terça-feira, 30 de março de 2010

Paredão do BBB TRICOLOR: Quem será eliminado: Ricky, Marcelinho ou Ricardo?


ÉEEE... essa é uma inédita viagem do Paredão BBB Tricolor!

Depois de mais uma semana "desastrosa"... Cicinho, em uma prova enorme de resistência, permaneceu a maior parte de tempo sentado no banco e conseguiu a liderança da semana.

O consagrado jogador pretendia indicar Jean para assumir a titularidade na lateral direita, mas o jovem volante-lateral foi imunizado pelo profeta Hernanes, que ganhou a prova do "anjo" e livrou o amigo.

Então, por Ricardo Gomes ter deixado Cicinho sofrendo no banco, ele o indicou para o paredão após as derrotas da última semana. O lateral justificou que com Ricardo Gomes no comando, desse jeito, o SPFC não vai ganhar nada.

Já Alex Silva, atendeu ao Big Fone e ouviu "Atenção, preste muita atenção, indique alguém para o paredão e além disso você terá que fazer um gol contra no próxima partida, senão estará automaticamente no paredão no lugar dessa pessoa, guarde esse segredo e cometa o desastre no finalzinho..."

Alex indicou Richarlyson que não vinha jogando e é sempre acusado pelo pessoal do clube por "querer aparecer".

Bem, pela votação de todos, Marcelinho Paraíba foi o indicado da semana. Após reclamar da bola não passada mesmo com Hernanes tendo feito o gol, o meia está na mira do pessoal e da trupe de Ricardo Gomes, muitos justificaram que é por afinidade e envolvimento com o "jogo".

Bem, é isso aí. Vote à vontade na Imprensa São Paulina, quem você quer eliminar?

No canto ao lado, nossa enquete, e no final dessa terça-feira o resultado.

Enquanto isso, pode ficar se lamentando, porque o time tá uma porcaria...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Um nome, um destino

Esse nem chega a ser um post, é quase uma twitada, mas não podia deixar passar. Acabo de descobrir que o nome completo do nosso centroavante é Washington Stecanela Cerqueira. Ah bom, agora tudo se explica! :-)

domingo, 28 de março de 2010

No primeiro teste real, falhamos

Eu sempre defendi que esperássemos o time enfrentar jogos decisivos antes de criticar. Para mim, a sequência que definiria as esperanças da equipe no primeiro semestre sempre foi esta: Curíntia, Monterrey, Botafogo-SP, Santo André e Once Caldas. Esses serão os jogos que definirão as chances de o Tricolor avançar nas duas competições que disputa.

Pois bem, o primeiro desses jogos aconteceu hoje. Para os amantes do futebol, foi um jogaço. Para os torcedores do São Paulo, nem tanto. Vou tentar fazer uma análise fria da partida, embora eu reconheça que ela pode ser afetada pelas fortes emoções que senti ao longo dos 90 minutos.

Vamos lá. Ricardo Gomes mandou a campo o time que hoje ele considera titular, com apenas um desfalque: Ricky, contundido. A equipe foi a campo num 4-4-2, com Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Jr. Cesar; Rodrigo Souto, Cléber Santana, Hernanes e Léo Lima; Dagoberto e Washington.

O São Paulo começou mais objetivo, e teve logo de cara uma boa chance, com enfiada para Hernanes que invadiu a área e chutou no canto. Foi um fio de esperança que se desfez ao longo dos minutos seguintes. O Curíntia passou a dominar o meio-campo e passou a ser mais perigoso. Aos 15 minutos, eles quase chegaram ao primeiro gol: uma bola foi na trave duas vezes e na terceira foi defendida por Rogério. Era um prenúncio do que viria a seguir. Numa jogada de contragolpe, aos 18, Ronaldo toca para Elias, que avança sem marcação e só coloca no canto esquerdo de Rogério. Era o primeiro gol da partida.

O Tricolor continuou dominado pela equipe adversária, que encontrava em Danilo um excelente organizador e um ótimo marcador, tudo num jogador só. O ex-são-paulino, inclusive, fez o papel de carrasco, ao pegar uma bola na entrada da área e acertar um chute preciso, no cantinho. Com o 2 a 0, estava claro que as perspectivas para o São Paulo não eram as melhores.

A partir da vantagem de dois gols, o Curíntia decidiu cozinhar o jogo em banho-maria. Os planos foram ajudados pelas circunstâncias, pois, logo na saída de jogo após o segundo gol, Washington se enroscou com Dentinho, puxou pela camisa e tomou uma cotovelada. O juiz decidiu por expulsar os dois (há quem discuta que só o jogador corintiano merecia o vermelho, mas eu tendo a achar que o árbitro tomou a decisão mais sensata). Isso era muito pior para o São Paulo, não porque Dentinho fizesse menos falta que Washington, mas pelo fato de que o placar exigia do Curíntia muito mais postura defensiva que ofensiva.

Ao São Paulo, só restava se dedicar à missão quase impossível de fazer pelo menos dois gols, sem seu centroavante (ou qualquer outro jogador no elenco que pudesse fazer seu papel). Ao fim do primeiro tempo, o Tricolor fez metade do serviço. Bela enfiada de bola de Hernanes para Dagoberto, que fez bela finta na linha de fundo e cruzou para Jean, que vinha de trás e só teve o trabalho de mandar a bola no contrapé do goleiro, de primeira. Com o 2 a 1, surgia a expectativa de um São Paulo renascido no segundo tempo.

Para a etapa final, Ricardo Gomes promoveu uma alteração na equipe: tirou Léo Lima, que já estava amarelado e fazia partida discreta demais para quem quer armar o time, e colocou Fernandinho, restabelecendo dois atacantes à frente, embora sem a mesma presença de área que só Washington neste time consegue dar.

Novamente, o São Paulo começou melhor, e o Curíntia esperava apenas para dar o bote no contragolpe. Mas nem precisou. Numa falta feita na intermediária, Roberto Carlos chutou forte, no meio do gol. A bola não desviou em ninguém, exceto em Rogério, que espalmou pra dentro de sua própria meta. Foi, sem sombra de dúvida, o maior frango do nosso arqueiro na temporada (embora não o primeiro).

Com o 3 a 1, aos 8 do segundo tempo, a fatura parecia liquidada. O São Paulo continuava preservando a maior posse de bola, mas sem produtividade alguma. Pouca movimentação no meio-campo, contra uma defesa bem postada, e as chances de reagir pareciam mínimas. O time, por sua vez, parecia tranquilo, como se nada houvesse (em retrospecto, parece ter sido a atitude correta, mas dá aflição agonizar com o resultado e ver um time que parece não se importar). Eis que, numa cobrança de falta, Hernanes chutou, o goleiro deles (o reserva, não sei o nome) rebateu, e a bola sobrou para Rodrigo Souto empurrar para a rede. Com o 3 a 2, a esperança, aos 27minutos do segundo tempo, ao menos estava restaurada.

A despeito do risco maior, Mano Menezes fez alterações em seu time para se defender. E Ricardo Gomes buscou ainda mais presença ofensiva, tirando Hernanes e colocando Cicinho (Jean passou para o meio com a alteração). A mexida deu certo e o São Paulo começou a criar mais pela direita. Mas não foi nem por isso que, milagrosamente, o Tricolor chegaria ao empate. Mais uma vez numa bola parada, o Tricolor levantou para o segundo pau; o goleiro deles falha de novo, sai caçando borboleta; e a bola encontra a testa de Rodrigo Souto, que cabeceia com força e precisão, obtendo o improvável empate Tricolor.

Eram 38 minutos do segundo tempo. Um golpe mortal no Curíntia. O empate era ótimo para nós, péssimo para eles. Mas Ricardo Gomes queria vencer. Tirou Dagoberto, cansado, e colocou Marlos, novo em folha, com a instrução para atacar. O Curíntia também foi obrigado a sair de trás, e Mano Menezes colocou Iarley, então no ostracismo na Marginal S/N. No desespero, o time de branco veio, e para nós sobraram os contragolpes. Em duas ocasiões (uma com Cicinho, onde foi marcado um impedimento que a TV tendenciosa não repetiu, talvez por medo de vermos condição legal; outra com Fernandinho, num 3 contra 2 em que o atacante não teve calma ou visão para tocar a bola e fazer a assistência), quase chegamos ao gol da vitória.

Eis que, depois dos 45 minutos, Iarley cruza uma bola para a área do São Paulo. Alex Silva sobe com firmeza e testa a bola na direção da linha de fundo. Mas a dita cuja morre no fundo da rede. Com o gol contra, estava sacramentada a derrota do Tricolor, num jogo dramático que, infelizmente, não terminou bem para nós.

Bem, esta foi a história do primeiro teste real do São Paulo 2010, sob o comando de Ricardo Gomes.

O que aprendemos com ela?

1) O planejamento

O planejamento do São Paulo, diante da maliciosa tabela do Paulistinha, que colocou clássicos sempre imediatamente antes de jogos da Libertadores, fracassou além de qualquer dúvida. Sempre foi opinião uníssona da Imprensa São-Paulina que a Libertadores deveria ser priorizada, à custa dos clássicos. Diretoria e comissão técnica entenderam diferente, o que é compreensível e não chega a ser um erro, por si só. O que caracteriza o erro é que, apesar de colocar força máxima contra os grandes do estadual, perdemos todos os jogos, produzindo um desgaste desnecessário para os confrontos difíceis da Libertadores.

2) O time

Dois problemas flagrantes do São Paulo foram desnudados nesta partida: a criação de boas jogadas de ataque depende de peças no meio-campo que, na melhor das hipóteses, apenas ocasionalmente se mostram capazes de tal feito. Para entender o que estou falando, basta contrastar a atuação de Danilo, do Curíntia, com a de Léo Lima. Até mesmo na comparação com Hernanes, o ex-são-paulino se sai melhor. É uma peça que falta no São Paulo na maioria dos jogos.

3) Os gols

Aqui, o segundo problema. Apesar dos 3 tentos obtidos hoje, fica clara mais uma vez a dependência que o time tem da presença de Washington em campo. Jogando bem ou mal, ele é a referência de ataque, que passa a inexistir quando jogamos com outros atacantes do elenco. Borges faz uma falta danada como opção, apesar do atrito que gerava a presença de dois centroavantes meio equivalentes no elenco. A expulsão de hoje foi ruim para esta partida e também para a próxima, decisiva, diante do Botafogo-SP. Quem fará os gols? Rodrigo Souto e Jean?

4) A postura

O São Paulo manteve a frieza no jogo todo, exceto pelo momento da expulsão de Washington, que, claramente, era o jogador que menos queria perder esta partida (depois das bolas na trave do Curíntia, ele saiu vibrando da defesa, numa tentativa de incentivar o time). É um jeito de jogar que irrita demais. Irrita mesmo, porque o torcedor está lá, sofrendo, e não enxerga vibração do time. Mas, por outro lado, convenhamos: de nada adiantaria o time ter se desesperado, jogado bolas de chuveirinho, dado mais chutões, em vez de ficar trocando passes inofensivos na intermediária do adversário. A postura não está intrinsecamente errada; errada está a falta de criação e movimentação, abordadas no item 2. Ainda assim, nada no time parece dar aquele "clique" de que a atitude está minimamente correta. Parece um time de zumbis em campo, que não sente a emoção do jogo (mesmo com a torcida adversária ofendendo-os a partida inteira, non-stop).

5) O treinador

Para mim, esta partida marca o início do julgamento de Ricardo Gomes. Era importante empatar, pelo contexto do torneio, e era importante vencer, por conta da rivalidade. Embora tenha tentado isso, fracassou. Embora não seja um mata-mata, é um momento de decisão. Nessas horas, não pode fracassar. Eu diria que a última chance dele de errar foi esta. Se falhar contra Monterrey ou Botafogo-SP, dificilmente teremos chance futura de recuperação. E, de novo, embora goste em geral do trabalho e da mentalidade dele, não vejo no time a "vibração" e o "espírito" exigidos para as tarefas à frente. Tomara que eu esteja errado, mas, no primeiro teste, nosso time e nosso treinador deixaram a desejar, apesar do jogo disputado, das falhas que ocasionaram 2 gols para cada lado, e da capacidade de recuperação de um jogo que estava 3 a 1 para o rival, na casa dele. Se tivesse empatado, estaria tudo bem. Mas, com o fatídico gol no final (coisa que acontece no futebol), Ricardo Gomes toma sua primeira nota vermelha na sequência de provas bimestrais. Não poderá tomar outras, sob pena de repetir de ano.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Postura do c...! Bragantino 1x0 São Paulo

Olha pessoal, não sei vocês mas eu estou muito irritado e cansado do que os jogadores estão fazendo em campo. Quando a cobra fuma e o JJ fica no "cangote", a postura muda e é tudo lindo, maravilhoso mata com três gols e fim de jogo.

Aí, quando ganham uma sequência e o pessoal elogia...tsc tsc.

Agora, primeiramente analisando esse jogo, o time foi mal escalado. Entrou com: Rogério Ceni, Jean, André Luís, Miranda, Júnior Cesar, Rodrigo Souto, Hernanes, Léo Líma(Marcelinho), Jorge Wágner, Dagoberto(Roger) e Marlos(Fernandinho).

Já na escalação todo mundo sabia que com Marlos e Dagoberto não iríamos ter presença de área pela ausência de um centroavante de ofício. Quem deveria fazer a função de entrar na área pelo centro era Léo Lima, que naturalmente não foi bem nessa "parte".

O que se viu foi um domínio sonolento de posse de bola, sem objetivo e com alergia a área adversária, parecia proibido. Diriam alguns que batem bola com os amigos, que parecia "artilheiro", um jogo de quadra com os amigos, em que é feito um lançamento e você não pode entrar na área para marcar o gol.

Enfim, diante da preguiça e inefetividade do SPFC, o Bragantino ganhou confiança na segunda etapa e sentiu que poderia ganhar o jogo. Após perder duas chances claras, em um escanteio, sem NINGUÉM SUBIR na bola, uma cabeçada queima-roupa matou Rogério Ceni.

Bom, durante o segundo tempo, Ricardo Gomes mostrou seu brilhantismo ao tirar de jogo os que vinham com "menos preguiça" na partida, Dagoberto e Léo Lima. Foi aí que entraram Roger "impedido", que nem pegou na bola e o novo Pelé... Marcelinho Paraíba. O nosso "craque" conseguiu errar pelo menos uns 10 passes de 1 metro em menos de 5 minutos. Sensacional, Messi deveria se preocupar.

INACEITÁVEL! O SPFC QUANDO ENTRA EM CAMPO, ENTRA PRA JOGAR E VENCER, E NUNCA PRA FAZER CORPINHO MOLE. SEJA LÁ QUAL FOR O PROBLEMA: BICHO, RELAÇÃO NO ELENCO OU TREINADOR, NÃO VOU ASSISTIR A ISSO SEM FALAR NADA.

Quando meu time do coração se esforça, mesmo perdendo, temos que aceitar a derrota, mas os caras ganham em média 40 a 150 mil por mês e fazem isso?

Cansei, assim não pode. INACEITÁVEL. ESPERO ATITUDES CONTRA ESSA POSTURA NOJENTA E DE ANTI-PROFISSIONAIS, QUE NÃO MERECEM VESTIR O NOSSO MANTO SAGRADO.

Dá pra ver bem quem é quem nesse elenco, sabemos com quem podemos contar...

Ps: O ponto alto da rodada foi nosso "rivalzinho" da marginal sem número, que é o bêbado esperando ser empurrado pra ladeira.

Segue a batalha extracampo

Vou te contar uma coisa pra você, viu? O presidente do Curíntia, cada dia mais, me causa revolta. Em meio a uma discussão no Senado Federal sobre mudanças na Lei Pelé que iriam beneficiar todos os clubes formadores, inclusive o dele, ele interrompeu a fala de Juvenal Juvêncio para acusá-lo de mentiroso e dizer que o São Paulo é o time que mais rouba jogadores.

É brincadeira esse cara? Ele querer dirigir o timeco dele com puro amadorismo é problema dele. Mas não venha tumultuar o ambiente numa discussão em que está em jogo o futuro de todos os clubes formadores.

Enquanto isso, na Justiça, o São Paulo segue firme. Diogo também perdeu em sua tentativa de antecipar a audiência e terá de se reapresentar ao clube. O Tricolor, com um elenco inchado, nem tem muita pressa para repatriar seus atletas, até porque o tempo que ficarem fora acabará sendo cumprido mais adiante.

O mais incrível é que esses atletas, vendo que estão se ferrando, ainda não mudaram de posição. O que chegou mais perto disso foi o Oscar, que quase foi inscrito na Libertadores, antes de seu empresário dar sumiço nele novamente. Mas Diogo e Lucas Piazon nem apareceram depois de seus processos. Minha opinião: estão mais perdidos que filho de p... em dia dos pais e agora só restou a eles confiar nas promessas vazias de seus representantes. Mas a hora da verdade está chegando para eles também.

A despeito das palhaçadas do presidente do Curíntia, ouve-se no Congresso que as mudanças na Lei Pelé que protegerão os clubes formadores serão aprovadas sem dificuldade.

domingo, 21 de março de 2010

Vitória protocolar: São Paulo 3x0 Mogi Mirim

Saudações Tricolores!

Finalmente parece que o SPFC está evoluindo mesmo e ganhando corpo e costume no novo esquema. Muito longe de ter sido convencido pelas exibições, o tricolor tem tido facilidade nos últimos jogos para fazer o placar para vencer suas partidas.

Em um Morumbi com quase 10 mil pagantes, o SPFC venceu o Mogi com gols de Rogério Ceni, Cléber Santana e Hernanes. Nosso goleiro-artilheiro está cada dia mais próximo dos 100 gols, e posso dizer que Cléber Santana e Léo Lima de fato conquistaram o posto de jogadores do time titular.

Abrindo vantagem com relação ao quinto colocado(atualmente cinco pontos), é muito difícil o SPFC não classificar para a segunda fase do Paulistão, se segura pessoal do circo, que no fim alguém vai ficar com cara de palhaço!

Agora o Campeonato Paulista começa a ganhar corpo na reta final e alguma graça.

A pergunta que não quer calar é: você pouparia o time titular do SPFC contra as galinhas no próximo domingo?

Detalhes: time descansado para viagem do México e jogo importantíssimo contra o Monterrey ou eliminar um adversário direto da segunda fase do Paulista?

Veremos cenas dos próximos capítulos...

Eu colocaria os reservas, pra jogar contra a velharia obesa, tá bom demais.

sábado, 20 de março de 2010

SPFC x Nacional, Morumbi 2014, Libertadores...

Diversos assuntos, além da vitória do Tricolor sobre o Nacional (PAR) no Morumbi, foram tratados na mais nova edição do Podcast ISP. As perspectivas de patrocínio (e seu valor), os outros brasileiros na Libertadores e o sucesso do São Paulo com seu projeto de estádio para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014 são assuntos da ordem do dia. E as cornetadas hoje foram todas para a imprensa tendenciosa!

Confira (42 min) no player abaixo, ou baixando a MP3 (42 MB)
neste link
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sexta-feira, 19 de março de 2010

E aí, o que você achou?
SPFC 3x0 Nacional (PAR)

É aquele tal negócio que eu falei. Se joga mal, é porque joga mal. Se joga bem, é porque o adversário é fraco. Tenho certeza de que, a despeito do futebol de razoável para bom apresentado pelo São Paulo, vai ter muita gente ainda desconfiada. Ou seja: só vamos saber se esse time é para valer quando o jogo também for para valer. (Dica: os jogos contra Monterrey, Curíntia e Once Caldas serão os bons termômetros pré-mata-mata.)

Na minha opinião, o Tricolor fez uma boa e segura partida contra o fraco Nacional, que está se consolidando como uma das duas ou três piores campanhas da fase de grupos da Libertadores (se não for a pior de todas). E isso é evolução, porque o jogo anterior, contra o mesmo time, foi bem abaixo desse.

Ricardo Gomes teve coragem e tirou, além de Marcelinho Paraíba, que não estava dando mais par a aguentar (by the way, quem é o batedor de pênalti oficial agora, hein, professor?), mas também Cicinho, que, desde que retornou, ainda deve muito na posição. O time foi num 4-4-2 com Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Ricky, Cleber Santana, Hernanes e Leo Lima; Dagoberto e Washington.

No post anterior, eu me perguntava quem poderia ter lucidez suficiente para armar o meio-campo. Curiosamente, esqueci de mencionar justamente o cara que resolveu a parada neste jogo contra o Nacional: Leo Lima. Fazendo uma partida irrepreensível, foi pela primeira vez uma cabeça pensante efetiva por ali.

Mas seu talento ainda precisaria de um pouco de suor para aparecer. Os primeiros 25 minutos do São Paulo foram tensos, com muitos erros e tentativas de ligação direta. Ricky em especial falhou demais na hora de tentar iniciar os ataques (alguém precisa colocar na cabeça dele que, se tentar evitar inversões longas de jogo ou lançamentos, passa a ser peça insubstituível na equipe). O Nacional veio trancadinho para segurar o 0 a 0, com uma equipe compacta e bem organizada. Ainda assim, pouco fez para chegar ao gol de Rogério.

E o castelo de cartas paraguaio se desfez quando, num contragolpe, aos 29 minutos, Hernanes fez cruzamento longo para Dagoberto, no segundo pau. Com inteligência, o atacante mandou por encoberta e fez um golaço. A partir daí, sem muito mais que defender no jogo, o Nacional apenas tocou a partida, sem objetivo claro. E o São Paulo, empolgado com a possibilidade de realizar bom jogo, veio para cima. Em seguida, aos 32, saiu o segundo gol, em bola enfiada em profundidade para Junior Cesar, que cruzou para Washington, que dominou e fez bela assistência a Leo Lima, para marcar. (Só vi que o Coração Valente tocou a bola, em vez de perder o gol, no replay em casa; do estádio, parecia um rebu na área.)

No segundo tempo, o São Paulo seguiu pressionando e chegou ao terceiro gol em bela jogada de Ricky, que se projetou para receber atrás da zaga, driblou o goleiro e, apesar de derrubado, deixou a bola limpa para Washington empurrar e fazer o seu. Com o 3 a 0, a fatura estava liquidada, e a torcida teve a oportunidade até de tirar uma ondinha com os pobres coitados paraguaios, ao som de "olé".

Aí, é o tal negócio. O Tricolor assumiu a ponta, só depende de mais uma vitória para conquistar a classificação, ficou de bem com a torcida. Mas todo mundo dirá que o Nacional não foi teste, e que essa apresentação, tal como foi, não passou de obrigação.

E é mesmo a mais pura verdade. Mas o mais importante é que, pela primeira vez, mesmo com um adversário fraco, o São Paulo soube controlar o jogo e não desistiu dele em nenhum momento. Se faltava aparecer vontade e garra, hoje o time as apresentou em campo. O espírito começa a se afinar. Estou ansioso para quando o bicho começar a pegar para valer! VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SER CAMPEÃO!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Sobre o jeito de jogar

Os comentários do post anterior foram ótimos para guiar o caminho para esta análise. Dizem que o São Paulo 2010 não tem um jeito de jogar, nem um esquema definido. Discordo. A essa altura, gostem ou não os torcedores, o Tricolor já está se consolidando no 4-4-2. Essa é a formação-base do time, que pode mudar no decorrer do jogo ou de acordo com o adversário (variações bastante testadas são o 3-5-2, o 4-3-3 e o 3-4-3, que já podem ser usadas).

Diferentemente do que dizem alguns torcedores, o São Paulo também já tem um "Onze" que lhe serve de base. O time titular hoje é Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Jean, Ricky, Hernanes e Marcelinho Paraíba; Dagoberto e Washington.

Como a fase do Marcelinho não está ajudando, Ricardo Gomes já dá pinta de que sua cadeira cativa no time titular corre riscos. Eu não duvido que o treinador opte por Cléber Santana ou, mais provavelmente, Jorge Wagner para aquela função de meia, já no jogo contra o Nacional, quinta-feira.

De toda forma, trocar um jogador ou outro é normal, ainda mais com um banco superqualificado como o do São Paulo. E aí é que o torcedor precisa entender: tem jogo que é melhor ter mais poder de marcação (Cléber Santana na meia ou Rodrigo Souto mais atrás), tem partida que exige mais velocidade no ataque (Fernandinho é ótima pedida), e por aí vai. Mas o time-base é este aí.

Sobre o jeito de jogar, para mim também não ficam muitas dúvidas. Na hora de atacar, o time procura avançar trançando triangulações entre os meias e os laterais (Marcelinho e Jr. Cesar pela esquerda; Hernanes e Cicinho pela direita), com movimentação rápida de um atacante (Dagoberto), que pode buscar o fundo ou, como ele prefere, entrar pelas diagonais, armando para o centroavante (Washington) ou batendo direto. Uma alternativa a esse movimento é os meias abrirem e irem à linha de fundo cruzar, ou passarem aos laterais, no overlapping, para um cruzamento ainda mais profundo.

Como todo bom 4-4-2, esse jogo acontece de formas alternadas entre direita e esquerda: quando o lateral-direito desce, o esquerdo se segura, fechando a zaga. A proteção se completa com os volantes.

Ao se defender, o esforço é cercar com os meias (acho frouxo, deveriam já dar um primeiro combate) e marcar com os volantes (acho frouxo, deveriam saber fazer faltas no meio-campo para impedir avanços e apertar sua presença sobre os adversários para roubar mais bolas). Está faltando aí um pouquinho de disciplina tática para Jean e Ricky, que aparecem demais no ataque, quando sua função em campo deveria ser mais defensiva, sem a bola. Mas a ideia é que eles retardem suficientemente o avanço adversário para a recomposição da linha de 4 defensiva, com o retorno dos laterais e o fechamento da área pelos zagueiros.

Muito bem. O que falta pro time engrenar? Sem a bola, marcar mais junto e com determinação, inclusive usando o recurso da falta, quando necessário. Com a bola, compactar mais o time e trocar passes em velocidade, envolvendo o adversário e trançando a bola, seja pela ponta, seja pelo meio, em direção ao gol.

E, claro, combater a apatia. Comportar-se como se cada jogo fosse final de campeonato. Esse é mais o lado da motivação, que o Rogério é especialista em trabalhar em suas palavras antes do início de cada jogo. (Muricy, assumidamente, não gostava de fazer isso; quanto a Ricardo Gomes, não sabemos qual é seu estilo nesse sentido.)

Os problemas me parecem todos solúveis. A única coisa que talvez seja complicada demais para este elenco é a troca rápida e criativa de passes curtos, que exige meias com visão de jogo e tempo de bola. Hernanes é um ótimo volante que ainda não provou quanto vale na meia, e Marcelinho Paraíba, que parecia ter a experiência e a visão para promover essa troca de passes, está em má fase. Talvez Jorge Wagner em boa fase consiga isso. Ou quiçá Cleber Santana, que no entanto me parece mais um cadenciador que um acelerador de jogadas. A verdade é que até agora nenhum deles mostrou cacife para tal.

Se alguém começar a ter essa clarividência no meio, as coisas certamente vão fluir e os atacantes vão começar a aparecer toda hora na cara do gol (coisa que já acontece hoje, mas com menos frequência do que poderia). Se não aparecer, talvez o caminho seja migrar para um esquema com 3 atacantes, em que Dagoberto e Marcelinho alternadamente voltam ao meio nessas tentativas de cavar a movimentação por ali.

De toda forma, vejo o São Paulo com ótimo elenco, todas as posições atendidas e um esquema de jogo definido. Falta só o espírito guerreiro e um pouquinho de visão de jogo no meio para a coisa deslanchar.

Agora, se isso vai acontecer ou não, só tendo bola de cristal.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O fantasma dos natais passados

O torcedor são-paulino anda mais ressabiado do que nunca. Critica o time quando empata, quando perde e quando ganha. Sente que falta conjunto, que falta aplicação, que falta bom desempenho e teme eliminações precoces na Libertadores e mesmo no Paulistinha. Pensa consigo mesmo: "Ah, de novo? Mais um ano em que seremos a "mãe" dos outros brasileiros no torneio continental?"

Com efeito, a carga psicológica de ter caído para Internacional (final, 2006), Grêmio (oitavas, 2007), Fluminense (quartas, 2008) e Cruzeiro (quartas, 2009) oprime o torcedor. Eles não querem servir de saco de pancada, mais uma vez. Querem ver um time vibrante, raçudo e brigador, de preferência com pinta de campeão.

O time do São Paulo na era Ricardo Gomes não é vibrante. É frio e administra seus jogos (às vezes bem, às vezes mal), sempre jogando o mínimo necessário para atingir seus objetivos. A lei do mínimo esforço aplicada pelo time incomoda a torcida.

Até aí, sem problemas. Concordo. Mas será que não estamos indo longe demais? Será que não estamos pressionando demais um time e, sobretudo, um treinador que nem estava por aqui quando as eliminações em anos passados ocorreram?

Talvez o belíssimo tricampeonato brasileiro tenha feito o torcedor esquecer como era o futebol na época de Muricy. O São Paulo só vivia de chuveirinho e suas jogadas mais perigosas eram as de bola parada. Taí, por exemplo, um ponto em que o Tricolor efetivamente melhorou, dos anos passados para este. Hoje, as jogadas são mais variadas, trabalha-se mais a bola com infiltrações pelo meio, há mais lances pela linha de fundo, e a bola parada virou apenas mais uma arma, de um arsenal mais vasto de recursos.

Nos últimos anos da era Muricy, o São Paulo jogava quase num efetivo 5-3-2, uma vez que os alas (Zé Luis e Jorge Wagner) tinham pouquíssima liberdade para descer até as pontas do campo, indo no máximo até a ponta da área, de onde chuveiravam a bola para o centroavante concluir. Centroavante este que mais jogava de costas para o gol que de frente, diga-se de passagem.

Sinceramente, acho o futebol do São Paulo 2010 melhor que o de 2009 e 2008. Ainda falta mais pegada e aplicação, mas nem tudo está perdido. Principalmente porque o time segue trabalhando pela "lei do mínimo esforço", fazendo apenas o estritamente necessário para cumprir suas obrigações (ir às semifinais do Paulista e às oitavas da Libertadores). O que vale dizer que ainda não tivemos a chance de avaliar o time numa circunstância de real "vida-ou-morte", para identificar se a equipe está mesmo aquém desses desafios.

Há quem cite os clássicos como parâmetros. Vou discordar aqui. Se tivéssemos ganho da Portuguesa, ninguém teria se mostrado mais confiante. Palmeiras, então em péssima fase, idem. Só, talvez, a vitória contra o Santos teria convencido os ressabiados são-paulinos do "poder de decisão" do time. Mas, cá pra nós, o que eles estariam decidindo, naquelas partidas? Eu vos digo: rigorosamente nada. O Curíntia, por exemplo, ganhou o clássico da Porcaria, mas isso não impediu o time de mostrar um futebol pouco convincente ao longo da temporada e mesmo ficar atrás da gente na classificação geral do Paulista.

Moral da história: acho que só dá mesmo para cobrar espírito de decisão do nosso time quando estivermos num momento decisivo. E não custa lembrar que o comando do Ricardo Gomes, goste-se ou não do estilo dele, até agora só trouxe benefícios ao São Paulo. O treinador pegou o time na 16a posição do Brasileiro e levou ao 3o lugar, com chance de ser campeão até a última rodada.

Na temporada 2010, conseguiu dar ritmo de jogo a um vasto elenco, desgastando minimamente as peças (à custa de maior entrosamento, é verdade) e produzindo uma circunstância à europeia, em que o São Paulo pode contar facilmente com 15, 16 titulares -- uma necessidade absoluta se o objetivo é, por exemplo, tentar vencer o Curíntia num domingo e jogar no México para ganhar na quarta-feira, como acontecerá mais adiante no nosso maravilhoso calendário, feito sob medida para ferrar o Tricolor (não custa lembrar mais uma vez que o São Paulo é o único clube na Libertadores que, imediatamente antes de cada um dos jogos pelo torneio continental, pega um clássico). Além disso, e talvez mais importante, a equipe comandada por Ricardo Gomes está cumprindo as metas da temporada, até agora. Está, já faz algumas rodadas, no G-4 do Paulista e tende a obter a classificação na Libertadores sem muito sufoco, graças a uma vitória fora de casa contra o fraco Nacional.

Não, não estou tapando o sol com a peneira, nem dizendo que o futebol está maravilhoso. Mas, sinceramente, faz muito tempo que não vejo o São Paulo ser campeão com um futebol maravilhoso (na melhor das hipóteses, 2005; na pior, 1993). E não é o treinador que produz a criatividade exigida para as belas apresentações; são os jogadores em campo.

Para quem diz que não houve evolução alguma do São Paulo desde o início da temporada, basta comparar os 5 primeiros jogos do ano com os 5 últimos. Vamos lá?

Cinco primeiros jogos:

17/1 - São Paulo 1x3 Portuguesa
Mereceu perder? Sim.

20/1 - Mirassol 1x1 São Paulo
Mereceu empatar? Não, jogou com o time reserva e mereceu perder, fez gol na sorte no fim do jogo.

23/1 - São Paulo 3x0 Rio Claro
Mereceu ganhar? Sim.

28/1 - São Paulo 3x0 Paulista
Mereceu ganhar? Sim.

31/1 - Sertãozinho 2x2 São Paulo
Mereceu empatar? Não, jogou com o time reserva e mereceu perder, anotando o empate num gol contra no final.




Cinco últimos jogos:

28/2 - São Paulo 5x1 Monte Azul
Mereceu ganhar? Sim.

03/3 - Oeste 0x0 São Paulo
Mereceu empatar? Sim, jogou com o time reserva e apresentou futebol nivelado com o adversário.

07/3 - Ponte Preta 0x2 São Paulo
Mereceu ganhar? Sim.

11/3 - Nacional (PAR) 0x2 São Paulo
Mereceu ganhar? sim.

14/3 - São Paulo 2x1 Rio Branco
Mereceu ganhar? Sim, jogou com o time reserva e só tomou um gol numa bobeada, mas dominou a partida.



Note que, nos dois casos, foram 3 partidas com o time titular e 2 com uma equipe mista/reserva, e na sequência inicial o São Paulo fez só 2 jogos fora, contra 3 na segunda sequência. Ainda assim, o desempenho médio foi bem melhor na segunda sequência: sem derrotas, 13 pontos conquistados, 11 gols marcados e 2 gols sofridos. A primeira sequência acumulou 8 pontos (dos quais 2 não foram merecidos), 10 gols marcados e 6 sofridos.

Então, como dizer que não houve evolução? Os adversários nas duas sequências são mais ou menos nivelados. Sertãozinho, Mirassol, Rio Claro e Paulista não são muito diferentes de Monte Azul, Oeste, Nacional (PAR) e Rio Branco, e a Portuguesa não é muito melhor que a Ponte Preta.

Ou seja, contra fatos não há argumentos; o São Paulo mostrou evolução, sobretudo com o time reserva, que conseguiu vencer jogos, ou, pelo menos fazer por merecer empates, e o time titular continua jogando pro gasto, feio e apático, mas cumprindo o mínimo necessário.

Está bom para ganhar algum campeonato? Não, não está. Mas, sinceramente, não adiantaria nada jogar futebol de campeão contra a Ponte Preta, ou contra o Rio Branco de Americana. Teremos de jogar futebol de campeão quando estivermos efetivamente disputando o campeonato para valer, nas fases decisivas.

O treinador anterior ganhou 3 campeonatos dificílimos por pontos corridos, mas naufragou em diversos campeonatos (1 recopa, 2 ou 3 sul-americanas, 4 paulistas e 4 Libertadores, pelas minhas contas) disputados em mata-mata. Esse histórico, que Muricy Ramalho atribui à "sorte" (rá, tá bom!), não pode ser automaticamente transferido a Ricardo Gomes. Até agora, nosso atual treinador teve ZERO chances de se provar no mata-mata. A mesma coisa com o elenco atual, que tem uma base antiga, mas está bastante modificado e requalificado.

Antes de pedir a cabeça de alguém, vamos pensar um pouquinho no trabalho que está sendo feito e nos resultados obtidos até agora. Sem falar que nem tudo que rola de bom ou de ruim em campo depende do treinador para acontecer.

domingo, 14 de março de 2010

SPFC 2x1 Rio Branco

Na boa, eu acho esses jogos do Paulistinha muito, muito chatos. Os adversários em geral são fracos e isso faz com que vencer, em vez de ser um desafio, seja uma incômoda obrigação. Tá, isso tudo é um fato. Mas eu, da arquibancada, achar o jogo chato não permite que os jogadores, em campo, também achem. Foi basicamente isso que quase levou o São Paulo a um trágico empate no Morumbi. Felizmente saiu um golzinho no final para consolidar a obrigação da vitória. Mas de novo o time passou a impressão de que ficou devendo.

Como de costume, o início foi forte. O São Paulo entrou praticamente com um time reserva, no tradicional 4-4-2 de Ricardo Gomes, e dominou rapidamente as ações: Rogério Ceni, Jean, Andre Luis, Miranda e Carleto; Rodrigo Souto, Cléber Santana, Léo Lima e Jorge Wagner; Dagoberto e Fernandinho. Vamos combinar que, desses, só podem ser considerados titulares mesmo Rogério, Miranda e Dagoberto. Jean, forçando a barra, porque ele é volante titular, mas lateral reserva...

Com menos de 15 minutos, o Tricolor marcou o primeiro gol, em belo toque de Léo Lima para a chegada fulminante de Jorge Wagner, que marcou, vejam vocês, de perna DIREITA!

O Rio Branco pouco fazia, e o São Paulo, provavelmente entediado com a partida, perdeu completamente a objetividade. Dominou o primeiro tempo todo, mas com poucas chances agudas de gol. Parecia a fatura liquidada.

Mas 1 a 0 nunca é fatura liquidada, mesmo contra adversários fracos. Veio o segundo tempo, Ricardo começou a mexer no time, mas o sono parecia ter vindo para ficar. De repente, o Rio Branco começou a sentir que podia aspirar a algo mais. Duvido que tenha alguém no Morumbi que não tenha pressentido o empate, minutos antes de acontecer. A equipe do interior já havia dado as caras numa bola que foi parar na trave, depois de um golpe de vista meio sem-vergonha de Rogério Ceni.

Logo em seguida, veio o empate, numa falha de marcação após escanteio deles. Isso além dos 35 do segundo tempo. Um pequeno drama, para salpicar um jogo que tinha tudo para ser moleza. Felizmente, também em escanteio, André Luis fez seu primeiro gol pelo Tricolor e deu números finais à partida.

Mais 3 pontos, que é o que conta, nessa modorrenta fase de classificação do Paulistinha. E de bom ficam as estreias de Thiago Carleto (primeira vez no time), Rodrigo Souto (primeira vez como titular) e Fernandinho (primeira vez como titular). São três nomes que certamente qualificarão o banco ou poderão mesmo arrumar vaga no time titular do Tricolor.

De ruim, fica a impressão de que o time não tem a mínima raça em campo. Joga esperando o juiz apitar o fim, principalmente após marcar um gol. Não dá para jogar assim. É um castigo ainda maior para a torcida, que vai ao Morumbi debaixo de chuva para ver um joguinho sem-vergonha desses...

sexta-feira, 12 de março de 2010

O panorama da Libertadores

Fiz um levantamento de pontos perdidos de todas as equipes da Libertadores. Não ajuda a esclarecer quem vai passar à segunda fase, mas permite ver quem está, no momento, com mais chance de chegar às primeiras posições da fase de grupos. Confira.

Posição, time, pontos perdidos (brasileiros em negrito)

01 - Alianza Lima, 0
02 - Flamengo, 0
03 - Cerro (URU), 0
04 - Vélez Sarsfield, 0
05 - Libertad, 2
06 - Banfield, 2
07 - Once Caldas, 2
08 - Universitario, 2
09 - Curíntia, 2
10 - Internacional, 2
11 - Universidad de Chile, 2
12 - São Paulo, 3
13 - Racing (URU), 3
14 - Colo Colo, 3
15 - Nacional (URU), 4
16 - Independiente (COL), 4
17 - Estudiantes, 5
18 - Cruzeiro, 5
19 - Monterrey, 5
20 - Cerro Porteño, 5
21 - Universidad Católica, 5
22 - Deportivo Quito, 5
23 - Lanús, 6
24 - Deportivo Cuenca, 6
25 - Emelec, 6
26 - Caracas, 6
27 - Juan Aurich, 6
28 - Deportivo Italia, 8
29 - Morelia, 8
30 - Bolívar, 8
31 - Nacional (PAR), 9
32 - Blooming, 9


Em termos de definições de classificação, 4 grupos já chegaram ao fim do primeiro turno, o que já permite uma avaliação mais concreta. Mas, por ora, não há muitas definições. Veja a análise grupo a grupo.

Grupo 1

Completamente indefinido. O Racing do Uruguai pode surpreender e tirar o Independiente Medellín. Curíntia tende a se classificar, mas, em termos de pontuação, tá embolado ainda.

Grupo 2

Está bastante embolado. O Once Caldas lidera, mas fará agora só mais um jogo em casa. O São Paulo, com um ponto a menos, fará só um jogo fora. E o Monterrey ainda tem chance no grupo. Alguém vai ficar de fora.

Grupo 3

Aqui já temos um classificado: Alianza Lima, do Peru. O Estudiantes em tese deve passar, mas pela pontuação ainda está embolado com o glorioso Juan Aurich.

Grupo 4

Grupo praticamente definido. Libertad e Universitario devem ir à próxima fase.

Grupo 5

Ainda é cedo para cravar, mas quase me arrisco a dizer que Internacional e Cerro (URU) vão às oitavas.

Grupo 6

O Banfield já está classificado. Nacional (URU) está encaminhado, mas ainda pode se complicar contra o Deportivo Cuenca.

Grupo 7

Grupo completamente embolado. Vélez, Colo Colo e Cruzeiro brigam por duas vagas.

Grupo 8

Só um milagre tira o Flamengo das oitavas. A outra vaga deve ficar entre as duas Universidads chilenas.

Por ora, o resultado é o que conta:
Nacional (PAR) 0x2 SPFC

Olha, vamos começar esta análise separando duas coisas: primeiro, o resultado. O São Paulo precisava vencer esta fora para se tranquilizar na sequência da Libertadores e melhorar suas chances de terminar como líder do grupo. Foi ao Paraguai, venceu por bom placar e voltou para casa com os 3 pontos. Muito bem, por ora é isso o que conta.

Mas que ninguém se engane: a partida feita pelo São Paulo foi muito, mas muito ruim mesmo. Foi certamente a pior do time na Libertadores. Alguns jogadores estavam irreconhecíveis -- Cicinho, Hernanes e Jean em especial estiveram terríveis, quebrando a espinha dorsal do time.

O engraçado é que os primeiros 10 minutos do Tricolor foram excelentes. Ricardo Gomes mandou a campo um 4-4-2 com Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Jean, Ricky, Hernanes e Marcelinho Paraíba; Dagoberto e Washington.

Com a equipe compacta e passes rápidos e precisos, o time criou duas chances logo de cara e dava pinta de que seria um jogo tranquilo. Mas tudo mudou da água para o vinho não muito tempo depois. O São Paulo começou a errar passes, e o Nacional passou a acreditar que poderia fazer mais.

Marcelinho Paraíba (que fez outra partida ruim, salvo por este lance) chegou a colocar Washington na cara do gol ainda no primeiro tempo, mas o artilheiro perdeu. Confesso: xinguei um bocado, porque sei que, em Libertadores, tem jogo que só aparece uma chance dessas. Felizmente não era o caso da noite de ontem.

No segundo tempo, Ricardo Gomes fez uma boa substituição: tirou Marcelinho e colocou alguém com mais capacidade para organizar o meio-campo, Cléber Santana. O meia-volante entrou bem e ajudou o São Paulo a ocupar melhor aquele espaço. Mas isso não impediu o time de tomar sufoco em bobeadas na defesa, mesmo voltando a um 3-5-2 com o recuo de Ricky para a zaga.

Felizmente Dagoberto, aos 13 minutos, fez bela jogada pela esquerda e explorou a já famosa linha burra do Nacional (vide jogo do Once Caldas contra eles, lá no Paraguai mesmo), colocando Washington novamente na cara do gol. Desta vez o artilheiro driblou o goleiro e colocou fácil para o fundo da rede. O 1 a 0 deu maior tranquilidade ao São Paulo, mas continuamos ameaçados por bolas erguidas na área e chutes de longa distância.

Rodrigo Souto entrou no lugar do apagado Cicinho para ajudar a fechar o meio, e a última alteração foi por cansaço: Dagoberto, bem no jogo, deu lugar a Fernandinho. E foi do atacante que entrou o passe para o segundo gol, de novo de Washington. Mas o placar foi sacramentado apenas aos 44 do segundo tempo, o que dá uma mostra de que o 2 a 0 não reflete a dificuldade da partida.

Já falamos aqui antes, mas não custa reforçar: esse time do Nacional é RUIM DEMAIS. Então, o fato de o jogo ter sido difícil é um demérito do São Paulo, muito mais do que um feito do adversário. Se fosse um rival mais qualificado, o Tricolor não teria conseguido se dar bem.

Ou seja: continuamos com um excelente elenco, resultados aceitáveis e um futebol abaixo da crítica. Diferentemente de alguns, não acredito que esse seja um problema do esquema de jogo. Acho sim que o São Paulo perde muito quando Hernanes não joga bem. E ele tem ido mal sistematicamente. Ontem, o fato de Jean também ter ido mal colocou o time em razoável perigo, a despeito do frágil adversário.

Mas ainda acredito. O time é tão bom no papel que é difícil achar que, em algum momento, ele não vai se encaixar. Vamos que vamos.

OS JOGADORES:

Rogério Ceni: Fez uma defesa importantíssima, com o pé, salvando um gol certo do Nacional. Com isso, garantiu o resultado até o São Paulo abrir o placar.

Cicinho: Depois do bom desempenho contra a Ponte, voltou à tônica da maioria dos seus jogos desde a volta ao São Paulo. Rendimento baixíssimo, na defesa e no ataque.

Alex Silva: Falhou num lance no primeiro tempo, deixando o atacante se colocar à frente dele para concluir de cabeça para o gol. De resto, fez ótima partida.

Miranda: Partida tranquila para ele, mas sem grande destaque. Cumpriu o exigido.

Junior Cesar: Jogador que está crescendo de produção como lateral-esquerdo clássico. Falta apoiar um pouco mais, mas foi melhor que seu colega da direita.

Jean: Péssimo, irreconhecível. Mal na marcação, quase entregou o ouro com passes errados e se precipitou em chutes do meio da rua, sem direção, nas poucas descidas ao ataque. Partida para esquecer.

Ricky: Fez uma ótima partida. No primeiro tempo, chegou a me preocupar muito o fato de ele ter sido o melhor do time. Sua aplicação defensiva, sobretudo no segundo tempo, e as perigosas chegadas ao ataque, sobretudo no primeiro, realçaram seu bom desempenho.

Hernanes: Peraí. Ele estava em campo? Não vi.

Marcelinho Paraíba: Não foi o pior do meio-campo, mas só pelo fato de que Jean e Hernanes foram bisonhos. E é impressionante como este homem desaprendeu a bater escanteio de uma temporada para outra. Alguém me explica?

Dagoberto: Boa partida, dando mobilidade e lucidez em poucas, mas boas, jogadas de ataque. No segundo tempo, com a saída do Marcelinho, cresceu de produção.

Washington: É aquela coisa. O cara tem o direito de perder gols, contanto que também os faça e o time vença. Foi o que aconteceu hoje, e ninguém pode negar que, caneludo ou não, ele tem ótimo senso de colocação na área. Os gols dele parecem "fáceis", mas isso é porque ele se coloca bem para concluir. (Por essa razão também os gols que ele perdem parecem imperdoáveis.) Merece uma boa nota pelo jogo de ontem.

Cléber Santana: Fez boa partida, mais solto para criar e sem grandes preocupações defensivas. Deu um toque de bola mais qualificado ao meio.

Rodrigo Souto: Como esse homem é discreto! Ele sempre entra no final, e eu nunca o vejo jogar. Não entenda isso como crítica, é sinal de que ele trabalha para o time -- exatamente a função dos volantes.

Fernandinho: Entrou bem, fazendo a mesma função do Dagoberto, mas com fôlego novo. É interessante notar a diferença de estilo entre os dois. Enquanto o Dagol prefere entrar na área pela diagonal, o Fernandinho busca mais a linha de fundo. Para o Washington, o estilo do ex-jogador do ex-Barueri é mais interessante.


O TREINADOR: Ricardo Gomes escalou bem e mexeu bem. Mas fica difícil qualquer treinador consertar um time quando o lado direito pelo meio está completamente morto (falo de Jean, volante pela direita, Cicinho, lateral-direito, e Hernanes, meia direita). A única crítica que faço a ele não diz respeito especificamente ao jogo de hoje, mas à temporada como um todo: por mais que só agora ele tenha o elenco todo à disposição, isso não pode servir como desculpa para o péssimo futebol apresentado pelo São Paulo, que só consegue jogar quando o adversário deixa. Certamente teremos desafios maiores que este e o time claramente ainda não está pronto. Resta saber até quando a comissão técnica falará que "ainda há muito que evoluir". O tempo está acabando.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ponte Preta 0x2 SPFC

Eita, que essa primeira fase do Paulistinha não acaba nunca, hein? Ver esses jogos vale mais como exercício para acompanhar o progresso (ou não) do time para as partidas que realmente valem -- as da Libertadores. Nesse sentido, a partida contra a Ponte foi proveitosa. O time mostrou um pouco mais de fibra e, mais importante, capacidade de decidir.

Ricardo Gomes (de volta ao banco de reservas) mandou o time num 4-4-2 de verdade, com dois laterais: Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Xandão e Junior Cesar; Jean, Ricky, Hernanes e Marcelinho; Dagoberto e Washington. Após um começo meio atabalhoado (coroado por uma cagada gigante de Cicinho, que quase entregou o ouro ao recuar mal uma bola para Rogério), o São Paulo levou 15 minutos para dominar o jogo. Mas dominou. Embora a Ponte tivesse lá uma chance ou outra (mais do que deveria, na minha opinião), o time se mostrou capaz de imprimir seu ritmo e, acima de tudo, fez os gols que precisava.

A atuação tranquila quase foi perturbada pela marcação de um pênalti inexistente de Xandão, mas Rogério foi lá e pegou, deixando tudo certo. Mais tarde, o juiz deixou de dar um pênalti real de Xandão, mas ficou elas por elas. Washington fez, mais uma vez, tudo certo, e desta vez a bola entrou. Que bom, porque é isso que podemos cobrar dele.

No segundo tempo, com os defensores amarelados, Ricardo Gomes fez uma importante alteração tática: recuou Ricky como terceiro zagueiro, usando o 3-5-2. Gostei muito da modificação, porque impediu uma potencial expulsão e deu mais estabilidade ao esquema defensivo. A partir daí, o São Paulo controlou o jogo e tentou marcar nos contragolpes. Quase conseguiu, mas nem precisou. O resultado da etapa inicial já bastava para dar tranquilidade.

Foi uma atuação brilhante? Não. Mas foi uma atuação segura e minimamente convincente. Agora é se preparar para a real pedreira: o Nacional, lá no Paraguai, na quinta-feira. Tem gente dizendo que o jogo é de "vida ou morte". Eu não seria tão radical, porque existe um meio-termo nisso aí. Para mim, a coisa vai funcionar da seguinte maneira: se o São Paulo vencer lá, reassume a posição de favorito do grupo. Se empatar, começa a se formar um contexto em que passamos em segundo lugar (correndo um risco, pequeno mas existente, de ficar de fora, já que nem todos os segundos passam). Se perder, aí complica de vez, porque vai ficar enroscado com o Monterrey e pode nem ficar em segundo.

Moral da história: para o bem do ambiente entre jogadores, comissão técnica e torcida, tem que vencer. Se empatar, é para ficar puto, mas sem jogar a toalha.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Amor incondicional!

Pensei muito sobre o que ia escrever sobre o lamentável jogo de ontem, mas decidi que era melhor expressar meu amor incondicional ao São Paulo Futebol Clube.

Ás vezes acho que será impossível retribuir ao SPFC tudo que ele já me proporcionou ao longo dos meus "poucos" 26 anos. Pra mim, por mais que eu seja associado, sócio torcedor, ou mesmo algum dia dirigente do mais querido, jamais conseguirei retribuir todas as alegrias que tive por conta dele desde a minha infância, ou mesmo meu nascimento.

Quando era criança, meus ídolos eram meus heróis. Em campo, as batalhas, onde via a vitória, onde enxergava o certo prevalecendo em cima do errado, o bem contra o mal. Heróis esses que hoje são elementos de ótimas histórias pessoais e lembranças belíssimas futebolísticas: Raí, Muller, Zetti, Palhinha e o saudoso e inesquecível mestre Telê.

Entretanto por mais que existissem heróis, pessoas, ele estava lá. Acima da vitória ou da derrota, com enorme orgulho de encher o peito, representando ideais corretos e de grande valia para qualquer ser humano de bem, sempre pioneiro no profissionalismo, na estrutura e até mesmo no marketing dentro do futebol brasileiro. Sempre carregando a soma do trabalho de muitos e muitos nobres homens. Soberano, ele, o clube mais espetacular de todos, SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE.

Minha paixão, meu amor, jamais me calarei quando te maltratarem como alguns fazem em campo. Nunca abandonarei ou deixarei de estar ao teu lado, até o último minuto da minha vida. Você será eterno, carregará a memória e sentimentos de muitos são paulinos e será cada dia mais glorioso, nasceu para isso. E nós, tricolores, nascemos para fazê-lo assim. CADA UM DE NÓS.

Portanto são paulino, saiba que o passado foi construído por nós, o presente também está sendo e o futuro ainda será.

Sou o clube da fé, o destemido, o maior de todos, o rei da Libertadores, o dono do maior estádio particular do mundo, simplesmente o maior vencedor de títulos internacionais e nacionais no Brasil. Sou SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE!

Tricolor de coração.. olê olê.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Bumba-meu-boi 0x0 Oeste

Nossa, hoje foi de irritar. Aliás, irritar é pouco para descrever a sensação do desempenho do time. Um jogo teoricamente fácil quase resultou numa derrota. Aliás, só não resultou em derrota porque o Oeste foi incompetente para definir, embora tenha jogado de forma atrevida e corajosa. Bato palmas para a limitada equipe do Oeste, que mesmo com um a menos por quase metade do jogo, não abdicou de tentar seu gol -- embora com inteligência e em poucas jogadas.

Foi uma das coisas que faltaram ao São Paulo hoje: inteligência. Um meio-campo inoperante, que pareceu insinuante nos primeiros minutos, com Jorge Wagner surpreendendo na meia, enquanto Ricky fazia a lateral-esquerda, mas logo voltou ao esquema "mortinho da silva".

Cléber Santana foi hoje um horror. Além de ter se mostrado lento na armação e ainda mais lerdo na marcação (atrasado em todas), arrumou uma expulsão idiota (e justa, como foi a do jogador do Oeste) e foi um dos grandes responsáveis pela má atuação do time.

O jogo do Tricolor lembrou hoje os piores momentos da era Muricy: só jogo aéreo, bola na área (foram quase 30 alçadas durante o jogo), e nada muito concreto pelo chão. Não é assim que a coisa funciona, sobretudo quando há a vantagem do homem a mais.

Os poucos que se salvaram da atuação de hoje: Rogério Ceni, Jorge Wagner, Fernandinho e, sobretudo, Alex Silva, que, embora esteja longe de ser um exímio lateral-direito, mostrou grande virtuosismo e, acima de tudo, RAÇA e DETERMINAÇÃO, duas coisas que parecem faltar sempre a esse time. No final do jogo, diante da apatia geral, ele deixou a defesa e foi jogar praticamente como um meia direita. Claro, não é a dele, e não resolveu porra nenhuma, mas valeu pela vontade.

Wellington, coitado, pagou o pato: entrou no segundo tempo para consertar uma cagada do Milton Cruz em sua segunda substituição (tirou o Jean para colocar o Léo Lima, quando o certo teria sido colocar o Marcelinho Paraíba, no lugar do Dagoberto ou do então ainda em campo Cléber Santana) e ainda acabou expulso para impedir o gol do Oeste num contragolpe fatal.

Sinceramente, não acho que esse jogo contra o Oeste possa ser representativo do melhor que este São Paulo possa render com o atual comando técnico. Mas, pela primeira vez, fiquei bastante preocupado. Torçamos para que a volta de Ricardo Gomes possa ajudar essa equipe a se encontrar. Desse jeito aí não tem a menor condição de disputar nada.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Catadão Tricolor 5x1 Monte Azul

Que o jogo de ontem ia ser fácil, ninguém duvidava. Mas duvido que alguém fosse apostar que, jogando apenas 45 minutos, Fernandinho ia marcar 4 gols e se tornar o artilheiro do São Paulo no Paulistinha. Foi um começo bastante animador, que mostrou que o rapaz tem habilidade e potencial. Mas que ninguém se engane: o futebol apresentado não justifica tanta confiança.

Sinceramente, eu gostei mais da partida do São Paulo contra o Once Caldas (em que perdeu!) do que contra o Monte Azul, que ganhou de 5 a 1. Para a volta ao Paulistinha, o Tricolor entrou no seu já quase tradicional 4-4-2 manco, com Alex Silva fazendo a lateral-direita. O time era um mistão, com Rogério Ceni, Alex Silva, André Luis, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Ricky, Léo Lima e Hernanes; Dagoberto e Henrique.

O São Paulo abriu o placar logo aos 3 minutos, com um petardo de Léo Lima da intermediária que o goleiro aceitou. (Por sinal, esta foi a melhor partida de Léo Lima com a camisa do São Paulo até agora.) Estava aí sacramentada a perspectiva de uma vitória tranquila. Mas o primeiro tempo terminou com esse placar mínimo; o São Paulo até atacava, mas sem chances muito agudas, e o Monte Azul chegou a ter duas oportunidades claras de gol, evitadas graças à ação de Rogério Ceni.

No segundo tempo, entrou Fernandinho, que partiu para cima da defesa e fez as oportunidades se transformarem em gols. Mas, dos 4 gols, um foi frangaço (outro!) do goleiro e outro o atacante estava impedido. Já o Monte Azul, apesar de pouco fazer no jogo e realizar uma partida totalmente defensiva, chegou ao seu golzinho de honra, depois de uma cagada do Junior Cesar na defesa, que tentou dar um coice displicente na bola e deixou a bola chegar fácil para o atacante do time do interior marcar o seu.

Moral da história: o São Paulo entra no G-4, situação que precisa ser sedimentada nos próximos dois jogos: Oeste, quarta, em Araraquara, e Ponte Preta, domingo, em Campinas. Se fizer o que tem que fazer aí, pode ficar em situação mais tranquila para voltar suas atenções para a Libertadores.

Mas... e sempre tem um mas... o São Paulo precisa definir logo se vai querer o 4-4-2 (meu atual esquema favorito) ou o 3-5-2. Essa coisa do 4-4-2 manco, em que defende com 4 e ataca no 3-5-2, para mim não funciona. Mais confunde os jogadores do que dá segurança ao time. Qualquer definição é melhor que esse misto de esquemas (na minha opinião, claro).