quinta-feira, 10 de julho de 2008

Hugo: "A sorte não está do nosso lado"

Naútico 2x1 SPFC
9.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Aflitos (PE)


O São Paulo fez um primeiro tempo de bom a muito bom, e um segundo tempo razoável. O Náutico fez dois tempos razoáveis. Mas o resultado foi 2 a 1 para o time da casa. E só foi assim porque o juizão resolveu terminar o jogo no meio de um lance que resultaria no gol de empate do Tricolor. Quando saiu de campo, Hugo disse que a sorte não tem andado com o clube nesta temporada. Sou obrigado a concordar com ele.

A apatia e a displicência que o time havia demonstrado contra o Ipatinga sumiram no jogo contra a equipe pernambucana. Mas os ecos da perda daqueles pontos ainda ressoam nos ouvidos do time e da comissão técnica. Aliás, não só daquele jogo -- de todos os pontos bestas que o São Paulo perdeu em casa. Foram eles que fizeram o resultado de ontem ser tão frustrante.

Aliás, os jogos de ontem demonstraram como empatar é ruim neste campeonato. O São Paulo perdeu. Mas, como o Flamengo empatou, a diferença entre os dois times ficou quase do mesmo tamanho -- subiu de 8 para 9. Mas, apesar disso, não se engane: a rodada terá terminado muito ruim para o Tricolor. Pois a briga pelo título, este ano, parece não estar ao alcance do time do Morumbi. A meta realista é a vaga na Libertadores 2009, e mesmo esta não parece muito simples de atingir no momento.

E pode piorar. No domingo, a partida é contra o Palmeiras, no Morumbi. Adversário direto no campeonato e no duelo de estádios pela Copa de 2014, sem falar da rivalidade transcendental das duas agremiações. Será um jogo de vida ou morte para o São Paulo. Pior: mais de morte que de vida, porque a vitória não colocará o time em posição muito melhor do que a que está, mas a derrota pode até varrer a equipe para a segunda metade da tabela.

E o jogo de ontem?

Como disse, pelo jogo em si, gostei do São Paulo. Muricy resolveu inventar moda e entrou em campo com Rogério Ceni, André Dias, Zé Luís e Miranda; Joílson, Ricky, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio. Tudo bem, pois Ricky já estava mesmo merecendo voltar à equipe titular (embora o Muricy precise ainda proibí-lo de tocar de calcanhar).

Quanto aos outros: Joílson parece finalmente adaptado ao clube e tem que ser titular. Jorge Wagner voltou a jogar bem, o que é essencial para o time. Borges e Hernanes tiveram grandes lampejos e fizeram ótimas partidas -- o artilheiro anotou o seu, graças a jogada espetacular do volante. E a melhor notícia talvez tenha vindo da defesa, que atuou sem Alex Silva desde o início e sem Miranda, que saiu contundido, praticamente todo o jogo: Juninho, André Dias e Zé Luís não comprometeram. Rogério Ceni, em minha opinião, não teve culpa nos gols -- embora haja quem discorde.

No final, foi uma boa apresentação do São Paulo, que foi "premiada" com um resultado negativo. Para mim, essa é a perfeita definição de "falta de sorte".

Um comentário final: vaias e mais vaias para o juizão Wagner Tardelli. O cara foi mal até dizer chega. Fez a perfeita atuação "Edilsão" (conforme relatada pelo próprio, ao revelar como fazia para manipular os resultados): marcou faltas inexistentes contra o São Paulo no meio-campo e distribuiu cartões amarelos a granel, quase nunca justificáveis. Estava louco para expulsar alguém. Por pouco, não conseguiu. E também não precisou, com a virada do Timbu. É verdade que acertou em lances capitais -- anulando um gol nosso e validando um deles --, mas aí os méritos vão para os auxiliares, que assinalaram corretamente.

Nenhum comentário: