segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sobre os campeões por fax

Como a galera reparou, estou sem tempo até pra reclamar da vida, que dirá do São Paulo... mas essa história recente dos campeões por fax e a mudança da contagem dos títulos brasileiros me obrigou a voltar, nem que seja por alguns breves parágrafos.

É claro que quem ganhou "novos" títulos está com sorriso de orelha a orelha. Mas tenho certeza de que, em seu íntimo, até eles se perguntam: faz algum sentido essa mudança?

Oficialmente, todos eles declaram: Claro que sim! Querem então me convencer de que Pelé nunca foi campeão brasileiro? Que o futebol brasileiro só começou em 1971, quando disputou-se o primeiro Campeonato Brasileiro?

Tenho uma resposta ousada, posto que, de início, soará absurda: sim, o futebol brasileiro só começou em 1971.

O que havia antes?

Os historiadores podem responder: o futebol no Brasil nasceu fortemente regionalizado. Quais eram os torneios mais importantes da temporada do início do século até os anos 70? Os estaduais. Não havia campeões nacionais porque não existia a ambição de realizar campeonatos com essa escala. Estamos falando de uma época em que o (pouco) dinheiro do futebol vinha da renda das partidas. Nada de boladas milionárias pelos direitos televisivos ou um sistema de transporte aeroviário que permitisse partidas semanais espalhadas pelos quatro cantos do país. Era muito mais interessante preservar o interesse local com campeonatos locais, disputados localmente.

Em nome do espetáculo, havia um embate muito interessante: criavam-se selecionados dos estados, que disputavam torneios e amistosos entre si. Eram grande chamarizes para as convocações do time nacional. Leônidas da Silva, por exemplo, jogou pela Seleção do Rio de Janeiro e pela Seleção de São Paulo, além de vestir a camisa do Brasil na Copa de 1938.

O próprio fato de que havia selecionados estaduais mostra o nível de descentralização do futebol brasileiro.

A Taça Brasil foi criada em 1959 não para definir um campeão brasileiro, mas sim eleger o classificado do país para a nascente Taça Libertadores da América, a ser realizada pela primeira vez em 1960. A Taça Brasil era disputada pelos campeões estaduais, em regime de mata-mata.

Não sei se o leitor se lembra, mas a Copa do Brasil, até a CBF resolver inventar a figura dos "times convidados" e expandir o número de participantes (aconteceu no fim dos anos 90, começo dos 2000, se não me engano!), era disputada exatamente da mesma maneira: entre os campeões estaduais, em regime de mata-mata. Entretanto, ninguém ousa dizer que o campeão da Copa do Brasil é o campeão brasileiro.

A Taça Brasil claramente é a antecessora da Copa do Brasil. Não do campeonato brasileiro.

O Torneio Roberto Gomes Pedrosa já representa uma outra história. Ele mostra o momento em que o futebol brasileiro começou a se tornar realmente brasileiro, no contexto dos clubes. Com o crescimento do torneio Rio-São Paulo, que reunia as principais forças das duas maiores potências do país, começou a ser interessante reunir participantes de outros estados, de forma seletiva. Era o embrião do que viria a ser o Campeonato Brasileiro.

Qual a diferença entre um e outro? O segundo resulta de uma real estruturação do futebol brasileiro para abrigar um grande campeonato nacional de clubes. O primeiro foi como um "projeto piloto", que demonstrou a viabilidade da empreitada, em escala menor e com ausência de forças importantes do futebol brasileiro.

Hoje, os campeonatos estaduais são quase um incômodo no calendário. Com a política de reescrever a história e promover os "campeões por fax", a CBF está apagando dos livros a razão pela qual os campeonatos estaduais existem e, quiçá, devem ser preservados: eles foram os germes do nascimento do que hoje se chama de futebol brasileiro. Tudo começou com o futebol paulista, o futebol carioca, o futebol mineiro, o futebol gaúcho, o futebol baiano, o futebol pernambucano, o futebol paranaense...

Mas não. A partir de agora, com uma canetada, o Brasil já tinha uma estrutura nacional de clubes consolidada desde 1959. Tão consolidada, aliás, que chegou a ter dois campeões nacionais no mesmo ano, enquanto a Taça Brasil e o Robertão foram disputados simultaneamente!

É um desserviço ao registro histórico, senhores!

Eu não entendo porque o Santos, por exemplo, tem dificuldade em se orgulhar de ter conquistado o pentacampeonato da Taça Brasil, que reuniu os campeões estaduais em embates emocionantes! Por que mudar de nome vai tornar esse campeonato mais interessante? Certamente isso servirá apenas para apagar seu próprio brilho e seu momento histórico.

Mas, enfim, de entidades como a CBF, que não preservam sequer o dinheiro público, eu devo esperar que se preocupem com o registro da história?? Sem chance.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

75 anos de glórias! PARABÉNS SPFC!

Quem diria que em 16/12/1935 seria refundado o maior e mais querido clube do mundo ein?

O Maior do Mundo completa hoje 75 anos de existência em sua refundação, muitas glórias estão por vir mais e que continuemos no topo do mundo, vanguardista como sempre!

Parabéns São Paulo Futebol Clube!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Capítulo final com goleada sem sentido: São Paulo 4x0 Atlético MG

Bom, finalmente terminou o Brasileirão 2010. Com um Morumbi vazio, o SPFC venceu o Atlético Mineiro e encerrou sua participação de forma "honrosa" com uma goleada que não valeu de nada.

De importante apenas a despedida de Jorge Wágner que chorou por deixar o clube e muitas alegrias. Richarlyson foi homenageado embora a maior parte da torcida dê graças a deus pela sua saída. Carlinhos Neves também seguiu seu caminho, o preparador físico se dedicará apenas a Seleção Brasileira.

Vida que segue!

Fica aqui meus parabéns a Muricy Ramalho e ao Fluminense pelo título, foi bastante merecido. Sabemos bem que nosso ex-técnico é o mestre dos pontos corridos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Faltam 7 gols para os 100 de RC! Atlético GO 1X1 São Paulo

Em um jogo que não valeu absolutamente nada pro SPFC, fizemos nossa penúltima apresentação nesse Brasileirão 2010. Olha, posso dizer a vocês, eu já teria dado férias para os jogadores antecipando a reapresentação faz tempo, não sei o que estão esperando pra isso.

Bem, de todo valeu o gol número 93 do nosso capitão. Pra falar a verdade, acho que a cabeça do torcedor já está em 2011, porque esse ano foi tenebroso.

Já começo a sentir o tempo de estiagem de futebol. São semanas dolorosas para nós, fanático.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sir Paul McCartney sabe bem quem manda no Morumbi!



E não é que mesmo sem jogo, Sir Paul aclamou o dono do estádio... Não houve um rival mal amado que não tenha ficado pensando em não cantar e fazer desfeita com essa lenda da música.

Obrigado Sir Paul!

ôooooooo São Pauloooo!!!! hahaha...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doce vingança! São Paulo 1x4 Fluminense

Sentimento estranho esse ein? Tomar uma goleada e ninguém ficar triste! Foi de fato uma "doce vingança". Confesso a vocês que ainda pensava em 3 vitórias que colocariam o SPFC ainda pertíssimo da Libertadores, mas que assim fosse para que as galinhas tenham o que merecem pelo que fizeram ano passado. Tiramos o que seria um título roubado.

Olha, não assisti ao jogo porque estava no Morumbi acompanhando Sir Paul McCartney, por isso também uma leve demora para esse post, portanto acho que só tenho a comentar que estamos na Copa do Brasil do ano que vem.

Não, não é bom, mas que seja encarado como desafio para que vençamos e voltemos pra Libertadores fortes e com a torcida querendo o torneio, anda muito "carne de vaca".

Parabéns ao Fluminense por tanto empenho e como gritou a nossa torcida em Barueri: "Não é mole não, até nesse timinho o Muricy é campeão!"

Agora só falta o Palmeiras dar aquela poupadinha que o Flu vence o campeonato!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sinceras desculpas...

Venho novamente aos leitores do ISP pedir desculpas, pela ausência de comentários que reflete sim a fase do nosso tricolor em campo.

Sei que é bacana para muitos ler e ouvir a opinião de outros são paulinos e inclusive pra mim, acabar trocando ideias e certas ansiedades com relação ao futuro do nosso SPFC.

Acho que impacto em mim foi tamanho que demorou a cair a ficha que teremos que viver como aconteceu em 2003. Poxa, eu tenho 27, tinha 20 naquela época. Imagino cada um de vocês a última vez que viram o SPFC disputando a Copa do Brasil.

Naturalmente, vem a cabeça aquela fatídica final com o Cruzeiro, em 2000. O pior de tudo não é encarar mais um ano de Copa do Brasil, e sim, ver que foi diante dos nossos olhos, um erro seguido atrás do outro.

Parece que o pessoal meio que desaprendeu a fazer o que já fazia há anos. Isso foi muito dolorido acho que pra mim, principalmente por me envolver com marketing esportivo etc, tendo o respeito e admiração pelas pessoas que administram o SPFC.

Foi um ano em TODAS AS VERTENTES para ser esquecido. E mesmo tendo revelado um belíssimo jogador como Lucas, ainda acho que pagamos um preço caro por ter ficado com pseudo-treinadores á frente do SPFC.

Enfim, vai aí meu desabafo e sinceras desculpas. Como sempre, estamos juntos! 2011 vem aí, e espero que com boas contratações e conquistas.

Saudações Tricolores!

sábado, 30 de outubro de 2010

Restam 6 jogos e ainda temos chance! São Paulo 2x1 Atlético PR

Olha, não posso comentar o jogo pois estava em Fortaleza a trabalho, e só acabei acompanhando os melhores momentos depois.

O resultado é super importante e nos coloca com possibilidades do G3, e boas do G4. Agora não tem muito mais o que pensar, é vencer tudo e ver no que dá.

Pelo que vi, o SPFC parece que jogou solto e bem, vamos ver no próximo confronto com o Cruzeiro, se isso vai acontecer.

Acho que uma vitória ou empate, mantém nosso sonho aceso. Em caso de derrota, acho que dificilmente conseguiremos.

domingo, 24 de outubro de 2010

Sonolência, o retorno! Ceará 2x0 São Paulo.

E ela voltou, a sonolência.

Lembra daquele time empenhado que mesmo sendo muito ofensivo voltava pra marcar, preenchia os espaços e contra-atacava com velocidade? Pois é, ele foi viajar. E não foi pra Fortaleza, definitivamente.

Em uma das piores partidas da história do SPFC, o time foi derrotado para a limitada equipe do Ceará que com velocidade se poderia ter saído com uma goleada histórica frente ao tricolor mais querido.

Aqui fica meu protesto com as presenças de Fernandão e Carlinhos Paraíba nesse time. Sinceramente, o primeiro tem sido um cone faz tempo, só serve pra bola aérea e quase não se movimenta. Já o segundo erra muitos passes e é um dos piores jogadores tecnicamente que eu já vi no meio-campo do SPFC.

Enfim, nada está perdido. Só que agora, G3 acho muito improvável. Sonhar com o G4 ainda dá, mas parece que o campeonato vai engolindo as possibilidades do SPFC rodada a rodada.

Talvez role férias antecipadas e duas rodadas finais amistosas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Jogo épico! São Paulo 4x3 Santos. Obrigado Carpegiani!


Ahhhhh Tricolor!!! Você é e sempre será o time da fé!

O jogo de hoje foi disparado a melhor partida do ano dentro do futebol brasileiro. Onde você já viu saírem 5 gols nos primeiros 20 minutos de jogo? Que jogaço.

Á moda antiga, as equipes partiram para o ataque e fizeram um espetáculo do "verdadeiro" futebol, aquele que todos desejam ver. Não se tratava apenas de 3 pontos, era um clássico em que a vitória era o maior objetivo para os dois lados.

Dagoberto provou que com o treinador certo, sabe render o futebol que outrora jogou no Atlético Paranaense, fez 3 gols, sendo 2 de cabeça.

Já pelo lado santista, Neymar é sempre o destaque, jogador inteligente e rápido.

Com 20 minutos, mesmo o São Paulo ganhando por 3x2, o jogo era eletrizante, lá e cá.

No segundo tempo, o São Paulo recuou um pouco e em uma jogada estabanada e com a burrice sempre vinda de Richarlyson, o São Paulo teve seu "curinga, lateral esquerdo, futuro ex jogador do clube" expulso.

Aí foi só pressão santista, até que em um pênalti duvidoso, Neymar empatou a partida, causando pavor de uma virada santista.

Ali, veio o dedo do técnico, sacou Dagoberto que fez um partidaço com 3 gols, e colocou Marlos, descansado.

O SPFC tinha ido mais pra frente e Jean perdeu dois gols inacreditáveis, sairia como o vilão principal do jogo, mas no último minuto, em um cruzamento de Marlos e cabeceio de Ricardo Oliveira, ele, Jean estava lá para conferir de cabeça!

O Morumbi explodiu em festa! Time da fé. A briga pela Libertadores ganha em emoção, e a torcida tricolor agradece.

Que jogaço!

Obs: Assisti ao jogo ao lado da família do Diogo, que por sinal torceu e gritou muito pelo tricolor. Que por sinal, entrou muito bem na partida. Boa sorte ao menino e que tenha uma brilhante carreira no SPFC!

Ah, meu aniversário é na terça (19), ganhei um belíssimo presente do São Paulo do Paulo Cesar, para o Paulo Cesar! hehe

Agora, que venha o Ceará! Vamos São Paulo!

sábado, 9 de outubro de 2010

São Paulo, um time rápido?!?! Obrigado Carpegiani! Grêmio Prudente 2x3 São Paulo

Em um jogo movimentadíssimo o "Novo" São Paulo venceu o lanterninha do campeonato por 3x2 em Presidente Prudente nesse sábado.

Hoje se confirmou a mudança de mentalidade na equipe tricolor, com o espírito de "a melhor defesa é o ataque", o SPFC começou correndo como se o jogo fosse um prato de comida, lembrando inclusive a rapidez dos jogos do Santos no primeiro semestre.

O escrete "old style" do SPFC, entrou com 4 jogadores ofensivos em campo, tendo sua escalação com: Rogério Ceni, Jean, Miranda, Alex Silva, Richarlyson, Casemiro, Rodrigo Souto, Lucas, Marlos, Fernandinho e Ricardo Oliveira.

Em uma partida memorável de Lucas, com grandes jogadas e uma inspiração de quem pode vir a se tornar uma verdadeira estrela do futebol mundial, o atacante serviu por duas vezes o centroavante Ricardo Oliveira, que melhor fisicamente não perdoou.

Ricardo Oliveira fez seu hat-trick, marcou três gols e abriu a esperança do torcedor são paulino.

Na parte defensiva, o SPFC ainda apresenta defeitos, alguns decorrentes da postura ofensiva do time. Nosso grande teste está no próximo sábado contra o Santos. Se vencer, acredito ainda que possamos chegar a Libertadores, principalmente se a quarta vaga retornar.

É isso, bom feriado e sábado é hora de retribuir o bom futebol jogado! Força São Paulo!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Enfim, vitória! São Paulo 2x0 Vitória

E deu vitória, vitória do São Paulo! Com uma postura diferente dos últimos jogos, o SPFC mesmo taticamente ainda um pouco perdido começa a se arrumar e jogar o que deveria com o novo técnico Paulo Cesar Carpegiani.

É muito bom ouvir do treinador, mesmo após uma vitória fácil e tranquila, que o time ainda está taticamente perdido. É fato. Acredito muito em nosso novo treinador, e quem sabe o G3 não vira G4, após a reunião do dia 18 da Conmebol.

O time jogou bem nos 30 primeiros minutos, Dagoberto e Fernandinho fizeram um verdadeiro inferno na defesa baiana e rapidamente decidiram o jogo, que depois seria encerrado com a expulsão de Uellinton, nervosinho do time baiano.

Agora é foco na recuperação e olho nas possibilidades, porque o campeonato ainda não acabou. E espero que as coisas de fato continuem mudando, foi um bom início para o novo técnico, e quem sabe um recomeço para todos os são paulinos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O SPFC acordou e nosso blog também: Paulo Cesar Carpegiani assume o time!

Finalmente, nosso blog agora pode falar decentemente porque o SPFC voltou a ser quem devia ser.

Após semanas de hibernação, o clube contratou um belo treinador e quem eu particularmente gosto bastante, e achei injustiçado em sua primeira passagem pelo clube, porque ficou com a mácula de ter sido derrotado pelo time da marginal sem número.

De qualquer forma, estou esperançoso porque Carpegiani se movimenta no banco e é um cara de muita gana, que possui vontade de vencer. Espero que possa trilhar um caminho vitorioso e principalmente preparar esse time para a próxima temporada, que basicamente é o maior foco do SPFC nesse momento.

Quanto ao blog, além do trabalho normal dos blogueiros, queria esclarecer que para fazer com má vontade, prefiro me abster. Não havia nada em que podíamos falar que os são paulinos não soubessem.

A omissão da direção pode ter nos custado a vaga para a Libertadores, e todos sabem disso. Vida que segue.

Boa sorte meu xará Paulo Cesar! Bem vindo ao maior clube do país!

sábado, 25 de setembro de 2010

Fala sério.

Na boa, não tenho mais nada pra dizer hoje. Só isso aí em cima. E o recado é pra atual diretoria mesmo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vitória contra a porcada dá ânimo! Palmeiras 0x2 São Paulo

A vitória contra a porcada deu um boost no SPFC para quem sabe conseguir se recuperar e chegar em uma vaga na Libertadores no Campeonato Brasileiro.

O brilhantismo do jovem Lucas nos levou a vitória e quem sabe a termos após muitos anos um meia digno da camisa que revelou tantos jogadores clássicos no meio-campo ofensivo. Será que ele é o nosso 10?

Bem, fiz algumas contas e estimo que com 64 pontos, o São Paulo garante a vaga na Copa Libertadores de 2011. Restam 15 jogos, precisamos de 11 vitórias. Conta simples e uma longa caminhada por fazer.

Difícil é, mas não é impossível.

Saudações Tricolores a todos!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Futebolzinho

Depois de uma boa sequência, o São Paulo voltou a praticar um futebolzinho contra o ascendente Botafogo e tomou uma merecida piaba. O placar (2 a 0) foi até pouco pela diferença de produtividade das duas equipes.

O Tricolor, é verdade, estava desfalcado de sua defesa titular (Xandão e Samuel é complicado), e Ricardo Oliveira faz falta (embora eu não atribua a quem jogou na função, no caso Fernandão, os problemas que ocasionaram a derrota). Mas vamos combinar que este São Paulo ainda não mostrou a força de outrora para uma recuperação à la Jason.

A impressão que dá é que esse time está meio engessado. Ou ele encaixa no adversário, faz os gols e vence, ou ele não encaixa nem usando calço, a equipe se torna improdutiva e fica apenas à espera dos gols que resultarão na derrota.

Atribuo isso ao trabalho do Sergio Baresi, que me agrada como treinador mas parece ter dificuldades para adaptar a equipe ao adversário (vide a indicação, feita por ele mesmo, do que queria com a entrada de um terceiro zagueiro no segundo tempo contra o Flamengo, e do que acabou resultando). Quando pegamos times bons e entrosados que não encaixam, a coisa fica mesmo complicada.

O São Paulo continua irregular e terá uma sequência difícil pela frente. Momentaneamente, o G-4 ficou mais distante. Mas é preciso agora mentalidade de formiguinha: um jogo de cada vez. Daqui a 3 ou 4 rodadas, se tudo der certo, podemos vislumbrar novamente uma chegada ao topo da tabela. Por ora, é trabalhar, um desafio por vez.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"Novos" ricos, in love.



A imagem vale mais que mil palavras. É pra esse casal que deve ir nosso dinheiro do imposto.

Feliz Copa de 2014 a todos.

Ainda é chance de pensar bem no seu voto no dia 3 de Outubro. Reflita.

domingo, 5 de setembro de 2010

Soooobe! Atlético-MG 2x3 São Paulo.

ÉEEE Marcelinho!

Será que presenciaremos ainda uma reação da base do SPFC e uma aposta correta em meninos como Marcelinho e Casemiro?

Não, de longe não é um futebol que inspira plena confiança na torcida tricolor, mas o São Paulo venceu a segunda consecutiva e ensaia uma recuperação no Campeonato Brasileiro.

Já na décima posição, a equipe deixou para trás o Palmeiras de Felipão, tão badalado e esperado pela imprensa. Graças a Inter e Santos estarem com ótimas campanhas, a vaga da Libertadores se estende até o 6o lugar até esse instante, portanto é bem possível que com meio campeonato, tenhamos condições bem possível de chegar lá.

A vitória tricolor, afundou ainda mais o rival mineiro e dá o tom para que a torcida vá ao Morumbi na próxima quarta-feira iniciar essa caminhada do Soberano, a quem sabe lá algo de bom no final desse ano de 2010.

Dia 17 de setembro, estreia o filme Soberano que com certeza pode inspirar os torcedores e jogadores do elenco, pois a bola está em disputa e o SPFC é forte.

Na quarta pode rolar já a estreia de Ilsinho. Ele e Marcelinho podem fazer um lado direito "infernal" pelo tricolor.

Vamos São Paulo! O Soberano 6-3-3 está de volta!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O novo desafio para o Morumbi

Agora que as peças estão todas em seus lugares e o teatrinho bancado pelos poderosos terminou, podemos avaliar qual é a real perspectiva de preservação e ampliação de um dos maiores e mais valorosos patrimônios do nosso Tricolor: o Estádio do Morumbi.

Modernizá-lo é questão de necessidade. Não pela Copa, que, convenhamos, é só uma desculpa para a gastança, mas pelo fato de que teremos pelo menos um estádio (o Palestra Itália) de fato modernizado em São Paulo pelos idos de 2014. (Há quem mencione este novo -- e enésimo -- projeto corintiano, mas, a despeito de todos os poderosos apostarem na "credibilidade", eu vou esperar mais um pouco; cem anos de maquetes ensejam pelo menos um pouquinho de cautela, apesar de ter tanta gente graúda engajada na missão de fazer caridade ao pessoal da Marginal S/N.)

Isso significa que, para todos os shows e jogos de maior expressão, entre outros eventos, haverá competição ferrenha. A manutenção das receitas do Morumbi passa por uma transformação que o coloque em vantagem nessa futura competição (que hoje inexiste, o que por si só mostra a visão histórica de nossos mandatários ao longo das décadas).

A grande capacidade de receber público(maior que a do Palestra e até mesmo que a maquete alvinegra, mesmo com uma alteração com mãozinha do governo) já ajuda, mas não basta. Será preciso prosseguir com as reformas (hoje em dia, convenhamos, com apenas parte do estádio "mexido", o visual é o de um Frankenstein) e produzir o mais caro de todos os elementos: a cobertura.

Caberá à diretoria Tricolor dar continuidade a esse trabalho e ter o estádio em condições de competir com o(s) outro(s) em quatro anos. Caso faça isso, o Morumbi tem tudo para continuar sendo a melhor arena de futebol e espetáculos de São Paulo, que é o que realmente importa. Receber alguns jogos durante um mês, mesmo em Copa do Mundo, é uma ótima desculpa para modernizar um estádio (não para erguer outro, sobretudo tão rodeado por "forças ocultas"), mas não é um fim em si mesmo.

Não perdemos nada, pessoal. Nossa casa continua lá, firme e forte, e não precisa de apoio de Ricardos Teixeiras, Jeromes Valckes ou outras figuras desse quilate para ser reconhecida. Aliás, o fato de não termos esses caras do nosso lado na verdade nos enobrece ainda mais. E o Morumbi sempre será o Morumbi. Ali está depositado o sangue, o suor e as lágrimas (de alegria, em sua maioria, mas também as de tristeza, pois com elas também aprendemos a vencer) da nação Tricolor. E nenhuma lavagem (nem de dinheiro, bem ao gosto da turma do "outro lado") poderá apagar isso.

Rogério Ceni 90! Fluminense 2x2 São Paulo

Não, não foi uma vitória para se recuperar, mas o São Paulo fez uma apresentação digna de suas tradições no Maracanã contra o líder do campeonato.

O empate foi justo, com o SPFC dominando absolutamente o primeiro tempo, e o Fluminense o segundo. O árbitro foi Leandro Vuaden, que errou grosseiramente ao marcar um penalti contra o SPFC e ainda deu uma falta que ocasionou o 2o gol do Fluminense que também foi bem questionável.

Não que sirva como desculpa mas já faz umas 5 rodadas consecutivas que o SPFC vem sendo prejudicado pela arbitragem com a não marcação de pênaltis a seu favor e ao constante de faltinhas estranhas para o adversário.

Enfim, de bom desse empate sai a confiança de ter feito um bom jogo e jogado bem, e principalmente Rogério Ceni. Nosso capitão marcou outra vez de falta e chegou a incrível marca de 90 gols, e ainda defendeu um penalti batido por Washington. Sensacional!

Ao ver Rogério Ceni na saída do gramado, dizendo que essa poderia ser sua despedida do Maracanã por conta da Copa de 2014, me deixou angustiado. Como assim Capitão? Não não, você está fazendo uma de suas melhores temporadas esse ano, nem pense em parar.

O duro é saber que um dia, vai acontecer...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vamos nos levantar!

Não se preocupe torcedor são paulino, nós vamos nos levantar! Podem me cobrar no final do ano, esse time que está aí vai melhorar seu desempenho e não sei se estaremos lutando pelo G4 no final do campeonato, mas eu ainda acredito que é bem possível.

6 pontos. Essa é a diferença do SPFC para o 4o colocado. Muito pouco para os mais de 20 jogos que ainda restam por acontecer. Percebo que em um campeonato absolutamente equilibrado como esse, se nos desgarrarmos um pouco e engajarmos uma sequência de vitórias, estamos não só de volta como recolocando respeito em campo e a nossa sina de recuperações bonitas no Brasileirão.

A torcida precisa entender que não adianta virar as costas para o time e abandonar as chances de irmos para a Libertadores do ano que vem, nos momentos mais complicados é que o clube precisa da presença do torcedor, empurrando e mostrando o quão grande é o SPFC.

Não precisa ir muito longe para olharmos para isso. Virtualmente rebaixado no ano passado, o Fluminense conseguiu AO LADO DE SEU TORCEDOR, uma façanha ao não cair e hoje lidera com folga o Campeonato Brasileiro, onde se sua torcida fosse acomodada, fatalmente estaria hoje na liderança da Série B.

Portanto, torcedor tricolor, não abandone o time jamais, não desista quando existe uma estrada tão grande pela frente. Logo virá nosso novo comandante, Alex Silva voltará de contusão e Ilsinho fará sua estréia. Vamos ajudar o Mais Querido, porque nós fazemos parte do desempenho do nosso time.

Ah, e eu adoraria a ideia de Raí no comando do SPFC. Acho que falta um pouco de magia, e não acredito em algumas lendas da importância de um técnico em futebol. Isso é muito relativo, embora exista sim, óbvio. Mas acho que cercado das pessoas certas, ele daria certo sim.

Time da fé, jamais me entregarei, você nasceu para brilhar e nós sabemos disso.

domingo, 22 de agosto de 2010

Direto na ferida.

Não vou aqui comentar politicamente o momento do SPFC, mas também analisar os dois lados da moeda, tomar decisões precipitadas podem afundar ainda mais nosso tricolor, mas é preciso entender o momento em que estamos passando.

Sim, são paulino, lembra daquele ano em branco que viria e o final de um ciclo, como foi o de 91 a 95 com o Telê? Pois é, chegou. Muito prazer fim de uma era.

O que começou a ser construído em 2004 com as contratações vindas do Goiás, e se consagrou em 2005, 2006, 2007 e 2008, acabou. O SPFC não lembra mais em nada aquele time guerreiro que superava suas deficiências técnicas com raça, organização, empenho e vontade de vencer.

A diretoria não sabe bem o que fazer, mas e você são paulino, tem certeza de qual caminho devemos tomar? Com certeza, a maioria aqui não desvalorizaria seus atletas como tem sido feito lá nas nossas bandas, mas vai saber o que anda ocorrendo por lá, não é? O SPFC sabe muito bem esconder seus fatos absurdos, normais em clubes de futebol.

Esse processo de reciclagem é dolorido e tem em alguns jogadores o alvo de "pagadores de pato". Quem não se lembra das vaias a Rogério Ceni e Luís Fabiano em um clássico pós eliminação de Libertadores, no mesmo Pacaembu.

Sérgio Baresi tem sua oportunidade da vida nas mãos, mas não tem plena ação, portanto precisa de tempo para mostrar em "treino", evolução em um time que foi bagunçado pelo ex-treinador de todas as formas. O SPFC sempre atuou no 3-5-2 por conta da deficiência em suas laterais, porque em qualquer time de futebol as peças pedem o esquema e não o contrário.

Hoje, falta zagueiro, falta lateral, falta volante marcador, falta meia criador e por incrível que pareça, os atacantes velozes não são utilizados. O SPFC não pode mais se dar ao luxo de "contratações cirúrgicas". É preciso matar o paciente e fazer outro, porque o que era o Jason, já virou o Frankenstein com um elevado número de coadjuvantes medíocres.

O time é tão ruim assim? Não, não é. Seria digno até de um G4, mas até a casa ficar em ordem para uma recuperação, temo ser tarde demais para conseguirmos algo em 2010. É preciso de força no comando, seja na manutenção de ideias ou na mudança, o SPFC está inseguro, dentro e fora de campo, e isso precisa se combatido.

E quanto ao novo ciclo, que saibamos fazer o novo time, de uma maneira madura, sem queimar boas promessas como: Casemiro, Marcelinho e sua trupe.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Motivação.

Os blogueiros estão desanimados para falar sobre o SPFC nos últimos tempos, acho que isso se reflete nos posts do Blog. Estamos renovando o espírito para voltar com tudo.

Adiante, um clássico e um técnico tampão mas sério. Gostei do Sérgio Baresi até agora, acredito que tenha futuro mas não é justo o peso que será jogado em suas costas.

Caso Dagoberto: Absolutamente injusto o que tem sido feito com ele, não tem mais o que dizer, pode não ter rendido o esperado, mas se já estava mal, porque a diretoria deixou ele jogando? Não faz sentido.

Ilsinho: Quanto mais rápido vier melhor.

É isso. Esperamos dias melhores.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Melancolia de um gigante em queda livre

Uma eliminação na Libertadores é sempre doída. Numa semifinal, mais ainda. Para uma equipe brasileira, então, nem se fale. Mas o assunto do momento não pode -- e não deve -- ser a "vitória-derrota" no Morumbi ontem. O tema que deve estar na cabeça de todos os são-paulinos é a imensa série de cagadas protagonizadas por nossa diretoria neste ano de 2010. Acho que, de tanto falar do "Soberano", nossos dirigentes acabaram acreditando na própria propaganda que criaram.

Soberania se constrói com trabalho e dignidade, não com bravatas e sandices. O que eu vi ontem, em campo, no Morumbi foi muito trabalho, muito esforço e muita dignidade, provenientes de nossos jogadores-guerreiros e (por que não?) de nosso agora ex-treinador.

Sim, há quem critique o trabalho do Ricardo Gomes, e eu mesmo não sou o maior entusiasta dele, mas nunca faltou postura e respeito, seja com o próprio grupo, seja com os adversários. O exemplo, infelizmente, não veio de cima.

De Juvenal Juvêncio e dos cartolas que os acompanham, eu vi uma arrogância que, fosse acompanhada por competência, poderia até ter perpetuado a lenda do "Soberano". Mas não foi assim que aconteceu.

Essas coisas todas estão na garganta faz tempo, mas decidi esperar o fim da Libertadores (com vitória ou com derrota) para manifestá-las, porque não me sentia à vontade para criticar em meio a decisões tão importantes no campo. Agora é o momento preciso para que elas sejam colocadas, já que se fala tanto em "renovação".

1. A base

Ironicamente, no mesmo ano em que conquistamos a Copa SP, enfrentamos a maior crise já protagonizada por nossas categorias de base. Claro, não foi culpa da diretoria que um empresário malicioso se infiltrou por Cotia e aliciou os meninos, fazendo com que se voltassem contra o clube. Mas o problema -- assim como o baixo aproveitamento das revelações tricolores na Barra Funda -- nasceu de uma situação mais delicada, que envolve um conflito entre o pessoal de Cotia e a turma do profissional. Claramente a vasta estrutura do clube não está sendo gerida da maneira mais correta, e a diretoria é lenta e arrogante para mudar. Precisou tomar na cabeça para fazer contratos mais condizentes com os moleques e começar a usá-los. Algumas lições já foram aprendidas (da maneira mais dolorosa), mas ainda falta muito para que Cotia, Barra Funda e Morumbi se sintam parte da mesma coisa, o São Paulo Futebol Clube. A base, o profissional e os cartolas precisam falar a mesma língua, o que não tem acontecido nos bastidores do Tricolor.

2. O Morumbi e a Copa-14

Não vou criticar o desejo manifesto do São Paulo de sediar jogos, quiçá a abertura, da Copa do Mundo. Acho importante estrategicamente para o clube, e aprovo boa parte dos esforços (seja por lobby, seja por trabalho) conduzidos pela diretoria. Mas duas coisas jamais poderiam ter acontecido e aconteceram. Primeiro, esse projeto jamais poderia estar acima dos interesses maiores do próprio clube (leia-se, o futebol). Segundo, o São Paulo não poderia jamais ter pretendido vencer esta batalha com protelações e enganações. As duas coisas aconteceram quando o Tricolor submeteu o projeto que havia sido aprovado pela FIFA. Ele feria os interesses do clube ao obrigar o Morumbi a fechar por dois anos para um reforma e era claramente enganoso, porque o SPFC jamais teve a intenção de executá-lo. Foi apenas uma manobra -- uma cara manobra -- para obter o aval técnico da FIFA e reforçar, para o público leigo, a situação do estádio perante o Comitê Organizador Local (Ricardo Teixeira). Não era preciso orçar detalhadamente para saber que o fechamento do estádio, exigido pelo projeto, seria uma tragédia para o clube. Pois, se assim o era, jamais deveria ter sido submetido. Esta é uma guerra que o SPFC ainda tem boas chances de vencer, e admito que essas chances vêm da política protelatória adotada por Juvenal Juvêncio, mas jamais poderei subscrever uma estratégia que busca subterfúgios para atingir seus intentos. Os fins não justificam os meios.

3. A arrogância do patrocínio

Quem deve estar dando muita risada a essa altura são os executivos da LG. Eles chegaram a oferecer uma proposta maior (R$ 24 milhões, se não me engano) para o São Paulo, numa tentativa de se manter na camisa. Foram descartados pela diretoria sob o argumento de que a camisa Tricolor valia muito mais, *pelo menos* a mesma coisa que valia a do Curíntia, em ano de centenário, com Ronaldo Gordo no elenco. Tá, legal. Eu sou são-paulino. Para mim, pessoalmente, a camisa do Curíntia é um pano de chão mal-lavado, e o manto sagrado Tricolor tem valor inestimável. Mas essa é a visão do mercado? Faltou humildade à diretoria, num primeiro momento. E, num segundo, faltou coerência. Juvenal e seus comandados não estavam prontos para ficar sem patrocínio? Então por que não ficaram? Porque a água começou a bater na bunda, e tiveram de se rebaixar cada vez mais, até chegar ao fundo do poço -- ver a camisa da semifinal da Libertadores ter patrocinadores que costumamos ver na camisa de equipes como o Grêmio Prudente (e que ninguém venha me dizer que valeu R$ 1 milhão). Não tenho dúvida de que hoje o patrocínio do São Paulo vale menos do que quando começou a temporada, o que só pode ser traduzido como uma atuação desastrosa da diretoria.

4. Conflitos de diretoria

Não é de hoje que um diretor do SPFC fala "A" e o outro fala "B", e os dois fingem que estão dizendo a mesma coisa, quando não estão. Basta ver o que diz Leco e o que diz João Paulo Jesus Lopes, confrontar uma coisa com outra, e tentar conciliar. A saída de Marco Aurélio Cunha da diretoria (anunciada hoje) e o "sumiço" de Júlio Casares -- o mais competente dos membros da atual direção -- sugerem que há um racha dentro do próprio grupo dirigente do Tricolor. Se o Juvenal Juvêncio não consegue nem mesmo convencer seus diretores de que sabe o que é melhor para o clube, como poderá convencer a nós? Tem muito mais confusão debaixo do cobertor do que sugerem as aparências sempre serenas dos seguidores do "regime presidencialista" do SPFC.

5. Demissões e dispensas fora de hora

Você disputa as quartas-de-final da Libertadores contra um time fortíssimo. Joga bem os dois jogos, ganha com autoridade e vai como favorito para a semifinal. Nessas condições, o que você faz? Idealmente *NADA*. Há quem reclame que era a hora exata para mandar embora o treinador e preparar o time para o confronto decisivo durante o recesso da Copa do Mundo. Não questiono essa iniciativa, o Inter fez e deu certo. Mas eu não teria feito, então não vou cobrar a diretoria por isso. Falar depois do fato é mais fácil.

Agora, o que a diretoria fez? Demitiu, por telefone, o criador do badalado Reffis, professor da Unifesp, são-paulino de coração e funcionário do clube durante 25 anos. Isso mesmo, um quarto de século. Para cada 3 anos que o SPFC existiu, em um ele estava lá. Como explicar a demissão de Turíbio Leite de Barros? Até agora ele mesmo (que, admito, é meu padrinho, mas se não fosse eu não falaria nada diferente) está sem entender. Foi a tal "onda da renovação". Mas onda da renovação em véspera de jogo decisivo??

A mesma coisa se pode dizer da saída do Cicinho. Tava jogando o fino da bola? Não, longe disso. Mas era a peça que tínhamos para a função e o time tinha se acertado e feito dois grandes jogos com ele. Como perder esse jogador às vésperas da decisão? Dizem alguns que a diretoria fez de tudo. Eu acho que fez muito pouco, e por uma razão simples: estava sem grana para manter a folha salarial completa. De que outra maneira explicar a saída de Washington e a quase saída do Cléber Santana?? Tudo bem, com a chegada de Ricardo Oliveira, o Coração Valente ficou definitivamente sem espaço. Mas aí você "dá" o jogador? Peraí, tem um desespero aí que não combina com a palavra "planejamento".

Com tudo isso, de quem é a culpa?

Ninguém está dizendo que o SPFC é como outros clubes, em que não há nem resquício de seriedade e nem mesmo a garantia de receber o salário em dia o jogador tem. Mas com tanta confusão (e alguma acomodação), dá para achar um bode expiatório? Claaaro que dá! Afinal de contas, de toda essa história, 99% dos torcedores só enxergam quem está em campo. E, de todos, qual é o mais vulnerável? O treinador. Ricardo Gomes (que, repito, não fez um trabalho brilhante, mas também está longe de ser o pior treinador que já vi) pagou esse pato. E a diretoria segue fingindo serenidade, sem pressa de contratar o substituto.

Na minha opinião, está na hora de trocarmos quem dá as cartas no clube. Não que eu não tenha imenso apreço pela gestão Marcelo Portugal Gouveia e Juvenal Juvêncio, uma das mais vitoriosas da gloriosa história do SPFC. Mas a beleza da democracia é isso: tem hora que é melhor um, tem hora que é melhor outro. Está na hora de mudar. Fica a torcida por uma oposição responsável -- mas também forte -- que possa promover esse rodízio e trazer novos métodos e ares aos escritórios do Morumbi.

Mudanças...

Difícil falar muita coisa nesse momento em que o São Paulo até fez por merecer melhor sorte na partida de ontem, mas onde um contexto maior envolveu e culminou na eliminação por conta do regulamento da competição. (Maldito seja o gol fora de casa)

Hora essa de juntar os cacos, reformular e reinventar a equipe para ser bem sucedido novamente. Mudanças estão por vir...

Marco Aurélio Cunha deixou a diretoria do SPFC por discordar de algumas atitudes.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Que tal uma revanche valendo Mundial, hein?

E não é que a revanche entre São Paulo e Internacional ficou mais saborosa ainda? Embora não seja a final da Libertadores, a partida no Morumbi vale a classificação para o Mundial de Clubes da FIFA no final do ano em Abu-Dhabi.

Isso ocorreu porque o adversário do brasileiro "sortudo" é um mexicano e portanto a Conmebol não poderia indicar um clube que não é seu afiliado para representar o continente. Portanto, o Brasil volta a participar do torneio Mundial de Clubes depois de 4 anos. Desde 2005, com o São Paulo e 2006 com o Internacional, curiosamente, o país não está presente na disputa.

Olha, não sei mais o que falar sobre esse jogo de quinta, só sei que eu estou com um feeling positivo e olhando para o relógio querendo que chegue logo. Vamos lá, são paulino, você tem que fazer a sua parte nesses 90 minutos, para nos levar a mais uma final e rumo ao topo do mundo!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Entrando em parafuso...

Futebol é mesmo incrível, toma nossas mentes e o amor ao São Paulo Futebol Clube acaba ofuscando todo o resto das coisas.

Em tempos de decisão de Libertadores, fico totalmente tomado pelas emoções e ansioso com a partida que virá.

O SPFC é o time da fé! Unidos vamos vencer!

Quem viver, verá.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

The sound of silence

O leitor já deve ter reparado minha ausência do blog nas últimas semanas. Gostaria de dizer que é apenas excesso de trabalho e falta de tempo para postar, mas também tem outra coisa. Estou extremamente irritado com alguns erros imperdoáveis (e inexplicáveis) cometidos pela diretoria do SPFC, mas acho que não é hora de discuti-los. Após o fim da Libertadores, pretendo voltar a esse assunto. E que ninguém pense que um resultado favorável irá apagar essas cagadas.

Por ora, só um rápido comentário sobre o jogo de quarta-feira. Eu confesso que fiquei mais irritado em retrospecto do que durante o jogo. Enquanto estava 0 a 0, eu estava apreensivo, é claro, mas entendia a estratégia proposta. O São Paulo mostrou imensa fragilidade na defesa em sua volta da Copa, e era preciso mostrar dedicação extra para retomar a segurança nesse setor do campo.

O que não podia acontecer, e aconteceu, foi renunciar a todo o resto, só em nome de "arrumar" a defesa. Eu duvido, sinceramente, que essa proposta de jogo tenha partido do Ricardo Gomes (sempre o bode expiatório, a despeito do mundo de cagadas, de cima e de baixo, que temos visto ao redor dele). Para mim, foi mais o efeito psicológico do retorno da Copa, em que a defesa são-paulina apareceu cheia de buracos. (Aí sim podemos imputar responsabilidade ao treinador, que mexeu onde não devia e não usou bem o tempo que teve para treinar a equipe e corrigir os erros.) Os jogadores se sentiram na obrigação de mostrar que a defesa ainda era sólida, e esqueceram que o jogo é jogado em dois campos.

Ainda se tivesse conseguido manter o 0 a 0, vá lá. Mas não conseguiu. Numa das poucas reais chances de gol do Inter, eles fizeram seu magro placar, e vêm a São Paulo com a vantagem principal não de ter feito um gol, mas de não ter tomado nenhum. (Sobre a hipótese de placar mais dilatado, convenhamos: falam tanto do desempenho do Rogério, que foi ótimo de fato, mas a verdade também é que o time do Sul não teve graaandes oportunidades que exigissem milagres do nosso capitão. Ele catou bem, atento e focado que estava, e garantiu o placar mínimo, mas não fez nenhuma defesa miraculosa, o que atesta também a inoperância ofensiva da equipe colorada.)

Está tudo perdido? Não, não está. Há razões para algum otimismo? Sinceramente, não. (Para alguns, a contusão do Ricky é um sinal divino, mas não me incluo nesse grupo.) O time não jogou nada a temporada inteira, salvo dois jogos no Paulista (Botafogo e Santo André) e dois jogos na Libertadores (Cruzeiro). Por um acaso (encaixou os jogos certos na hora certa) está nas semis do torneio continental. Mas está longe de apresentar um futebol de campeão de forma consistente (apresentou contra a equipe azul de Minas, mas não manteve a pegada).

O que eu faria?

Para o Ceará, equipe 80-90% titular. Por causa do Brasileirão? Não. Mas porque o desempenho do Beira-Rio mostra que o time precisa de confiança, e ela só virá com uma boa apresentação. O Vovô (time que vem bem no campeonato, mas está em declínio) em casa é uma ótima oportunidade de adquirir esta confiança.

E quinta-feira?

Para mim, Rogério Ceni, Alex Silva, Xandão e Miranda; Jean, Rodrigo Souto, Hernanes, Fernandão e Jr. Cesar; Dagoberto e Ricardo Oliveira. E seja o que Deus quiser.

domingo, 25 de julho de 2010

Uma hora vai mudar. Santos 1x0 São Paulo

Não foi dessa vez que vimos o SPFC voltar a vencer ou mesmo fazer um bom jogo, ao menos digno de sua tradição.

Embora tenha minhas discordâncias em relação a postura de alguns atletas, não acho que é o momento de nós, ficarmos expondo e deixarmos a imprensa explorar uma crise que ainda não veio. Até porque jogamos com um "reservão", exceto por Rogério Ceni e Richarlyson.

Temos 180 minutos para mudar essa história e os jogadores sabem muito bem disso. Chegamos cheios de desconfiança contra o Cruzeiro e acabamos impondo ao adversário duas derrotas incontestáveis.

Agora, não é diferente. Contra o Inter, tal qual com os mineiros, o molho é apimentado e não teremos refresco, mas o SPFC tem camisa em Libertadores e sabe muito bem como agir em momentos decisivos.

Concentração total no duelo de quarta-feira.

A Copa Libertadores nasceu para o São Paulo Futebol Clube, e vice-versa.

Ps: Enquanto isso, em Porto Alegre... Rafael Sóbis diz que "deseja destruir o SPFC."

É a hora de dar o troco por conta de 2006. Calma gaúcho, calma que logo logo, você verá.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"A Corrente do Tetra."



A Corrente do Tetra é uma campanha criada pela Imprensa São Paulina visando a união de sites e torcedores do São Paulo FC em todo Brasil com seu elenco, comissão técnica e diretoria.

A Copa Libertadores se caracterizou como um título em que a união de torcida e time são essenciais para a conquista, todos nós sabemos disso. A Corrente para o Tetra não possui nenhuma logomarca além da do clube, para que todos os sites possam colocar com orgulho o logotipo e ostentar que somos são paulinos e brigaremos com unhas e dentes por esse título.

Não serão especulações baratas que irão tirar o foco dos nossos torcedores, equipe e comissão técnica. Independente de quem, nós somos São Paulo Futebol Clube, essa nação que sempre honrou as três cores e que se tornou a mais vencedora do Brasil e conquistará novamente a América!

Chega de "zum zum zum", é a hora de nos unirmos com nosso time, que nos trouxe até essa semifinal, Vamos São Paulo, vamos São Paulo, Vamos ser campeão!

Estaremos no Beira-Rio e no Morumbi, gritando sem parar, com orgulho de ser tricolor, o maior de todos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sem comentários, demissão de fisiologista e que fase! São Paulo 1x1 Prudente.

Não vou comentar o jogo de hoje do SPFC. Não merece nenhum comentário.

Qualquer são paulino que se preze sabe onde está o problema.

Bom, confesso que estou muito chateado com a demissão do fisiologista Turíbio Leite de Barros, já entrevistado aqui pelo ISP e o pai do Reffis tricolor.

Com 25 anos de casa, Turíbio foi dispensado sem o menor respeito pela linda história que construiu no clube. Não existem justificativas, o SPFC está esquisito, inclusive internamente. Já se fala em terceirização do Reffis, uma das maiores conquistas do SPFC.

Bom, como tenho um grau próximo de parentesco com o Dr. Turíbio Leite de Barros, pude encontrá-lo essa semana corriqueiramente. Fui cumprimentá-lo e tirando o lado de parente, disse que em nome da torcida do SPFC agradecia pelo seu trabalho por todos esse anos. E que a única coisa que poderia falar em nome de todo torcedor do São Paulo é "Obrigado!".

Dr. Túribio, com os olhos marejados me abraçou e disse "Rapaz, não me faça chorar... e agradeceu".

Ressalto aqui meu agradecimento e revolta com a atitude sem justificativa do SPFC. Agiu de forma horrível e não respeitou o profissional que foi Túribio em todos esses anos de dedicação.

Bom, é isso pessoal. Dias melhores virão.

domingo, 18 de julho de 2010

O peso da Libertadores. Vitória 3x2 São Paulo

Mais uma vez, a equipe do São Paulo entrou sem a menor organização e quando tentou se recuperar, era tarde demais. Revés novamente e distância cada vez mais abismal dos líderes do campeonato.

Como pode um treinador de futebol não perceber suas modificações estúpidas e sem treino feitas no setor defensivo. Primeiro, 4-4-2 e Richarlyson como cabeça de área. Depois, quase como um desespero ao perceber uma possível goleada para o adversário, Ricardo Gomes volta ao esquema de 3 zagueiros centralizando Richarlyson. Tragédia anunciada, correto?

Dois gols no início do segundo tempo sepultaram as chances do SPFC no jogo. Como a falta de quem entende de futebol prejudica esse time, impressionante.

Esquecendo esse jogo e temendo a Libertadores, fiz um balanço e parei para pensar como faz diferença um ou outro jogo desse torneio. O São Paulo jogou desorganizado e "sem alma" durante praticamente toda a temporada, foi pífio no Campeonato Paulista classificando apenas na última rodada e igualando um recorde negativo de sequer vencer um clássico no torneio. Depois, classificou de forma equilibrada mas sem brilho na primeira fase da Copa Libertadores. Levou uma sorte danada de ser o segundo na classificação geral, não fez por merecer esse posto. Os grupos foram equilibrados e por isso essa posição caiu no nosso colo.

Daí, veio a "virada" tricolor, após dois empates ridículos com o Universitário do Peru, nosso time acordou na cobrança de pênaltis e prometeu mais empenho, garra e união. E não é que tudo parecia dar certo após isso? Duas vitórias incontestáveis contra o Cruzeiro, sem dar a menor chance para o adversário e ainda culminando com a chegada de Fernandão, fizeram o SPFC estar nas semifinais da Libertadores.

Míseros dois jogos. Foi essa a temporada do SPFC até agora, a conquista de Ricardo Gomes. Vencer o Cruzeiro por duas oportunidades e só. Muito pouco para quem almeja títulos e mais títulos no Tricolor.

Como a Libertadores é pesada e muito importante, o treinador se sustenta no cargo mesmo fazendo bobagens jogo após jogo. Agora, está entre o céu e o inferno, tal qual nosso amado tricolor. Se vencer o Internacional no confronto de dois jogos, deve se tornar gênio e encaminhar o quarto título da América, pois ninguém acredita que Universidad do Chile ou Chivas possam derrotar um dos brasileiros na final. Se for derrotado com certeza sela o fim de sua passagem no clube, independentemente das circunstâncias, já que o Campeonato Brasileiro tem ido pelo ralo.

A vida do SPFC em 2010 e até em 2011 pode ser definida em 180 minutos. Espero que todos os santos estejam conosco, porque vamos precisar. Agora é hora de apoiar e fechar os olhos para incompetência do treinador e a enorme infelicidade da diretoria ao permitir a saída de Cicinho.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lamentável... São Paulo 1x2 Avaí.

O que fizeram os jogadores e comissão técnica na intertemporada?

Veja bem, intertemporada, nome mesmo diz. Não era férias para ninguém. Infelizmente não foi o que pareceu o retorno do SPFC. Jogando "nem aí", o tricolor conseguiu a façanha de ser derrotado com tranquilidade pelo Avaí no Morumbi.

Sem a menor vontade de jogar futebol, o time pareceu se incomodar mais com o frio do que com o domínio adversário. Aliás, 7 mil pagantes heróis que nessa noite fria foram assistir a esse 'clássico do futebol nacional'.

Olha, se eu for fazer a avaliação individual de cada um, ficaria complicadíssimo porque desceria o sarrafo em quase todos. De qualquer jeito, nós sabemos quem é o "gênio" da lâmpada, né?

Ricardo Gomes mexeu no posicionamento da defesa que 'VINHA TOMANDO POUCOS GOLS'. Pois é, pra quê? Acho que é pra irritar, só pode. Ainda bem que o SPFC ainda não renovou seu contrato, jogando essa bolinha aí, o SPFC perde pra qualquer um dos adversários restantes da Copa Libertadores. Ou seja, precisamos melhorar em pouco tempo.

Espero que tenha sido acaso, noite infeliz.

Vida que segue rumo ao dia 28.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ufa, acabou! Vamos ao que interessa...

Estamos de volta! Finalmente a Copa do Mundo acabou. Como todo apreciador de futebol, o evento é sempre um marco, mas não sei se é porque estou ficando mais velho que eu achei essa uma das piores copas de todos os tempos. Uma das mais chatas e com um nível técnico de dar dó. De toda forma, parabéns aos espanhóis. E principalmente ao Uruguai, que foi a seleção mais briosa da copa! (Forlán, melhor da copa, espero que venha um dia! E Lugano, não precisamos nem falar né?)

Vamos ao que interessa, a Copa Libertadores e nosso sonhado Tetra!

As notícias não tem sido boas para o SPFC nesses últimos tempos, confesso que fiquei irritado com a postura da diretoria em deixar Cicinho ir embora como se fosse o Rondón, sem sequer tentarmos um pouco mais. Além disso, a lá Ricardo Oliveira outro contrato mal feito e que perdemos um jogador importante em uma fase final.

Além disso, Jorge Wágner deve deixar o clube agora ou no final do ano, a preço "zero". Roger 'impedido' rendeu US$ 1 milhão aos nossos cofres, foi para o Kashima. (Sorte pra ele e espero que os bandeirinhas lá sejam iguais os da Copa.)

Na quarta tem jogo com o Avaí, hora de vencer e retomar a boa fase. É bom estar de volta!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Eu apoio e você? Copa 2014 SEM CORRUPÇÃO!



Em nome da decência e ética aos cidadãos brasileiros, esse blog apoia a iniciativa de um abaixo-assinado contra a corrupção na copa de 2014, principalmente com o uso de dinheiro público na construção de estádios de futebol.

O blog Imprensa São-Paulina acredita que é dever dos candidatos a presidência e governo estadual, seja seu estado uma das sedes, vir a público expor suas ideias e compromisso com relação a esse tema.

Apoiar esse movimento é fazer o seu papel contra a roubalheira dentro do nosso país.

Obrigado a todos!

Participe e divulgue:

OBS: Basta colocar nome, e-mail e RG (não necessitando preencher os outros campos) e clique em assinar.

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6353

Siga No Twitter: twitter.com/2014100corrupto

Email: 2014100corrupcao@gmail.com

terça-feira, 15 de junho de 2010

A minha casa.

A minha casa.

Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi, a minha casa. Aliás, casa de muitas e muitas pessoas, de todos os são paulinos e até de torcedores de outros times. É quase como coração de mãe, sempre cabe mais um.

Desde criança em meados dos anos 80 sentia uma sensação diferente ao entrar lá, é como se me sentisse um pouco dono de tudo aquilo, da história e sentimentos carregados ali. Parecia conhecer cada canto, setor, ambiente, salas dentro da “nossa casa”.

Aliás, é algo que os são paulinos podem carregar, foi ali que realizamos nossos sonhos, que sofremos com nossos erros, mas jamais deixaremos de amar profundamente o que fez do São Paulo Futebol Clube enorme, o Morumbi.

Grandioso, imponente, como o sonho de tantos e tantos são paulinos que o construíram. Casa de sonhadores que sofreram com a burrice alheia ao não enxergar o futuro. Morumbi foi nossa máquina do tempo, cada elemento, terra ou tijolo, colocados lá foram pedaços de tantos e tantos títulos importantes até as conquistas da Libertadores e dos sonhados mundiais de 92,93 e 05.

Ali, naquela construção magnífica, o Tricolor e seus mentores decidiram, seremos gigantes, maior do que todos. Mesmo sendo um clube relativamente “novo” se comparando com seus rivais, nosso sonho se tornou realidade, o soberano surgiu, com glórias além das fronteiras nacionais.

Não me calarei perante as milhões de asneiras ditas sobre a minha casa, muito menos quando diante do discurso estão carregados a falta de valores morais e éticos perante ao povo brasileiro e seu suado trabalho.

A farra do dinheiro público um dia terá fim, pode não ser hoje nem daqui a dez anos, mas um dia pensaremos e não receberemos a decisão dos “poderosos” e gananciosos calados. Esses, que lembram em seu palanque, tantos e tantos ditadores que de forma maquiavélica, manipulavam todas as decisões e sempre enfraqueceram o interesse do bem comum.

Covardes.

Alguns se escondem, covardemente, e fingem que em nenhum momento planejaram o assalto ao cidadão paulistano, paulista e brasileiro. O bem de poucos é sobreposto ao bem de muitos.

O Brasil vencerá um dia.

O Morumbi é orgulho, ele é sonho e sempre será. Porque é e foi feito por HOMENS de verdade.

Com Copa ou sem Copa, essa é a minha casa. E será sempre espetacular. Por sua decência, competência, valores morais e éticos. E por isso, sempre me sentirei em casa.

Paulo Cesar Nogueira Leite Ceglia - 15/06/2010

domingo, 13 de junho de 2010

Morumbi e eleições

Algumas nuances da disputa eleitoral sobre o Morumbi já ficaram claras. A verdade é que ninguém quer colocar dinheiro público no projeto -- pelo menos até as eleições. O ministro Orlando Silva já declarou que grana federal não entra (defendendo assim a cara do PT) e passou a bola aos governos estadual e municipal (PSDB-DEM), que também já se mostraram indispostos a investir num estádio.

É evidente que qualquer passo em falso nesse tópico gerará fatos a serem explorados na vindoura campanha eleitoral. Daí todo mundo estar cheio de dedos.

Resta saber como o comitê paulista irá se comportar após quarta-feira, quando o todo-poderoso (não Deus, Ricardo Teixeira mesmo) anunciar que o Morumbi está oficialmente fora da Copa. Os paulistas recuarão ou pagarão para ver o blefe do chefão da CBF?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A batalha do Morumbi 2014

Quer uma combinação mais explosiva no Brasil que política, Copa do Mundo e eleição? É no meio desse imbróglio que está envolvido o projeto da cidade de São Paulo para o Mundial de 2014, que teve novos capítulos nos últimos dias.

O projeto aprovado pela Fifa para a abertura, datado de 15 de abril de 2010, custaria ao Tricolor mais de R$ 630 milhões. Valor inconcebível, em termos de endividamento, para o clube.

Em reunião com o Comitê Paulista, ficou decidido que a reforma do Morumbi seria a originalmente planejada, a um custo de cerca de R$ 300 milhões. E, de resto, foi dada uma banana oficial ao Comitê Organizador Local (leia-se Ricardo Teixeira) e à Fifa.

Não é uma atitude muito diferente da que teve o Atlético Paranaense, quando arguido sobre recursos para as obras na Arena da Baixada. O clube colocou seu estádio à disposição, mas se recusou a gastar mais do que cabe em seu orçamento.

Teoricamente, a decisão do São Paulo foi correta. E, teoricamente, essa é uma discussão civilizada e desinteressada, em que todos buscarão a melhor solução para o Brasil.

Aí é que entram a política e as eleições. Todo mundo sabe que (1) o São Paulo não é particularmente querido por Ricardo Teixeira, (2) governo adora fazer obra grande e cara, (3) gosta ainda mais quando é em caráter de urgência, porque dispensa licitação e (4) tem uma eleição no meio do caminho, que faz governantes ficarem receosos de fazer a tradicional farra do dinheiro público.

São elementos que jogam juntos nesse concerto maluco. O São Paulo fez a parte dele com altivez (e talvez uma empáfia necessária, mas agora incômoda): colocou seu estádio como o palco natural para a abertura da Copa 2014.

Agora, "lavou as mãos". Se o que os governos federal, estadual e municipal dizem em público for para valer (e tenho sérias dúvidas disso), a Fifa e o COL terão de parar de fazer frescura e admitir que o Morumbi é a saída, e que é preciso ser razoável. Se não for, todos nós pagaremos o preço. Literalmente. Com o dinheiro dos nossos impostos.

Vamos aguardar os próximos dias, pois haverá mais desdobramentos dessa infinita novela. Mas eu acho que o São Paulo cravou hoje um posicionamento diferente: não trabalha mais com a hipótese do "tudo pela Copa". Agora virou um: "se quiserem, o Morumbi está aqui". A bola não está mais conosco.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Hat-dago Trick! São Paulo 3x1 Grêmio

Dagoberto realmente estava com tudo no dia frio e ensolarado no Morumbi na tarde de ontem. A bola parecia procurá-lo e o nosso veloz atacante marcou simplesmente os três gols da vitória são paulina.

Em campo, vimos um belíssimo jogo com chances de parte a parte. O Grêmio começou melhor e marcou logo no começo, com o RefHUGO, que por sinal demonstrou respeito com o SPFC e não comemorou.

Em seguida, o mais querido retomou o controle da partida e empatou em uma bola recuperada na esquerda por Marlos e finalizada por Dagoberto. (Voltamos a realizar jogadas com grande movimentação)

Tudo parecia lindo quando o árbitro marcou pênalti em cima de Alex Silva. Foi aí que quase afundamos. Mais uma vez, RC bateu e perdeu. Injusto criticá-lo por essa cobrança, mas na somatória ele realmente vem muito mas muito mal. Essa levou azar, quis bater forte no meio, ela pegou embaixo da trave e saiu. Uma pena. (Continuo achando que não temos que tirá-lo dessa posição, ele vai fazer e essa 'zica' vai acabar.)

O time nitidamente se abateu, passou a novamente ser dominado e aí veio ele... de novo. Rogério Ceni ressurgiu e com uma defesaça estilo Gordon Banks impediu com que o Grêmio marcasse. Até seus críticos mais ferrenhos nas arquibancadas levantaram para aplaudí-lo, foi um defesa memorável. Ao todo no jogo, foram boas defesas, mas a cabeçada no primeiro tempo superou todas.

Na segunda etapa, com o espírito certo e jogando com o mesmo empenho, trituramos os gaúchos. Em mais uma cavadinha de Hernanes, Dagoberto aproveitou a bobeira de Rodrigo e virou o jogo.

O último gol foi um deleite aos que gostam de futebol, Marlos fez uma jogada espetacular saindo do campo de defesa em velocidade recebendo na frente e driblando os adversários, chutou e a trave ofereceu novamente o gol para Dagoberto que não perdoou.

Encostamos no G-4 antes da parada para a Copa do Mundo, agora é hora de acabar com essa bagunça de "atletas afastados" e contratar reforços para chegar forte contra o Internacional nas semis da Libertadores.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

E o ZZZZ continua... Goiás 2x1 SPFC

Nossa, que horror. Principalmente o segundo tempo, foi inassistível, exceto pelos mais fervorosos torcedores. Um horror mesmo. E não consigo evitar pensar que o Marcelinho Paraíba é pé-frio. Sempre que ele abre o placar com um gol, acabamos tomando a virada.

Pois bem, o jogo foi o seguinte. O São Paulo megadesfalcado na zaga foi a campo no 4-4-2, com Rogério Ceni, Cicinho, Xandão, Ricky e Jr. Cesar; Rodrigo Souto, Jean, Hernanes e Marcelinho Paraíba; Dagoberto e Fernandão. A primeira etapa começou bem, com grande jogada que parecia ensejar uma boa apresentação Tricolor. Foi mais ou menos a mesma sensação que tive no começo da partida contra o Botafogo. Ironicamente, o desfecho também foi o mesmo.

Após um início mais agudo, o São Paulo manteve o domínio, mas tinha poucas chances de abrir o marcador. O Goiás marcava bem, e o Tricolor não conseguia escapar dessa marcação. No fim, foi numa cobrança de falta que o Marcelinho abriu o placar.

Com o 1 a 0, o jogo parecia tranquilo, pois a equipe da casa nada fazia. Mas aí, quis o destino que Ricky tentasse matar uma bola no peito, sozinho, no meio da área. A bola bateu no corpo dele e em seguida foi na mão. Sem intenção, mas imprudente. O juiz marcou pênalti. (Detalhe: no segundo tempo aconteceu a mesma coisa, mas a favor do São Paulo; o árbitro nada marcou.) O Goiás converteu e o primeiro tempo terminou empatado.

Ricardo Gomes mexeu no intervalo, tirando Dagoberto e pondo Fernandinho. De fato, o atacante que entrou foi um dos únicos que produziram alguma coisa, com perigosas arrancadas pela esquerda na direção da linha de fundo, mas faltou o toque final para o gol. O São Paulo não criou rigorosamente nada em termos de ameaça ao goleiro adversário, e os lances mais perigosos eram chutes do meio da rua, no meio do gol, executados por Hernanes. Ou seja, o mesmo que nada.

E aí vai uma grande crítica ao nosso treinador. Primeiro: demorou muito para mexer novamente na equipe, que estava ainda mais inoperante que na etapa inicial, apesar da maior posse de bola. O jogo estava muito afunilado pelo meio, onde a marcação era implacável. Eram quase 40 do segundo tempo quando ele fez a segunda alteração, mal escolhida. Colocou Jorge Wagner (o cara certo), mas tirou Marcelinho (um dos melhores da equipe, embora a essa altura estivesse cansado).

Como se não bastasse, aos 42, colocou Carlinhos Paraíba, numa alteração que só tinha uma função: mostrar aos babacas do Goiás que ele tinha condição de jogo. Se estivéssemos ganhando, vá lá. Mas empatando, é inverter as prioridades. O castigo veio sem demora. Numa sobra de bola, um cara deles acertou um belo chute, e Rogério, com a visão encoberta, não teve tempo de chegar nela. Resultado: mais uma derrota imbecil neste Brasileirão.

Fernandão jogou mal demais, principalmente no segundo tempo. Pareceu até que ele sentiu a pressão da torcida local, que vaiava a cada vez que ele pegava na bola. Ricky como zagueiro no 4-4-2 é complicado, e Hernanes mais uma vez esteve apagado. Jean foi mal demais. Marcelinho Paraíba e Fernandinho foram os melhores, mas faltou ter para quem armar as jogadas.

Sim, se você pensou em ter o Washington no banco para um jogo desses, eu também pensei. É outra coisa que o São Paulo está fazendo errado. Quer negociar o cara? Beleza. Mas enquanto ele não vai, deixa lá no banco. Ele pode ajudar. Hoje, no mínimo para tentar pegar as bolas cruzadas pelo Fernandinho, ele poderia estar lá.

E assim, com apenas mais um jogo pela frente, o São Paulo tem tudo para entrar na parada para a Copa numa posição intermediária da tabela. Não chega a ser preocupante, pois há muito campeonato pela frente (ou alguém aí realmente acha que o Ceará vai para a Libertadores-2011?), mas o duro é que a equipe (desfigurada por desfalques, é verdade) não tem apresentado o bom futebol que desempenhou nas quartas-de-final do torneio continental.

E Ricardo Gomes, apesar de estar na semifinal da Libertadores, também não consegue respirar mais aliviado no cargo, com essa performance tão irregular da equipe (e suas mexidas que em geral trazem o time para trás em momentos quando o necessário é justamente o contrário).

Enfim, segue o campeonato.

domingo, 30 de maio de 2010

ZZZZZ... Guarani 0x0 São Paulo

Um verdadeiro festival de horror no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Guarani e São Paulo protagonizaram um dos jogos mais tediosos e chatos da história do futebol mundial nesse domingo em Campinas.

Quem não viu o jogo, não perdeu nada. O jogo contou com pouquíssimas finalizações, raros lances de chance de gol e uma enorme e vasta abundância de passes errados. Ah, tivemos poucos lances faltosos também.

Se é que tivemos um ponto positivo no jogo de hoje, acho que foi uma boa atuação de Marcelinho que substituiu nosso xerife Alex Silva (saiu com um corte profundo no supercílio).

De resto, todo o time foi apático. Uma pena que estejam com a cabeça nas semis da Libertadores nessa altura do campeonato, o time ainda precisa esquecer isso no momento.

Bem, nota zero pro jogo. Enfim, o saldo geral dos últimos jogos é bom, principalmente da defesa que mesmo atuando a maior parte do tempo com apenas dois zagueiros, continuou sem sofrer gols. (Coisa que contra o Guarani, não é lá grande mérito)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É nóis: SPFC 1x0 Porcaria

Antes de escrever minha opinião sobre o jogo, deixa eu só falar isto aqui:

ROOOOOOOGÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIIIOOOOOOOOOOOOOOO!

Ufa, pronto. Seguinte, galera. Mais uma partida no Morumbi que ameaçava ser um passeio no parque (vide jogo contra o Botafogo), mas foi ficando mais complicada e mais complicada ao longo dos 90 minutos, até virar um sufocão no final. Mas ganhamos, fizemos a terceira vitória seguida e vencemos nosso primeiro clássico no ano (sai, zica!). É isso que fica para a história.

O São Paulo enfrentou alguns desfalques. Rodrigo Souto, com dores, foi poupado. E Miranda, esbodegado, só volta após a Copa. Para seus lugares, Jean e Xandão. Té aí, beleza. O time começou dominando completamente a Porcaria. Foram uns 20 minutos em que os caras mal pegavam na bola. Mas faltou criatividade para transformar o domínio em gol -- diferentemente dos outros jogos do time titular, nesse as coisas não se encaixaram tão bem.

O Palmeiras foi equilibrando a partida e, no fim do primeiro tempo, já era até um pouquinho melhor. Pra ajudar, Marlos saiu contundido e deu lugar a Fernandinho.

Na segunda etapa, o jogo passou a ser bastante equilibrado. A Porcaria, com seu time horrível, tinha dificuldades para concluir na direção do gol, e quando o fazia parava na muralha Rogério Ceni. Já o São Paulo parecia com aquela alergia de chute a gol que tanto incomoda. Hernanes estava apagadíssimo, e Cicinho, a despeito do bom começo, morreu lá pelos 30 do primeiro tempo. Lado direito, portanto, inoperante, dependendo apenas das boas (mas infrutíferas) descidas de Dagoberto.

Foi numa descida de Ricky (que não foi tão bem como nos jogos anteriores) que a bola chegou a Fernandinho. Ele fez aquela tradicional jogada de linha de fundo, cruzando rente aos postes. Fernandão entrou pelo meio e marcou seu primeiro gol pelo São Paulo no Morumbi. E, com o 1 a 0, foi embora o pouquinho de vontade de jogar que o time tinha.

Ricardo Gomes trocou Dagoberto por Jorge Wagner, na tentativa de forçar o lado esquerdo, que estava melhor. Mas o resultado foi um recuo da equipe que chamou a Porcaria para cima. Ela e o juiz, que estava louquinho para mexer no placar.

Até tentou, ao marcar um pênalti inexistente para o Palmeiras aos 40 minutos do segundo tempo. Mas aí entra...

ROOOOOOOGÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIIIOOOOOOOOOOOOOOO!

Pegou, de forma espetacular (no canto, de mão trocada), e impediu o fatal gol de empate. O juiz ainda tentou um pouco mais, ao dar os acréscimos e depois adicionar mais um minuto, mas o São Paulo, mesmo sufocado, não sucumbiu. Uma nota de elogio para o goleiro Marcão, que quase fez um golaço ao ir para a área cabecear. Isso mesmo, Marcão, fica sempre no quase, que a gente pode admirar você sem se incomodar com alterações indesejadas no placar!

E foi isso. Jogando mal (se fosse Curíntia ou, Deus me livre, Santos, não daria para ganhar), o Tricolor perdeu a virgindade em clássicos nesta temporada e agora, espero, espantou de vez a última zica que pendia contra nossa equipe! Ufa.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A interminável novela da Copa 2014

Juca Kfouri cravou ontem: Piritubão (ou Piritubinha, já que só caberão 45 mil pessoas?) abrirá a Copa do Mundo no Brasil. Segundo ele, há um conluio entre a CBF e a prefeitura de São Paulo para viabilizar esse projeto, mesmo com capacidade bem aquém da exigida pela Fifa para a abertura.

Na boa, mas o que é isso? É a mesma coisa que vimos no Estadão, às vésperas de a Fifa aprovar o projeto do Morumbi. A CBF fica "plantando" notas na mídia para desestabilizar a tentativa hercúlea do São Paulo de, em 30 dias, fazer aparecer magicamente R$ 400 milhões em garantias para as obras do estádio.

Você, investidor: se lesse uma vez por semana que o Morumbi não vai abrir a Copa, teria coragem para gastar alguns milhões lá, correndo o risco de só fazer caridade ao São Paulo FC?

Pois é. Eu também não. Por isso, essas "notícias", mesmo que infundadas, têm uma tendência a se tornar realidade.

A postura do São Paulo até agora tem sido a de combatê-las e refutá-las. A mesma coisa vale para as instituições governamentais citadas nesses projetos alternativos. E é difícil saber em quem acreditar, até porque o Juca Kfouri jamais faria favor, mesmo que ingenuamente, a Ricardo Teixeira.

Eu confesso estar ficando de saco cheio dessa palhaçada. Em Curitiba, o Atlético Paranaense já declarou: se querem a Copa aqui, que descolem o dinheiro para as reformas do estádio. Nós não vamos mexer uma palha.

Em São Paulo, para combater interesses escusos, o Tricolor adotou postura diversa: se desdobrou para conseguir manter o Morumbi nos planos da Copa.

Eu acho o seguinte. O SPFC tem duas opções. Ou faz como o Atlético Paranaense e liga o "foda-se", ou enfia o pé na jaca logo de uma vez e coloca os direitos federativos de alguns de seus jogadores mais valiosos como garantia financeira para as obras.

Sinceramente, tendo mais a apoiar a primeira opção, embora me doa o coração ver gente construindo estádio para galináceos com o suado dinheiro dos meus impostos. E você, o que acha?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Inter 0x2 SPFC

Antes de mais nada, perdoem-me a demora para o post, mas estou trabalhando tanto por esses dias que não está dando tempo para mais nada. De toda forma, e com certo atraso, aqui vamos nós.

O São Paulo fez uma partida estratégica, domingo, contra o Inter no Beira-Rio e, com a estreia da equipe titular no Brasileirão, chegou à primeira vitória. O Tricolor colocou em campo a mesma equipe que bateu o Cruzeiro lá e cá pela Libertadores, mas perdeu Miranda, lesionado, ainda no primeiro tempo (o zagueirão só volta após a Copa, pelo que li hoje).

O jogo começou como xingamento de criança: bobo, feio e chato. Muito disputado no meio-campo, mas sem qualidade, levou quase 20 minutos para que um dos goleiros pegasse na bola. Quem mais trabalhou, dentre os dois, foi Rogério Ceni, com duas defesas sequenciais que não chegaram a ser milagrosas, mas mostraram toda a técnica do nosso goleiro. O principal trabalho de Pato Abbondanzieri foi buscar o frango. Lá no fundo do gol.

O tento inaugural do Tricolor saiu em jogada totalmente fortuita. Dagoberto sofreu falta na intermediária pelo lado esquerdo. Hernanes bateu e carimbou a barreira. A bola voltou para ele, que chutou de novo, de primeira. A bola passou entre os jogadores da barreira em processo de desmanche, mas não tocou em ninguém. Pato já saía para o outro lado e, quando tentou voltar, não houve tempo, apesar da baixa velocidade da bola. Saía o primeiro zero do placar.

Para a segunda etapa, o São Paulo voltou mais seguro de si e com a possibilidade de administrar o resultado favorável. Enquanto o Inter, em seu estilo frio e calculista (obra do técnico Jorge Fossatti), procurava os espaços, o Tricolor se preparou para o bote no contragolpe. Ele veio pela esquerda, em jogada de Dagoberto que fez belo passe na linha de fundo para Hernanes, correndo para ultrapassá-lo. O meia-volante cruzou para o meio da área e Fernandão fez seu primeiro gol com a camisa são-paulina, em pleno Beira-Rio.

O Inter ainda imprimiu certo sufuco, na tentativa de diminuir a diferença, mas a zaga se manteve firme e Rogério fez outras boas defesas, garantindo o placar final.

Pouco a pouco, o São Paulo volta a mostrar a consistência de temporadas passadas, com um diferencial importante: uma cabeça pensante no ataque. Novamente no 3-5-2 que consagrou esse time (com Ricky fazendo ótimas exibições como terceiro zagueiro), os torcedores nunca estiveram tão otimistas. E na hora certa.

Mas que ninguém tire essa partida como medida para o que será o confronto entre SPFC e Inter pela Libertadores. O jogo ainda está a dois meses de distância, a situação do treinador está turbulenta por lá (alguns diriam que por cá também), novos reforços devem chegar aos dois clubes e tem gente saindo também. Isso sem falar que é outra competição, com outro estilo.

De toda forma, o São Paulo mostrou que vem forte para mais um Brasileirão.

sábado, 22 de maio de 2010

Xodós da Imprensa são punidos no Santos

Nem bem completaram 5 meses de fama, os pupilos da imprensa esportiva já foram punidos pelo Santos por chegarem atrasados á concentração em véspera de partida que seria disputada no próximo sábado pelo Campeonato Brasileiro. (Rumores falam em alto teor de álcool e chegada ás 3hs da manhã)

Neymar, Ganso, André e Mádson foram punidos pelo clube e afastados do jogo.

Curioso né? Ninguém da imprensa falou que dois deles eram clamados a plenos pulmões pelos jornais, revistas e crônica esportiva como se fossem deuses inocentes.

E agora, onde estão as pessoas pra dizer que o Dunga é um idiota, lunático.. etc?

Indisciplinados não merecem lugar na seleção, ainda mais os não testados. A garotada tá se deslumbrando demais, e cada dia que passa, tenho mais convicção que o Dunga estava certo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Podcast: SPFC 2x0 Cruzeiro

A nova edição do Podcast ISP aborda a bela vitória do Tricolor (2 a 0 no Morumbi, 4 a 0 no agregado) sobre o Cruzeiro e as perspectivas para uma tensa semifinal de Libertadores contra o Internacional, algoz de 2006 e time que deu celebridade a nosso mais novo candidato a ídolo, Fernandão.

Ouça no player abaixo ou clique aqui para baixar o MP3.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nós demos a festa, e eles fizeram o show! São Paulo 2x0 Cruzeiro!

Após a rodada, será gravado hoje o podcast do jogo de ontem, já projetando as semifinais.

Enquanto isso, você fica com um aperitivo da festa de ontem, e as belas imagens captadas pela equipe de comunicação do SPFC.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Morumbi, a Copa e uma chance rara

Como jornalista de ciência, eu poucas vezes tive a chance de misturar o meu trabalho com minha paixão pelo futebol. Uma das raras exceções acabou de acontecer, e gostaria de divulgar aos quatro ventos.

No momento sou editor de uma revista de ciência chamada Conhecer, versão brasileira de uma publicação da BBC britânica. Estamos sempre buscando conteúdos nacionais para reforçar o conteúdo, já muito qualificado, da publicação. Então, mensalmente temos pelo menos alguma coisinha de Brasil.


Aproveitando o gancho da Copa do Mundo, fiz uma reportagem de oito páginas sobre a saga do Morumbi como potencial palco da abertura do Mundial de 2014. Ele fala das dificuldades de adaptação do estádio às exigências da Fifa, os problemas políticos que envolvem a definição das sedes dos jogos e, talvez mais legal, a grande história da construção do Morumbi. De quebra, um quadro bacana com as outras sedes escolhidas para a Copa de 2014.

Enfim, foi muito legal fazer a matéria e espero que você tenha a chance de ler. Caso tropece com a revista na banca, compre! Assim também ajuda um jornalista de ciência, espécie em extinção no Brasil! E me diga o que achou, claro!

Aliás, se quiser mandar uma carta para a revista comentando, escreva para este e-mail. A única carta até agora recebida foi para cornetar a matéria, então seria bacana ter algum feedback que não fosse de corintiano. :-P

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cabeça em outro lugar: São Paulo 1x2 Botafogo

É inegável que a cabeça do time e do torcedor do SPFC está na próxima quarta-feira no duelo com o Cruzeiro, mas isso ainda assim não justifica a péssima exibição do time "reserva" com o Botafogo no Morumbi.

Independentemente das atuações ruins de b ou c, mais uma vez o treinador "mexeu" mal na equipe e deixou o time sem equilíbrio tático, daí tomou a virada na segunda etapa. Não valeu nada ter saído na frente.

Enfim, acho que como qualquer são paulino, ninguém está realmente pensando nessa derrota. A única lição que eu acho que fica, é que "parece bom" o SPFC ter dois times para disputar duas competições, mas só parece.

O time reserva do SPFC custa caro e não rende o esperado, não ganhou nem do Mirassol. Quando poupa, é sinal de empate ou derrota. Se é pra isso, prefiro colocar a molecada para revelar alguém para o time "principal". Pelo menos faz bom uso do jogo. Sem contar que depois é aquele sufoco pra recuperar no Brasileirão... que tal pelo menos começar mediano?

Mesmo estando melhor do que antes, o time reserva do SPFC só fracassou, não me lembro de nenhuma vitória surpreendente ou "esperada", é sempre derrota ou empate que quase perde. Paciência.

Quarta estaremos com o time da fé no Morumbi. Rumo ao Tetra!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Podcast: Cruzeiro 0x2 SPFC

O novo Podcast ISP aborda a gloriosa vitória sobre o Cruzeiro em pleno Mineirão. Os 2 a 0 lá colocam o São Paulo em ótima posição para decidir a vaga às semifinais da Libertadores no Morumbi. Ouça o debate no player abaixo, ou baixe o arquivo em MP3 clicando aqui.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A lista de Schindler... ou melhor, de Dunga!

Pois é pessoal, hoje foi um dia especial para quem espera tanto por uma Copa do Mundo.

Foram divulgados os nomes dos atletas que estarão na África do Sul na busca pelo HEXA para o Brasil.

Pela primeira vez, desde 1950, o SPFC não fornece nenhum jogador para a seleção brasileira em Copa do Mundo. Injustiça? Não, crise técnica mesmo. O São Paulo não vive um grande momento e na minha modesta opinião não possui selecionáveis, tirando Rogério Ceni que já está com idade avançada, claro.

Muitos não gostam do técnico Dunga, mas eu não estou nesse grupo. Sua coletiva foi o reflexo total do resgate da Seleção Brasileira e de contar com o prazer de se doar para ela. Isso de fato, foi resgatado. A amarelinha andava meio mal tratada, tinha virado objeto de negócios e merchandising para atletas. Cada dia mais, as pessoas em nosso país tinham menos apreço pela amarelinha.

Acho que ele tirou os "chinelinhos" sim, fez uma limpa dos jogadores descomprometidos e embora possa ter sacrificado talentos, formou um time de guerreiros e com solidez regular. Aliás, vem realizando uma campanha onde "ganhou tudo" que passou pelo caminho.

O primeiro destaque mico do dia vai para Cícero Mello, repórter da ESPN Brasil que foi extremamente mal educado com o técnico da Seleção, e apareceu visivelmente nervoso "tremendo" na transmissão da emissora. Comparou não levar Neymar e Ganso, a se não tivéssemos colocado Pelé na Copa de 1958. Realmente, estou novamente com o técnico, ridículo. Por mais talento que tenham os meninos do Santos, é presumir algo absurdo. Eu acho fácil demais pra quem fica aqui atirando pedras e falando "faz isso, faz aquilo".

É como o caso Ronaldinho Gaúcho, ele continuou não jogando nada pelo Milan, foi criticado por seu futebol inefetivo já faz muito tempo e execrado pelo desrespeito de atender celular no pódio de uma Olimpíada. Como é que tem gente que defende esse cara? Tem a cara de pau de falar que ele está bem, quando é nítido que além de continuar o mesmo, não tem comprometimento nem com time que paga seu salário.

O segundo absurdo do dia vai para Paulo Vinícius Coelho, o comentarista matemático da ESPN Brasil, que parece muito com o personagem Cascão da Turma da Mônica, figuraça! Quando Felipe Melo entrou ao vivo para dar entrevista á emissora, o jornalista foi deselegante lhe perguntando como era ser convocado em sua pior temporada.

Segue diálogo:

PVC: "É um consenso que você fez uma temporada ruim na Itália. Por que devemos acreditar que o seu desempenho na Copa será diferente?"

F.MELO: "Desculpe, mas voce ja viu os números? Mas sem minha presença, a Juventus perdeu 5 em 6 jogos. Você acompanha o Campeonato Italiano?"

PVC: "Vi. E com você o time o time fez a pior campanha nos últimos 40 anos. Nós transmitimos o Italiano toda semana, e é unânime que você não fez uma boa temporada."

F.MELO: "Você tá se deixando levar por uma brincadeira de rádio."

PVC: "Não. Nós transmitimos o Campeonato Italiano, e sua temporada não é boa, independente de brincadeira de rádio ou não."

F.MELO: "(repetiu tudo de novo). Você é jornalista?"

PVC: "E você é jogador? Eu sou jornalista."

Independente de Felipe Melo estar mal ou bem, não é papel do jornalista "acusar" o jogador dessa maneira, ainda mais em seu momento festivo. E olha que eu não gosto do Felipe Melo ein? Nem como jogador, nem como pessoa. Acho o mais "estrelinha" dos convocados. Mas novamente, vou ter que descer o sarrafo na ESPN Brasil.

Por fim, a lista contou com apenas uma grande surpresa: Grafite, ex tricolor. Eu não o teria levado, mas entendo a escolha por conta do Adriano ter sido cortado pelos motivos extra-campo. E isso ficou bem claro.

É isso aí, rumo ao HEXA Brasil!

Abaixo a lista dos convocados:

GOLEIROS: Julio César (Inter de Milão), Gomes (Tottenham), Doni (Roma)
LATERAIS: Maicon (Inter de Milão), Daniel Alves (Barcelona), Michel Bastos (Lyon), Gilberto (Cruzeiro)
ZAGUEIROS: Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica), Thiago Silva (Milan)
MEIO-CAMPISTAS: Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Ramires (Benfica), Elano (Galatasaray), Kaká (Real Madrid), Josué (Wolfsburg), Julio Baptista (Roma), Kleberson (Flamengo)
ATACANTES: Robinho (Santos), Luis Fabiano (Sevilla), Nilmar (Villarreal), Grafite (Wolfsburg)

RESERVAS (Caso alguém se machuque.)
Alex (Chelsea - zagueiro), Carlos Eduardo (Hoffenheim - meia), Ronaldinho Gaúcho (Milan - atacante), Sandro (Internacional - meia), Ganso (Santos - meia), Marcelo (Real Madrid - lateral) e Diego Tardelli (Atlético-MG - atacante)

domingo, 9 de maio de 2010

Flamengo 1x1 SPFC

Uma estreia melancólica de Brasileirão, com dois times usando equipes reservas, foi a tônica da partida entre Flamengo e São Paulo, no Maracanã. Não que o jogo tenha sido ruim ou poucas chances de gol tenham sido criadas, mas um comprometimento desse nível com o jogo evidentemente esfria também a torcida e a expectativa. Ainda mais com as quartas de final da Libertadores logo ali, na esquina.

Ricardo Gomes mandou um time com apenas uns poucos titulares (Rogério Ceni, Miranda e Ricky) e alguns candidatos a titular (Washington e Junior Cesar). Os demais, ao menos nas atuais circunstâncias, apenas compõem elenco. O time foi no tradicional 4-4-2, com Rogério Ceni, Wellington, Xandão, Miranda e Junior Cesar; Richarlyson, Jean, Cleber Santana e Léo Lima, Marcelinho Paraíba e Washington.

A equipe começou dominando a partida e criando as melhores chances de gol. Aos poucos, o Flamengo começou a equilibrar e, jogando no contragolpe, também teve chances de chegar. Mas foi num belo insight de Ricky (sim, Ricky!), que testou com força e colocou Marcelinho, em projeção, dentro da área para cruzar para Washington, que teve só o trabalho de empurrar. O centroavante literalmente agradeceu a assistência e saiu para comemorar a abertura do placar.

No segundo tempo, o Flamengo veio mais organizado e começou a se alternar com o São Paulo no comando da partida. Ainda assim, o gol de empate saiu num lance de contragolpe. Lançamento longo pega Dênis Marques livre para tocar na saída de Rogério. Falha de Miranda que não acompanhou o atacante rubro-negro.

A partir daí, o jogo foi bem igual. Cada equipe teve mais uma grande chance de gol (a do São Paulo foi perdida por Washington, que tirou do goleiro e acabou tirando do gol também, num chute da linha da pequena área), mas o placar se manteve inalterado.

Final de jogo: um resultado razoável para o São Paulo (que empatou fora com o Flamengo) e pouco menos que isso, mas não muito, para os mandantes, que também pouco se dedicaram à partida e possuem elenco menos numeroso e mais limitado que o nosso.

Claro, há os torcedores que querem apedrejar Ricardo Gomes por suas invencionices, entre elas essa alternância entre equipes. Mas eu, sinceramente, gosto desse estilo, e gosto de pensar que, jogando bem ou mal, estamos cada vez mais próximos de ter duas equipes entrosadas para disputar várias competições simultâneas.

E há de se ressaltar o desempenho de alguns jogadores. Ricky foi muito bem (com a ressalva de que estava na posição "certa", como volante), assim como Jean (sobretudo no primeiro tempo). Wellington também foi muito bem, sobretudo se levarmos em conta que jogou improvisado na lateral direita. Washington fez o que sempre faz: marcou e perdeu gols. E os demais tiveram seus bons e maus momentos, mas nada muito digno de nota.

sábado, 8 de maio de 2010

Uma passadinha no Rio, e a hora da verdade.

Com clima ou sem, começa nesse final de semana o Campeonato Brasileiro de 2010. Sim, eu sei são paulino que nenhum de nós está nem aí pra isso nessa "altura" do campeonato, o foco é todo na próxima quarta.

De toda forma, enfrentaremos nossos "amigos" do Flamengo que estarão com moral elevado após vencerem seu inexpressivo e sem tradição adversário na Copa Libertadores.

Bom, quanto a esse jogo, você sabem... lá vai o "mistão". Como de costume não tenho ideia da escalação do nosso Gargamel, mas tenho quase certeza que ele vai escalar errado, porque se o titular ele não consegue, que dirá o reserva.

O que interessa:

A maioria dos torcedores do São Paulo estão com o emocional ligeiramente preparado para uma eliminação nas quartas de final na Copa Libertadores, o fantasma cruzeirense e ser a mãe dos brasileiros tem sido a sina do SPFC nos últimos anos. Ainda mais com o adversário atropelando o Nacional, enquanto nós passamos pelo Universitário de forma melancólica.

Bem, foram 38 jogos do Brasileiro + 8 jogos da Libertadores para chegarmos onde estamos hoje, são 6 jogos para a "glória maior". No passar dos 46 jogos somados, com até elencos diferentes, estivemos oscilando entre bem e mal durante boa parte do tempo, exceto a arrancada no Brasileirão. Aliás, único mérito da "era Ricardo Gomes".

Nosso adversário é praticamente o mesmo: jogadores, clima, técnico, etc. E nós? Estamos com menos moral, menos imagem de campeão de outrora, técnico hostilizado e com jogadores procurando lugar ao "sol" no próprio clube ou fora dele.

São 180 minutos em que poderemos voltar ao clima de eliminação e o sonho distante novamente, ou... nos tornaremos "favoritos" a conquista da América, até porque acredito que estamos enfrentando o melhor time da competição.

Os times se equivalem tecnicamente, taticamente não preciso nem citar né? Já sabemos que não é o forte do nosso técnico e o conjunto entrosado cruzeirense deve levar vantagem. Nos resta a força, garra, catimba e o sangue nos olhos de revanche para levar essa vaga.

Nosso jogo é o do Mineirão, um bom resultado por lá dará uma afirmação ao SPFC e mostrará que o Cruzeiro continua frágil como o que foi na final contra o Estudiantes.

Espero que a comissão técnica assista ao VT dos jogos do Cruzeiro contra Nacional, Vélez e Colo-Colo no Mineirão. A receita de só "se defender" não vai funcionar, pode apenas resultar em definição do confronto com goleada do adversário. Acorda ein Gargamel!

A todos no São Paulo e aos torcedores: é a nossa hora. São dois jogos em que passaremos de "limitados" para "favoritíssimos", é a nossa chance.

A busca do Tetra chegou ao seu ponto crucial. São Paulino, faça sua parte.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

SPFC nas quartas da Libertadores.
E o Curíntia? Só no Playstation-tion-tion...

Aí está mais uma edição do podcast da Imprensa São-Paulina. Discutimos o desempenho do time, as perspectivas para o próximo confronto, contra o Cruzeiro, e, claro, a vitória sabor eliminação do Curíntia contra o Flamengo no Pacaembu.

Uma hora e pouco de conversa, que você ouve no player abaixo, ou baixa clicando aqui.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estamos nas quartas, mas o que foi isso?
SPFC 0x0 Universitario (3x1 nos pênaltis)

Tá cada vez mais difícil analisar esse time do São Paulo. Mais uma vez, a despeito das fortes emoções, tentarei ser imparcial e racional. Vamos lá.

Ricardo Gomes optou por aquela formação ofensiva teimosa que não tem dado resultado, sem o homem de referência e com dois atacantes de movimentação. O time foi a campo com Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wagner e Marlos; Dagoberto e Fernandinho.

A equipe começou pressionando e teve nos primeiros minutos duas boas chances, interceptadas pelo bom goleiro peruano. O Universitario, claramente, veio ao Morumbi para se defender e segurar o 0 a 0, para buscar a decisão nos pênaltis. O São Paulo sabia que precisava do gol, manteve o controle absoluto da partida na etapa inicial, mas o gol não saiu. O lance mais perigoso foi em cobrança de escanteio, que Alex Silva cabeceou no travessão.

Do outro lado do campo, Rogério Ceni só assistia. Ao São Paulo, faltava opção aérea, uma vez que Dagoberto (o homem mais centralizado do ataque) não tem poder algum pelo alto. Quando alçada na área adversária, a bola era sempre rechaçada. Além disso, o atacante, acostumado a recuar, não fazia o tradicional papel de pivô, segurando os zagueiros adversários e oferecendo opções para a tabela.

Terminou o primeiro tempo assim.

Para a segunda etapa, Ricardo Gomes promoveu uma alteração radical: tirou Jorge Wagner e colocou Washington. O time, para todos os efeitos práticos, adotou uma tática que há muito tempo não se vê no futebol: o 4-2-4. Era até bizarro ver as duas linhas de 4, ofensiva e defensiva, com dois pobres coitados (Hernanes e Rodrigo Souto) tentando marcar no meio.

O time ficou ainda mais veloz e agressivo, mas perdeu completamente o meio-campo. Se o Universitario estivesse disposto a encontrar o gol da vitória, não teria tido grandes dificuldades. Ainda assim, a equipe peruana se manteve fiel ao objetivo de segurar o empate sem gols e levar para as penalidades.

Não era interessante para o São Paulo. A equipe correu bastante, de forma bastante aguerrida, e até criou as chances de gol. Nem uma, nem duas, mas algumas. Marlos perdeu a mais clara, carimbando na trave, sem goleiro. Dagoberto quase fez o dele, passando a um triz de uma bola cruzada por Washington. O centroavante também perdeu o dele, e o goleiro peruano fez pelo menos duas defesas importantes.

Nos contragolpes, a defesa ficava cada vez mais exposta. Se tomasse um gol, adeus Libertadores. Mas não tomou, apesar do cansaço cada vez mais aparente de Cicinho, que saiu para dar lugar a Jean.

Ao final, quando viu que a coisa ia mesmo para os pênaltis, Ricardo Gomes colocou Marcelinho Paraíba. Contrariado, mas obediente, o atacante entrou, quase fez um gol num chute de longa distância, e fez o seu nas penalidades.

Mas o herói dos pênaltis foi Rogério Ceni. Após perder o dele, defendeu dois e contou com um chute para fora, dando ao São Paulo a chance de permanecer no torneio. Placar final das penalidades: 3 a 1 para nós. Além de Marcelinho, Hernanes e Dagoberto converteram. Washington nem chegou a bater.

Passamos. Zera tudo, vamos para a próxima batalha.

Mas não dá para achar algumas coisas legais.

1. Ricardo Gomes tem que parar de inventar moda e colocar o Washington desde o início. Na primeira vez que ele inventou, achei até que podia dar certo. Mas não deu. Não é mais hora de experimentar. Há sabedoria em ser convencional, às vezes. É o caso. Põe o pilulão lá e vamos em frente.

2. Em certo momento do jogo, mesmo com o time mais ofensivo e perto do gol da vitória, gelei com a estratégia de jogo. Jogar no 4-2-4, nem em videogame. Foi temerário, e se o Universitario não fosse o Universitario, estaríamos agora chorando mais uma eliminação.

3. O problema não foi de falta de raça. Foi de falta de qualidade mesmo. Faltou o gol, e a bola teimou em não entrar. Esperemos que seja a última vez.

4. A lateral esquerda segue sendo um problema: Junior Cesar foi bem mal. Concordo com a maioria dos torcedores: Ricky improvisado na posição não é solução. Mas o Jr. Cesar também tá osso duro de roer. Quem sabe Carleto ou Diogo? O jogo contra o Flamengo, domingo, é bom momento para tentar um deles.

5. Alex Silva eterno. É o cara. Puta espírito de Libertadores, de novo. Falta contagiar o resto do time.

6. Rogério Ceni, o melhor goleiro do Brasil, mas nem de longe o melhor batedor de pênalti. Difícil discutir. Ele bateu quatro na temporada: perdeu três e converteu um. Alguma coisa está errada. Salvou a pátria hoje, mas, se não tivesse pego os pênaltis, poderia ter sido o algoz do time. Goleiro tem que, antes de mais nada, pegar as bolas. Talvez seja mesmo a hora de repensar a função dele como primeiro cobrador de penalidades.

7. O que fazer com Ricardo Gomes? Quase caímos fora diante do inexpressivo time peruano. A equipe vem mal a temporada inteira. E o treinador tem se perdido nas escalações e substituições. Como defendê-lo a essa altura? Sou contra demitir agora, mas se cair fora da Libertadores antes da Copa, acho que é hora de trocar de técnico.