sexta-feira, 19 de junho de 2009

Dentre os grandes, és o primeiro

Bom, vamos começar pelo começo. Como reza o espírito esportivo, congratulamos o Cruzeiro pela incontestável vitória, no Morumbi e no agregado. Batendo mais que o São Paulo, o time mineiro venceu também seus próprios medos e a sina de "visitante camarada". Nada além de congratulações pelo feito e boa sorte na continuidade da competição.

Agora, ao nosso lado da equação. Anos atrás, mais precisamente em 1994, o São Paulo estava em mais uma final de Libertadores. Um grande amigo, corintiano (aparentemente, são sempre os corintianos a dizer isso), agourava e sintetizava uma grande verdade futebolística: o futebol é cíclico. O São Paulo havia tido sua era de ouro em 1992-93, o Palmeiras surgia como grande força em 1993-94, e depois haveria de ser o Corinthians.

Claro, o torcedor de cada time odeia admitir isso. Para ele, seu time do coração deveria vencer todos os torneios todos os anos, e ponto final. A realidade, entretanto, não permite isso. O futebol é cíclico. Tivemos nossa grande era de ouro entre 2005 e 2008, e agora chegou a vez de dar lugar a outro clube.

Note, entretanto, a grandeza do nosso time. Salvo o Santos de Pelé, ninguém tem hegemonias tão duradouras e tão pouco espaçadas quanto a nossa. A nossa "fila", produzida pela ousadia de erguer o Morumbi, ainda assim foi a mais curta de todos os grandes paulistas. Somos o maior campeão brasileiro da história, o maior campeão de Libertadores e Mundiais dentre os clubes nacionais. Somos grandes demais, temos estrutura e temos, acima de tudo, hombridade para reconhecer a realidade.

Temos de trabalhar, sem caça às bruxas, para preparar a próxima fase hegemônica, de forma que ela venha o mais rápido possível. Com a estrutura Tricolor, não duvido que esse hiato seja mais breve do que esperam (e torcem) nossos rivais. Nosso hino foi na mosca quando vaticinou: "Dentre os grandes, és o primeiro." Não será com uma, duas, três, dez eliminações na Libertadores que isso irá mudar. E mesmo nossos rivais, contrariados, têm de admitir e reconhecer a grandeza do São Paulo Futebol Clube -- um clube que ganha mais que os outros, entre outras coisas, porque sabe perder mais que os outros.

Avante, Tricolor. O Brasileiro está aí, e só no começo. Temos de ir em busca na cobiçada vaga na Libertadores de 2010, para retomar o sonho, mais uma vez.

3 comentários:

Anônimo disse...

De que adianta participar da Libertadores se é para passar vergonha?

De que adianta participar da Libertadores se é para ser eliminado sem dar um chute ao gol?

Salvador, na boa, todo mundo sabe que não é possivel ganhar sempre, mas existem formas e formas.

O time vem jogando mal, se continuar assim, talvez, nem uma vaga para a Sulamericana vamos atingir.

Tá na hora de mudar e caçar as bruxas sim senhor!

Aliás, tem um bocado delas lá no CT. O ciclo de jogador bom e de graça acabou.

Ou aposta na categoria de base ou contrata jogador que realmente faça a diferença.

E Muricy,muito obrigado pelos serviços prestados!

Losovoi

Mário disse...

Ontem os torcedores que utilizaram o Setor VISA sofreram feito gado para entrarem no estádio!

Temos um tópico sobre isso na Arquibancada Tricolor, explicando o assunto e com várias fotos!

Você poderia divulgar e comentar a respeito?

Link: http://www.arquibancadatricolor.com.br/forum/phpBB3/viewtopic.php?f=2&t=1217&sid=40bd077625a5a825ea11de3eaa730a01

Obrigado!

Ricardo Lee disse...

Parabéns pelo post!

Agora é oficial: a era Muricy no SP chegou ao fim.

Alguns dirão que ele pagou o pato pelo fracasso coletivo de todos os jogadores contratados pelo coroné Juvenal no início da temporada.
Culpa do acaso ou mau planejamento? Ou os dois juntos? Sem dúvida isso renderia um boa discussão.

O que é indiscutível no entanto, é que o Muricy vinha cometendo erros dentro e fora de campo.

Nas quatro linhas, vinha se mostrando um treinador defensivista, desses que preferem lançar mão de laterais eficientes na marcação em vez de optar por alas agressivos, ousados, que desmontam retrancas, abrem espaços e empolgam a torcida.

Nos bastidores, falhou em não saber conduzir a guerra declarada de egos dentro do elenco: Washington X Borges X Dagoberto. A ponto do Andre Lima se achar no direito de chutar placa ao ser preterido pelo treinador.

Eu chamo a atenção para o fato de que o lance de maior perigo de todo o primeiro tempo foi do visitante, que ainda por cima jogava pelo empate!!!!!! Como? Numa jogada em profundidade pela linha de fundo.
Enquanto isso, o Tricolor insistia inutilmente com os malditos balões para frente (o que é bem diferente de lançamento) e chuveirinhos para dentro da área. A gente parecia time inglês dos anos 80.

Justamente o meu São Paulo!!!!! Que um dia teve Muller, Tilico, Cafu, Elivelton, Denilson, e tantos outros que atormentavam as defesas, davam canseira nos caras, faziam os adversários pensarem que seriam massacrados sem piedade.

E como vocês bem disseram, chegou a hora de dar espaço para outros. E de se preparar para um novo ciclo no clube.

Boa hora para a diretoria refletir e o Muricy se reciclar.

Acho que deu o que tinha que dar.
Obrigado pelo TRI, Muricy!!!! Sempre terei respeito por você.

Saudações tricolores a todos.