Pois é. Foi-se a primeira partida das quartas-de-final da Libertadores. Derrota não era o objetivo, mas, em se tratando de derrotas, essa foi uma boa derrota. Com o gol fora de casa, o São Paulo depende de 1 a 0 para passar às semifinais. Pergunta que não quer calar: vai dar pé?
Difícil responder. Afinal, de hoje até o próximo jogo, lá se vão três semanas. É bizarro ter de esperar tanto para fazer o jogo de volta, mas se o calendário é esse, que se há de fazer?
O São Paulo de ontem não me desagradou completamente. Gostei bastante da postura defensiva. Miranda fez um partidaço, como há muito não fazia, e não deixou o Kleber jogar. André Dias, seguro como sempre. Zé Luis de um lado e Ricky de outro também foram bem defensivamente, formando uma poderosa linha de quatro na defesa -- que pouco apoiava, formando um 4-4-2 bastante defensivo.
No meio-campo, Jean e Eduardo Costa também mostraram aplicação e eficiência nos desarmes. Incomodou o fato de que, vez por outra, apareciam uns clarões entre o meio e a defesa, que podiam ter sido explorados pelo adversário. Felizmente não foram.
Eis que chegamos ao atual problema do Tricolor: o ataque. Por alguma razão bizarra, Borges não começou jogando. E, quando entrou na partida, mostrou que talvez não tivesse feito diferença nenhuma. De forma estranhíssima, o São Paulo usou seus quatro atancantes ao longo do jogo, e os melhores foram os teóricos reservas: Dagoberto, puxando o jogo, e André Lima, concluindo com perigo ao gol e fazendo um passe com açucar para Jean, que desperdiçou uma das melhores chances do jogo.
Washington, mais uma vez, mostrou que não é bom jogando de costas para o gol. Pouco fez. E Borges entrou "na fogueira" e foi pouquíssimo acionado.
Bem, como então fizemos um gol, se o ataque foi tão mal? Temos de agradecer à defesa do Cruzeiro, que se atrapalhou e empurrou para dentro, depois de um chute todo torto do Washington.
Nosso goleirão, Denis, mostrou duas coisas que já tinha mostrado em seu jogo anterior, contra a Porcaria: é um jovem de muito potencial, mas ainda precisa aprender muito. Dos gols do Cruzeiro, um sem dúvida foi em falha dele: o primeiro, num cruzamento em que o goleiro, ou sai para socar a bola, ou não sai. Ao não seguir nenhuma das duas rotas, Denis ficou "vendido" na jogada. Já o segundo, é o tal negócio: ele poderia ter defendido. Mas não dá para classificar exatamente como um erro. Apenas uma infelicidade.
De toda forma, o São Paulo tem toda chance de virar o placar no Morumbi e sair com a classificação. Mas para isso terá de aprimorar o ataque, e para isso acontecer o meio-campo criativo terá de melhorar. Esse é o calcanhar-de-aquiles do Tricolor, e não é de hoje. Hernanes teve ligeira melhora no jogo de ontem, mas ainda está longe do que precisa ser para se transformar no "10" pensador deste time. Jorge Wagner, o outro meia do 4-4-2 de ontem, me passa a impressão eterna de um baiano cansado, a despeito do perigo que leva na bola parada.
Bem, enquanto o jogo de volta não acontece, vamos nos aprimorando no Brasileirão. Neste domingo, por exemplo, enfrentaremos no Morumbi o... Cruzeiro. Eita nóis.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
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Um comentário:
Olá Salvador, andei ocupado. Vamos ao que interessa aqui. O Cruzeiro, mesmo sem Ramires, mas já com Wagenr, não só vai se classificar com tende a vencer o jogo aqui contra os bambis no dia 17. Se bobear, ganha tb no próximo domingo A ver. PS: não consigo errar. abs P
PS2: aproveitem que não terão jogos nos próximos duas quartas-feiras para secar o Timão. É que, citando o grande Romário, bambi torcendo contra é poesia pura hehe
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