sábado, 27 de fevereiro de 2010

Entre cornetas e otimistas

O Podcast ISP está de volta, refletindo o desempenho no time na derrota para o Once Caldas, da Colômbia. São mais de 90 minutos que mostram as divergências de opinião entre os dois blogueiros. Qual esquema é o certo, 4-4-2 ou 3-5-2? O time está mostrando padrão de jogo ou não? Há esperança para o São Paulo 2010? Ouça (no player abaixo ou fazendo o download do MP3) e diga o que você acha!



Para baixar o arquivo (46 MB), clique aqui.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Once Caldas 2x1 SPFC

Hmm, como começar esse post?

Primeiro, um aviso: as opiniões postadas aqui são exclusivamente minhas e não refletem (e como!) as do meu colega de blog. Tendo dito isso, vamos lá.

Acho que o São Paulo fez um primeiro tempo perfeito de time visitante em Manizales. Literalmente perfeito. As duas linhas de 4 trabalharam muito bem, os volantes marcaram (fizeram até umas faltinhas no meio-campo, vejam só), o time controlou o meio e deixou poucas opções ao Once Caldas, que, meio assustado, só fazia por lançar bolas longas, na esperança de um atacante ganhar de um zagueiro na corrida.

Com o controle do jogo nas mãos, estava claro que, apesar da falta de profundidade, uma hora nossa bola ia entrar. E entrou, numa cobrança de falta histórica, que colocou Rogério Ceni como artilheiro máximo do clube em Libertadores. A partir do gol, o Once Caldas melhorou um pouco e chegou a ter algumas chances. A melhora foi simultânea a um afrouxamento da marcação. Ainda assim, o primeiro tempo terminou 1 a 0 para nós.

E aí veio o segundo tempo. O São Paulo voltou mais frouxo e displicente, e o símbolo máximo dessa displicência foi a presepada que Jorge Wagner e Marcelinho Paraíba fizeram, num lateral na extrema esquerda defensiva. Jorge bateu para Marcelinho matar no peito -- quando o certo, ali, é mandar mais alta, para o jogador raspar de cabeça e mandar a bola mais para o meio do campo. Para complementar a cagada, Marcelinho quis dar uma de craque e tentou devolver de peito. Para quê? Roubada de bola, cruzamento e o gol. Com meros 3 minutos, o Once Caldas alcançava o empate.

Eu confesso que fiquei irritado com o tento sofrido, mas nutri a esperança de que, com a igualdade no marcador, o time ao menos voltasse a jogar com a mesma desenvoltura e vontade do primeiro tempo. Mas não foi isso que aconteceu. Com o moral elevado, o time colombiano passou a conquistar mais espaços e usar melhor sua velocidade. Foi numa arrancada de Moreno (após uma marcação frouxa de Jean, que, como os outros volantes, parece não entender que, no meio-campo, em Libertadores, tomou o drible, tem que fazer a falta, porra! O máximo que acontece é um amarelinho, e aí a defesa se recompõe) que terminou num espetacular drible em Miranda e num chute preciso, indefensável, que o Once Caldas virou e mostrou mais uma vez seu talento para estragar uma festa são-paulina.

O São Paulo teve (poucas) grandes chances de chegar ao segundo gol, mesmo antes da virada. Duas vezes com o Washington, uma em que ele dividiu o zagueiro e a bola saiu rente à trave, e outra em que ele dominou e chutou com força, mas o goleiro defendeu sem grandes problemas. Com isso, não parecia que o time ia chegar a nova igualdade. Como não chegou. Rodrigo Souto ainda entrou no lugar de Marcelinho, para ver se acabava a frouxidão no meio-campo, mas pouco pôde fazer. O placar final acabaria mesmo favorável ao time colombiano, que agora se isola na liderança do Grupo 2 da Libertadores.

Desempenho tático

Eu, sinceramente, não acho que o demérito do São Paulo no segundo tempo tenha sido o 4-4-2. Aliás, o primeiro tempo é uma boa prova de que o esquema pode sim funcionar no time, como de fato funcionou nos 45 minutos iniciais. Mas, para isso, é preciso que uma única coisa aconteça: o meio-campo precisa marcar firme e não ter medo de fazer faltas longe da área defensiva Tricolor. No primeiro tempo, isso aconteceu. No segundo tempo, não. Para mim, esse foi o maior pecado do São Paulo na partida. E não vejo, sinceramente, como o 3-5-2 poderia ter remediado esse problema.

Desempenhos individuais

Rogério Ceni: Partida muito boa e segura, com defesas importantes e um gol histórico. Pena que tenha sido nesse jogo pouco memorável em razão do placar final.

Cicinho: Não sei, não, acho que a paciência da torcida com ele pode não durar muito mais. A minha está se esgotando. Que ele não é um primor defensivo, sempre soubemos. Mas nem ofensivamente ele tem vindo bem. Claro, é um jogador cujo potencial conhecemos, com grande capacidade. Mas está devendo muito e hoje só fez por ocupar espaços, mais nada.

Xandão: Continuo com boa impressão dele, apesar de algumas falhas que só serão corrigidas pelo benefício da experiência, que ele ainda não tem. Não achei que o primeiro gol tenha sido em falha de marcação dele, até pelo erro grotesco, cortesia de Jorge Wagner e Marcelinho Paraíba, que antecedeu o lance.

Jorge Wagner: Estragou o que teria sido mais uma belíssima atuação com a presepada que fez no primeiro gol do Once. Uma pena, porque parece um dos jogadores mais bem adaptados à função, com mais equilíbrio entre desempenhos ofensivo e defensivo.

Jean: Fez um primeiro tempo excepcional (sofrendo a falta que resultou no gol) e no segundo, ofensivamente, foi bem. Mas é o velho pecado dos volantes: tem que, primeiro de tudo, ir bem defensivamente. No segundo tempo, ele afrouxou a marcação, o que ajuda a explicar a fragilidade do time. NÃO PODE ACONTECER.

Ricky: Partida segura, com poucos erros de passe (o que costuma ser seu principal problema) e boa saída para o ataque. A única coisa que falta dizer para ele é pedir para não chutar a gol de média distância. A chance de acertar, tenho absoluta convicção, é bem inferior a 1%.

Hernanes: Sempre mostrando habilidade e vontade, mas, convenhamos, não foi muito produtivo.

Cleber Santana: Gostei da atuação dele. Num jogo em que o São Paulo precisava controlar o meio-campo, seus passes precisos e sua cadência teriam sido importantes, não tivesse tudo sido posto a perder pela passividade defensiva dos volantes, sobretudo Jean.

Marcelinho Paraíba: Na boa, mas tá ruim demais esse cara. Eu sempre peguei leve e procurei defender, até porque acho que ele está jogando no lugar errado. Mas o cara tá RUIM DEMAIS! Não acerta uma jogada ofensiva e, para piorar, hoje foi até a defesa entregar o ouro. Volta, Dagoberto!

Washington: Não cumpriu o que se espera dele. Teve duas chances para marcar, não marcou. Não é exatamente culpa dele (ele foi bem nas duas jogadas), mas é o tal negócio: centroavante precisa fazer gol. E não podemos contar com aquela velha estatística de que ele perde 3 pra marcar 1. Em jogos difíceis da Libertadores, o cara vai ter só 1 ou 2 chances. Tem que bastar para empurrar para dentro.

Rodrigo Souto: Entrou faltando 15 minutos pra acabar, numa tentativa de eliminar o buraco no meio-campo. Até que ajudou, mas não a tempo de mudar drasticamente.

O treinador: Milton Cruz não teve grande participação. Mostrando-se pouco à vontade com a posição, fez apenas uma modificação, quando o certo seria fazer pelo menos duas. Com 2 a 1 para o adversário, tirar um atacante e colocar um volante não é a solução para tudo. Resolveu o meio, mas perdeu poder de fogo. Eu teria colocado Marlos ou Henrique no lugar do Cicinho (deslocando Jean para a lateral), de forma a complementar a solitária alteração do Milton.

A situação do grupo

A rodada não foi feliz para o Tricolor. A vitória do Monterrey e a derrota para o Once Caldas deixaram o time em segundo, mas com um adversário fungando no cangote. Não podemos nos desesperar, afinal, a combinação de jogos favorece mesmo momentaneamente o Once Caldas, mas é preciso ter a consciência de que teremos de buscar 2 vitórias nos próximos 2 jogos, fora e em casa, contra o Nacional do Paraguai. Senão, a coisa pode mesmo ficar feia.

É hoje!

Eu não sei quanto a vocês, mas eu me transformo em época de Libertadores. Sou daquele tipo que assiste a três jogos seguidos, terminando 2h da matina com o "clássico" Morélia do México e Nacional do Uruguai (tá bem, confesso, este aqui eu abandonei no meio do segundo tempo, quando tudo indicava um oxo daqueles...). Ontem, depois de me divertir com os 10 minutos mais engraçados da história do futebol sul-americano, fui à internet procurar um link para ver ao vivo Monterrey e Nacional (PAR), nossos outros dois adversários de grupo. (A propósito, o Nacional continua o mesmo, com a linha mais burra que eu já vi na vida, e o Monterrey ganhou por 2x1, sem fazer muita força.)

Claro que todos esses jogos são apenas um prelúdio para o que realmente importa: eu só me transformo para valer quando o Tricolor entra em campo. É o que vai acontecer hoje à noite, na distante Manizales, em território colombiano.

O adversário, Once Caldas, é um bicho-papão em casa. Jamais perdeu em seu estádio pela Libertadores e está numa longa sequencia sem derrotas como mandante pelo campeonato colombiano. Não bastasse isso, o time é rápido como uma flecha e surpreendentemente ofensivo -- bem diferente do Once que enfrentamos em 2004.

Ganhar hoje não vai ser moleza. O empate, embora não seja o resultado desejado, não será de todo ruim. Mas claro que a meta tem de ser a vitória, pelo simples fato de que, quando o São Paulo entra em campo pela Libertadores, a vitória é o desfecho naturalmente esperado pela torcida. Não sem razão; não é à toa que somos o clube mais vencedor da competição em solo nacional, e um dos gigantes do contexto internacional.

O time vai a campo com formação conhecida, e confesso que estou curiosíssimo para ver o desempenho. Não será a primeira vez no 4-4-2, mas será a primeira vez num 4-4-2 não-manco: Cicinho, com poder ofensivo, será o lateral-direito, no lugar do contundido Renato Silva. Isso automaticamente deve fortalecer aquele lado do campo pelo ataque, dando oportunidades para Hernanes e Marcelinho Paraíba brilharem mais do que ocorreu nos últimos jogos. Pelo lado esquerdo, o poder ofensivo será decidido pelos pés de Cleber Santana: se ele conseguir dar agilidade por aquele lado, poderá contar com perigosas descidas de Ricky e Jorge Wagner.

No meio, dando proteção aos zagueiros, Jean vai ter que jogar com espírito de Libertadores. Na hora de defender, Ricky também precisará estar por lá, dando combate sem precipitações, sem jogadas de efeito e com muito vigor. Faltinhas da intermediária para frente são bem-vindas e andam faltando a esse time do São Paulo, que cerca demais e combate de menos.

Na defesa, Xandão, o paredão-revelação, e Miranda dão garantia de proteção a Rogério Ceni. E no outro extremo, para balançar a rede, seja de canela, com gol contra, debaixo do gol, ou com petardos disparados da grande área, Washington estará lá, esperando por aquela bola decisiva.

Esse é o cenário da partida ideal. Se todo mundo fizer o seu, é assim que devemos nos apresentar contra o Once Caldas e mostrar, finalmente, quem manda na América. Estou confiante nos jogadores e, acima de tudo, na determinação e na raça de quem quer ser campeão. Time, estamos com vocês! VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SER CAMPEÃO!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ricardo Gomes tem alta do hospital! Força rapaz!

Acho que todos os são paulinos de uma forma ou outra estão comovidos com a situação de Ricardo Gomes que sofreu um pequeno AVC no último domingo.

Ainda não existe um prazo para o retorno do técnico, mas a boa notícia é que ele teve alta e agora segue em seu período de repouso para depois retornar ao Maior do Mundo.

Apesar da equipe médica do hospital São Luiz ter recomendado que o técnico não visse a partida do SPFC, eles não fizeram objeção pra que o treinador acompanhasse o jogo do SCCP nessa noite.

"Jogos em que o Ricardo vai se divertir dando risada, não há nenhum problema de assistir." disseram os médicos.

Parte dessa notícia é fictícia, qualquer semelhança NÃO É MERA coincidência!

Vai começar a diversão! hehehe

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vamos brincar de Milton Cruz!

Peguei aqui a lista de inscritos na Libertadores, subtraí quem está machucado e não joga, fiquei com 20 nomes. Vejam se é isto mesmo:

1 - Rogério Ceni
2 - Jean
3 - Alex Silva (sem ritmo)
5 - Miranda
7 - Jorge Wagner
8 - Cleber Santana
9 - Washington
10 - Hernanes
11 - Marcelinho Paraíba
13 - Xandão
15 - Carlinhos Paraíba
16 - Marlos
17 - Léo Lima
18 - Rodrigo Souto (sem ritmo)
19 - Henrique
20 - Ricky
21 - Sergio Mota
22 - Bosco
23 - Cicinho
24 - Denis

Milton Cruz diz que vai viajar com 18 jogadores (são os 11 da linha, mais os 7 do banco, justinho). Isso quer dizer que, provavelmente, o Denis já ficou de fora, deixando 19. Tem um desses aí que não viaja. Quem?

Indo mais além, com esse elenco, quem você escalaria?

Eu, como todo mundo sabe, acho que tem que ir no 4-4-2, ainda mais pela falta de ritmo do Alex Silva (embora Milton Cruz já tenha declarado que o Pirulito poderia ficar de terceiro zagueiro, onde há a exigência de menos contato físico com o adversário). Meu time para quinta-feira seria Rogério Ceni, Cicinho, Xandão, Miranda e Jorge Wagner; Jean, Ricky, Hernanes e Cleber Santana; Marcelinho Paraíba e Washington.

Mas acharia, ao menos no papel, um timaço se Milton Cruz escalasse a turma no 3-5-2, com Rogério Ceni, Alex Silva, Xandão e Miranda; Cicinho, Jean, Ricky, Hernanes e Jorge Wagner; Marcelinho Paraíba e Washington.

Mesmo com todos os desfalques, o time não é ruim. O futebol desinteressado que apresenta vez por outra é um mistério completo para mim, independentemente do esquema. Quem sabe o Milton Cruz manda os volantes marcarem duro? Já seria um belo avanço, seja no 3-5-2, seja no 4-4-2...

Sobre Ricardo Gomes

Eu estive matutando ontem de madrugada e estava determinado a fazer hoje um post de apoio a Ricardo Gomes. Mas não imaginei que fosse de tanto apoio assim. Fiquei muito chateado pela notícia do pequeno AVC que ele sofreu, e ficam os votos de que ele logo esteja completamente recuperado e de volta ao comando do Tricolor. Força aí, comandante!

Durante pelo menos duas semanas, a equipe ficará sob o comando direto de Milton Cruz, eterno membro da comissão técnica. Por mais que ele tenha convicções próprias, será interessante ver como o time irá a campo: considerarei o padrão e o esquema apresentados os "favoritos" da diretoria.

Claro, essa ideia estará um pouco prejudicada pela ausência de Renato Silva (contundido) e potencial ausência de Cicinho. Sem falar em Dagoberto, que segue fora. Ainda assim, poderemos ver o que vai acontecer ao time no plano tático e tentar enxergar diferenças (se é que haverá alguma) com relação ao que fazia Ricardo Gomes.

Agora, para os supersticiosos, uma boa notícia: Milton Cruz também assumiu o time durante duas rodadas da Libertadores 2005, vencida pelo Tricolor. Na ocasião, ele fez a ponte entre a saída de Leão e a entrada de Paulo Autuori, no comando técnico da equipe. Que seja, então, um sinal de bom agouro para essa Libertadores 2010...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O fim do enganation: Palmeiras 2x0 São Paulo

A enganação acabou. Muitos torcedores e críticos estavam otimistas com a mudança tática do SPFC em virtude dos atletas recém-chegados, mas jogos "um pouquinho" mais complicados mostram a avassaladora deficiência de marcação do time, além da lenta troca de passes para criação. Ou seja, um desastre.

Esse foi o time do São Paulo de Ricardo Gomes nessa tarde no Chiqueiro. Aliás, muito parecida com a atuação do SPFC contra o próprio Santos. Dois clássicos, duas derrotas, absolutamente inaceitável. Sabe por que? Porque são os jogos mais difíceis, os que decidem, os times de "Série A".

Pra mim, como muitas vezes frisado aqui no blog, não dá pra continuar essa palhaçada de Renato Silva de lateral direito, para defender no 4-4-2 e atacar no 3-5-2. Isso tá nos trazendo uma verdadeira bagunça na marcação. Quantas interceptações dos volantes estão acontecendo? A primeira linha de 4 formada por Cléber Santana, Jean, Hernanes e Cicinho é um desastre na marcação, estourando tudo nos zagueiros que desde o ano passado estão conseguindo ser seguidamente expulsos. Coincidência, Ricardo Gomes? Não não, é deficiência mesmo o nome.

Alguém aí já viu um time ofensivo de armação só com jogadores lentos? Conta aí: Washington(lento), Marcelinho Paraíba (precisa de um táxi pra jogar no segundo tempo, lento), Cléber Santana (lento), Jean(lento), Hernanes(médio}, Cicinho (rápido) e você adiciona o Jorge Wágner pras criações, que também é lento. Resultado em campo: falta de movimentação, domínio da marcação adversária e bico pra frente.

Olha, lamentável, enquanto a comissão técnica não abrir os olhos com a bagunça na marcação e a lentidão das jogadas, vai ser difícil ganharmos um jogo mais complicado. E com essa postura frouxa do meio-campo, vamos ter 900 jogadores expulsos na temporada.

Minha maior crítica vai pra postura de todos em campo no jogo de hoje, parecia que era a pelada do final de semana, não me lembro de uma jogada de alto perigo criada pelo São Paulo, nenhuma grande defesa do goleiro Marcos.

Resultado justo, porque a porcaria buscou a vitória. Lamento pela expulsão do Xandão que considerei exagerada pelo juiz, mas não condeno pois a maneira que o SPFC atuou hoje, eu não aceito.

Horroroso. Medonho.

Espero que aproveitem isso e joguem com o mínimo de brio contra o Once Caldas na quinta, a parada é dura e o adversário não vem com o time misto desentrosado. Espero que nosso técnico pare de inventar, porque desse jeito vai cavar o próprio túmulo, ainda mais com o Autuori dando sopa no mercado.

PS: Tirar o Rogério Ceni da posição de cobrador oficial de pênaltis da equipe é outra invenção do nosso mestre Gargamel. Outro erro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tá encaixando...
SPFC 3x1 Barueri

Ainda não dá para dizer que deu certo, mas já dá para dizer que o Ricardo Gomes tem o mérito de ser o treinador, desde 2003, que chegou mais perto de conseguir implementar a volta do 4-4-2 no São Paulo. Foi assim que o São Paulo foi a campo ontem para enfrentar a fraca equipe do Barueri, no Morumbi.

O time foi escalado com Rogério Ceni, Renato Silva, Xandão, Miranda e Jorge Wagner; Jean, Ricky, Carlinhos Paraíba e Cicinho; Marcelinho Paraíba e Washington. A surpresa da escalação foi a presença do Carlinhos Paraíba. Outra surpresa foi ele não ter jogado mal, principalmente no primeiro tempo. Quando esses jogadores começam a entrar e funcionar (ele foi bastante combativo e fez diversas triangulações pelo lado esquerdo, com Ricky e Jorge Wagner), é sinal de que o time começa a assimilar o novo padrão tático.

A partida foi dominada do começo ao fim, e eu ousaria apostar que a posse de bola do São Paulo girou ao redor dos 60-70% durante todo o jogo. Tomamos um gol numa falha do Rogério, que deu um passo à frente esperando um cruzamento numa cobrança de falta e acabou surpreendido quando a bola foi direto para o gol. O Barueri ainda tentou alguma coisa dentro da área (Rogério defendeu bem essas) e com alguns chutes de fora da área (todos para fora, praticamente), mas pouco ameaçou.

Já o São Paulo, além dos 3 gols marcados, perdeu algumas oportunidades. Washington perdeu uma cara a cara com o gol, depois de driblar o goleiro, e Marcelinho Paraíba chutou uma no travessão, só para citar dois exemplos.

O time apresentou dois problemas preocupantes e que exigem acertos por parte de Ricardo Gomes:

1) Nosso meio-campo, sobretudo os dois volantes de contenção, é muito pouco combativo. Faz uma marcação frouxa, de cerco, o que facilita para que os adversários cheguem mais perto da área. Na minha modesta opinião (há quem discorde), este NÃO é um problema do esquema. Não faria diferença ter 3 zagueiros, ou mesmo 8 zagueiros, se os adversários não são incomodados até chegarem à área do São Paulo. É preciso que Jean e Ricky (ou quem estiver fazendo a função de volante de contenção) dêem combate mais agressivamente na intermediária para a frente, a fim de evitar complicações. Isso implica até mesmo fazer algumas faltas naquela região do campo, que o São Paulo hoje não faz. Falta também faz parte do jogo e é um recurso que precisa ser usado com inteligência. Hoje, por falta desse combate no meio, as faltas acabam sendo feitas pelos laterais ou zagueiros, normalmente nas proximidades da área. Está errado.

2) O São Paulo precisa decidir com mais rapidez as partidas. É importante ter o domínio completo do jogo, como o Tricolor teve ontem contra o Barueri, mas não basta isso: é preciso fazer isso depois de abrir 2 gols de diferença no placar. Afinal, a gente sabe como é futebol: mesmo com poucas chances, às vezes num escanteio, numa falta besta (como o Barueri ontem), o adversário acaba marcando um gol. A única forma de evitar esse risco é marcar 2 gols de vantagem e aí sim controlar o jogo em banho-maria. Ontem, o São Paulo só abriu a vantagem de 2 gols no último minuto de partida. Aí nem precisa mais. Tem que acontecer mais cedo.

Tirando essas duas observações (dos quais a primeira é mais importante que a segunda, visto que a segunda só se aplica a jogos cuja superioridade Tricolor é latente, o que não acontece sempre), o time começa a se encaixar e eu pelo menos comecei a enxergar um padrão de jogo mais claro. A equipe ainda joga um 4-4-2 meio manco, pela falta de capacidade de apoio inicial por parte de Renato Silva (que defensivamente vai bem, mas não sabe apoiar nem para começar as jogadas, o que deixou Cicinho e Marcelinho Paraíba, que caíram pelo lado direito, meio isolados no jogo). Mas quando Alex Silva, que é mais qualificado, começar a jogar por ali, a tendência é reduzir essa deficiência e permitir que o São Paulo possa alternar mais suas investidas, ora pela esquerda, ora pela direita.

Enfim, continuo num crescendo, no que diz respeito ao otimismo para com a equipe. Está melhorando.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Time do Juninho 0x1 SPFC

Lá vamos nós comentar mais um jogo desinteressante do modorrento Paulistinha em sua primeira fase. O adversário era o Ituano, que é mais conhecido como o time do Juninho Paulista, único jogador com qualidade naquela equipe (ex-craque Tricolor, inclusive).

O São Paulo entrou num 4-4-2, para o desespero do meu colega de blog, mas cumpriu bem o seu papel, principalmente no primeiro tempo. Ainda assim, faltou capacidade de concluir em gol -- tanto que o único gol da partida foi de pênalti, convertido por Rogério Ceni.

O time entrou com um mistão, que eu acho que deveria ser a tônica para os jogos de fim de semana que antecedem partidas pela Libertadores (clássicos inclusive). Xandão e Miranda foram muito bem, Cicinho mostrou que ainda não esqueceu como se joga, mas pode melhorar muito, Junior Cesar nulo, assim como Léo Lima. O ataque ainda carece de maturidade, mas Henrique mostrou potencial. Marlos continua aquela coisa de sempre, embora tenha sofrido o pênalti que definiu a partida. Cléber Santana segue muito discreto, Jean voltou ao meio, onde rende mais, e Hernanes continua comendo a bola, embora com mais dificuldade -- até pela falta de opções qualificadas para dar continuidade à jogada.

Ainda falta muito chão para esse time encorpar de verdade, e quem queria um esquema tático definido se decepcionou: mais um dia de experimentar o 4-4-2. Ou seria este o esquema "definitivo" de Ricardo Gomes, e os fãs do 3-5-2 é que estão lutando contra a realidade? Sei lá. De toda forma, levamos para casa os 3 pontos, que era o que realmente importava nesse jogo chatão.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Podcast ISP: SPFC 2x0 Monterrey (MEX)

Como prometido, aí está mais uma edição do Podcast ISP. Com alguma inovação e toneladas de problemas técnicos (não repare se o Paulo Cesar soar como uma mistura de Casagrande com Benja da metade pro final!), comentamos a estreia do Tricolor na Libertadores e as perspectivas para o resto da competição.

Use o player abaixo para tocar, ou baixe o MP3 (30MB) aqui.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Começou a temporada:
SPFC 2x0 Monterrey (MEX)

É, meus caros tricolores... Tem gente que ficou insatisfeita com o futebol apresentado pelo São Paulo em sua estreia pela Libertadores. Mas aí é só lembrar de como foi com o Audax Italiano, em 2008, ou com o Independiente Medellín, em 2009, e o sorriso imediatamente volta ao rosto do torcedor. Foi uma grande apresentação, de encher os olhos? Não. Mas o time ganhou, e ganhou com certa facilidade, o que permitiu até os erros cometidos durante a partida.

Tudo está bem quando termina bem, e é o caso desta estreia: a responsabilidade era grande, diante do mistão do Monterrey, time que até criou alguma coisa e manteve posse de bola, sobretudo no primeiro tempo, mas, convenhamos, não chegou muito perto do gol do Rogério.

Ricardo Gomes começou o time com uma escalação de 3-5-2, mas no 4-4-2, com Rogério, Renato Silva, Xandão, Miranda e Jorge Wagner; Jean, Ricky, Hernanes e Cléber Santana; Marcelinho Paraíba e Washington. A equipe começou preenchendo os espaços, mas já mostrava sinais de fraqueza quando, aos 12 minutos, numa jogada bem trabalhada que começou com Hernanes, passou por Washington, voltou a Hernanes, foi a Marcelinho Paraíba, que passou no overlapping para Jorge Wagner, que cruzou para Washington dividir com o zagueiro, que acabou empurrando para o gol. Uma sequência de passes bastante qualificada, que deu a tranquilidade que o São Paulo não teve nas duas estreias anteriores.

Ainda assim, o 4-4-2 deixou o meio-campo perdido, e o Monterrey adiantou sua equipe, dificultando a recuperação da bola e seu domínio por parte da equipe são-paulina. Somente quando o time voltou ao 3-5-2 (sabe-se lá se por instrução do Ricardo Gomes ou por decisão interna do grupo) as coisas começaram a se assentar novamente.

Dali em diante, segundo tempo incluso, o São Paulo recuperou o domínio completo do jogo e levou-o em banho-maria -- atitude arriscada para o magro placar de 1x0. Ricardo Gomes foi corajoso e colocou o estreante Cicinho para jogar os 15 minutos finais. Como a sorte recompensa os bravos, logo que ocorreu a substituição (saiu Ricky), após escanteio batido por Hernanes, Jorge Wagner raspou de cabeça e Washington concluiu para o gol: 2x0 e a fatura estava liquidada.

Destaques do Tricolor: Hernanes jogou novamente muita bola e começa a dar pinta de que esta será a grande temporada dele. Xandão, cada vez mais titular. Renato Silva fez partida bastante segura e merece os louros. Jorge Wagner está numa sequência muito boa e, de novo, fez ótima atuação. E Washington fez o que esperamos dele: seja de canela, debaixo da trave ou com ajuda do zagueiro, queremos GOL!

Os apagados: Cléber Santana parece tímido e sumido no time. Marcelinho Paraíba pouco fez no primeiro tempo e nada fez no segundo, pregadaço. Ricky não acertava um passe.

A torcida: a massa tricolor entendeu que a estreia da temporada era agora e não me decepcionou: levou mais de 35 mil pagantes ao gigante Morumbi para empurrar a equipe. Se você acha pouco, foram 5 mil a mais que na estreia da Libertadores do ano passado, contrariando a noção de que, quanto mais participações seguidas no torneio, menor o público no jogo. Além disso, vai ver se no Pacaembu no dia 24 haverá 35 mil pagantes?

O conflito: em compensação, também veio das arquibancadas a coisa mais feia. Ecoando as cenas terríveis de preconceito que vemos em algumas torcidas europeias, uma "parte" da torcida Tricolor decidiu xingar um jogador ANTES do início do jogo. O jogador acabou sendo defendido em peso pelo resto da torcida, criando um antagonismo entre setores do estádio. A parte que primeiro xingou o jogador acabou xingando os próprios torcedores das arquibancadas azuis, em "retribuição" pelo "cala-boca". Criou um clima horroroso, num momento em que todos deveriam estar irmanados e apoiando o time. Se somos todos torcedores do São Paulo, deveríamos nos envolver na mesma bandeira e acompanhar, irmanados, nosso Tricolor. Atacar esse ou aquele jogador ou setor da torcida nunca levará a nada.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Agora é oficial: ele voltou!



Há muito tempo o torcedor são paulino esperava ver o nosso eterno camisa 2 do tricampeonato mundial de volta! Ele voltou!

Com contrato até 30 de junho (será automaticamente estendido caso o SPFC avance as finais da Libertadores), o jogador volta ao maior do mundo!

Agora quero ver segurar!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um ganho e uma perda

O São Paulo deve anunciar Cicinho como reforço do Tricolor para a Libertadores. O jogador será inscrito com atraso (pagando multa na Conmebol), mas já deve estar à disposição para a primeira fase do torneio. E, para que o leitor entenda o que aconteceu, a Roma parecia que ia ficar com dois laterais-direitos, que deixaria Cicinho com chance de jogar. Eis que um outro foi contratado, deixando o brasileiro mais uma vez como terceira opção na posição. Por conta disso, ele abriu as pernas e decidiu vir. Bem-vindo de volta, meu garoto! Aqui, pode apostar, você vai ser titularíssimo!

A má notícia

Lá se vai o "primoroso" planejamento do São Paulo, mais uma vez por conta dos clássicos do paulistinha. O time "sem lesões" de Ricardo Gomes entrou completo contra o Santos e se arrebentou bem na véspera da estreia da Libertadores: Dagoberto, que saiu contundido, sofreu um estiramento e vai ficar três semanas fora.

Na boa, mas que bosta, hein? Eu bem que falei (vide o último podcast ISP) que a melhor coisa seria ir com um mistão contra o Santos, mas a vontade de ganhar o clássico falou mais alto e ficamos sem o nosso único atacante veloz, que estava fazendo grandes partidas. Resultado: Marcelinho Paraíba deve ser deslocado para a posição, onde rende menos, e possivelmente Cléber Santana herdará uma posição no time titular que enfrenta o Monterrey, na quarta-feira.

O bom nisso tudo é que o Monterrey vem para São Paulo com sete reservas, ação que em tese facilita as coisas. Mas tem o outro lado: isso só torna nossa responsabilidade de ganhar ainda maior.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

No último ensaio, deu Peixe

Antes de mais nada, um aviso: achei que a vitória do Santos foi justa. Não que o São Paulo tenha jogado pessimamente, ou o time da Vila tivesse sido amplamente superior; a diferença foi no ataque, em que o Santos se mostrou muito mais envolvente que o Tricolor. Enquanto o São Paulo manteve o controle do meio-campo a maior parte do jogo, as jogadas não fluíam para o ataque como deveriam. Credito isso basicamente à má atuação de Marcelinho Paraíba, apesar de ter feito o cruzamento que resultou no nosso único gol.

Dagoberto, também, enquanto esteve em campo, jogou apagado. E Washington não perdeu o caminhão de gols que costuma perder, basicamente porque não teve chances. Não achei que merecesse a substituição. De toda forma, com um ataque subitamente inefetivo, o São Paulo foi vítima das jogadas trançadas do time santista, que contam com três jogadores sensacionais: Paulo Henrique Ganso, Neymar e, no segundo tempo, Robinho (que sempre dá sorte contra nós e, convenhamos, fez um golaço, embora a zaga tenha falhado no acompanhamento da jogada).

Jogo equilibrado, ganho nos detalhes: é isso que são os clássicos e por isso são tão saborosos para quem ganha e amargos para quem perde. Voltamos para o Morumbi insatisfeitos com o placar, meio ressabiados com o time, mas certamente mais otimistas do que estávamos uma semana atrás.

Destaques são-paulinos: Xandão fez outra grande partida e começa a se confirmar como um bom titular para a zaga; Hernanes jogou com disposição, efetuando importantes roubadas de bola; Jorge Wagner fez também boa exibição, com jogadas perigosas e insinuantes pela esquerda.

É isso. A diretoria parece que vai trazer o Cicinho, que cairia bem neste time. E o Santos começa a se configurar forte candidato ao título paulista, enquanto focamos os nossos esforços na Libertadores: olho no Monterrey, e vamos em frente, que a temporada mesmo só começa agora!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Partida tranquila na Arena Barueri: São Paulo 3x0 São Caetano

Saudações Tricolores para os caros viajantes desse blog!

Na noite de ontem, o São Paulo passou tranquilamente pelo São Caetano, um fato relativamente raro dado o histórico do confronto dessas equipes. Fato é que pesou a qualidade técnica do Tricolor que com belos gols feitos por Washington, Dagoberto e Hernanes, venceu a partida.

Na primeira etapa o SPFC atuou no aclamado 3-5-2 contando com Miranda, Xandão e Renato Silva na zaga. Jean virou mesmo ala/lateral direito, assumiu a camisa 2. Irônico é pensar que quando o SPFC não contrata jogadores para posição, acha que dar o número da camisa respectiva da mesma adianta de alguma coisa. (Vide Hernanes que virou nosso camisa 10 desde o ano passado)Jorge Wágner jogou com o ala esquerdo, e Hernanes fez dupla com Richarlyson como volantes. Marcelinho Paraíba jogou como meia, encostando em Dagoberto e Washington.

Não diria que o time fez um belíssimo primeiro tempo, mas foi consistente de acordo com a sua proposta de jogo. Tabelou, marcou, insistiu e fez dois gols.

No intervalo, já com 2x0 no placar, Ricardo Gomes colocou Cléber Santana que estreou entrando no lugar do zagueiro Renato Silva, colocando o SPFC no 4-4-2. (É, agora é cada tempo em um esquema... como diria Milton Leite "que maravilha!")

Por motivos já expostos por muitos são paulinos, o SPFC passou a ter um posicionamento confuso e ficou mais vulnerável ao fraquíssimo São Caetano. Algumas discussões entre Rogério Ceni, Richarlyson e Hernanes estavam escancaradas na tentativa de melhorar o posicionamento dos volantes.

Enfim, no final do jogo, Hernanes chutou de fora da área marcando um golaço, cravando mais um 3x0.

Olha, não diria que estamos prontíssimos pra Libertadores, mas parece ser o suficiente para vencer o Monterrey no Morumbi. A única coisa que me preocupa é que exceto o zagueiro Xandão e o Marcelinho Paraíba, as novas contratações tem tido rendimentos pífios, criando poucas opções decentes ao elenco.

Enfim, no final de semana tem clássico, vamos ver com que time entraremos e se celebraremos a pescada em véspera de carnaval!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A volta do podcast!

É isso aí, pessoal. Atendendo a vários pedidos, e aproveitando o ensejo da proximidade com o início da Libertadores para o Tricolor, retomamos o nosso podcast (aquele último tava zicando o blog!). Para compensar a ausência, um programa-monstro, com a duração de uma partida de futebol!

Discutimos de tudo: Paulistinha, Libertadores, esquema de jogo, elenco, reforços, patrocínio, mando de campo... se é sobre o São Paulo, está contemplado. Foi uma forma, talvez exagerada, de compensar a ausência. Mas eu confesso: depois de gravar ouvi tudo de novo; ficou bem interessante. Então, vale aí pelo menos uma tentativa.

O Goear.com negou fogo, então o streaming é via o serviço 4shared. Seria bacana um feedback sobre o funcionamento. O player tá logo aí embaixo:



Para baixar o arquivo em MP3 (44,3 MB), clique aqui.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

André Dias e o fantasma do 4-4-2

Parece que o André Dias foi vendido à Lazio por R$ 6,5 milhões. Ajuda o São Paulo a recompor caixa e é um bom preço por um zagueiro em último ano de contrato e com idade já avançada (30 anos). Mas gera uma carência no setor. Se antes tínhamos três zagueiros titularíssimos (Miranda e Alex Silva, além do André), agora só temos dois, sendo que um deles está lesionado.

O resultado é que teremos de escolher entre Renato Silva e Xandão, para montar a zaga da estreia na Libertadores. Se formos no 3-5-2, os dois devem jogar. É de apavorar ou o quê?

Pelo André, sinceramente fico muito feliz. Já tinha achado errado quando o São Paulo não quis negociá-lo antes, e agora acho que o clube fez a coisa certa. Parte de ser um clube em que todos querem jogar é respeitar o desejo do jogador e ajudá-lo a realizar seus sonhos -- na hora certa, claro! André terá a chance de morar em Roma e conhecer o futebol do primeiro mundo, além de fazer um modesto pé-de-meia (a Lazio anda meio sem grana).

Boa sorte no Velho Mundo, zagueirão! E valeu por tudo!

Passando vergonha... de novo

O Tricolor B serviu para várias avaliações de Ricardo Gomes: a principal delas foi a de que muitos jogadores, ao menos como estão, não servem nem para a reserva do São Paulo. O empate (mais uma vez "achado") contra o Sertãozinho, em Ribeirão Preto, sepultou os bons resultados das últimas rodadas e colocou o São Paulo em situação desconfortável no torneio: terá de buscar bons resultados nos clássicos para conseguir vaga no G-4.

O jogo é até difícil de comentar. Composto por reservas e mal escalado, o time foi com Rogério Ceni, André Luiz, Renato Silva e Miranda; Adrian Gonzales, Hernanes, Carlinhos Paraíba, Léo Lima e Junior Cesar, Marlos e Roger.

Até mesmo os titulares desse jogo (salvo Hernanes, que foi o único do time a de fato jogar bem) estavam sonolentos. Miranda deu umas duas ou três cochiladas no primeiro tempo, e melhorou de rendimento no segundo, "acordado" pelo poderoso Sertãozinho. Rogério não participou do jogo.

No fim do jogo, Ricardo Gomes ainda tentou reverter colocando gente do time A em campo (Marcelinho Paraíba e Jorge Wagner), além da promessa Sérgio Mota, para ver se acontecia alguma coisa. Mas, desorganizado, o São Paulo só empatou no único jeito possível: com um gol contra do adversário, aos 49 do segundo tempo.

Um horror.

Avaliações:

1- Léo Lima, Carlinhos Paraíba e Roger não servem nem para o banco na Libertadores.

2- Tanto faz o esquema, 3-5-2 ou 4-4-2, a defesa do São Paulo segue frágil e promete tomar um saco de gols contra equipes com poder ofensivo.

3- Junior Cesar e Adrian Gonzales só têm algum espaço pela absoluta falta de alternativa.

4- André Luiz: continuo não entendendo essa contratação, do ponto de vista técnico.

5- É impressão minha, ou o São Paulo contratou meio time bichado? Rodrigo Souto, Fernandinho, Alex Silva... todo mundo já tá aí, mas todo mundo machucado. Enquanto isso, o Arouca jogando bola lá no Santos. Tomara que a espera compense.

Enfim, esse jogo desfez de vez a esperança de que tivéssemos dois times para alternar nas competições. Ricardo Gomes comemorou a falta de lesões, mas agora vai arrebentar todo mundo. No espaço de 1 semana, teremos três jogos duríssimos: São Caetano, Santos e Monterrey (MEX), estreia da Libertadores.

Não tô gostando nada, nada...