Na boa, eu acho esses jogos do Paulistinha muito, muito chatos. Os adversários em geral são fracos e isso faz com que vencer, em vez de ser um desafio, seja uma incômoda obrigação. Tá, isso tudo é um fato. Mas eu, da arquibancada, achar o jogo chato não permite que os jogadores, em campo, também achem. Foi basicamente isso que quase levou o São Paulo a um trágico empate no Morumbi. Felizmente saiu um golzinho no final para consolidar a obrigação da vitória. Mas de novo o time passou a impressão de que ficou devendo.
Como de costume, o início foi forte. O São Paulo entrou praticamente com um time reserva, no tradicional 4-4-2 de Ricardo Gomes, e dominou rapidamente as ações: Rogério Ceni, Jean, Andre Luis, Miranda e Carleto; Rodrigo Souto, Cléber Santana, Léo Lima e Jorge Wagner; Dagoberto e Fernandinho. Vamos combinar que, desses, só podem ser considerados titulares mesmo Rogério, Miranda e Dagoberto. Jean, forçando a barra, porque ele é volante titular, mas lateral reserva...
Com menos de 15 minutos, o Tricolor marcou o primeiro gol, em belo toque de Léo Lima para a chegada fulminante de Jorge Wagner, que marcou, vejam vocês, de perna DIREITA!
O Rio Branco pouco fazia, e o São Paulo, provavelmente entediado com a partida, perdeu completamente a objetividade. Dominou o primeiro tempo todo, mas com poucas chances agudas de gol. Parecia a fatura liquidada.
Mas 1 a 0 nunca é fatura liquidada, mesmo contra adversários fracos. Veio o segundo tempo, Ricardo começou a mexer no time, mas o sono parecia ter vindo para ficar. De repente, o Rio Branco começou a sentir que podia aspirar a algo mais. Duvido que tenha alguém no Morumbi que não tenha pressentido o empate, minutos antes de acontecer. A equipe do interior já havia dado as caras numa bola que foi parar na trave, depois de um golpe de vista meio sem-vergonha de Rogério Ceni.
Logo em seguida, veio o empate, numa falha de marcação após escanteio deles. Isso além dos 35 do segundo tempo. Um pequeno drama, para salpicar um jogo que tinha tudo para ser moleza. Felizmente, também em escanteio, André Luis fez seu primeiro gol pelo Tricolor e deu números finais à partida.
Mais 3 pontos, que é o que conta, nessa modorrenta fase de classificação do Paulistinha. E de bom ficam as estreias de Thiago Carleto (primeira vez no time), Rodrigo Souto (primeira vez como titular) e Fernandinho (primeira vez como titular). São três nomes que certamente qualificarão o banco ou poderão mesmo arrumar vaga no time titular do Tricolor.
De ruim, fica a impressão de que o time não tem a mínima raça em campo. Joga esperando o juiz apitar o fim, principalmente após marcar um gol. Não dá para jogar assim. É um castigo ainda maior para a torcida, que vai ao Morumbi debaixo de chuva para ver um joguinho sem-vergonha desses...
domingo, 14 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
O que o São Paulo precisa pra jogar com raça? Mudança de técnico? Jogadores mais jovens que queiram aparecer mais? Uma coça da torcida? Inaceitável um time grandioso como o São Paulo se rebaixar ao nível de futebol que vem apresentando a este ano. Pior ainda é que parece que a torcida não tem voz alguma.
mas a torcida nao tem voz nenhuma mesmo...
deveria botar a garotaba da base (campeões da copinha) para disputar o paulistinha...
de montar o time dos titulares profissionais para a disputa da libertadores...
mas nao... juvenal tem q por os titulares no paulistinha neh...
agora soh nos resta esperar...
Postar um comentário