sábado, 10 de maio de 2008

Alex Silva de centroavante?

SPFC 0x1 Grêmio
10.mai.2008, 18h10
Brasileirão 2008
Público pagante: 7.929


Eu mal pude acreditar em meus olhos quando notei, lá pelos 35 do segundo tempo, que Alex Silva estava fazendo as vezes de centroavante no São Paulo. Note bem, não era que ele estivesse ocasionalmente se lançando ao ataque; em vez disso, ele estava fixo na frente, curtindo uma de Aloísio ou Adriano.

O movimento mostra o tamanho da dificuldade que o Tricolor do Morumbi tinha para chegar ao gol do Grêmio. A equipe gaúcha, por sua vez, também não teve grandes chances para marcar -- mas, quando teve, numa bola parada, acertou, no comecinho da segunda etapa. (Aliás, falta meio esquisita a que deu origem ao cruzamento do gol.)

O engraçado é que foi só neste momento que o São Paulo acordou para o jogo e decidiu tentar agredir o adversário. Até então, parecia ser apenas um esforço para empatar a partida -- como se isso fosse bom resultado, jogando em casa.

É evidente que o time estava com a cabeça na Libertadores. Aliás, não só o time; foi bizarro ver longas filas de torcedores nas bilheterias, não para ver o jogo do dia, mas para adquirir entradas para a partida de quarta-feira, contra o Fluminense. Bizarro, mas totalmente compreensível.

Muricy optou por um time semi-misto na saída, com Rogério Ceni, Zé Luís, Miranda e Alex Silva; Jancarlos, Richarlyson, Fábio Santos, Éder Luís e Junior; Dagoberto e Borges. No intervalo sacou Éder Luís (de novo mal no jogo) e colocou Hernanes -- até então poupado.

Depois de tomar o gol, resolveu colocar em campo Sérgio Mota (que, na minha opinião, deveria ter saído jogando), em lugar de Junior. Aliás, o lateral veterano deu pinta de total insatisfação pela substituição. E aí fez um papelão: mesmo com o time perdendo, saiu andando de campo, sem pressa. Vergonha, Junior!

Nos dez minutos finais, o Tricolor fez de tudo para empatar -- exceto jogar com alguma consciência. Era um tal de dar bico para a frente, na esperança de que alguém se resolvesse com a bola por lá. Não deu. E o resultado foi justo. O São Paulo sentiu muita falta de Adriano (a referência no ataque) e mostrou muito pouca convicção, sobretudo no primeiro tempo, para produzir algum lance mais agudo de perigo.

Ficou claro que não dá para disputar o Brasileiro com a cabeça em outro lugar. Ou joga sério, ou leva fumo, mesmo nas partidas menos complicadas. Partida feia, que deixa o São Paulo em situação ruim na primeira rodada da competição.

Agora, o negócio é esquecer o último jogo e centrar foco nas quartas-de-final do torneio continental -- até agora, foram 25 mil ingressos vendidos. Reforços? Nada de novo no horizonte, exceto um detalhe estranho na partida de hoje: Dagoberto, que na Libertadores estava com a camisa 11, hoje voltou a jogar com a 25. Quem será o 11 do Tricolor no Brasileiro? Tenho um nome na cabeça (não é preferência minha, é palpite mesmo), mas nem tenho coragem de dizer...

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