Eita, que essa primeira fase do Paulistinha não acaba nunca, hein? Ver esses jogos vale mais como exercício para acompanhar o progresso (ou não) do time para as partidas que realmente valem -- as da Libertadores. Nesse sentido, a partida contra a Ponte foi proveitosa. O time mostrou um pouco mais de fibra e, mais importante, capacidade de decidir.
Ricardo Gomes (de volta ao banco de reservas) mandou o time num 4-4-2 de verdade, com dois laterais: Rogério Ceni, Cicinho, Alex Silva, Xandão e Junior Cesar; Jean, Ricky, Hernanes e Marcelinho; Dagoberto e Washington. Após um começo meio atabalhoado (coroado por uma cagada gigante de Cicinho, que quase entregou o ouro ao recuar mal uma bola para Rogério), o São Paulo levou 15 minutos para dominar o jogo. Mas dominou. Embora a Ponte tivesse lá uma chance ou outra (mais do que deveria, na minha opinião), o time se mostrou capaz de imprimir seu ritmo e, acima de tudo, fez os gols que precisava.
A atuação tranquila quase foi perturbada pela marcação de um pênalti inexistente de Xandão, mas Rogério foi lá e pegou, deixando tudo certo. Mais tarde, o juiz deixou de dar um pênalti real de Xandão, mas ficou elas por elas. Washington fez, mais uma vez, tudo certo, e desta vez a bola entrou. Que bom, porque é isso que podemos cobrar dele.
No segundo tempo, com os defensores amarelados, Ricardo Gomes fez uma importante alteração tática: recuou Ricky como terceiro zagueiro, usando o 3-5-2. Gostei muito da modificação, porque impediu uma potencial expulsão e deu mais estabilidade ao esquema defensivo. A partir daí, o São Paulo controlou o jogo e tentou marcar nos contragolpes. Quase conseguiu, mas nem precisou. O resultado da etapa inicial já bastava para dar tranquilidade.
Foi uma atuação brilhante? Não. Mas foi uma atuação segura e minimamente convincente. Agora é se preparar para a real pedreira: o Nacional, lá no Paraguai, na quinta-feira. Tem gente dizendo que o jogo é de "vida ou morte". Eu não seria tão radical, porque existe um meio-termo nisso aí. Para mim, a coisa vai funcionar da seguinte maneira: se o São Paulo vencer lá, reassume a posição de favorito do grupo. Se empatar, começa a se formar um contexto em que passamos em segundo lugar (correndo um risco, pequeno mas existente, de ficar de fora, já que nem todos os segundos passam). Se perder, aí complica de vez, porque vai ficar enroscado com o Monterrey e pode nem ficar em segundo.
Moral da história: para o bem do ambiente entre jogadores, comissão técnica e torcida, tem que vencer. Se empatar, é para ficar puto, mas sem jogar a toalha.
segunda-feira, 8 de março de 2010
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