Quem visita este blog desde o início sabe que eu não sou muito chegado em futebol junior. Mas esta Copa São Paulo, que começou hoje, tem um interesse especial para mim: seria a primeira para um grupo de garotos formados em Cotia que é tida como a melhor safra do Tricolor nos últimos anos -- foi até campeã do mundo, na categoria sub-17. É de lá que saiu o já famoso, mas ainda por justificar a fama, Oscar.
Ele estava em campo hoje, mas não foi a única atração da partida, realizada num gramado encharcado -- daqueles que dá vergonha de defender o futebol brasileiro quando se vai ao exterior -- em Rio Claro.
A estréia na Copinha foi contra o fraco Ceará, que nada pôde contra o São Paulo. Nosso goleiro Leonardo nem disse a que veio, tão pouco acionado que foi. Em compensação, o resto do time agradou, e muito.
O centroavante Henrique já aparece como grande destaque. Trombador, mas com técnica, ele marcou dois, na vitória por 5 a 0. Oscar, apesar de o campo não ajudar, chegou a demonstrar um pouco de seu talento e visão de jogo, com passes preciosos. Ah, ele fez um dos gols também.
Entre os velhos conhecidos, que já figuraram em escalações do São Paulo principal ou mesmo dos juniores, está Bruno Formigoni. Como capitão do time, o volante deu segurança à zaga e soube sair bem para o jogo. E me agradou também Maycon, lateral-direito de velocidade e descidas perigosas.
Mas o que mais me impressionou mesmo foi a vontade e a disciplina tática desta equipe. Confesso que uma das coisas que mais me irritava nos discursos do técnico Vizolli em edições anteriores da Copinha era a idéia de que o São Paulo "não entrava para ganhar o torneio, mas para revelar jogadores para o time principal". Legal, todo mundo sabe disso. Mas não dá para entrar em campo sem pensar em ganhar, certo?
Pois bem. O time deste ano entrou com uma vontade que nada ficou a dever aos profissionais. Marcação pressão no campo do adversário durante os 90 minutos, a disciplina tática e determinação da equipe resultou num básico, e agradabilíssimo, ataque-contra-defesa. E os 5 a 0 poderiam até ter sido uns oito, porque vários gols feitos foram perdidos durante o jogo.
Com esta postura, fica claro que desta vez o São Paulo entra mesmo como favorito no torneio. E claro que isso também facilitará a missão principal, que é revelar jogadores para o time de cima.
Com tantas competições simultâneas e a política "sem loucuras" da diretoria, o bom desempenho dos meninos vem bem a calhar.
P.S.: O São Paulo entrou hoje com a tal "camisa limpa", sem patrocínio. Bonita, mas as faixas deveriam estar mais para cima. O detalhe é que o Tricolor realmente perdeu a paciência com a LG. O que todo mundo tá reportando é que já havia um acerto de renovação de R$ 18 milhões por um ano, mas quando chegou a hora de fechar a LG apareceu com um contrato de R$ 16 milhões (mesmo valor atual), por três anos. Aí o tempo fechou. Juvenal Juvêncio mandou a empresa passear e bateu o martelo: começamos o ano sem patrocínio principal.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário