Valeu, moçada!

Se eu disser que não estou puto, é mentira. Estou puto. Fiquei puto de ver o Tricolorzinho, mais uma vez, dominar seu adversário e então recuar, esperando o fim de jogo, depois de atingir vantagem mínima no marcador. Por mais que a moçada estivesse cansada (a reta final da Copa SP é uma tremenda maratona), isso não pode acontecer.

Aconteceu contra o Inter-RS e passamos nos pênaltis. E aconteceu de novo, agora contra o Patético-PR. E desta vez foi um pênalti que nos deixou de fora da decisão.

O São Paulo começou bem. Criou mais oportunidades, fez lances em alta velocidade no ataque e fechou o primeiro tempo com 1 a 0 no marcador, mais um gol do zagueiro-artilheiro Bruno Uvini.

Veio o segundo tempo, e a vontade de segurar o placar (como se ninguém tivesse visto o último jogo do Patético, que venceu aos 46 do segundo tempo, por 5 a 4, o Cruzeiro). E aí só deu Patético. Um gol anulado, por impedimento, adiou o empate -- mas sinalizou que ele estava por vir. E veio. Com um pênalti cometido por Jackson. 1 a 1.

O São Paulo dá a saída e o Patético toma a bola. Avança pelo ataque, faz uma jogada de linha de fundo. A bola parecia que ia sair, a defesa desencanou. Mas o jogador pateticano não desistiu e conseguiu cruzar. A defesa, mais uma vez, toda mal posicionada. Outro jogador pateticano recebeu o cruzamento, matou e mandou pra rede. Em dois minutos, o Patético virava para 2 a 1.

Aí -- e só aí -- saímos para o ataque. Tínhamos mais de 20 minutos para buscar o empate. E ele quase veio, depois de Roni perder um gol imperdível e Henrique perder outro, para depois sofrer um pênalti, aos 47 do segundo tempo. Oscar foi bater e, a exemplo do que aconteceu contra o mesmo Patético-PR na Sul-Americana, desperdiçou a chance.

Não havia tempo para mais nada, e o Patético passava à final da Copinha, para pegar as frangas -- mais um motivo para emputecimento, portanto.

É isso aí. Não gostei do jogo, não gostei do resultado, mas não vou descontar na moçada. Eles fizeram o melhor que podiam, e muitos têm um futuro promissor como profissionais. É isso aí, galera. Vejo vocês no time de cima. E prometo que, quando vocês estiverem lá, eu serei beeem menos misericordioso.

Resta agora "só" acompanhar o tricampeão brasileiro. Vamo que vamo.