domingo, 30 de maio de 2010

ZZZZZ... Guarani 0x0 São Paulo

Um verdadeiro festival de horror no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Guarani e São Paulo protagonizaram um dos jogos mais tediosos e chatos da história do futebol mundial nesse domingo em Campinas.

Quem não viu o jogo, não perdeu nada. O jogo contou com pouquíssimas finalizações, raros lances de chance de gol e uma enorme e vasta abundância de passes errados. Ah, tivemos poucos lances faltosos também.

Se é que tivemos um ponto positivo no jogo de hoje, acho que foi uma boa atuação de Marcelinho que substituiu nosso xerife Alex Silva (saiu com um corte profundo no supercílio).

De resto, todo o time foi apático. Uma pena que estejam com a cabeça nas semis da Libertadores nessa altura do campeonato, o time ainda precisa esquecer isso no momento.

Bem, nota zero pro jogo. Enfim, o saldo geral dos últimos jogos é bom, principalmente da defesa que mesmo atuando a maior parte do tempo com apenas dois zagueiros, continuou sem sofrer gols. (Coisa que contra o Guarani, não é lá grande mérito)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É nóis: SPFC 1x0 Porcaria

Antes de escrever minha opinião sobre o jogo, deixa eu só falar isto aqui:

ROOOOOOOGÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIIIOOOOOOOOOOOOOOO!

Ufa, pronto. Seguinte, galera. Mais uma partida no Morumbi que ameaçava ser um passeio no parque (vide jogo contra o Botafogo), mas foi ficando mais complicada e mais complicada ao longo dos 90 minutos, até virar um sufocão no final. Mas ganhamos, fizemos a terceira vitória seguida e vencemos nosso primeiro clássico no ano (sai, zica!). É isso que fica para a história.

O São Paulo enfrentou alguns desfalques. Rodrigo Souto, com dores, foi poupado. E Miranda, esbodegado, só volta após a Copa. Para seus lugares, Jean e Xandão. Té aí, beleza. O time começou dominando completamente a Porcaria. Foram uns 20 minutos em que os caras mal pegavam na bola. Mas faltou criatividade para transformar o domínio em gol -- diferentemente dos outros jogos do time titular, nesse as coisas não se encaixaram tão bem.

O Palmeiras foi equilibrando a partida e, no fim do primeiro tempo, já era até um pouquinho melhor. Pra ajudar, Marlos saiu contundido e deu lugar a Fernandinho.

Na segunda etapa, o jogo passou a ser bastante equilibrado. A Porcaria, com seu time horrível, tinha dificuldades para concluir na direção do gol, e quando o fazia parava na muralha Rogério Ceni. Já o São Paulo parecia com aquela alergia de chute a gol que tanto incomoda. Hernanes estava apagadíssimo, e Cicinho, a despeito do bom começo, morreu lá pelos 30 do primeiro tempo. Lado direito, portanto, inoperante, dependendo apenas das boas (mas infrutíferas) descidas de Dagoberto.

Foi numa descida de Ricky (que não foi tão bem como nos jogos anteriores) que a bola chegou a Fernandinho. Ele fez aquela tradicional jogada de linha de fundo, cruzando rente aos postes. Fernandão entrou pelo meio e marcou seu primeiro gol pelo São Paulo no Morumbi. E, com o 1 a 0, foi embora o pouquinho de vontade de jogar que o time tinha.

Ricardo Gomes trocou Dagoberto por Jorge Wagner, na tentativa de forçar o lado esquerdo, que estava melhor. Mas o resultado foi um recuo da equipe que chamou a Porcaria para cima. Ela e o juiz, que estava louquinho para mexer no placar.

Até tentou, ao marcar um pênalti inexistente para o Palmeiras aos 40 minutos do segundo tempo. Mas aí entra...

ROOOOOOOGÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIIIOOOOOOOOOOOOOOO!

Pegou, de forma espetacular (no canto, de mão trocada), e impediu o fatal gol de empate. O juiz ainda tentou um pouco mais, ao dar os acréscimos e depois adicionar mais um minuto, mas o São Paulo, mesmo sufocado, não sucumbiu. Uma nota de elogio para o goleiro Marcão, que quase fez um golaço ao ir para a área cabecear. Isso mesmo, Marcão, fica sempre no quase, que a gente pode admirar você sem se incomodar com alterações indesejadas no placar!

E foi isso. Jogando mal (se fosse Curíntia ou, Deus me livre, Santos, não daria para ganhar), o Tricolor perdeu a virgindade em clássicos nesta temporada e agora, espero, espantou de vez a última zica que pendia contra nossa equipe! Ufa.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A interminável novela da Copa 2014

Juca Kfouri cravou ontem: Piritubão (ou Piritubinha, já que só caberão 45 mil pessoas?) abrirá a Copa do Mundo no Brasil. Segundo ele, há um conluio entre a CBF e a prefeitura de São Paulo para viabilizar esse projeto, mesmo com capacidade bem aquém da exigida pela Fifa para a abertura.

Na boa, mas o que é isso? É a mesma coisa que vimos no Estadão, às vésperas de a Fifa aprovar o projeto do Morumbi. A CBF fica "plantando" notas na mídia para desestabilizar a tentativa hercúlea do São Paulo de, em 30 dias, fazer aparecer magicamente R$ 400 milhões em garantias para as obras do estádio.

Você, investidor: se lesse uma vez por semana que o Morumbi não vai abrir a Copa, teria coragem para gastar alguns milhões lá, correndo o risco de só fazer caridade ao São Paulo FC?

Pois é. Eu também não. Por isso, essas "notícias", mesmo que infundadas, têm uma tendência a se tornar realidade.

A postura do São Paulo até agora tem sido a de combatê-las e refutá-las. A mesma coisa vale para as instituições governamentais citadas nesses projetos alternativos. E é difícil saber em quem acreditar, até porque o Juca Kfouri jamais faria favor, mesmo que ingenuamente, a Ricardo Teixeira.

Eu confesso estar ficando de saco cheio dessa palhaçada. Em Curitiba, o Atlético Paranaense já declarou: se querem a Copa aqui, que descolem o dinheiro para as reformas do estádio. Nós não vamos mexer uma palha.

Em São Paulo, para combater interesses escusos, o Tricolor adotou postura diversa: se desdobrou para conseguir manter o Morumbi nos planos da Copa.

Eu acho o seguinte. O SPFC tem duas opções. Ou faz como o Atlético Paranaense e liga o "foda-se", ou enfia o pé na jaca logo de uma vez e coloca os direitos federativos de alguns de seus jogadores mais valiosos como garantia financeira para as obras.

Sinceramente, tendo mais a apoiar a primeira opção, embora me doa o coração ver gente construindo estádio para galináceos com o suado dinheiro dos meus impostos. E você, o que acha?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Inter 0x2 SPFC

Antes de mais nada, perdoem-me a demora para o post, mas estou trabalhando tanto por esses dias que não está dando tempo para mais nada. De toda forma, e com certo atraso, aqui vamos nós.

O São Paulo fez uma partida estratégica, domingo, contra o Inter no Beira-Rio e, com a estreia da equipe titular no Brasileirão, chegou à primeira vitória. O Tricolor colocou em campo a mesma equipe que bateu o Cruzeiro lá e cá pela Libertadores, mas perdeu Miranda, lesionado, ainda no primeiro tempo (o zagueirão só volta após a Copa, pelo que li hoje).

O jogo começou como xingamento de criança: bobo, feio e chato. Muito disputado no meio-campo, mas sem qualidade, levou quase 20 minutos para que um dos goleiros pegasse na bola. Quem mais trabalhou, dentre os dois, foi Rogério Ceni, com duas defesas sequenciais que não chegaram a ser milagrosas, mas mostraram toda a técnica do nosso goleiro. O principal trabalho de Pato Abbondanzieri foi buscar o frango. Lá no fundo do gol.

O tento inaugural do Tricolor saiu em jogada totalmente fortuita. Dagoberto sofreu falta na intermediária pelo lado esquerdo. Hernanes bateu e carimbou a barreira. A bola voltou para ele, que chutou de novo, de primeira. A bola passou entre os jogadores da barreira em processo de desmanche, mas não tocou em ninguém. Pato já saía para o outro lado e, quando tentou voltar, não houve tempo, apesar da baixa velocidade da bola. Saía o primeiro zero do placar.

Para a segunda etapa, o São Paulo voltou mais seguro de si e com a possibilidade de administrar o resultado favorável. Enquanto o Inter, em seu estilo frio e calculista (obra do técnico Jorge Fossatti), procurava os espaços, o Tricolor se preparou para o bote no contragolpe. Ele veio pela esquerda, em jogada de Dagoberto que fez belo passe na linha de fundo para Hernanes, correndo para ultrapassá-lo. O meia-volante cruzou para o meio da área e Fernandão fez seu primeiro gol com a camisa são-paulina, em pleno Beira-Rio.

O Inter ainda imprimiu certo sufuco, na tentativa de diminuir a diferença, mas a zaga se manteve firme e Rogério fez outras boas defesas, garantindo o placar final.

Pouco a pouco, o São Paulo volta a mostrar a consistência de temporadas passadas, com um diferencial importante: uma cabeça pensante no ataque. Novamente no 3-5-2 que consagrou esse time (com Ricky fazendo ótimas exibições como terceiro zagueiro), os torcedores nunca estiveram tão otimistas. E na hora certa.

Mas que ninguém tire essa partida como medida para o que será o confronto entre SPFC e Inter pela Libertadores. O jogo ainda está a dois meses de distância, a situação do treinador está turbulenta por lá (alguns diriam que por cá também), novos reforços devem chegar aos dois clubes e tem gente saindo também. Isso sem falar que é outra competição, com outro estilo.

De toda forma, o São Paulo mostrou que vem forte para mais um Brasileirão.

sábado, 22 de maio de 2010

Xodós da Imprensa são punidos no Santos

Nem bem completaram 5 meses de fama, os pupilos da imprensa esportiva já foram punidos pelo Santos por chegarem atrasados á concentração em véspera de partida que seria disputada no próximo sábado pelo Campeonato Brasileiro. (Rumores falam em alto teor de álcool e chegada ás 3hs da manhã)

Neymar, Ganso, André e Mádson foram punidos pelo clube e afastados do jogo.

Curioso né? Ninguém da imprensa falou que dois deles eram clamados a plenos pulmões pelos jornais, revistas e crônica esportiva como se fossem deuses inocentes.

E agora, onde estão as pessoas pra dizer que o Dunga é um idiota, lunático.. etc?

Indisciplinados não merecem lugar na seleção, ainda mais os não testados. A garotada tá se deslumbrando demais, e cada dia que passa, tenho mais convicção que o Dunga estava certo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Podcast: SPFC 2x0 Cruzeiro

A nova edição do Podcast ISP aborda a bela vitória do Tricolor (2 a 0 no Morumbi, 4 a 0 no agregado) sobre o Cruzeiro e as perspectivas para uma tensa semifinal de Libertadores contra o Internacional, algoz de 2006 e time que deu celebridade a nosso mais novo candidato a ídolo, Fernandão.

Ouça no player abaixo ou clique aqui para baixar o MP3.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Nós demos a festa, e eles fizeram o show! São Paulo 2x0 Cruzeiro!

Após a rodada, será gravado hoje o podcast do jogo de ontem, já projetando as semifinais.

Enquanto isso, você fica com um aperitivo da festa de ontem, e as belas imagens captadas pela equipe de comunicação do SPFC.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Morumbi, a Copa e uma chance rara

Como jornalista de ciência, eu poucas vezes tive a chance de misturar o meu trabalho com minha paixão pelo futebol. Uma das raras exceções acabou de acontecer, e gostaria de divulgar aos quatro ventos.

No momento sou editor de uma revista de ciência chamada Conhecer, versão brasileira de uma publicação da BBC britânica. Estamos sempre buscando conteúdos nacionais para reforçar o conteúdo, já muito qualificado, da publicação. Então, mensalmente temos pelo menos alguma coisinha de Brasil.


Aproveitando o gancho da Copa do Mundo, fiz uma reportagem de oito páginas sobre a saga do Morumbi como potencial palco da abertura do Mundial de 2014. Ele fala das dificuldades de adaptação do estádio às exigências da Fifa, os problemas políticos que envolvem a definição das sedes dos jogos e, talvez mais legal, a grande história da construção do Morumbi. De quebra, um quadro bacana com as outras sedes escolhidas para a Copa de 2014.

Enfim, foi muito legal fazer a matéria e espero que você tenha a chance de ler. Caso tropece com a revista na banca, compre! Assim também ajuda um jornalista de ciência, espécie em extinção no Brasil! E me diga o que achou, claro!

Aliás, se quiser mandar uma carta para a revista comentando, escreva para este e-mail. A única carta até agora recebida foi para cornetar a matéria, então seria bacana ter algum feedback que não fosse de corintiano. :-P

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cabeça em outro lugar: São Paulo 1x2 Botafogo

É inegável que a cabeça do time e do torcedor do SPFC está na próxima quarta-feira no duelo com o Cruzeiro, mas isso ainda assim não justifica a péssima exibição do time "reserva" com o Botafogo no Morumbi.

Independentemente das atuações ruins de b ou c, mais uma vez o treinador "mexeu" mal na equipe e deixou o time sem equilíbrio tático, daí tomou a virada na segunda etapa. Não valeu nada ter saído na frente.

Enfim, acho que como qualquer são paulino, ninguém está realmente pensando nessa derrota. A única lição que eu acho que fica, é que "parece bom" o SPFC ter dois times para disputar duas competições, mas só parece.

O time reserva do SPFC custa caro e não rende o esperado, não ganhou nem do Mirassol. Quando poupa, é sinal de empate ou derrota. Se é pra isso, prefiro colocar a molecada para revelar alguém para o time "principal". Pelo menos faz bom uso do jogo. Sem contar que depois é aquele sufoco pra recuperar no Brasileirão... que tal pelo menos começar mediano?

Mesmo estando melhor do que antes, o time reserva do SPFC só fracassou, não me lembro de nenhuma vitória surpreendente ou "esperada", é sempre derrota ou empate que quase perde. Paciência.

Quarta estaremos com o time da fé no Morumbi. Rumo ao Tetra!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Podcast: Cruzeiro 0x2 SPFC

O novo Podcast ISP aborda a gloriosa vitória sobre o Cruzeiro em pleno Mineirão. Os 2 a 0 lá colocam o São Paulo em ótima posição para decidir a vaga às semifinais da Libertadores no Morumbi. Ouça o debate no player abaixo, ou baixe o arquivo em MP3 clicando aqui.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A lista de Schindler... ou melhor, de Dunga!

Pois é pessoal, hoje foi um dia especial para quem espera tanto por uma Copa do Mundo.

Foram divulgados os nomes dos atletas que estarão na África do Sul na busca pelo HEXA para o Brasil.

Pela primeira vez, desde 1950, o SPFC não fornece nenhum jogador para a seleção brasileira em Copa do Mundo. Injustiça? Não, crise técnica mesmo. O São Paulo não vive um grande momento e na minha modesta opinião não possui selecionáveis, tirando Rogério Ceni que já está com idade avançada, claro.

Muitos não gostam do técnico Dunga, mas eu não estou nesse grupo. Sua coletiva foi o reflexo total do resgate da Seleção Brasileira e de contar com o prazer de se doar para ela. Isso de fato, foi resgatado. A amarelinha andava meio mal tratada, tinha virado objeto de negócios e merchandising para atletas. Cada dia mais, as pessoas em nosso país tinham menos apreço pela amarelinha.

Acho que ele tirou os "chinelinhos" sim, fez uma limpa dos jogadores descomprometidos e embora possa ter sacrificado talentos, formou um time de guerreiros e com solidez regular. Aliás, vem realizando uma campanha onde "ganhou tudo" que passou pelo caminho.

O primeiro destaque mico do dia vai para Cícero Mello, repórter da ESPN Brasil que foi extremamente mal educado com o técnico da Seleção, e apareceu visivelmente nervoso "tremendo" na transmissão da emissora. Comparou não levar Neymar e Ganso, a se não tivéssemos colocado Pelé na Copa de 1958. Realmente, estou novamente com o técnico, ridículo. Por mais talento que tenham os meninos do Santos, é presumir algo absurdo. Eu acho fácil demais pra quem fica aqui atirando pedras e falando "faz isso, faz aquilo".

É como o caso Ronaldinho Gaúcho, ele continuou não jogando nada pelo Milan, foi criticado por seu futebol inefetivo já faz muito tempo e execrado pelo desrespeito de atender celular no pódio de uma Olimpíada. Como é que tem gente que defende esse cara? Tem a cara de pau de falar que ele está bem, quando é nítido que além de continuar o mesmo, não tem comprometimento nem com time que paga seu salário.

O segundo absurdo do dia vai para Paulo Vinícius Coelho, o comentarista matemático da ESPN Brasil, que parece muito com o personagem Cascão da Turma da Mônica, figuraça! Quando Felipe Melo entrou ao vivo para dar entrevista á emissora, o jornalista foi deselegante lhe perguntando como era ser convocado em sua pior temporada.

Segue diálogo:

PVC: "É um consenso que você fez uma temporada ruim na Itália. Por que devemos acreditar que o seu desempenho na Copa será diferente?"

F.MELO: "Desculpe, mas voce ja viu os números? Mas sem minha presença, a Juventus perdeu 5 em 6 jogos. Você acompanha o Campeonato Italiano?"

PVC: "Vi. E com você o time o time fez a pior campanha nos últimos 40 anos. Nós transmitimos o Italiano toda semana, e é unânime que você não fez uma boa temporada."

F.MELO: "Você tá se deixando levar por uma brincadeira de rádio."

PVC: "Não. Nós transmitimos o Campeonato Italiano, e sua temporada não é boa, independente de brincadeira de rádio ou não."

F.MELO: "(repetiu tudo de novo). Você é jornalista?"

PVC: "E você é jogador? Eu sou jornalista."

Independente de Felipe Melo estar mal ou bem, não é papel do jornalista "acusar" o jogador dessa maneira, ainda mais em seu momento festivo. E olha que eu não gosto do Felipe Melo ein? Nem como jogador, nem como pessoa. Acho o mais "estrelinha" dos convocados. Mas novamente, vou ter que descer o sarrafo na ESPN Brasil.

Por fim, a lista contou com apenas uma grande surpresa: Grafite, ex tricolor. Eu não o teria levado, mas entendo a escolha por conta do Adriano ter sido cortado pelos motivos extra-campo. E isso ficou bem claro.

É isso aí, rumo ao HEXA Brasil!

Abaixo a lista dos convocados:

GOLEIROS: Julio César (Inter de Milão), Gomes (Tottenham), Doni (Roma)
LATERAIS: Maicon (Inter de Milão), Daniel Alves (Barcelona), Michel Bastos (Lyon), Gilberto (Cruzeiro)
ZAGUEIROS: Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica), Thiago Silva (Milan)
MEIO-CAMPISTAS: Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Ramires (Benfica), Elano (Galatasaray), Kaká (Real Madrid), Josué (Wolfsburg), Julio Baptista (Roma), Kleberson (Flamengo)
ATACANTES: Robinho (Santos), Luis Fabiano (Sevilla), Nilmar (Villarreal), Grafite (Wolfsburg)

RESERVAS (Caso alguém se machuque.)
Alex (Chelsea - zagueiro), Carlos Eduardo (Hoffenheim - meia), Ronaldinho Gaúcho (Milan - atacante), Sandro (Internacional - meia), Ganso (Santos - meia), Marcelo (Real Madrid - lateral) e Diego Tardelli (Atlético-MG - atacante)

domingo, 9 de maio de 2010

Flamengo 1x1 SPFC

Uma estreia melancólica de Brasileirão, com dois times usando equipes reservas, foi a tônica da partida entre Flamengo e São Paulo, no Maracanã. Não que o jogo tenha sido ruim ou poucas chances de gol tenham sido criadas, mas um comprometimento desse nível com o jogo evidentemente esfria também a torcida e a expectativa. Ainda mais com as quartas de final da Libertadores logo ali, na esquina.

Ricardo Gomes mandou um time com apenas uns poucos titulares (Rogério Ceni, Miranda e Ricky) e alguns candidatos a titular (Washington e Junior Cesar). Os demais, ao menos nas atuais circunstâncias, apenas compõem elenco. O time foi no tradicional 4-4-2, com Rogério Ceni, Wellington, Xandão, Miranda e Junior Cesar; Richarlyson, Jean, Cleber Santana e Léo Lima, Marcelinho Paraíba e Washington.

A equipe começou dominando a partida e criando as melhores chances de gol. Aos poucos, o Flamengo começou a equilibrar e, jogando no contragolpe, também teve chances de chegar. Mas foi num belo insight de Ricky (sim, Ricky!), que testou com força e colocou Marcelinho, em projeção, dentro da área para cruzar para Washington, que teve só o trabalho de empurrar. O centroavante literalmente agradeceu a assistência e saiu para comemorar a abertura do placar.

No segundo tempo, o Flamengo veio mais organizado e começou a se alternar com o São Paulo no comando da partida. Ainda assim, o gol de empate saiu num lance de contragolpe. Lançamento longo pega Dênis Marques livre para tocar na saída de Rogério. Falha de Miranda que não acompanhou o atacante rubro-negro.

A partir daí, o jogo foi bem igual. Cada equipe teve mais uma grande chance de gol (a do São Paulo foi perdida por Washington, que tirou do goleiro e acabou tirando do gol também, num chute da linha da pequena área), mas o placar se manteve inalterado.

Final de jogo: um resultado razoável para o São Paulo (que empatou fora com o Flamengo) e pouco menos que isso, mas não muito, para os mandantes, que também pouco se dedicaram à partida e possuem elenco menos numeroso e mais limitado que o nosso.

Claro, há os torcedores que querem apedrejar Ricardo Gomes por suas invencionices, entre elas essa alternância entre equipes. Mas eu, sinceramente, gosto desse estilo, e gosto de pensar que, jogando bem ou mal, estamos cada vez mais próximos de ter duas equipes entrosadas para disputar várias competições simultâneas.

E há de se ressaltar o desempenho de alguns jogadores. Ricky foi muito bem (com a ressalva de que estava na posição "certa", como volante), assim como Jean (sobretudo no primeiro tempo). Wellington também foi muito bem, sobretudo se levarmos em conta que jogou improvisado na lateral direita. Washington fez o que sempre faz: marcou e perdeu gols. E os demais tiveram seus bons e maus momentos, mas nada muito digno de nota.

sábado, 8 de maio de 2010

Uma passadinha no Rio, e a hora da verdade.

Com clima ou sem, começa nesse final de semana o Campeonato Brasileiro de 2010. Sim, eu sei são paulino que nenhum de nós está nem aí pra isso nessa "altura" do campeonato, o foco é todo na próxima quarta.

De toda forma, enfrentaremos nossos "amigos" do Flamengo que estarão com moral elevado após vencerem seu inexpressivo e sem tradição adversário na Copa Libertadores.

Bom, quanto a esse jogo, você sabem... lá vai o "mistão". Como de costume não tenho ideia da escalação do nosso Gargamel, mas tenho quase certeza que ele vai escalar errado, porque se o titular ele não consegue, que dirá o reserva.

O que interessa:

A maioria dos torcedores do São Paulo estão com o emocional ligeiramente preparado para uma eliminação nas quartas de final na Copa Libertadores, o fantasma cruzeirense e ser a mãe dos brasileiros tem sido a sina do SPFC nos últimos anos. Ainda mais com o adversário atropelando o Nacional, enquanto nós passamos pelo Universitário de forma melancólica.

Bem, foram 38 jogos do Brasileiro + 8 jogos da Libertadores para chegarmos onde estamos hoje, são 6 jogos para a "glória maior". No passar dos 46 jogos somados, com até elencos diferentes, estivemos oscilando entre bem e mal durante boa parte do tempo, exceto a arrancada no Brasileirão. Aliás, único mérito da "era Ricardo Gomes".

Nosso adversário é praticamente o mesmo: jogadores, clima, técnico, etc. E nós? Estamos com menos moral, menos imagem de campeão de outrora, técnico hostilizado e com jogadores procurando lugar ao "sol" no próprio clube ou fora dele.

São 180 minutos em que poderemos voltar ao clima de eliminação e o sonho distante novamente, ou... nos tornaremos "favoritos" a conquista da América, até porque acredito que estamos enfrentando o melhor time da competição.

Os times se equivalem tecnicamente, taticamente não preciso nem citar né? Já sabemos que não é o forte do nosso técnico e o conjunto entrosado cruzeirense deve levar vantagem. Nos resta a força, garra, catimba e o sangue nos olhos de revanche para levar essa vaga.

Nosso jogo é o do Mineirão, um bom resultado por lá dará uma afirmação ao SPFC e mostrará que o Cruzeiro continua frágil como o que foi na final contra o Estudiantes.

Espero que a comissão técnica assista ao VT dos jogos do Cruzeiro contra Nacional, Vélez e Colo-Colo no Mineirão. A receita de só "se defender" não vai funcionar, pode apenas resultar em definição do confronto com goleada do adversário. Acorda ein Gargamel!

A todos no São Paulo e aos torcedores: é a nossa hora. São dois jogos em que passaremos de "limitados" para "favoritíssimos", é a nossa chance.

A busca do Tetra chegou ao seu ponto crucial. São Paulino, faça sua parte.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

SPFC nas quartas da Libertadores.
E o Curíntia? Só no Playstation-tion-tion...

Aí está mais uma edição do podcast da Imprensa São-Paulina. Discutimos o desempenho do time, as perspectivas para o próximo confronto, contra o Cruzeiro, e, claro, a vitória sabor eliminação do Curíntia contra o Flamengo no Pacaembu.

Uma hora e pouco de conversa, que você ouve no player abaixo, ou baixa clicando aqui.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estamos nas quartas, mas o que foi isso?
SPFC 0x0 Universitario (3x1 nos pênaltis)

Tá cada vez mais difícil analisar esse time do São Paulo. Mais uma vez, a despeito das fortes emoções, tentarei ser imparcial e racional. Vamos lá.

Ricardo Gomes optou por aquela formação ofensiva teimosa que não tem dado resultado, sem o homem de referência e com dois atacantes de movimentação. O time foi a campo com Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Hernanes, Jorge Wagner e Marlos; Dagoberto e Fernandinho.

A equipe começou pressionando e teve nos primeiros minutos duas boas chances, interceptadas pelo bom goleiro peruano. O Universitario, claramente, veio ao Morumbi para se defender e segurar o 0 a 0, para buscar a decisão nos pênaltis. O São Paulo sabia que precisava do gol, manteve o controle absoluto da partida na etapa inicial, mas o gol não saiu. O lance mais perigoso foi em cobrança de escanteio, que Alex Silva cabeceou no travessão.

Do outro lado do campo, Rogério Ceni só assistia. Ao São Paulo, faltava opção aérea, uma vez que Dagoberto (o homem mais centralizado do ataque) não tem poder algum pelo alto. Quando alçada na área adversária, a bola era sempre rechaçada. Além disso, o atacante, acostumado a recuar, não fazia o tradicional papel de pivô, segurando os zagueiros adversários e oferecendo opções para a tabela.

Terminou o primeiro tempo assim.

Para a segunda etapa, Ricardo Gomes promoveu uma alteração radical: tirou Jorge Wagner e colocou Washington. O time, para todos os efeitos práticos, adotou uma tática que há muito tempo não se vê no futebol: o 4-2-4. Era até bizarro ver as duas linhas de 4, ofensiva e defensiva, com dois pobres coitados (Hernanes e Rodrigo Souto) tentando marcar no meio.

O time ficou ainda mais veloz e agressivo, mas perdeu completamente o meio-campo. Se o Universitario estivesse disposto a encontrar o gol da vitória, não teria tido grandes dificuldades. Ainda assim, a equipe peruana se manteve fiel ao objetivo de segurar o empate sem gols e levar para as penalidades.

Não era interessante para o São Paulo. A equipe correu bastante, de forma bastante aguerrida, e até criou as chances de gol. Nem uma, nem duas, mas algumas. Marlos perdeu a mais clara, carimbando na trave, sem goleiro. Dagoberto quase fez o dele, passando a um triz de uma bola cruzada por Washington. O centroavante também perdeu o dele, e o goleiro peruano fez pelo menos duas defesas importantes.

Nos contragolpes, a defesa ficava cada vez mais exposta. Se tomasse um gol, adeus Libertadores. Mas não tomou, apesar do cansaço cada vez mais aparente de Cicinho, que saiu para dar lugar a Jean.

Ao final, quando viu que a coisa ia mesmo para os pênaltis, Ricardo Gomes colocou Marcelinho Paraíba. Contrariado, mas obediente, o atacante entrou, quase fez um gol num chute de longa distância, e fez o seu nas penalidades.

Mas o herói dos pênaltis foi Rogério Ceni. Após perder o dele, defendeu dois e contou com um chute para fora, dando ao São Paulo a chance de permanecer no torneio. Placar final das penalidades: 3 a 1 para nós. Além de Marcelinho, Hernanes e Dagoberto converteram. Washington nem chegou a bater.

Passamos. Zera tudo, vamos para a próxima batalha.

Mas não dá para achar algumas coisas legais.

1. Ricardo Gomes tem que parar de inventar moda e colocar o Washington desde o início. Na primeira vez que ele inventou, achei até que podia dar certo. Mas não deu. Não é mais hora de experimentar. Há sabedoria em ser convencional, às vezes. É o caso. Põe o pilulão lá e vamos em frente.

2. Em certo momento do jogo, mesmo com o time mais ofensivo e perto do gol da vitória, gelei com a estratégia de jogo. Jogar no 4-2-4, nem em videogame. Foi temerário, e se o Universitario não fosse o Universitario, estaríamos agora chorando mais uma eliminação.

3. O problema não foi de falta de raça. Foi de falta de qualidade mesmo. Faltou o gol, e a bola teimou em não entrar. Esperemos que seja a última vez.

4. A lateral esquerda segue sendo um problema: Junior Cesar foi bem mal. Concordo com a maioria dos torcedores: Ricky improvisado na posição não é solução. Mas o Jr. Cesar também tá osso duro de roer. Quem sabe Carleto ou Diogo? O jogo contra o Flamengo, domingo, é bom momento para tentar um deles.

5. Alex Silva eterno. É o cara. Puta espírito de Libertadores, de novo. Falta contagiar o resto do time.

6. Rogério Ceni, o melhor goleiro do Brasil, mas nem de longe o melhor batedor de pênalti. Difícil discutir. Ele bateu quatro na temporada: perdeu três e converteu um. Alguma coisa está errada. Salvou a pátria hoje, mas, se não tivesse pego os pênaltis, poderia ter sido o algoz do time. Goleiro tem que, antes de mais nada, pegar as bolas. Talvez seja mesmo a hora de repensar a função dele como primeiro cobrador de penalidades.

7. O que fazer com Ricardo Gomes? Quase caímos fora diante do inexpressivo time peruano. A equipe vem mal a temporada inteira. E o treinador tem se perdido nas escalações e substituições. Como defendê-lo a essa altura? Sou contra demitir agora, mas se cair fora da Libertadores antes da Copa, acho que é hora de trocar de técnico.