quinta-feira, 8 de maio de 2008

O dia depois de amanhã

Hoje à noite se definem os dois últimos classificados para as quartas-de-final da Libertadores. Mesmo correndo o risco de errar (de um lado apostando que a zebra já fez todo o seu serviço nas oitavas-de-final -- e, se bobear, no campeonato inteiro --, e de outro reconhecendo que os jogos que restam ainda não estão definidos), ousaria dizer que teremos na próxima fase do torneio os seguintes confrontos:

Fluminense x São Paulo
Atlas x Boca Juniors
River Plate* x LDU
América x Santos*


* estas equipes ainda terão de bater, respectivamente, San Lorenzo e Cúcuta para avançar.

Como quem não quer nada, já estamos entre os "oito mais", e agora temos a parada duríssima com o Fluminense, tendo de jogar o segundo jogo no Maracanã.

O que a imprensa anda dizendo por aí é verdade -- não é fácil apontar favoritismo nesse confronto. O Flu não tem história na Libertadores, mas seu comandante, Renato Gaúcho, tem de sobra. Isso basta? Não sei, não. Pelo que vi do confronto entre Fluminense e Atlético Nacional, não senti firmeza. No jogo de volta, já amparado pela vantagem de ter vencido fora de casa, o Flu pareceu nervoso, ansioso, e seus jogadores, ainda inexperientes em partidas decisivas pelo torneio continental, não mostraram a presença requerida para um time vencedor.

Ainda assim, é inegável que, se o time não sentir a pressão, tem tudo para vencer. O elenco é mais equilibrado (forte nos três setores) e com jogadores de grande qualidade. Parece também uma equipe mais entrosada, enquanto o São Paulo ainda tateia em busca de seu melhor padrão tático.

Por outro lado, o Tricolor do Morumbi é um time copeiro e está encarando a competição com a raça e a humildade exigidas. Pensando em um adversário de cada vez, considerando cada partida como se fosse a última e, vagarosamente, aprimorando seu sistema defensivo, que já parece quase tão sólido quanto no ano passado. Se não calçar os saltos altos após a vitória contra o Nacional (e acho difícil que calce, com o Flamengo aí de lição palpável), vai ser um osso duro de roer.

Não me arrisco a dar palpite, até para não secar. E, como disse bem o Muricy, antes de mais nada temos o Grêmio, na estréia no Campeonato Brasileiro. Mas o fato é que, se antes o São Paulo precisava melhorar muito para avançar na Libertadores, agora já está quase num ponto em que basta não voltar a piorar para se mostrar digno de disputar a competição em suas fases finais.

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