Os eleitos

Estamos na metade das quartas-de-final da Libertadores, e como o segundo jogo vai demorar demais pra chegar, dá tempo de muita punhetação intelectual. Aqui vai a primeira delas.

Os favoritos para chegar às semifinais. Quem são eles? Afinal, como diria o Chatão Bueno, são jogos de 180 minutos, mas 90 já se foram, e deu pra todo mundo sentir como os oito times se comportam.

Vamos começar pelo confronto mais fácil.

Estudiantes x Defensor

O Estudiantes *venceu* fora de casa o pobre Defensor, que já é dono da maior reviravolta desta Libertadores, ao bater o Boca na Bombonera. Será que sai outro coelho desta cartola. Duvido. Desta feita, a vaga deve ficar com o time argentino.

Grêmio x Caracas

O time do Caracas é uma boa surpresa da competição, terminou em primeiro no seu grupo, mas tenho a impressão de que chegou ao seu ponto mais alto. Depois de empatar em 1 a 1 em casa, dificilmente terá força para bater o time gaúcho no campo do adversário. Impossível não é (para ficar só em 2009, vide Defensor e Boca), mas também não é fácil. Se tivesse que apostar valendo dinheiro, colocaria meus tostões no Grêmio.

Nacional x Porcaria

Os porcos bobearam e deixaram o Nacional empatar um jogo ganho no Pocilga Itália. Com o 1 a 1, a equipe uruguaia joga até pelo 0 a 0 para se classificar. A Porcaria é dona de dois grandes feitos nesta Libertadores: bateu o Colo-Colo fora na primeira fase, com um gol achado aos 42 do segundo tempo, e venceu o Sport nos pênaltis na Ilha do Retiro, em noite inspiradíssima de Marcos. Será que outro milagre vem por aí? Não creio. Dá Nacional.

São Paulo x Cruzeiro

Confronto mais aberto das quartas-de-final. Eu sou são-paulino, claro, e acredito na classificação. Mas coletando opiniões aqui e ali, vejo que o Cruzeiro -- tanto pelo futebol apresentado como pelo resultado -- é favorito. Nada de anormal o São Paulo vencer por 1 a 0 no Morumbi (embora 3 a 1 já fosse pedir demais). Ocorre que também não é nada de anormal o Cruzeiro empatar no Morumbi. O retrospecto do Tricolor na temporada não ajuda. Em compensação, se ganhar, vai com moral para as semifinais, sabendo que bateu o adversário mais difícil do torneio.