quinta-feira, 15 de maio de 2008

Fim do primeiro tempo. É nóis!

SPFC 1x0 Fluminense
15.mai.2008, 21h50
Libertadores 2008
Público pagante: 61.693


Como todo mundo esperava, foi uma grande partida. E o São Paulo jogou muito -- sobretudo no primeiro tempo, em que a equipe do Fluminense mais foi uma atônita espectadora das rápidas trocas de passe do ataque são-paulino do que um adversário. No comecinho, Adriano chutou a gol da entrada da área, e o goleiro Fernando Henrique quase aceitou. Poucos minutos depois, cruzamento na área, a bola é resvalada pelo ataque tricolor e sobra para Alex Silva Miranda empurrar para o gol. O bandeirinha deu impedimento, mas o começo do jogo já dava o tom de como o São Paulo iria jogar. E a blitz continuou, até o goleiro sempre amigo Fernando Henrique espalmar uma bola para o meio da área, que Adriano empurrou com gentileza para o fundo do gol. 1x0 para nós, e a expectativa de um jogo que definisse a parada.

Só que, para executar esse massacre, o São Paulo correu demais. Marcou forte, impediu os avanços do Flu e saiu com velocidade para o ataque. Ainda teve outras chances, no primeiro tempo, de marcar. A mais clara delas, com Dagoberto, que recebeu assistência açucarada de Adriano e bateu firme para o gol -- mas um zagueiro do Fluminense se atirou à frente da bola e impediu o segundo tento são-paulino.

Com isso, o primeiro tempo ficou no 1x0, e o São Paulo era total senhor das ações.

Mas veio o início da segunda etapa e, com ela, ficou claro que a equipe não teria como correr no mesmo ritmo os 45 minutos finais. De posse de uma vitória apertada, mas sem sofrer gols fora de casa, o São Paulo -- ainda melhor -- foi diminuindo o ritmo. Permitiu até que o Fluminense tivesse mais posse de bola e tentasse investir contra a meta de Rogério Ceni. Mas a equipe carioca não queria se expor a um potencial contragolpe e pouco fez para tentar igualar o marcador. No fim, as duas equipes saíram satisfeitas com o resultado. O Flu, porque o placar podia ter sido mais elástico contra si e não foi; o São Paulo, porque não tomou gols em casa e fez uma excelente atuação, com espírito de Libertadores.

Muricy fez uma surpresa na escalação, trazendo Fábio Santos para o jogo. Jorge Wagner, embora relacionado, não tinha condições e nem ficou no banco. O São Paulo foi a campo num 3-5-2, com Rogério Ceni, Zé Luis, Alex Silva e Miranda; Jancarlos, Fábio Santos, Hernanes, Hugo e Richarlyson; Dagoberto e Adriano. (Escalação que foi surpresa para quase todo mundo, menos Rica Perrone, da Estação Tricolor, que matou a charada direitinho antes do jogo.) Tivemos desempenho excelente de praticamente todos eles, mas com destaque especial para Fábio Santos, Hugo e Adriano -- três dos "renegados" tricolores.

E agora?

Agora acabou o "primeiro tempo" da decisão. O segundo tempo será o jogo no Maracanã, na quarta que vem. A classificação continua tão indefinida quanto antes, mas o jogo de ida mostrou exatamente aquilo que já se cantarolava -- a inexperiência e o nervosismo da equipe carioca podem jogar em nosso favor.

Na partida de volta, o maior inimigo do Fluminense será, pelo menos no começo, o relógio. O São Paulo terá de ter atitude de campeão para passar. Isso inclui:

(1) Não jogar recuado, pensando unicamente em não tomar gol.
(2) Valorizar a posse de bola e impedir jogadas de balão para frente.
(3) Estar focado no objetivo de marcar um gol, mas sem desespero.
(4) Apresentar a mesma raça e concentração que teve no Morumbi.

Com essa receita, será difícil não classificarmos. Mas, claro, é muito mais fácil falar do que fazer. Como sempre, eu acredito.

UM SHOW À PARTE. A torcida finalmente entrou no espírito da Libertadores e se transformou. Apoiou o tempo todo, vibrou com a equipe e empurrou o São Paulo para cima do Fluminense. É o que vai nos fazer mais falta no Maracanã.

E um novo grito, talhado para virar "letrinha" da Globo, definitivamente pegou entre os torcedores:

Como eu te amo, Tricolor!
Como eu te amo demais!
O dia que tu não existir
Eu não quero sorrir nunca mais!

Tricolor, você é minha paixão!
Tricolor, você é minha alegria!
Tricolor, você é meu viver!
Tricolor, eu amo você!

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