O jogo contra o Santos ontem, no Morumbi, foi o primeiro que demonstrou a capacidade criativa do São Paulo na temporada. Richarlyson e Hernanes voltaram ao meio, com Jorge Wagner na ala -- tudo como manda o figurino. O resultado foi um bombardeio no início da partida que, tivesse resultado em gol, provavelmente teria iniciado uma goleada incontestável.
Mas, como muitos adversários do São Paulo aprenderam do jeito mais duro, um time que ataca -- e ataca muito -- sofre contra-ataques. E foi no primeiro deles que o Santos abriu o marcador: 1 a 0. Absurdamente injusto.
Três minutos depois, empatamos, com Fabio Santos. E, no segundo tempo, viramos, com Juninho. Detalhe: dois lances de bola parada, e o segundo, um penoso do Fabio "Gonzo" Costa.
Quando parecia que a justiça ia ser feita, um cruzamento para cabeçada de Rodrigo Souto, com falha de marcação de Miranda (na hora, no estádio, achei que tivesse sido de Juninho, mas depois de ver o teipe volto atrás). 2x2.
Por sorte, ou destino, Carlos Alberto (que, gordinho, entrou para fazer seus habituais últimos 15 minutos de partida) arrancou e bateu para o gol da entrada da área. A bola desviou a matou o goleiro. Fechamos em 3x2 e voltamos a vencer. Aleluia.
Muito bem. Vencer sempre é bom, vencer clássico é melhor ainda, e o jogo foi de fato muito bem jogado -- melhor partida do campeonato. Agora, o que há para melhorar:
- O meio-campo foi bem, beirou a perfeição. Mas as conclusões a gol ainda precisam ser aperfeiçoadas.
- A defesa continua sólida, sobretudo quando o combate se dá pelos volantes que a protegem, mas há com que se preocupar. Quando o São Paulo "cozinha" o adversário (naqueles jogos chatinhos do início da temporada), não dá contra-ataques. Mas quando isso não acontece, como ontem, fica claro que a "sobra" não está sobrando. Por três vezes, Kleber Pereira entrou sozinho na área, cara a cara com o Rogério. Se ele é grosso e só marcou um gol, dos três possíveis, isso não é problema nosso. O que é problema nosso é dar tanta chance ao adversário jogando com TRÊS zagueiros. Não dá. O homem da sobra (Juninho, no caso de ontem) precisa estar atento a isso, e o Muricy precisa treinar nossa reação aos contra-golpes.
De resto, uma bela vitória e uma merecida semana de descanso. O São Paulo segue à frente dos rivais e dentro do G-4. Tá bom demais.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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