quarta-feira, 2 de junho de 2010

E o ZZZZ continua... Goiás 2x1 SPFC

Nossa, que horror. Principalmente o segundo tempo, foi inassistível, exceto pelos mais fervorosos torcedores. Um horror mesmo. E não consigo evitar pensar que o Marcelinho Paraíba é pé-frio. Sempre que ele abre o placar com um gol, acabamos tomando a virada.

Pois bem, o jogo foi o seguinte. O São Paulo megadesfalcado na zaga foi a campo no 4-4-2, com Rogério Ceni, Cicinho, Xandão, Ricky e Jr. Cesar; Rodrigo Souto, Jean, Hernanes e Marcelinho Paraíba; Dagoberto e Fernandão. A primeira etapa começou bem, com grande jogada que parecia ensejar uma boa apresentação Tricolor. Foi mais ou menos a mesma sensação que tive no começo da partida contra o Botafogo. Ironicamente, o desfecho também foi o mesmo.

Após um início mais agudo, o São Paulo manteve o domínio, mas tinha poucas chances de abrir o marcador. O Goiás marcava bem, e o Tricolor não conseguia escapar dessa marcação. No fim, foi numa cobrança de falta que o Marcelinho abriu o placar.

Com o 1 a 0, o jogo parecia tranquilo, pois a equipe da casa nada fazia. Mas aí, quis o destino que Ricky tentasse matar uma bola no peito, sozinho, no meio da área. A bola bateu no corpo dele e em seguida foi na mão. Sem intenção, mas imprudente. O juiz marcou pênalti. (Detalhe: no segundo tempo aconteceu a mesma coisa, mas a favor do São Paulo; o árbitro nada marcou.) O Goiás converteu e o primeiro tempo terminou empatado.

Ricardo Gomes mexeu no intervalo, tirando Dagoberto e pondo Fernandinho. De fato, o atacante que entrou foi um dos únicos que produziram alguma coisa, com perigosas arrancadas pela esquerda na direção da linha de fundo, mas faltou o toque final para o gol. O São Paulo não criou rigorosamente nada em termos de ameaça ao goleiro adversário, e os lances mais perigosos eram chutes do meio da rua, no meio do gol, executados por Hernanes. Ou seja, o mesmo que nada.

E aí vai uma grande crítica ao nosso treinador. Primeiro: demorou muito para mexer novamente na equipe, que estava ainda mais inoperante que na etapa inicial, apesar da maior posse de bola. O jogo estava muito afunilado pelo meio, onde a marcação era implacável. Eram quase 40 do segundo tempo quando ele fez a segunda alteração, mal escolhida. Colocou Jorge Wagner (o cara certo), mas tirou Marcelinho (um dos melhores da equipe, embora a essa altura estivesse cansado).

Como se não bastasse, aos 42, colocou Carlinhos Paraíba, numa alteração que só tinha uma função: mostrar aos babacas do Goiás que ele tinha condição de jogo. Se estivéssemos ganhando, vá lá. Mas empatando, é inverter as prioridades. O castigo veio sem demora. Numa sobra de bola, um cara deles acertou um belo chute, e Rogério, com a visão encoberta, não teve tempo de chegar nela. Resultado: mais uma derrota imbecil neste Brasileirão.

Fernandão jogou mal demais, principalmente no segundo tempo. Pareceu até que ele sentiu a pressão da torcida local, que vaiava a cada vez que ele pegava na bola. Ricky como zagueiro no 4-4-2 é complicado, e Hernanes mais uma vez esteve apagado. Jean foi mal demais. Marcelinho Paraíba e Fernandinho foram os melhores, mas faltou ter para quem armar as jogadas.

Sim, se você pensou em ter o Washington no banco para um jogo desses, eu também pensei. É outra coisa que o São Paulo está fazendo errado. Quer negociar o cara? Beleza. Mas enquanto ele não vai, deixa lá no banco. Ele pode ajudar. Hoje, no mínimo para tentar pegar as bolas cruzadas pelo Fernandinho, ele poderia estar lá.

E assim, com apenas mais um jogo pela frente, o São Paulo tem tudo para entrar na parada para a Copa numa posição intermediária da tabela. Não chega a ser preocupante, pois há muito campeonato pela frente (ou alguém aí realmente acha que o Ceará vai para a Libertadores-2011?), mas o duro é que a equipe (desfigurada por desfalques, é verdade) não tem apresentado o bom futebol que desempenhou nas quartas-de-final do torneio continental.

E Ricardo Gomes, apesar de estar na semifinal da Libertadores, também não consegue respirar mais aliviado no cargo, com essa performance tão irregular da equipe (e suas mexidas que em geral trazem o time para trás em momentos quando o necessário é justamente o contrário).

Enfim, segue o campeonato.

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