segunda-feira, 27 de abril de 2009

Já vi este filme...

2008. O Palmeiras marca o segundo gol no Palestra Itália. Valdívia sai fazendo gestos provocativos para a torcida. Era a classificação garantida para a final, depois de bater o rival e favorito São Paulo, para pegar um time fraco em seguida e confirmar o título. O resultado levou os torcedores palestrinos a pensarem que tinham um time forte e que podiam vencer o Campeonato Brasileiro -- competição nacional que realmente mede as forças de um clube.

2009. O Corinthians marca o segundo gol no Morumbi. Ronaldo sai fazendo gestos provocativos para a torcida. Era a classificação garantida para a final, depois de bater o rival e favorito São Paulo, para pegar um time fraco em seguida e confirmar o título. O resultado levou os torcedores corintianos a pensarem que tinham um time forte e que podiam vencer o Campeonato Brasileiro -- competição nacional que realmente mede as forças de um clube.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Quem diria? Mais um sufoco:
São Paulo 2x1 América de Cali

SPFC 2x1 América de Cali
22.abr.2009, 21h50
Libertadores 2009
Público: +23 mil


E assim termina a participação do São Paulo na primeira fase da Libertadores 2009. A melhor campanha, diga-se de passagem, desde a volta do time ao torneio -- fez os mesmos 13 pontos dois pontos a menos que em 2004, mas mais pontos do que os conquistados em 2005, 2006, 2007 e 2008. Por que diabos então estamos tão desconfiados?

Uma olhada no jogo de ontem ajuda a esclarecer. Muricy mandou a campo o mesmo time que jogou contra o Curíntia, com Dagoberto fazendo a ala direita. A equipe foi com Bosco, Rodrigo, Renato Silva e Miranda; Dagoberto, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Junior Cesar; Borges e Washington. O São Paulo começou no 3-5-2, chegando tímida mas constantemente ao ataque. Washington perdeu chance boa, antes que, num contragolpe rápido e bem-costurado, o América de Cali fizesse o seu gol. Pela terceira vez na Libertadores, saímos perdendo o jogo em casa. Que dureza.

A equipe colombiana, que havia entrado descompromissada no jogo, de repente viu a chance de sair de cabeça erguida da competição continental, vencendo o São Paulo no seu estádio. Passou então, com o placar favorável, a fazer aquela tradicional cera. O juiz paraguaio careca nem se incomodou. Deu apenas 1 minuto de acréscimo no primeiro tempo, e 2 no segundo tempo.

Após tomar o gol, o São Paulo migrou para o 4-4-2, mas não surtiu muito efeito. Rodrigo passou a ser lateral-direito, e Dagoberto passou a ser meia, aberto pela direita. Jorge Wagner mal na partida, e Hernanes terrível (aliás, que se passa com este rapaz?).

No segundo tempo, Muricy mandou o Tricolor apertar mais na marcação e voltou ao 3-5-2, que estava mesmo funcionando melhor. E foi numa jogada bonita de Jean, que contornou a área protegendo a bola e centrou com açucar para Dagoberto tirar do goleiro e colocar para dentro. Era o gol de empate.

O São Paulo continuava buscando o gol, mas meio desgovernado. Borges se via várias vezes impedido e também perdeu lá suas chances de marcar. Eis então que a raça falou mais alto: pressionando na marcação, Dagoberto correu em direção ao goleiro, que havia recebido bola recuada. O arqueiro deu aquele bico pra frente. Só que a bola bateu no traseiro de Dagol e foi, mansinha, numa parábola tensa e duvidosa, para o fundo da rede. GOL! De bunda, o Tricolor virava o jogo.

E foi isso. Depois, o América até tentou voltar a pressionar e equilibrou o domínio do meio-campo. Mas não teve forças para buscar um segundo tento. Com isso, vencemos mais uma vez e fomos a 13 pontos -- seremos potencialmente a quinta melhor classificação do torneio, atrás de Boca, Grêmio, Libertad e Nacional (URU). (Claro, não custa aproveitar os jogos finais para secar esses aí.)

E a desconfiança? Vem do fato de que o time até que venceu bastante (4 jogos), empatou pouco (1) e perdeu só uma vez, com o time reserva, mas não convenceu ninguém. Costuma sair perdendo e tomar gols em casa, o que pesa bastante a partir das oitavas-de-final. Não tem organização e, sem Rogério Ceni, não tem liderança. Não há um jogador que sirva de termostato do time, que dite o ritmo de jogo. Não tem, aliás, nem ritmo de jogo. É um time bagunçado que tenta, com chutes de média e longa distância ou irritantes chuveirinhos, marcar os gols. É, enfim, o time de Muricy, tricampeão brasileiro, mas sem futebol vistoso.

O problema: para vencer nos pontos corridos, o ideal é esse mesmo -- ganhar muitos jogos, de 1 a 0 que seja. Já no mata-mata, o importante é ganhar *bem* um dos jogos. O segundo passaria a ser desimportante, se fizéssemos um bom placar num dos confrontos. Será que esse time consegue?

Bom, o que importa é que estamos classificados e Muricy terá duas semanas para tentar incutir essa gana de marcar gols nos jogadores -- e, claro, organizar taticamente a equipe para esse fim. Tomara que ele consiga.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pela vitória e por muitos gols


SPFC x América de Cali
22.abr.2009, 21h50
Libertadores 2009
Morumbi (SP)


Chegou, finalmente, o último jogo da primeira fase da Libertadores. Desde que o Muricy assumiu o time, foi a edição em que garantimos mais rapidamente nossa classificação para as oitavas -- mostrando que aprendemos alguma coisa. Em compensação, perdemos pontos estúpidos e ficaremos apenas numa posição intermediária entre os primeiros colocados -- sinal de que ainda não aprendemos tanto quanto deveríamos.

De toda forma, o São Paulo precisa ir forte para cima do América, na tentativa de melhorar seu posicionamento na classificação geral. Vitória é imprescindível; gols ajudarão também no critério de desempate. Ou seja, a expectativa é de que o Tricolor vá para cima deles.

Em compensação, o América deve vir a São Paulo a passeio. Ontem, por exemplo, em vez de estarem concentrados, os jogadores estavam no Pocilga Itália, para ver Porcaria e LDU. Sintoma de um time já eliminado, que não busca mais nada na competição. Mas, claro, isso não é garantia de vitória: sem a responsabilidade, podem até jogar um melhor futebol. Esperemos que não, contudo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Futebol não é criar, é converter

SPFC 0x2 Curíntia
19.abr.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Público: +45 mil


Quando o Washington perdeu um gol, cara a cara com o Felipe, eu pensei comigo mesmo: Não pode perder gol feito desse jeito. Quando, poucos minutos depois, numa bela jogada de Jorge Wagner pela ponta, o Borges, livre de marcação, chutou esquisito e mandou para fora o que seria gol feito, eu falei: Não pode perder gol assim! E quando Washington, de novo na cara do gol, perdeu outro, eu gritei e chutei a cadeira: NÃO PODE PERDER GOL ASSIM, PORRA!

Este foi um resumo do primeiro tempo de ontem, entre São Paulo e Curíntia. O adversário tinha o jogo configurado do jeito que o Mano gosta: segurança na defesa, seguida por contragolpes. Pressionado pelo tempo, o Tricolor entrou para pressionar. Dominou o primeiro tempo, e as únicas jogadas efetivas do Curíntia surgiam quando eles conseguiam cavar uma faltinha mais perto da área, para levantar a bola no rebu ou chutar direto a gol. Bosco trabalhou pouco e bem.

Muricy havia preparado uma surpresa na escalação: desfalcado de Zé Luis e Arouca -- as duas opções naturais na ala --, ficou com Dagoberto, naquela função! O time entrou com Bosco, Rodrigo, Renato Silva e Miranda; Dagoberto, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Junior Cesar; Borges e Washington. De forma até surpreendente, Dagol rendeu bem na posição -- onde pode exercer sua melhor qualidade, o drible, sem precisar terminar a jogada com seu pior defeito, o chute.

O primeiro tempo só teve chances agudas do São Paulo. Mas futebol não se decide criando chances; se decide convertendo as ditas cujas.

Veio o segundo tempo. O Tricolor seguiu pressionando. Num cruzamento, Borges cabeceia com precisão, vence Felipe e... a bola carimba o travessão. Ali ficou claro que, independentemente da incompetência para marcar no primeiro tempo, a sorte realmente não estava do lado do melhor time. E uma das maravilhas do futebol é essa: às vezes o pior vence.

O São Paulo ficava cada vez mais vulnerável aos contragolpes e foi num lance desses que aconteceu o inevitável -- afinal, quem não faz toma. Arrancada do Curíntia, chute venenoso cara-a-cara, Bosco faz defesa espetacular, a bola ainda belisca a trave e volta, caprichosamente, para o pé de um jogador de preto. 1 a 0.

Desesperado, o Tricolor saiu ainda mais para o ataque. E aí, meu caro, o Gordo não perdoa. Arrancou, venceu Rodrigo na explosão e tocou na saída de Bosco, que nada poderia fazer. Em menos de cinco minutos, o Curíntia anulou os 55 minutos de supremacia inútil do São Paulo e liquidou a fatura.

Daí em diante, o time simplesmente desistiu. A torcida também. Eu fui embora aos 30 do segundo tempo (cerca de 15 minutos após o segundo gol do Curíntia), para não pegar confusão na saída. Decisão acertada, pois não aconteceu mais nada depois do segundo gol.

Com isso, as duas piores campanhas da primeira fase do Paulistinha vão fazer a final, enquanto as duas melhores campanhas saem de cena para concentrar forças na Libertadores.

Algumas observações pontuais:

- A despeito da supremacia Tricolor em quase dois terços da partida, a vitória do Curíntia foi absolutamente justa. Como já disse antes, futebol é converter chances, não criá-las. O São Paulo teve mais chances, mas o Curíntia converteu as duas que teve e, com justiça, avançou à final.

- O prognóstico que todo mundo dava antes de começar a temporada se provou verdadeiro (por linhas tortas, em alguns casos). Porcaria tinha um time frágil demais e não teria futuro; Curíntia viria mais forte para o Paulistinha, por não ter nenhuma competição complicada disputada simultaneamente; São Paulo, brigado com a FPF, não faria sucesso no Paulistinha.

- Muricy segue complicado no retrospecto de mata-mata. Disputou três pelo Paulistinha, perdeu todos na semifinal (São Caetano 2007, Porcaria 2008, Curíntia 2009). Certeza que, com mais esse resultado, as cornetas vão soar. O engraçado é que o Renato Gaúcho é idolatrado por ter levado o Fluminense à final da Libertadores 2008, e, mesmo tendo perdido, é visto como "bom de mata-mata". Muricy fez exatamente a mesma coisa, pelo São Paulo, na Libertadores 2006, e todo mundo acha o cara "ruim de mata-mata".

- Todo mundo vai cair em cima do dito "planejamento" do São Paulo. Vão dizer que houve erro, que perdemos pontos desnecessariamente em Medellín, que de nada adiantou porque não fomos adiante no Paulistinha... seria legal lembrar que não é porque faz planejamento que o único resultado possível é a vitória. Ou seja, é possível ter planejamento impecável e perder.

- Não quero dizer com isso que o planejamento do São Paulo tenha sido perfeito. Mas admito que, fosse eu o planejador, teria feito exatamente a mesma coisa. É até injusto julgar quem planeja a posteriori, com os resultados na mão. Eles tiveram de fazer as decisões de antemão, o que torna tudo muito mais difícil.

- Já estão exaltando por aí a atuação do Gordo no jogo de ontem. Só se foi depois que eu fui embora. O primeiro tempo dele foi medíocre, vi o cara se jogando e cavando falta no meio-campo, se embananando entre os marcadores e pouco produzindo para o time. No segundo tempo, fez o gol que matou o jogo, mas em jogada absolutamente comum. Ou vai me dizer que é a primeira vez que vocês veem um atacante (correndo de frente para o gol) ganhando na corrida de um defensor (posicionado de costas para o gol) e dando um toquinho na saída do goleiro? Menos, frangada, menos...

- Claro que é triste perder do rival. Mas a beleza do futebol está em duas coisas: 1) não ganhar sempre, pois se ganhássemos sempre acabaria perdendo a graça; 2) ganhar na imensa maioria das vezes, o que a sala de troféus do São Paulo deixa claro que é uma especialidade do clube. Bola pra frente, pessoal. Tem Libertadores na quarta.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Com você sempre, Capitão!


O São Paulo Futebol Clube, juntamente com a LG ELETRONICS, idealizou uma das ações mais fantásticas para um estádio, a torcida "virar" o capitão do time e ser 60 mil Rogérios Cenis, só que na arquibancada.

Com uma lucidez tremenda e uma visão rápida, transformaram a contusão e o drama do nosso goleiro em uma motivação enorme para o torcedor são-paulino apoiar ainda mais durante os 90 minutos.

Com os dizeres "Com você sempre, Capitão!", 60.000 faixas serão distribuídas aos torcedores tricolores no próximo domingo.

E nós, da Imprensa São-Paulina, estaremos lá com as nossas faixas, apoiando os 90 minutos, e com a certeza que o Tricolor dará raça, sangue e suor para vencer as franguinhas para o nosso capitão.

Os últimos dezoito anos:
resenha do livro de Rogério Ceni

Muitos dos torcedores rivais dizem que Rogério Ceni é arrogante, que gosta de falar difícil e que por isso é protegido pela mídia. Mas, se ele fosse mesmo arrogante, convidaria um jornalista para assinar sua primeira autobiografia com ele, ou contrataria um "ghost writer" e ficaria com todos os créditos para si?

Com a ajuda do escriba André Plihal (são-paulino fanático e repórter da ESPN Brasil), Rogério realça os 18 anos de carreira profissional, permeada de recordes e glórias. Mas como destacar esses episódios, tão vitoriosos, sem evocar a imagem de presunção que tantos torcedores rivais imputam sobre ele? Sinceramente, é missão impossível. No livro, Rogério não é arrogante, mas descarta completamente a falsa modéstia, tão lugar-comum e tão desprezível. Isso dá ao relato um valor inestimável, posto que é honesto.

E, através da carreira do camisa 01, fazemos uma retrospectiva interessantíssima dos últimos 15 anos de vida do Tricolor Paulista! A organização do texto é inteligente, porque começa com referências recentes -- menções ao momento da escrita, às vésperas do cobiçado tri-hexa -- e então rebobina a fita para seguir em ordem cronológica, deixando de fora apenas o capítulo destinado ao Mundial de 2005. Este, apropriadamente, fecha o livro, como o ponto máximo da carreira do goleiro-artilheiro.

Rogério, a pessoa, se revela no formato do livro. A narrativa evita quase que completamente a vida pessoal do jogador, começando com seu primeiro título pelo Sinop, em Mato Grosso, ainda sem contrato profissional, e terminando com a primeira contusão do craque em 2009 -- não há, claro, menção à fratura que o afastou por seis meses do futebol. Os únicos momentos em que a vida pessoal do atleta transparece são os que ela se entrelaça com a vida profissional. Mas Rogério mostra, no geral, que é um sujeito bastante reservado, que preza acima de tudo a privacidade familiar.

Sentimento confesso, sem demagogia. Na festa da conquista da Libertadores 2005, Rogério admite, ele não foi -- preferiu ir para casa curtir o momento com sua mulher e suas filhas. Aliás, se tem uma coisa que transparece da vida pessoal ao longo do relato é o romance "conto de fadas" com Sandra, com quem namorou desde a chegada a São Paulo e mais tarde se casou.

De resto, é uma bonita trajetória de um menino humilde, trabalhador, pé-no-chão, família, que chega ao SPFC na esperança de despontar no futebol. É, por si só, um alívio ver que nem todos os jogadores de futebol começam a carreira em busca de fama e fortuna -- postura que, invariavelmente, leva apenas a episódios constrangedores e controvertidos (vide Robinho, Ronaldos e Adriano, só para citar os dos últimos anos). Obcecado pelo mérito, Rogério lutou para conquistar todas as glórias que teve até hoje.

O livro também é um precioso insight nos bastidores da vida dos jogadores do Tricolor, desde 1993 -- quando Rogério foi reserva de Zetti no Mundial -- até agora. Vários episódios tumultuados da trajetória do São Paulo são espelhados pela vivência de Rogério -- o castigo nos pênaltis frente o Vélez Sarsfield, em 1994, os times medíocres da época da reforma do Morumbi, a dolorida perda da Copa do Brasil para o Cruzeiro e a desclassificação da Libertadores de 2004 (com a desastrada ação motivacional de Cuca antes do jogo) são os mais marcantes.

Rogério também fala de forma bastante honesta de sua passagem pela Seleção e admite: não rendeu com a camisa canarinho o que rendeu no Tricolor.

Agora, minha crítica ao livro: ficou faltando contar melhor o episódio mais sinistro do goleiro pelo Tricolor -- o afastamento dele pela diretoria por um mês, evento que quase culminou em seu desligamento do clube. Especulações na época diziam que ele teria recebido uma proposta do Arsenal e, por isso, pleiteava aumento de salário. Rogério, para evitar controvérsias, conta a história apenas a partir da suspensão e não dá sua versão dos fatos para o que teria levado a ela.

É um relato que faz falta e não passará batido, da forma discreta que os autores queriam que passasse. (Em defesa de Rogério, talvez a versão "definitiva" dessa história não possa mesmo ser contada por algum dos protagonistas; alguém um dia terá de entrevistar todos os envolvidos e reconstruir, de forma imparcial, os eventos que se deram na época.)

Apesar disso, é um livro saboroso -- econômico nas palavras, de leitura agradável e fluida -- que trará grandes recordações dos últimos 15 anos da vida Tricolor. Os principais personagens -- Telê, Autuori, Muricy, Rojas, Raí, Zetti, Ricardinho, Lugano, Mineiro e, claro, Rogério Ceni -- estão lá. Trata-se, portanto, de um item imprescíndivel à biblioteca do fanático torcedor são-paulino.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

São Paulo empata e conhece a primeira derrota na Libertadores

Independiente 2x1 SPFC
15.abr.2009, 21h50
Libertadores 2009
Atanasio Girardot (COL)


Atenção, atenção! Vai começar a malhação do Judas! Ou melhor, do Muricy! Porque, se o time tivesse ganho ou mesmo empatado, ninguém ia falar muito. Mas como perdeu, vem aí a legião do "eu não falei?" para criticar.

Seguinte: o São Paulo até empatou, mas o bandeirinha erradamente anulou. Lance rápido, coisa de jogo, fazer o quê?

Muricy conseguiu mandar a campo um time ainda mais reserva do que o esperado. Wagner Diniz, horroroso como sempre, saiu jogando, assim como Aislan. André Dias viajou, mas foi poupado. (Essa não deu pra entender.)

A escalação foi Bosco, Renato Silva, Aislan e Rodrigo; Wagner Diniz, Jean, Eduardo Costa, Hugo e Ricky; Dagoberto e André Lima. Desses aí, quem jogou bola pra valer, só o André Lima (isso não foi uma brincadeira; o cara jogou bola mesmo, eu juro). No início do jogo, a defesa estava em pane. Tomou 1 a 0 antes dos 15 minutos, numa falha da linha burra (Renato Silva esqueceu de avançar). E, lá pelos 25, tomou o segundo, numa falha de marcação do Eduardo Costa (chegou atrasado), seguida por um desvio infeliz de Rodrigo, que tirou Bosco da jogada.

Com 2 a 0 para eles, o que se desenhava era uma potencial goleada. Eu mesmo comecei a me lembrar de 1992, quando o time reserva do São Paulo tomou de 3 a 0 do Criciúma, pela Libertadores.

Mas o time começou a sair para o jogo, e num belo passe de Dagoberto para André Lima, o centroavante pensou rápido e mandou um foguete, da entrada da área para o fundo do gol. Golaço. Com o 2 a 1, dava para Muricy arrumar o time no intervalo e voltar para buscar o empate.

Foi exatamente o que aconteceu. O São Paulo se postou melhor, dominou os espaços e jogou o tempo inteiro em cima do Independiente. André Lima chegou a fazer o segundo gol, erradamente anulado. E Dagoberto, que já tinha perdido chance no primeiro tempo, desperdiçou outra no finzinho. Placar final: 2 a 1 para eles.

Agora, qual é o panorama? Não é bom, eu lamento dizer. Com o resultado, as chances de o São Paulo ficar sequer entre as quatro melhores campanhas da primeira fase são reduzidas. Eu apostaria num quinto lugar, o que já obrigaria o Tricolor a potencialmente fazer as quartas-de-final com o segundo jogo fora (embora não seja isso definitivo).

A vitória do Grêmio fora de casa praticamente definiu a condição do time como melhor brasileiro na competição -- quiçá melhor de todos. E aí, todo mundo já sabe o que acontece se o São Paulo tiver de enfrentar o Grêmio, né? Vamos definir no Olímpico.

Ouço ao longe as cornetas tocando. E a pressão sobre o time no domingo beira o insuportável. Ganhar agora virou obrigação -- o que nunca é bom, vide um time aí que tá sofrendo muito pra tentar passar da primeira fase da Libertadores...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Força, Capitão, estamos com você!

Força capitão! É tudo isso que esperamos que você tenha e que possamos ajudá-lo nesses 4 a 6 meses de recuperação! É difícil imaginar nosso amado tricolor sem você comandando!

Agora é hora de se refazer no estaleiro e voltar forte para brilhar ainda mais com a camisa Tricolor! Não, não é um fim de uma era... é apenas um recomeço.

Rogério Ceni é um ídolo obstinado, adorador de desafios e que não desiste dos seus objetivos e persevera até conseguir o que quer, e com certeza conseguirá vestir o manto sagrado em alto nível e levantar muitas outras taças.

Fiquei atônito e emocionado ao saber que as primeiras palavras depois da contusão, ditas a Marco Aurélio Cunha enquanto era examinado foram "Perdi a Libertadores!", talvez as mesmas de muitos torcedores como eu, que disseram desesperados "Perdemos a Libertadores!".

Agora é hora de nos refazermos e acreditarmos, e quem sabe Capitão, você já não treina para funções futuras para depois de 2014, até como auxiliar da comissão técnica ein? Representante da nação tricolor e futuro presidente do São Paulo, saiba que todos nós torcemos demais por você e que jamais abandonaremos aquele que foi e é, o maior ídolo da história do São Paulo Futebol Clube.

A controversa escolha do Tricolor


Independiente x SPFC
15.abr.2009
Libertadores 2009
Atanasio Girardot


Esta talvez seja a escalação mais controversa da temporada: Bosco, Renato Silva, André Dias e Rodrigo; Joílson, Jean, Eduardo Costa, Hugo e Ricky; Dagoberto e André Lima. É com este esquadrão que o São Paulo buscará uma vitória em seu último jogo fora de casa pela primeira fase da Libertadores.

Tem muito torcedor reclamando da decisão de deixar na Barra Funda Miranda, Hernanes, Jorge Wagner, Junior Cesar, Washington e Borges. O Tricolor viaja com apenas 16 jogadores para a Colômbia e, claramente, se guarda para o confronto decisivo pelo Paulistinha, no domingão.

A prioridade do São Paulo sempre foi -- e continua sendo -- a Libertadores. Aliás, não me lembro do Tricolor levando a campo um time reserva para a competição desde a estreia contra o Criciuma, em 1992 (tomamos de 3 a 0 na ocasião).

Mas como conciliar isso com o fato de que os titulares ficaram em São Paulo, esperando o jogo contra o Curíntia?

Acho que tem dois jeitos de ver isso. Primeiro, o São Paulo disse que a prioridade era a Libertadores, não que abdicava do Paulistinha. E, com o resultado de domingo passado, o time precisará estar mais forte no domingo.

Segundo, que o jogo contra el DIM será duríssimo e precisa ser colocado no contexto. O São Paulo jogou, na seqüência, contra o São Caetano em Presidente Prudente (domingo), contra o Defensor no Morumbi (quinta) e contra o Curíntia no Pacaembu. Agora pega o Independiente em Medellín (quarta) e volta a enfrentar o Curíntia, no Morumbi (domingo). Joga na quarta seguinte contra o América de Cali (quarta) e, se tudo der certo, joga a primeira final do Paulistinha no domingo.

São todos jogos pegados -- o São Paulo já passou de fase na Libertadores, mas os outros três do grupo seguem se matando pela segunda vaga, e no Paulistinha chegamos aos mata-matas. Estava claro desde sempre que o time não aguentaria jogar todos. Em alguma das partidas, os titulares teriam de ser poupados.

Muricy e a diretoria elegeram o jogo contra o Independiente. Por quê?

1- É a viagem mais desgastante;
2- É um jogo de vida ou morte para o adversário;
3- Não adianta nada mandar um time titular, mas baleado;
4- Por mais que queiramos somar pontos, não é decisivo.


Não tem tanto a ver com priorizar uma competição ou outra. Tem a ver com gerenciar o elenco para disputar as duas em condição de ganhar. Acho que foi a decisão acertada, embora admita que seja controversa.

E, sinceramente, acho mais fácil ganhar ou empatar com um time inteiro de segundo nível, do que com uma equipe baleada de primeiro nível.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O fim de uma era

Enquanto escrevo estas linhas, o capitão Rogério Ceni deve estar passando por uma cirurgia para colocar uma placa em seu tornozelo esquerdo, após fraturá-lo durante um inofensivo jogo de seis contra seis no campo de society do CCT da Barra Funda. Com a recuperação, deve ficar cerca de cinco meses sem jogar.

Talvez incomode aos fãs do goleiro -- como eu -- o título dado a este post. Como assim, o fim de uma era? Ele vai se recuperar, com sua determinação e profissionalismo costumeiros, e voltar a jogar.

Disso, não tenho dúvidas. Mas é o fim de uma era porque o esquadrão Tricolor acaba de perder sua maior liderança em campo. E não vai dar para esperar cinco meses para recuperá-la.

Alguém, no elenco, deverá emergir como líder deste time, para poder conduzi-lo com sucesso nas competições que temos pela frente: a fase final do Paulistinha e, sobretudo, a Libertadores.

Quando Rogério voltar ao elenco, não será mais como a única referência forte de liderança. É, de fato, o fim de uma era.

Se querem saber, estou muito mais triste hoje, pela contusão séria do capitão, do que pelo jogo de ontem. É como se uma parte da alma Tricolor perdesse seu brilho, enquanto esperamos, angustiados, o retorno de sua luz.

Enquanto isso, Bosco terá de mostrar a confiança que depositamos nele como reserva de Rogério. E o time terá de encontrar forças dentro de campo para superar a ausência de nosso eterno camisa 01.

Eu perdi alguma coisa?

Curíntia 2x1 SPFC
12.abr.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Pacaembu (SP)


Todo mundo viu o jogo, né? Então nem vou me dar ao trabalho de elaborar muito. O São Paulo fez 60 minutos péssimos, e ainda assim teve boas chances de marcar. Depois da expulsão de André Dias, o time assumiu que ia jogar pelo empate e ficou a 30 segundos de atingir o objetivo. Hernanes desaparecido. E Rogério, apesar das boas defesas, quase entregou de novo.

Esqueci alguma coisa? Acho que é isso, né?

Pronto, terminado o relato do jogo, vamos falar um pouco das repercussões. Porque aí teve várias coisas que eu não entendi. Ouvi vizinho gritando na janela, ouvi buzinaço perto da minha casa... será que uma vitória do Curíntia era tão improvável assim? Ensejava tanta comemoração? Teve Troféu OB por esse jogo? Não entendi mesmo.

Que ninguém se deixe iludir pela euforia das frangas... não tem absolutamente nada definido. Lembro-me, por exemplo, de 1998, na volta de Raí ao São Paulo. O Curíntia jogava pelo empate. Mas metemos lá os nossos 3 a 1 no Morumba e ficamos com o caneco.

Assim como não era um resultado surpreendente o Curíntia vencer no Pacaembu, com a torcida toda do lado deles, também não há nada de estranho se o São Paulo vencer no Morumbi, com a torcida do seu lado. Não tem segredo -- é só vencer, por qualquer placar, o jogo de volta, e avançar. Sem estresse.

O que preocupa mesmo é que, no meio do caminho, tem uma viagem a Medellín. Estou curioso para ver que time Muricy mandará a campo na Colômbia...

domingo, 12 de abril de 2009

De volta aos mata-matas!


Frangas x SPFC
12.abr.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Pacaembu (SP)


Começa hoje a série de mata-matas que o São Paulo terá de enfrentar na temporada 2009. O primeiro adversário, pela semifinal do Paulistinha, é fraco, embora tradicional, o que ajuda a fazer um bom "esquenta" para os verdadeiros confrontos, que serão pela Libertadores.

Muricy tem o desfalque de Zé Luis, contundido no jogo contra o Defensor, e rumores dão conta de que ele pode voltar ao 3-5-2 para esta partida. Caso isso aconteça, deve entrar com Rogério Ceni, Renato Silva, André Dias e Miranda; Arouca, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Junior Cesar; Borges e Washington. Mas não se surpreenda se algum(ns) desse(s) ficar de fora; o jogo contra a equipe uruguaia na quinta-feira foi pesadíssimo, e a sequência também é do capeta, na quarta-feira, em Medellín.

Quanto ao jogo em si, não espero, sinceramente, uma partida tão bonita quanto foi Santos e Porcaria, ontem, na Vila. Eita joguinho corrido aquele, hein? Mano e Muricy, aposto, vão fazer duelo mais travado no meio-campo. De toda forma, como é mata-mata, dificilmente vai ficar no 0 a 0. E, como já dissemos aqui na apresentação do outro duelo entre as frangas e o Tricolor, clássico é clássico, e vice-versa.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Mais um épico na história do Tricolor:
São Paulo 2x1 Defensor

SPFC 2x1 Defensor
9.abr.2009, 19h15
Libertadores 2009
Público: +47 mil


A alegria proporcionada pelo gol da virada é indescrítivel -- mas é paga por antecipação com toda a agonia de tudo que veio antes dele. Esse foi o vibe de São Paulo e Defensor, jogo que selou classificação antecipadíssima para as oitavas.

O Tricolor foi a campo no 4-4-2, como esperado, mas não jogou bem. Os meias, Hernanes e Jorge Wagner, pouco abriam pelas pontas -- comportamento esperado deles para o funcionamento do esquema. O time parecia desligado, errando muitas saídas de bola -- até Rogério quase entregou o ouro, aos 2 minutos, numa saída rasteira totalmente equivocada. Ainda assim, o Tricolor foi quem mais chutes a gol deu, embora sem muito perigo. E a melhor jogada do São Paulo, como sempre, foi a tentativa pelo alto, para Borges e Washington.

Eis que, numa jogada despretensiosa do Defensor -- um levantamento-cruzamento, na direção do gol, à la Jorge Wagner, Rogério Ceni se atrapalhou com a bola e acabou indo pegá-la dentro da meta. O bandeira, esperto, validou o gol, e complicou de vez a situação do São Paulo. O jogo, que já estava bom para o Defensor, posto que inofensivo para os dois lados, passou a ter marcador favorável ao visitante.

Terminou o primeiro tempo, e na volta do intervalo o São Paulo veio mais disposto, com a garra de quem quer virar o marcador. A torcida também ajudou, apoiando o time o tempo todo. Washington fez grande jogada, ao tentar encobrir o goleiro num chute diagonal, mas a bola caprichosamente beliscou o travessão. Poucos minutos depois, num cruzamento, André Dias cabeceou no primeiro pau, literalmente: a bola acertou a trave, mas, de novo, não entrou.

A nova atitude do São Paulo, entretanto, estava se desenhando. Muricy manda a Dagoberto a campo, no lugar de Zé Luis, contundido. E o atacante fez o que era preciso para dar o último acerto no Tricolor: partiu para cima dos adversários. Todo mundo sabe que, num time retrancado, é preciso driblar para abrir a marcação. Mas o São Paulo passou 60 minutos tentando entrar num time retrancado só com toque de bola.

Com a entrada de Dagol, não só ele como os outros começaram a explorar o talento individual para abrir espaços na defesa. Ainda assim, foi com uma bola levantada na área, que pipocou até encontrar Borges, que bateu com precisão, no ângulo direito do goleiro. Explosão da torcida, e o 1 a 1. (Depois, vendo pela tevê, ficou claro que Borges estava em impedimento, mas era um lance dificílimo para o auxiliar.)

Menos de cinco minutos depois, uma bobeada da defesa do Defensor, e Borges, com um toque sutil, colocou no cantinho, confirmando a virada. Eram 29 do segundo tempo, e a torcida ia ao delírio.

Literalmente delírio. Tanto que, num sufoco desses, se arriscou a gritar "olé" logo em seguida ao segundo gol -- certamente o jogo não ensejava essa sensação de domínio que o "olé" costuma caracterizar.

De toda forma, o Tricolor conseguiu preservar o placar até o final e conquistou esses três pontos, fundamentais para a sequência do torneio.

Agora, depois de se acabarem em campo, os jogadores se preparam para uma semifinal de Paulistinha. Não é moleza, não.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Nação Tricolor na mesma sintonia


SPFC x Defensor
9.abr.2009, 19h15
Libertadores 2009
Morumbi (SP)


E a torcida do São Paulo, que todo mundo cobrava pela ausência nos clássicos (clássicos?) do Paulistinha, comparece em massa para o jogo que realmente vale. Vale a classificação antecipada do Tricolor à próxima fase, com garantia do primeiro lugar do grupo. Vale muito. E por isso a torcida vai. Expectativa supera todos os prognósticos: cerca de 50 mil pessoas devem comparecer ao Morumbi.

Surpreendente mesmo. Todo mundo sabe que o são-paulino é louco pela Libertadores, mas desde 2004 o São Paulo não leva público tão bom a um jogo de primeira fase da competição continental. Sem dúvida será um motivador a mais para os jogadores correrem, e muito, pela vitória.

O time do Defensor não chega a ser bom, mas é osso duro de roer. Não dá para contar como favas contadas. Deve jogar fechadinho, aproveitando um ou outro contragolpe. Com a mesma metodologia, por pouco o Independiente Medellín não bateu o Tricolor em pleno Morumbi, na estreia do time na competição.

Muricy manda a campo pela primeira vez na Libertadores um time no 4-4-2. Meses atrás, quando o treinador iniciou as experiências nesse esquema, a Imprensa São-Paulina ficou preocupada: o modo de jogo do São Paulo deixava a defesa muito exposta.

Desde então, com a titularidade de Junior Cesar e, sobretudo, Arouca, Muricy achou uma equipe que joga de forma equilibrada no 4-4-2, dando proteção aos zagueiros. Por conta disso, de crítico, este blogueiro passou a entusiasta do novo esquema.

O time de hoje: Rogério Ceni, Zé Luis, André Dias, Miranda e Junior Cesar; Jean, Arouca, Hernanes e Jorge Wagner; Borges e Washington.

Esses 11, mais 7 reservas, 1 treinador e 50 mil torcedores vão empurrar o Tricolor rumo à próxima fase da Libertadores! Vai ser bonito de ver!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mostrando o que vale!

Até o final dessa terça-feira foram vendidos 32.848 ingressos para o confronto entre São Paulo x Defensor Sporting ás 19h15 de quinta-feira pela Copa Libertadores. O número expressivo alcançado pelos são paulinos só vem a empolgar e fazer com que o time produza um grandíssimo espetáculo em campo.

Consistência. Essa é a palavra que faz com que o torcedor tricolor compre tantos ingressos e apoie em massa o Tricolor ainda na primeira fase. Com um futebol consistente, o SPFC transmite confiança e seu torcedor se conscientizou que acabar com o maior número de pontos nessa primeira fase é bastante importante.

Acho que todos os são paulinos estão com um pouco de receio de dizer, mas todos tem aquela sensação de "esse ano vai!". Mas como viemos de eliminações em mata-matas dolorosos nos anos anteriores, ser cauteloso ajuda. Então, tudo precisa sair perfeito.

Junto ao sentimento do torcedor de mostrar para a imprensa franga qual campeonato realmente vale, também vem em conjunto ótimas decisões da diretoria: promover o setor Visa e bem como termos novo "brinde" no domingo! Sim, essa partida da Libertadores também terá seu brinde especial de páscoa, um chocolate pra cima das frangas no domingo!

Enfim, onde você estiver torcedor tricolor, no estádio ou em casa, saiba que o sentimento é o mesmo: Vamo São Paulo, Vamo São Paulo, Vamo ser campeão!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A coisa certa

PELA PRIMEIRA VEZ a Federação Paulista de Futebol acertou, nesta temporada 2009. Respeitou os mandos nas semifinais. Sábado, teremos Santos e Porcaria na Vila; domingo, Curíntia e São Paulo, no Pacaembu. Na semana seguinte, inverte tudo: sábado tem Porcaria e Santos no Pocilga Itália; domingo, São Paulo e Curíntia no Morumbi. É isso aí.

PROPOSTA INDECENTE. Segundo o repórter Marcello Lima, o Bayern de Munique fez proposta oficial por Hernanes: 18 milhões de euros. É sinal de que os europeus devem vir fortes em cima do meio-campista na janela de meio do ano. Mas o valor ainda não está bom. Como diria Silvio Santos, "vai maaaaaeeeiiii...".

DIRETORIA MAU CARÁTER. Circulam por aí rumores de que o contrato do Curíntia com a Batavo foi de R$ 16 milhões apenas, e que o time sem-estádio/sem-história/freguês-do-Tricolor teria de devolver parte do dinheiro caso o Gordo, por alguma razão, deixe o clube. Que beleza de acerto, hein? Faz os coreanos da LG parecerem filantropos...

domingo, 5 de abril de 2009

Foi ruim, mas foi bom.
São Caetano 2x2 São Paulo

São Caetano 2x2 SPFC
5.abr.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Fim do Mundo (SP)


Joguinho sem-vergonha. O São Paulo foi a campo desfigurado, com Rogério Ceni, Zé Luis, Renato Silva, Miranda e Ricky; Joílson, Eduardo Costa, Arouca e Hugo; Dagoberto e André Lima. E, se pela escalação, fica a impressão de que o jogo foi ruim, pela partida, então, mais ainda. Péssimo fim para a chatíssima primeira fase do Paulistinha.

O primeiro gol foi do Tricolor: André Lima, em impedimento, desencantou. Aí, em falha do Rogério, o São Caetano empatou. Renato Silva, de cabeça, fez 2 a 1. E no apagar das luzes, aos 49 do segundo tempo, o São Caetano voltou a empatar -- de novo, com a ajuda do nosso capitão.

Pois é. Coisinha feia mesmo. Mas o Curíntia também não deixou por menos e empatou com o Mirabel, e terminamos na frente. Agora os confrontos são:

Porcaria x Santos
São Paulo x Curíntia

sábado, 4 de abril de 2009

Tem até juvenil relacionado!


São Caetano x SPFC
5.abr.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Fim do Mundo (SP)


Pois é. Com cinco suspensos pelo terceiro amarelo, mais três poupados, o São Paulo acaba cumprindo a ameaça de enviar um time reserva a Presidente Prudente, para pegar o São Caetano. E é esta a equipe que poderá colocar o Tricolor na primeira colocação do Paulistinha, caso a Porcaria trupique no Pocilga Itália, ou deixar escorregar a segunda posição, em caso de vitória do Curíntia contra o Mirabel.

Pelos relacionados, o time parece ser o seguinte: Rogério Ceni, Wagner Diniz, Renato Silva, Miranda e Richarlyson; Zé Luis, Eduardo Costa, Arouca e Hugo; Dagoberto e André Lima. No banco, vão sentar Bosco, Joílson, Aislan e outros quatro juvenis (!) do Tricolor! Imagino o prazer que esses moleques devem estar sentindo, só de viajar e acompanhar o time profissional! Muito legal!

De resto, está claro que a cabeça do time está na maratona vindoura, com jogos decisivos no estadual e no continental. Mas tenho a impressão de que o torcedor ainda não chegou lá. Eu, pelo menos, estou por ora mais ansioso para ver a combinação de jogos do domingo, na esperança de esfregar na cara da FPF a tabela de classificação. Aguardemos, pois.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vitória apertada e limpeza de cartões:
São Paulo 2x1 Guaratinguetá

SPFC 2x1 Guaratinguetá
02.abr.2009, 15h45
Campeonato Paulista 2009
Público: 13 mil


Jogando apenas o suficiente -- e quase que nem isso --, o São Paulo bateu o Guará por 2 a 1 e está na briga pela liderança da primeira fase do Paulistinha. E o melhor de tudo: limpou os cartões amarelos da galera. Cinco suspensos para o jogo contra o São Caetano, a ser realizado lá no F... você sabe onde.

O time entrou como o previsto e encontrou um adversário aguerrido, que chegava pouco, mas com perigo ao ataque. Rogério teve de fazer duas importantes intervenções para impedir que o time visitante saísse na frente.

Aos poucos, o Tricolor recuperou o comando das ações e foi para cima. Dagoberto abusou de perder gols, até não poder mais. E aí, no finzinho do primeiro tempo, num passe de Jorge Wagner que bizarramente passou pelo meio de todo mundo e encontrou o atacante na cara do gol, ele fez o dele. Quase teve um infarto ao ver a bola na rede (depois o outro que é cardíaco!).

Mas, quando parecia que ia acabar o primeiro tempo, Washington dá uma cortada de vôlei na bola -- dentro da área defensiva do São Paulo. Pênalti, que o Sr. Cleber Wellington Abade confirmou com indelével prazer. E o Guará empatou.

Segundo tempo, o São Paulo volta para fazer o segundo gol. Ele acontece aos 8 minutos, em jogada clássica: cruzamento para Washington, que não perdoa e alcança aquele outro molequinho na artilharia do torneio. O 2 a 1 chegou a ser 3 a 1, mas o gol foi anulado pelo juiz (achei esquisito, mas vá lá).

Depois, o Sr. Abade tentou esticar o jogo até o Guará empatar. O time do interior vinha fazendo pressão, e os acréscimos foram de quatro minutos. Ou melhor, quatro declarados, porque o juizão deixou a partida adentrar os 50 minutos. Mas não rolou. E o São Paulo conquistou importante vitória.

Ao longo da partida, tomaram amarelo André Dias, Rodrigo, Jean, Hernanes e Jorge Wagner. Ou seja, por mais que a turma do OB quisesse, vamos acabar mandando mesmo um mistão para a rodada final. O que é ótimo, não tanto pelo jogo em si, mas pela maratona de jogos decisivos que vem em seguida.

Nota positiva para o público: 13 mil torcedores, para um jogo nesse horário, tá bom demais -- até melhor que o outro horário famigerado que a FPF destinou ao São Paulo ao longo deste campeonato, às 21h50 de quinta-feira.

Tem que ganhar


SPFC x Guaratinguetá
02.abr.2009, 15h45
Campeonato Paulista 2009
Morumbi (SP)


Num horário "aposentados-have-fun!", o Tricolor recebe o time do passarinho e precisa vencer para reassumir a segunda posição e seguir perseguindo o líder da primeira fase.

Muricy manda a campo força total: só Borges e Miranda ficam fora -- o primeiro contundido, o segundo na Seleção. O time vai num 4-4-2, com Rogério Ceni, Zé Luis, André Dias, Rodrigo e Junior Cesar; Jean, Arouca, Hernanes e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington.

O jogo tem transmissão pela Globo, menos para a capital, que só vê o jogo no PPV. Resta saber se o público vai surpreender e se apresentar em bom número -- pessoalmente, não boto muita fé.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Turma do OB empurra SPFC pra Prudente!

Pois é. A turma do Troféu OB praticamente obrigou o São Paulo a escalar o time principal contra o São Caetano, no famigerado jogo marcado para Presidente Prudente, vulgo Fim do Mundo. A Porcaria conseguiu a façanha de empatar com o Oeste num jogo decisivo e tem sua primeira colocação ameaçada, caso empate novamente na rodada final e o São Paulo vença as duas. Já o Curíntia ganhou do Ituano e seguiu fazendo sombra ao Tricolor, que pode perder a segunda posição se não conquistar os últimos seis pontos em disputa.

E, quem diria, tudo pode virar de ponta-cabeça ao final da primeira fase do Paulistinha. A juizada, que anda metendo a mão em favor da Lusa para favorecer a Porcaria (provável adversária do quarto colocado), pode acabar fazendo um servição para o Tricolor, seu maior algoz (zero pênaltis marcados na competição).

Já o Curíntia, com Gordo ou sem Gordo, pode ter que se matar com a Porcaria numa semifinal. E corre o risco de Andres Sanchez ter de enfiar no rabo o suposto mando de jogo que teria contra o São Paulo na fase final do torneio estadual.