e vencendo.

Agora, chegou a hora!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Repostando um épico dos cinemas!



Eu tinha que postar novamente essa imagem, pois essa super produção foi anunciada em setembro aqui na ISP, se trata de um clássico dos cinemas e também do Brasileirão!

Zico bebe gasolina e desdenha Tricolor

Zico só pode ter bebido antes da entrevista. O cara (na foto, na lembrança mais memorável que eu tenho dele) declarou que o São Paulo não é um "time de massa". Fico me perguntando o que faz com que 15,3 milhões de torcedores não sejam massa.

Disse o Galinho (ou seria Galinha?): "O São Paulo passou pelos maiores problemas dentro da competição. Muita gente esquece o que o São Paulo passou, e eles estão aí. Agora, o São Paulo é um clube diferente. E outra coisa: não é um clube de massa, como o Flamengo e o Corinthians, onde as coisas tomam um vulto muito maior. Você contorna as situações com muito mais tranqüilidade."

Zico confirma o que dissemos noutra ocasião, dois dias atrás (leia aqui): o São Paulo é mesmo diferente dos outros.

O ex-craque e atual eterno pé-frio erra só no diagnóstico: o São Paulo, com a terceira maior torcida do Brasil e a torcida que mais cresce, é um time de massa, sim. Só que é mais bem gerido, de forma que a torcida faz menos birra.

Ainda longe do primeiro mundo...

Hoje o jornal Folha de S.Paulo abriu seu caderno de Esporte com uma reportagem que joga água no chope da festa são-paulina: a diretoria espera preju de R$ 12 milhões ao final do ano.

E olhe que passamos boa parte do ano cobrando "loucuras" do Juvenal em contratações, que ele se recusou terminantemente a fazer, hein?

É a prova de que, mesmo com alto nível de organização, ainda estamos longe de poder agir como no primeiro mundo, em que a palavra de ordem é quase sempre "comprar" e quase nunca "vender". Entre a cruz e a espada no fim do primeiro semestre, a diretoria são-paulina decidiu não vender, e o preço será pago no balanço patrimonial do clube de 2008.

A reportagem diz, erradamente, que o clube não vendeu em 2008. Vendeu, sim. Foram ao exterior já neste ano Souza, Aloísio, Leandro, Diego Tardelli e Alex Silva. No total, mais ou menos R$ 30 milhões (pelos números que circularam na imprensa na ocasião das vendas) entraram nos cofres do clube por conta disso.

Mas, a não ser que você venda *bem* (nível Breno, que sozinho rendeu R$ 40 milhões no ano passado), a coisa só faz com que você mantenha a cabeça para fora d'água.

Não custa lembrar também que, apesar da política "sem loucuras" da velha raposa, o Tricolor contratou bem no meio do ano. Trouxe Rodrigo, Anderson e André Lima -- todos do exterior. O empréstimo pode até ter saído barato, mas é mais gente com salário bom pra pagar.

Para entender a natureza do problema, basta checar o balancete do São Paulo no ano passado e ver o que teria ocorrido se não houvesse venda de jogador.

Os gastos totais do clube em 2007, excluindo-se a dívida que foi admitida e negociada via Timemania, foram de cerca de R$ 143 milhões. As receitas, excluindo-se a venda de jogadores (que atingiu valor importante de R$ 76 milhões), foram de R$ 70 milhões.

A matemática é simples: mesmo um clube organizado como o São Paulo gasta R$ 2 para cada realzinho arrecadado. Se não vender jogadores para pagar a outra metade, não tem por onde.

E como solucionar?

A curto prazo, por mais que não gostemos da solução, Juvenal conhece o caminho das pedras: reforçar a base e vender um Breno por temporada.

A longo prazo, seguir a rota dos clubes europeus: ampliar renda vinda de subprodutos do clube, como marketing, licenciamento, patrocínio e cotas de TV. O produto principal -- futebol -- tem que servir de chamariz, com títulos, mas precisa estar cercado de serviços assessórios, que gerem dinheiro, para se justificar.

Daí o esforço hercúleo do São Paulo em quebrar os tabus nacionais contra o marketing esportivo, lançando redes de lojas do clube em shoppings, abrindo bar no estádio e investindo em linhas de produtos.

Ocorre que não é uma coisa que vira do dia para a noite. O Morumbi, que era deficitário, hoje dá lucro. A Reebok está encantada com a recém-descoberta capacidade do São Paulo de "vender" camisas e outros produtos, com o sucesso da megaloja no estádio e das primeiras lojas da SAO Store. É um bom começo. Mas só um começo.

Terá de ser muito aprofundado nos próximos anos, para que o Tricolor realmente possa equilibrar suas finanças e começar a comprar mais que vender, como fazem os europeus.

Pelo menos, no São Paulo, já se vê a rota certa para isso. Nos outros clubes, parecem estar tateando às escuras. Em alguns, fugindo disso -- o Atlético Mineiro acaba de fechar (!!) seu departamento de marketing.

Há razão para esperança, mas ainda não foi em 2008 que o São Paulo se tornou um clube europeu no Brasil.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Sony entrou forte na briga!

Saudações, viajantes da Imprensa São-Paulina!

Já faz alguns dias que eu antecipei o interesse da Sony no patrocínio do nosso manto sagrado. (Clique para rever a notícia.)

A verdade é que as coisas esquentaram nos últimos dias, principalmente com a proximidade do título brasileiro e a confirmação do tricolor na próxima Copa Libertadores.

Duas fontes diferentes confirmaram a negociação do patrocínio com a Sony. A primeira foi de uma pessoa que trabalha na Traffic, onde a informação pipoca pelos corredores e reuniões da empresa de marketing esportivo. A segunda e que confirmou o fato veio da Reebok, onde confidenciaram que até fizeram uma "camisa modelo" para apresentar para empresa. (Praxe entre empresas que estão já com negociações mais adiantadas com o SPFC.)

A verdade é que as coisas ainda se encontram indefinidas, principalmente porque o Tricolor espera que alguém chegue aos sonhados R$ 30 milhões.

As fontes dão conta que a Sony ofereceu por volta de R$25milhões ao Tricolor, e a diretoria apenas aguarda uma resposta das outras concorrentes que disputam o patrocínio. (AOC, Emirates, Coca-cola e Samsung.)

Enfim, nos resta esperar, mas que a Sony ficaria linda na nossa camisa, ficaria!

Obs: A imagem desse post é meramente ilustrativa!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sorteio da Libertadores!

No dia de hoje(25/11) foram sorteados os grupos da Copa Santander Libertadores 2009.

Como muitos sabem, a maioria dos times ainda não foi definido em seus campeonatos nacionais.

Apesar do Tricolor já estar classificado, ainda não existe uma definição se seria o "Brasil 1", campeão brasileiro ou "Brasil 2", vice campeão brasileiro.

Mas como o Imprensa São-paulina não tem medo de antecipar, seremos Brasil 1, Campeão Brasileiro. Hehehe.

O SPFC(Brasil 1) não terá vida fácil pela frente.

Grupo 4
Brasil 1
Defensor Sporting-Uru
Colômbia 2
Vencedor 1 (Colômbia 3 x Peñarol-Uru)

O importante ressaltar nesse grupo é a possível entrada do Peñarol, time tradicionalíssimo na competição e que há muitos anos não disputa a Libertadores.

Equipes uruguaias sempre são um páreo duro. O Internacional que o diga, foi no grupo de um uruguaio, Nacional que o Colorado caiu fora na primeira fase em 2007.

Enfim, pensando pelo aspecto positivo não teremos viagens longas, nem equipes que jogam em cidades com grande altitude caracterizados principalmente por time da Bolívia e Equador.

Confira abaixo os outros grupos e confrontos da pré-libertadores:

Pré 1 Peñarol (URU) x Colômbia 3
Pré 2 Argentina 5 x Peru 3 (Vacante 3)
Pré 3 Paraguai 3 x Equador 4
Pré 4 Equador 3 x Dep. Anzoátegui (VEN)
Pré 5 Bolívia 3 x Brasil 5
Pré 6 Mexico 3 x Univ. de Chile

Os times do lado esquerdo definem o confronto em casa. (Brasil 5 é o quarto colocado no Brasileirão 2008)

Fase de Grupos:

­
Grupo 1
LDU
Sport
Chile 2
Ganhador da Pré-5
­­
Grupo 2
Argentina 3
Paraguai 2
Deportivo Táchira (VEN)
Ganhador da Pré 4
­
Grupo 3
River Plate
Nacional-URU
Peru 2 (Vacante 2)
Ganhador da Pré 3
­­­
Grupo 4
Brasil 1 (Campeão BR-08)
Defensor Sporting (URU)
Colômbia 2
Ganhador da Pré 1­­
­
Grupo 5
Brasil 3 (terceiro colocado do BR-08)
Universitario Sucre (BOL)
Equador 2­
Ganhador da Pré 2
­­
Grupo 6
Lanús
Everton (CHI)
Caracas (VEN)
México 2­­
­­
Grupo 7
Brasil 2 (Vice-Campeão do BR-08)
Aurora (Bol)
Boyacá Chicó (COL)
Ganhador da Pré 6
­­­
Grupo 8
Argentina 4
Libertad (PAR)
Peru 1 (Vacante 1)
San Luis(MEX)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A honra de ser o Escolhido

Tenho vários amigos que torcem para outros times. Pessoal gente fina, a quem só desejo tudo de bom. E o que mais lamento por eles é que nunca saberão a alegria profunda que é ser são-paulino.

Somos rotineiramente qualificados como "arrogantes", "presunçosos", "insuportáveis". Tratamos nosso clube do coração como uma entidade superior, maior que a vida e muito superior aos rivais. E por quê? Por uma razão muito simples: porque ganhamos mais que os outros. Mais, não. Muito mais.

Isso é arrogância? De jeito nenhum. Muito pelo contrário. O São Paulo Futebol Clube ganha mais justamente porque sabe perder. Diferentemente do que ocorre com clubes rivais, as derrotas não desestabilizam. Pode um ou outro dirigente ou torcedor perder a cabeça, mas a estrutura preserva o clube, que logo está de pé novamente, apto a vencer mais uma vez. Por saber perder, ganhamos mais.

Não tem confronto de torcida com treinador em aeroporto, não tem muro pichado, não tem agressão a jogador. Não tem salário atrasado, não tem estádio arrendado a empresa, não tem time a serviço de agentes de jogadores e supostos "parceiros".

Tem profissionalismo, estabilidade e competência. Tem espírito de equipe e admiração pelo clube. Sendo todo o resto igual, não há como um jogador preterir o São Paulo FC em favor de outro time do Brasil. Claro, há times que oferecem a jogadores ou treinadores caminhões de dinheiro para suplantar essa deficiência, e o resultado aparece em dois ou três anos -- já tem time por aí, que se diz hoje vitorioso, e está a caminho do rebaixamento.

Mas não o São Paulo FC. Aqui, tivemos uma bênção nos primórdios da nossa história: o time, fundado em 1930, faliu em 1935, e teve de ser refundado. Essa experiência traumática permitiu que uma mentalidade gerencial de qualidade se instalasse no Tricolor, desde o (re)início. O clube ficou ciente de que precisava investir em seu patrimônio, não gastá-lo todo em busca de conquistas vãs. Equilíbrio e racionalidade. E os resultados logo vieram.

* O São Paulo é o único time a ter pelo menos um título brasileiro em cada década, desde que começou a ser disputado. Isso é equilíbrio.

* O São Paulo é o maior detentor de títulos da Libertadores no Brasil. Mesma coisa com Mundiais. E só não disputou finais do torneio continental nos anos 1960 (época da construção do Morumbi e da hegemonia do Santos de Pelé) e nos anos 1980 (embora tenha tido um esquadrão digno da honraria na ocasião, com os Menudos do Morumbi).

* O São Paulo, desde sua fundação, é o maior vencedor de campeonatos paulistas. Pode contar: quem ganhou mais, desde que o Tricolor entrou na competição? Somos nós, até com alguma folga.

* O São Paulo passou menos tempo na "fila", dentre os rivais do estado. Teve gente que ficou mais de duas décadas sem ganhar um Paulistinha que fosse...

* O São Paulo tem a melhor estrutura e mentalidade gerencial do Brasil, e não é de hoje.

* O São Paulo tem a torcida que mais cresce.

E a torcida do São Paulo é diferente. Aqui não tem um "bando de loucos". Ninguém sai agredindo jogador ou técnico. A torcida se manifesta com a presença no estádio. Quando o time corresponde, ela vai ao estádio. Quando o time pode se virar sem ela, o jogo é menos importante ou a equipe não motiva o torcedor, não existe a obrigação de comparecer.

Dizem meus amigos não-são-paulinos que nós somos falsos torcedores, torcida de final. De fato, somos torcedores de final. Que fazer, se estamos sempre na disputa decisiva? Se todo ano, os jogos dos campeonatos são apenas "preliminares" para uma decisão que quase certamente protagonizaremos?

Por fim, quando todos os outros argumentos caem, os meus amigos não-são-paulinos dizem que o São Paulo é o "time do rabo". Ninguém tem mais sorte que o Tricolor, afirmam, e por isso nós vencemos tanto.

E eu pergunto: há alguma vergonha nisso? Se os Deuses do Futebol, lá em cima, decidiram que um time deveria ser mais favorecido pela sorte que os demais, eles devem ter tido suas boas razões.

E o São Paulo retribui, trabalhando com seriedade e espírito de luta, para que os Deuses do Futebol continuem a nos favorecer. Que saiam mais gols como o terceiro contra o Milan, em 1993, que Muller fez com o calcanhar sem saber que estava escrevendo mais uma página da gloriosa história tricolor. Que mais bolas como aquela, de Edno, no fim do jogo contra a Portuguesa no mês passado, batam caprichosamente no travessão e não entrem. Que os bandeirinhas continuem acertando ao marcar impedimento, como nos três gols anulados do Liverpool, em 2005. E que o São Paulo nunca vire as costas para a boa sorte, usando sua competência para definir os jogos em seu favor.

Tendo tudo isso posto, há de se perguntar: por que alguém poderia escolher torcer por outro time? Além da já referida "loucura", o que pode motivar esses meus amigos, inteligentes que são, a preferir outras agremiações?

Aí é que está, meus amigos. Ninguém escolhe racionalmente o time pelo qual vai torcer. É uma espécie de predestinação, em que o ambiente ao seu redor ressoa com sua personalidade, para definir qual será o seu clube do coração. E nisso me sinto ainda mais feliz por ser são-paulino. Não somos os mais inteligentes ou competentes por nossa decisão; muito mais que isso, somos os predestinados. Os Escolhidos. A quem a felicidade, no futebol, nunca vai faltar.

Ou, como há muito já resumiu um famoso locutor esportivo, torcer para o São Paulo é uma grande moleza!

A última milha

Chubasco 1x2 SPFC
23.nov.2008, 17h
Brasileirão 2008
São Januário (RJ)


Motivado pela água batendo na bunda, o Chubasco do técnico "quase-predestinado" começou em cima do São Paulo, que veio a campo desfalcado de Zé Luis (a última contusão era mais séria do que se pensava, e ele vai passar por artroscopia -- está fora do time até o fim da temporada). Muricy mandou a campo Rogério Ceni, André Dias, Anderson e Miranda; Joílson, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges.

O Chubasco precisava desesperadamente da vitória, e a torcida empurrava. Oitocentos escanteios resultaram da pressão, mas faltou competência para marcar. No fim, foi o Tricolor quem chegou primeiro com perigo real, aos 13, com chute venenoso de Hernanes.

E foi esse mesmo jogador que, numa arrancada, sofreu uma falta na entrada da área. Com a chuva forte, Rogério nem cogitou ir para a bola. Quem bateu foi Jorge Wagner. E como bateu. No ângulo. Na gaveta. Lindo chute, 1 a 0 para nós.

O Chubasco, mais desesperado, continuou pressionando, sobretudo com Mádson. Num lance de sorte, o baixinho avançou pela intermediária e bateu com força da meia-lua. A bola desviou em Miranda e encobriu Rogério: 1 a 1.

A pressão chubascaína continuou, mas o primeiro tempo ficou nisso. Era a hora para Muricy reorganizar o time e transmitir tranqüilidade.

Deu certo. O São Paulo começou o jogo ligadíssimo, e logo aos 4 minutos do segundo tempo, após cobrança de escanteio, Hugo matou sozinho da marca penal, olhou para o gol e chutou onde quis, com força, de pé esquerdo. O tento selaria o destino da partida, que teve um São Paulo ainda mais consciente, atraindo o Chubasco para o seu campo e saindo com o contra-golpe. O time do "quase-predestinado" quase empatou, mas Rogério Ceni fechou o gol, e quando ele não tinha o que fazer, o Animal de estimação de Eurico Miranda chutou de canela, pra longe do gol.

Enquanto isso, lá no Barrosão, o Vitória sapecou um 4 a 2 em cima do Grêmio. Mas não se iluda com o placar. No primeiro tempo, a equipe gaúcha vencia e tinha chance de liquidar a fatura. Não liquidou, e o time baiano resolveu correr atrás do chamado "baú branco" tricolor (segundo o jornalista Marcello Lima, o São Paulo pagaria R$ 1 milhão aos jogadores do Vitória em caso de derrota do Grêmio). Na virada, teve até gol de bicicleta, selando a vingança de Vágner Mancini, técnico que foi demitido do Grêmio sem uma derrota sequer.

Resultado: o "campeonato mais equilibrado da história dos pontos corridos" termina sua antepenúltima rodada com um time a cinco pontos do segundo colocado, com apenas mais seis em disputa. Nem o mais otimista dos são-paulinos poderia ter previsto esse desfecho. O São Paulo surpreende até os mais acostumados às vitórias -- seus próprios torcedores!

domingo, 23 de novembro de 2008

Estamos em obras!


Uma imagem vale mais que mil palavras!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Agora é a hora


Chubasco x SPFC
23.nov.2008, 17h
Brasileirão 2008
São Januário (RJ)


O time deles é fraquinho, fraquinho. Faz uma temporada ridícula. E o técnico é o eterno brincalhão, Renato Gaúcho. Mas a camisa do Vasco sempre pesa, e quem vê futebol pelo menos desde 1989 sabe que eles adoram tirar uma lasca do São Paulo. Não antevejo vida fácil para o Tricolor, lá em São Januário, neste domingo.

O Vasco luta com todas as suas forças para não cair. O São Paulo precisa vencer para continuar dependendo só de si para ser campeão brasileiro. O jogo vale muito, para os dois. E o nosso escrete vai estar de olho no jogo do Grêmio, contra o Vitória, lá no Barrosão.

Muricy não poderá contar com Rodrigo suspenso e, como sempre, não curte antecipar a escalação. Mas eu arriscaria um time com Rogério Ceni, Zé Luís, André Dias e Miranda; Joílson, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. Uma escalação alternativa teria Anderson na zaga, com Zé Luís na ala e Joílson de fora. Mas prefiro a primeira formação.

É um jogo difícil de ganhar, mas o único resultado realmente bom é a vitória. Vamo que vamo!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O algoz Renato Gaúcho

Pois é. Ele de novo. O treinador que quase conseguiu a façanha de levar dois clubes grandes à segunda divisão numa mesma temporada é o algoz do Tricolor do Morumbi. Depois de vencer dois duelos por 3 a 1 e perder apenas um, fora de casa, por 1 a 0, Renato Gaúcho está sugerindo que sabe como parar a equipe de Muricy Ramalho. Aos torcedores vascaínos, disse "fiquem tranqüilos", com um sorriso de canto de boca. À imprensa, disse que o confronto será "interessante".

Será que esse cara não se toca, não?

Tem muita gente falando na "vingança" do São Paulo contra o Fluminense, no Morumbi. Mas, pra mim, o único sentimento de "vingança" é contra o "quase-predestinado", Renato Gaúcho. Eita cara insuportável. Definitivamente não enxerga -- ou não quer enxergar -- a situação em que se encontra.

Pior: não seria nada impossível o Chubasco da Gama vencer o jogo -- a partida é em São Januário e o time está desesperado em busca dos pontos que tirariam a equipe do rebaixamento. Mas aí diriam que o mérito é desse cara aí. Brincadeira, né?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Futebol na Terra da Rainha

ATENÇÃO: mega-post à frente. Prossiga com paciência.

Na semana que passou, um compromisso profissional me levou à Inglaterra, terra onde nasceu o futebol. Como freqüentador assíduo do Morumbi -- e ouvindo tantas críticas de tanta gente sobre a infra-estrutura que o Brasil tem (ou não tem) para sediar a Copa 2014 --, tive de aproveitar a oportunidade para tentar ir a um jogo de futebol na terra da rainha.

Na quarta-feira passada, rolou Chelsea x Burnley. O torneio era a Carling Cup, copa em formato mata-mata com confrontos em um jogo só disputada por times de todas as divisões da Inglaterra. O jogo era a estréia do nosso glorioso Mineiro entre os titulares do Chelsea, e o torneio de pouca visibilidade era a oportunidade perfeita para tentar ir ao jogo.

Mas nada é tão fácil. Lá na Europa o costume de comprar ingressos antecipadamente -- mesmo em jogos de pouca expressão -- está completamente disseminado. Uma semana antes de eu sair do Brasil, os tickets já estavam esgotados. Restava-me apenas apostar no "jeitinho brasileiro", os famigerados cambistas, para tentar entrar.

A ida ao estádio

Chegou o dia do jogo. Meus compromissos profissionais terminaram às 18h30, e a bola começaria a rolar às 19h45. Calculei que teria de correr para ter alguma chance.

Em Londres, a rede de metrô é imensa. Meu hotel estava numa região bem central da cidade e muito próximo a uma estação do tube londrino. E lá fui eu, vestindo o manto sagrado tricolor, tentando chegar em Stanford Bridge, tradicional casa do Chelsea.

Logo na minha estação de saída, vi um cara com dois moleques, os dois meninos totalmente paramentados com as cores do Chelsea. A despeito da tradicional frieza inglesa, achei que o calor do futebol falaria mais alto e arrisquei puxar papo.

- E aí, estão indo para o jogo?

O pai dos moleques respondeu:

- Claro! Não, na verdade não, eles se vestem assim todo dia.

OK, o humor inglês continua afiado como de costume. Respondi.

- Estou indo para o jogo também.

O cara olhou para minha camisa e brincou:

- Nossa, mas você pelo visto pegou o trem errado, porque você está beeeem longe de onde devia estar!

Quem disse que na Inglaterra não se vê futebol brasileiro? Ele conhecia o Tricolor e as nossas competições. Até fez uma avaliação.

- A impressão que dá é que vocês jogam algo como 980 jogos por temporada! Tem até uma coisa regional, que acontece no início do ano, não?

Não é inacreditável conhecer um inglês que vê Campeonato Paulista? Pois é. Mas existe. Ou melhor, existia. Ele disse que os jogos costumavam passar por lá no EuroChannel, mas não mais atualmente.

Ele comentou também o problema que o Brasil tem para encher seus estádios, mas atribuiu isso à falta de dinheiro das pessoas para comprar os ingressos. Expliquei que não era o caso, pois os ingressos são relativamente baratos no Brasil; o problema é a desorganização e a violência.

Chegou o trem, eles conseguiram entrar (hora do rush!), eu não. Desejaram-me boa sorte e se foram.

Peguei o próximo e vi outros dois torcedores do Chelsea. Encorajado pela simpatia do primeiro, tentei puxar papo com esses também. Mas em vão. Também tem gente antipática lá.

E ao fazer a baldeação para tomar o rumo final para o estádio, entro no trem e ouço um casal comentar: "Olha um são-paulino aí."

- Brasileiros?

- Opa, claro!

A menina era palmeirense; o rapaz, santista. Ela estava morando em Londres havia alguns meses, com passaporte europeu; ele foi para lá estudar. E o cara estava com o casaco do Chelsea e ficou claro que também ia para o jogo.

- Vocês já têm ingresso?

- Eu já, ela não. -- respondeu o rapaz.

Decidimos então ir os três juntos, na esperança de conseguir duas entradas adicionais -- uma para mim, outra para ela.

A estação de metrô onde descemos era simplesmente *do lado* do estádio. Mas, se não fosse dia de jogo, seria difícil identificar o dito cujo. Do lado de fora, o Stamford Bridge parece um prédio comercial qualquer. Ninguém diz que aquilo é um estádio.


Ao nos aproximarmos, um cheiro de fritura se espalhava no ar. Não eram os nossos tradicionais sanduíches de pernil, mas algo como a versão inglesa deles. E um mundo de gente é um mundo de gente em qualquer lugar do planeta. Se você não gosta de gente amontoada, não vá ao estádio, nem aqui, nem em lugar nenhum.

Próxima missão: achar o cambista.

Os ingressos

Enquanto procurávamos alguém que pudesse nos vender ingressos, demos uma olhada nas imediações. Há, na frente do estádio, alguns painéis bonitos, com fotos do time. Numa delas, é a delegação inteira, e uma cadeira vazia -- para que visitantes sentassem ali e tirassem uma foto. Eu, claro, tirei a minha.


E anda pra lá, anda pra cá, um sujeito bem-vestido me aborda e pergunta:

- Do you need tickets?

É nóis!

- Precisamos de dois.

O cara saca dois ingressos do bolso e dá para mim, enquanto instrui: "Continue andando, continue andando."

Agora falta pagar.

- Quanto você quer pelos ingressos?

- Quanto você pode pagar?

Eu parei para pensar um pouco e ouvi mais uma vez o sujeito:

- Continue andando, continue andando. Ou a gente vai acabar sendo preso.

Prossegui andando e propus meu preço.

- Trinta e cinco libras.

O preço de bilheteria era 20 libras.

- Não, sem chance. Sessenta.

- Sessenta? Só se for pelos dois!

- Não, sessenta cada um.

- Sessenta não dá. Sem chance. Quarenta.

- Quarenta e quatro.

- Quarenta.

- Quarenta e quatro.

- Pô, quarenta já é o dobro do preço. Tá bom, né?

- Tá bom, quarenta.

Saco uma nota de 50 libras do bolso e peço para a menina me dar as 30 libras que ela dizia ter. No fim, eram só 25.

- Ela não tem mais dinheiro. Dois por 75 fecha?

- Tá bom, tá bom.

E aí está. Um ingresso do cambista por 37,50 libras, com muito suor. Vamos para o campo.

Lá dentro

Fizemos nossa entrada no estádio por volta das 19h30. Fila bem organizada, uma catraca impossível de pular. Você colocava a ponta do ingresso num sensor, que lia o código de barras. Depois estava liberado para passar pela catraca.

As entradas de cada setor estão bem especificadas no ingresso e em placas do lado de fora, de forma que não é difícil se dirigir para o lugar certo. Mas nosso ingresso era da arquibancada superior, o que implicava subir seis lances de escada (confesso, deu saudade das rampas amplas do Morumbi).

Chegamos às nossas poltronas. Claro, bem marcadas e desocupadas. Sentamo-nos e apreciamos a vista.


As cadeiras são bem mais confortáveis do que as que temos nos estádios brasileiros -- todas estofadas. Em compensação, o espaço entre uma fileira e outra não é dos maiores. Para alguém passar, todo mundo tem que se levantar.

Consegui pegar a entrada dos times em campo, mas não a escalação, que foi apresentada um pouco antes. Entrei praticamente na hora do jogo, e sem nenhum problema. Convenhamos: é quase impossível fazer isso no Brasil.

Bola rolando

O jogo começa equilibrado e, francamente, bem ruim. O Burnley tentava com todas as forças vencer o Chelsea, que por sua vez não fazia grandes esforços para bater seu adversário.

Perguntei para um torcedor ao meu lado em que divisão estava o Burnley. Era da segunda divisão inglesa, a chamada Championship Division. Brinquei com a minha nova amiga palmeirense: "É mais ou menos como o Corinthians."

Ela deu risada, mas também fez um lembrete estranhamente auto-depreciativo: "É. Ou como o Palmeiras de alguns anos atrás." Pelo menos eles ainda se lembram, né?


Felipão faz uma modificação logo no primeiro tempo, colocando Lampard no lugar de Belletti (lembram dele?). E antes de terminar o primeiro tempo os Blues saem na frente, pelos pés de Drogba. Parecia que o jogo ia se desenrolar naturalmente, com o Chelsea saindo vencedor.

Isso até justificava a apatia da torcida. Os torcedores do Burnley, ocupando cerca de um quarto do estádio, faziam muito barulho, mas os do Chelsea mantinham uma postura blasé com relação à partida. Mais ou menos como jogo do São Paulo na Sul-Americana.

Mas veio o intervalo. E, com ele, outra diferença cultural entre o Brasil e a Inglaterra. Lá, todo mundo levanta e vai comer fora das arquibancadas, nos corredores. Não há vendedores ambulantes circulando pelas arquibancadas. O estádio esvazia no intervalo e enche de novo na volta.

E a volta marcou uma atitude mais agressiva do Burnley, que conseguiu empatar a partida.


No setor em que eu estava, um torcedor ousou comemorar o gol de empate. Para quê? Aquele local era destinado a quem comprava ingressos de temporada inteira do Chelsea, e o sujeito foi "instado" (para não dizer hostilizado) a sair de lá. A polícia apareceu em menos de um minuto e o tirou dali. Detalhe: não foi uma super-comemoração desrespeitosa. Foi só o suficiente para perceberem que ele ficou feliz com o gol. Mas bastou para a expulsão sumária.

Com o 1 a 1, o jogo ia para a prorrogação. E para a prorrogação foi. E dali para os pênaltis.

No gol do Chelsea, estava o péssimo e desconhecido Cudicini. Comentei com um torcedor (meio encrenqueiro, mas gente fina, que antes tinha se manifestado encantado com o futebol de Mineiro e com o estilo de Luiz Felipe Scolari) que talvez o time não tivesse suficientes bons batedores. Ele rebateu, dizendo que o goleiro era bom pegador de pênaltis. Eu disse:

- Espero que sim, porque ele não me impressionou nada durante o jogo.

E lá se foram as cinco primeiras cobranças, com 4 a 4. O goleiro do Burnley pegou uma, e o Chelsea bateu uma pra fora. O torcedor virou para mim e disse:

- Aqui no Chelsea, sempre tem emoção. -- E completou: - Ainda temos dois brasileiros para bater.

Eu respondi:

- Ainda estou esperando o seu goleiro.

Mas o Burnley converteu o seu, o Chelsea perdeu o dele, os pênaltis terminaram 5 a 4 para o time visitante, que seguiu adiante na competição.

A saída

Você pode pensar que teve confusão na saída, com a vitória dos visitantes. Mas não foi o que eu vi. Ambas as torcidas saíram simultaneamente, e a polícia, a cavalo, acompanhou a evacuação do estádio. Houve xingamentos (ouvi bastante "Fuck you Burnley!"), mas ninguém partiu para as vias de fato.

E assim partiram os 41.369 torcedores, rumo ao metrô e de volta às suas casas. Eu, de minha parte, estava feliz por ter conseguido ver um jogo na Inglaterra e ainda ter "ganho" um bônus com prorrogação e pênatis.

E aí?

Então. Não é melhor, não é pior; é diferente. Algumas coisas impressionam positivamente -- como o conforto do assentos e a visão do gramado. Outras são tão ruins lá, como cá -- cambistas e amontoados de gente na entrada. E há o que eu prefira aqui -- como o entusiasmo da torcida, e a capacidade de puxar gritos que o estádio inteiro acompanhe.

E quanto ao futebol? Aqui é mais pegado -- mais ao meu gosto. Lá não tem falta quase. É um jogo em que o fair play já é mais importante que vencer. E aí parte da graça da partida, pelo menos para mim, vai embora.

Claro, mas nada disso me impediu de deixar a Inglaterra só depois de comprar minha camisa do Chelsea. E sair com uma admiração pela diversidade do futebol, que permite que experiências em tese tão parecidas possam parecer tão diferentes e especiais.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O último passeio

SPFC 3x1 Figueirense
16.nov.2008, 17h
Brasileirão 2008
Público: 58 mil pagantes


Com Morumbi bem cheio, o São Paulo fez o que deve ser seu "último passeio" neste Brasileirão. Porque daqui até o final, tudo será muito, muito mais difícil.

Muricy levou o time a campo com dois desfalques importantes: André Dias, suspenso, e Zé Luis, contundido. Foram para o gramado Rogério Ceni, Rodrigo, Anderson e Miranda; Joílson, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges.

O jogo começou com um Tricolor avassalador, com lances muito agudos de perigo. Não levou dez minutos para que Borges, numa cabeçada mortífera, abrisse o marcador. E não levou muito mais que vinte minutos para que Borges, ele de novo, aproveitasse bobeada da defesa, dominasse e chutasse para o fundo da rede. Placar: 2 a 0, e a promessa de uma partida sossegada.

Mas como não relaxar depois disso? Com a vantagem do placar, o São Paulo começou a jogar com displicência e acabou, no fim do primeiro tempo, numa bobeada da defesa, tomando um gol.

E aí a partida poderia ter ganho tons de drama. O Figueirense teve muitos escanteios e, embora pouco chegasse com perigo, estava sempre rondando a área são-paulina. Poderia ter saído um gol, não fosse defesa precisa em dois tempos de Rogério. Mas eis que, numa saída rápida para o ataque, Joílson (que jogou muito!) cruzou e Hugo encerrou o tal "passeio" tricolor.

Como o Grêmio também venceu, a distância que temos para eles é de apenas dois pontos -- pouca coisa, à luz dos próximos adversários. O São Paulo agora vai a São Januário, visitar o desesperado Chubasco da Gama. Depois pega o Fluminense, em casa, e encerra sua participação contra o Goiás, fora.

Já o Grêmio tem o Vitória, no Barradão, pela frente. Mas, se conseguir vencer, terá depois Ipatinga fora e Atlético Mineiro em casa -- duas babas.

Ou seja, a despeito do que dizem os matemáticos -- que agora debandaram totalmente em favor do São Paulo -- ainda é cedo para comemorar. A concentração tem que ser mantida, e o próximo jogo, no domingo, poderá ser decisivo, para um lado ou para o outro.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Rapidinhas do Tricolor!

Carta de Alex Silva

Quem não leu, vale a pena dar um pulo no Site Oficial do SPFC - www.spfc.com.br e ler a cara enviada por Alex Silva ao elenco do mais querido! Realmente o que sentimos é que o São Paulo é bem mais que um clube, um time, é uma família!

Setor Visa

O SPFC anunciou o setor Visa no estádio do Morumbi com 20mil lugares. Os setor térreo azul, o Morumbi Premium Club e a arquibancada vermelha passaram por adequações e os ingressos estarão disponíveis para compra com cartão de crédito e estuda-se a criação de um carnê para venda de ingressos da temporada completa.

Mais de 44 mil vendidos!

Devemos ter casa cheia contra o Figueirense, até agora mais de 44 mil vendidos e torcida não vai faltar no estádio do Morumbi no domingo!

Zé Luís Neles!

Com a suspensão de André Dias, Muricy parece que vai improvisar Zé Luís na zaga e colocar joílson na ala direita. Iniciando a partida contra o Figueirense com: Rogério Ceni, Joílson, Zé Luis, André Dias, Miranda, Jorge Wágner, Jean, Hernanes, Hugo, Dagoberto e Borges.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

No embalo do Hexa!

Charge espetacular do Animatunes!

Parabéns aos idealizadores dessa bela charge! Postei por aqui, porque todo torcedor tricolor merece assistir e dar boas risadas!



Rumo ao Hexa!

domingo, 9 de novembro de 2008

Novo patrocinador pode ter ligação com a FIFA!


Bom, é isso aí pessoal. Nos últimos dias, escutei um rumor de pessoas bem informadas ligadas ao São Paulo Futebol Clube, que o SPFC já teria tudo fechado com o novo patrocinador do uniforme e que pretendia anunciar o seu nome no próximo evento Footecon , famosa reunião de profissionais do futebol promovida por Carlos Alberto Parreira no Rio de Janeiro.

A informação bate com a assessoria do evento que já divulgou as empresas que terão seu espaço reservado em stands para quem estiver por lá, o São Paulo Futebol Clube é um dos que tem um local reservado.

Enfim, esse informante me confidenciou que a negociação é com um dos patrocinadores da FIFA, e que estaria beirando os R$25 milhões, disse que é uma empresa não muito explorada nas especulações até agora, mas preferiu não cravar seu nome.

Na figura do post, você observa que tirando a Adidas, que está totalmente descartada pois é fornecedora esportiva e o São Paulo tem contrato vigente com a Reebok, sobram: Coca-Cola, Emirates, Hyundai, Sony e Visa.

Em certo momento das negociações, Júlio Casares chegou a dizer que era mais provável que o SPFC permanecesse com uma marca que vendesse principalmente eletro-eletrônicos. Eis que surge então um nome novo, o da Sony.

Sinceramente, são muitos os rumores sobre o novo patrocínio e é melhor aguardarmos para saber quem é, mas todos esses nomes possíveis me agradam e muito.

Espero que seja um bom negócio para o SPFC!

O SÃO PAULO É O TIME DA FÉ! Portuguesa 2x3 São Paulo!


Ahhh Tricolor, assim não vou mais precisar de cardiologista ein? Que jogaço!

Como já era previsto a Lusa complicou no Canindé e mesmo largando na frente logo no início, o São Paulo encontrou dificuldades e no final do jogo amargava um 2x2 que fatalmente lhe tiraria a liderança.

Mas eis que aos 42 minutos da segunda etapa, surge "São Zé Luis" que desvia um escanteio de cabeça e a bola morre no fundo das redes, ainda acariciada por Borges (que fez um partidaço e dois gols!).

Mas o milagre divino foi mesmo aos 46 do segundo tempo, o atacante Edno da Lusa, chegou a ficar frente a frente com Rogério Ceni e tocou a bola por cima em direção ao gol. A bola foi mansamente levitando rumo ao travessão, afinal deus é tricolor! Ufa!

Sem dúvida foi uma vitória com cara de time campeão, na raça, na garra, na vontade e também na sorte.

E quem disse que time campeão não tem sorte? Amanhã, vamos nos deliciar ao ver o confronto dos rivais, amplamente pressionados!

Clique e ouça o gol salvador de Zé Luís na narração da Jovem Pan AM.

E como sempre digo por aqui, o São Paulo é o time da Fé!

Rumo ao Hexa, definitivamente!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O jogo decisivo


Lusa x SPFC
8.nov.2008, 18h30
Brasileirão 2008
Canindé (SP)


Já virou clichê dizer que tal jogo, partida qual é decisiva. Mas, de todos os jogos decisivos, este agora é o *mais* decisivo que o São Paulo tem pela frente. Por quê? Primeiro porque é potencialmente o mais difícil que resta. Depois, porque nesta mesma rodada os segundo e terceiro colocados se matam, lá no Pocilga.

Se o São Paulo vencer, já joga um balde de água fria nos concorrentes, que terão de vencer para não descolar, em vez de vencer para ultrapassar. E, como o jogo da Porcaria com o Grêmio é difícil, não seria irreal pensar num empate como resultado provável.

Mas que ninguém se engane: o nosso jogo é beeem difícil também. A Lusinha tá com água até o pescoço e depende de uma vitória para respirar. E o time mostrou contra o Flamengo que, sob pressão, consegue jogar. Ou seja, a vida não será fácil.

Muricy tem o desfalque de Hugo, suspenso com o terceiro amarelo, e deve manter o time no 3-5-2, com Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Joílson, Zé Luis, Jean, Hernanes e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. É o que temos de melhor para a partida. Se o entrosamento prevalecer, e Hernanes conseguir fazer bem a função de ligação, podemos sentir pouco a ausência de Hugo. Mas esse é um grande "se"...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ansiedade toma conta!

Não sei quanto a vocês, mas eu não consigo parar de pensar no jogo de sábado e nas últimas cinco partidas desse Brasileirão.

Sabe quando as coisas estão dando tão certo que você teme dar um palpite ou fazer contas demais e finge pra si mesmo que não quer se preocupar com o jogo mas a única coisa que pensa no dia é se o Tricolor conseguirá ou não o inédito Tri?

Todo mundo sabe que a Lusa é uma tremenda asa negra do SPFC, mas não nas partidas disputadas no Canindé. Se o jogo fosse marcado para o Pacaembu, daí acho que eu não dormiria de preocupação.

Independente do pensamento do torcedor, considero um milagre de São Muricy a disputa do título brasileiro desse ano. No início do segundo turno o time encaixou e está cheio de confiança para a reta final.

Fico aliviado de pensar que pelo menos a vaga da Libertadores está próxima, mas a agonia de ter que vencer é algo realmente complicado, principalmente por conta do segundo colocado ser o Porquinho do Luxa.

Estamos entre o céu e o inferno!

Espero que valha para algo os nossos contatos divinos.

Afinal, somos o time da fé!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Cronograma de Obras - Morumbi 2014!

Cronograma Preliminar Morumbi 2014.

Projetos e Detalhamentos: De janeiro a dezembro de 2009.
Setor Vip - 1º Pavimento
- 1ª Etapa - Circulação: De janeiro a maio de 2010.
- 2ª Etapa - Camarotes: De junho à 1ª quinzena de julho de 2010.
- 3ª Etapa - Camarotes: Da 2ª quinzena de julho a agosto de 2010.
Setor Vip - 2º Pavimento
- 1ª Etapa - Salão Nobre: De janeiro a março de 2010.
- 2ª Etapa - Auditório: Em junho de 2010.
- 3ª Etapa - Copa e Sanitários: Em julho de 2010.
- 4ª Etapa - Circulação Privativa: Em agosto de 2010.
Setor Vip - 3º Pavimento
- Hall Camarote Presidência: Em março de 2010.
Vestiários - Térreo
- Vestiário 1 (visitantes): De setembro a outubro de 2010.
- Vestiário de Árbitros: De novembro à 1ª quinzena de dezembro de 2010.
- Vestiário 2 (SPFC): Da 2ª quinzena de dezembro de 2010 à 1ª quinzena de fevereiro de 2011.
- Vestiário 3 (gandulas): Da 2ª quinzena de fevereiro à 1ª quinzena de abril de 2011.
Setor FIFA - Térreo
- Salas Administrativas: Da 1ª quinzena de abril a maio de 2011.
- Sanitários: De junho à julho de 2011.
Área de Fisioterapia - Atletas: De agosto à 1ª quinzena de outubro de 2011.
Setor Imprensa - Térreo
- 1ª Etapa: Da 2ª quinzena de setembro à 1ª quinzena de dezembro de 2011.
- 2ª Etapa: Da 2ª quinzena de dezembro de 2011 à 1ª quinzena de março de 2012.
Setor Imprensa - 1º Pavimento
- 1ª Etapa - Fabricação: Da 2ª quinzena de março à 1ª quinzena de setembro de 2011.
- 2ª Etapa - Instalação: Da 2ª quinzena de setembro à 1ª quinzena de dezembro de 2011.
- 3ª Etapa - Instalação: Da 2ª quinzena de dezembro de 2011 à 1ª quinzena de março de 2012.
Setor Imprensa - 3º Pavimento: Da 2ª quinzena de novembro à 1ª quinzena de dezembro de 2011.
Setor Imprensa - 5º Pavimento: Da 2ª quinzena de novembro de 2011 à 1ª quinzena de fevereiro de 2012.
Setor Público - Térreo
- Sanitários com acesso pelo 1º Pavimento
-- Sanitários 1 e 2: Em março de 2013.
-- Sanitários 3 e 4: Em abril de 2013.
-- Sanitários 5 e 6: Em maio de 2013.
-- Sanitários 7 e 8: Em fevereiro de 2013.
Setor Público - 1º Pavimento
- Adequação dos assentos e visibilidade
-- 1ª Etapa: De abril à 1ª quinzena de maio de 2012.
-- 2ª Etapa: Da 2ª quinzena de maio a junho de 2012.
-- 3ª Etapa: De junho à 1ª quinzena de agosto de 2012.
Setor Público - 3º Pavimento
- Sanitários
-- Sanitários 1 e 17: Em outubro de 2012.
-- Sanitários 2 e 3: Em novembro de 2012.
-- Sanitários 4 e 5: Em dezembro de 2012.
-- Sanitários 6 e 7: Em janeiro de 2013.
-- Sanitários 8, 9 e 10: Em fevereiro de 2013.
-- Sanitários 11 e 12: Em março de 2013.
-- Sanitários 13 e 14: Em abril de 2013.
-- Sanitários 15 e 16: Em maio de 2013.
Setor Público - 3º Pavimento
- Adequação dos assentos e visibilidade
-- 1ª Etapa: Da 2ª quinzena de agosto a setembro de 2012.
-- 2ª Etapa: De outubro à 1ª quinzena de novembro de 2012.
-- 3ª Etapa: Da 2ª quinzena de novembro a Dezembro de 2012.
-- 4ª Etapa: De janeiro à 1ª quinzena de fevereiro de 2013.
Setor Público - 4º Pavimento
- Sanitários
-- Sanitários 1 e 29: Em abril de 2012.
-- Sanitários 2 e 3: Em maio de 2012.
-- Sanitários 4 e 5: Em junho de 2012.
-- Sanitários 6 e 7: Em julho de 2012.
-- Sanitários 8 e 9: Em agosto de 2012.
-- Sanitários 10 e 11: Em setembro de 2012.
-- Sanitários 12 e 13: Em outubro de 2012.
-- Sanitários 14 e 15: Em novembro de 2012.
-- Sanitários 16, 17 e 18: Em dezembro de 2012.
-- Sanitários 19 e 20: Em janeiro de 2013.
-- Sanitários 21 e 22: Em fevereiro de 2013.
-- Sanitários 23 e 24: Em março de 2013.
-- Sanitários 25 e 26: Em abril de 2013.
-- Sanitários 27 e 28: Em maio de 2013.
Setor Público - 4º Pavimento
- Adequação dos assentos e visibilidade
-- 1ª Etapa: Em junho de 2012.
-- 2ª Etapa: Em julho de 2012.
-- 3ª Etapa: Em agosto de 2012.
-- 4ª Etapa: Em setembro de 2012.
-- 5ª Etapa: Em outubro de 2012.
-- 6ª Etapa: Em novembro de 2012.
-- 7ª Etapa: Em dezembro de 2012.
-- 8ª Etapa: Em janeiro de 2013.
-- 9ª Etapa: Em fevereiro de 2013.
-- 10ª Etapa: Em março de 2013.
-- 11ª Etapa: Em abril de 2013.
-- 12ª Etapa: Em maio de 2013.
Cobertura do Estádio
- 1ª Etapa - Fabricação: De maio de 2011 a abril de 2012.
- 2ª Etapa - Fundação + Estrutura: De fevereiro a abril de 2012.
- 3ª Etapa - Cobertura Lateral: De maio a agosto de 2012.
- 4ª Etapa - Cobertura Lateral: De setembro a dezembro de 2012.
- 5ª Etapa - Cobertura Fundos: De janeiro a maio de 2013.
Equipamentos: De junho de 2012 à maio de 2013.
- Iluminação
- Geradores
- Telão de Vídeo
- Placar Eletrônico
- Sistema de Som
- Monitoramento
- Rede de Telecomunicações, Dados e Voz
- Adequação dos Meios de Comunicação
- Área para veículos técnicos de Rádio Difusão
- Heliporto

Para acessar o arquivo PDF com detalhes e novas imagens:

http://saopaulotricolor.files.wordpress.com/2008/11/ruy-ohtake.pdf

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Parabéns! Miranda é Seleção!

Dunga está tenso, nervoso, com muito olho gordo em cima do seu cargo, mas ainda não chamou o Hugo. Por ora, chamou só o Miranda.

Mas já foi o bastante. Nosso zagueirão há tempos merece uma chance na Seleção. Agora ganhou, no amistoso contra Portugal, em Brasília. Sem dúvida, vai vestir a amarelinha com todos os méritos. Mas essas convocações meio extemporâneas costumam preceder negociações para o exterior. Sacomé, são aquelas "coincidências" do futebol...

domingo, 2 de novembro de 2008

Tristão ataca novamente...

Com mais uma vitória, subiram as probabilidades de o São Paulo levantar o caneco em 2008. Pelas contas do deprimido matemático gaúcho, o Tricolor agora tem 35% de chance de ser campeão. Mas, adivinhe só, para Tristão Garcia o novo favorito ao título é a Porcaria, com 42% de chance.

Será?

No topo! Só faltam cinco agora

SPFC 3x0 Inter (RS)
2.nov.2008, 19h10
Brasileirão 2008
Público: 54 mil pagantes


Uma vitória com autoridade, e direito a homenagens ao piloto Felipe Massa (que protagonizou a decisão de campeonato mais espetacular da história da Fórmula 1), colocou o Tricolor pela primeira vez na liderança do Brasileirão.

O São Paulo entrou como o esperado, e o Inter, a despeito de alguns desfalques importantes, jogou com muita vontade e qualidade. Podia ter complicado a história da partida, se o Tricolor não estivesse tão focado na partida. Foi uma equipe que não errou durante o jogo, com muita aplicação defensiva e precisão. E fatal na bola aérea (primeiro gol, com Borges) e nos contra-golpes. Aliás, que golaço do Dagoberto!

Hugo fechou a goleada com um misto de bela jogada e insistência, após carimbar a bola no travessão no primeiro lance. E rendeu a segunda homenagem a Massa, "pilotando" na comemoração. (A primeira foi feita por todos os jogadores, que entraram em campo com uma camisa 1 com o nome de Massa.)

De forma inédita neste Brasileirão, o São Paulo lidera a competição. Sem direito a critério de desempate. Estamos ganhando nos pontos, mesmo. Mas, que ninguém se iluda, ainda está tudo muito nebuloso por ali.

O que parece um pouco mais consolidada (mas ainda indefinida) é a possibilidade de disputar a Libertadores 2009. O Tricolor abriu respeitáveis 5 pontos do quinto colocado (o time da CBF, também conhecido como penta com asterisco), que, em apenas 5 rodadas, são difíceis de tirar. Mas nem isso é certeza. É apenas uma convicção forte, que precisará ser confirmada nas próximas partidas.

O que agrada: o time está com os dois pés bem fincados no chão, concentrado, determinado e, pela primeira vez, na ponta do torneio. No que depender do espírito da equipe, está tudo configurado para uma festa Tricolor no fim do ano.

Maaaas (e não é um pequeno "mas") teremos vários adversários difíceis (sim, difíceis!) nesta reta final. A turma que disputa o G-4 do mal vai enfrentar a gente em peso. Temos, em seqüência, Lusa, Figueira, Vasco e Fluminense. Só o Goiás, último adversário, lá em Goiânia, não teme freqüentar o campeonato que tem um time aí comemorando. De resto, só pedreira. E basta ver os últimos jogos de Flamengo e Grêmio para ver como esses times não pretendem ceder pontos com facilidade.

Vamos que vamos!

sábado, 1 de novembro de 2008

Time completo e torcida junto!


SPFC x Inter (RS)
2.nov.2008, 19h10
Brasileirão 2008
Morumbi (SP)


O São Paulo tem uma condição inusitada: todos os titulares estão à disposição do técnico Muricy Ramalho para enfrentar o Internacional, que vem de Porto Alegre com a cabeça em Buenos Aires. O time gaúcho terá pela frente o Boca Juniors, e a Sul-Americana virou prioridade depois que a vaca foi pro brejo no Brasileirão.

Bom pra nós. O resultado deve ser um Inter fortemente desfalcado -- o popular mistão -- contra a força máxima do São Paulo. Mas não que isso garanta o resultado. Se o equilíbrio entre todas as equipes é forte no campeonato, isso não muda quando o Inter escala alguns jogadores reservas. Continua sendo o Inter, um adversário temível e respeitável.

E daí? Vamos pra cima de qualquer jeito. O São Paulo precisa vencer para, quem sabe, assumir a liderança isolada no campeonato. Mas, mesmo que isso não aconteça, temos de vencer para continuar com esperança de vencer a competição. E ficar na frente da Porcaria, claro.

Muricy deve levar a campo o tradicional 3-5-2, com Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Zé Luis, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. E a torcida não deve decepcionar. Até ontem, 25 mil ingressos vendidos. Amanhã, eu apostaria nos 50 mil pagantes.

O cenário parece bom. A torcida finalmente se uniu ao time, na luta pelo título inédito e histórico. Pé no chão, foco no adversário e vamo que vamo, Tricolor!