sábado, 17 de novembro de 2007

Entre a fumaça e o fogo

Enquanto um certo clube retrógrado insiste em debater um campeonato ocorrido em 1987, o nosso querido São Paulo já está pensando na temporada 2008. Muricy quer porque quer a Libertadores, e todos nós sabemos que a equipe precisa de reforços.

Eles começaram a vir, nos moldes do que o Tricolor tem feito nos últimos anos -- contratando promessas. Joílson, ex-Botafogo, já está confirmado no elenco do ano que vem, e o próximo pode ser Peter, hoje no Figueirense. Mas o engraçado é que tem dois outros jogadores, cuja vinda é absolutamente incerta, que estão sendo muito mais falados: Adriano (o "Imperador") e França.

Antes que alguém aí se assanhe: esses dois jogadores ganham salários muito acima do que o São Paulo pode pagar. Um está no mercado europeu, outro no Japão. Ambos vêm se recuperar fisicamente no glorioso Reffis, o centro médico de luxo criado pelo Tricolor para tratar seus atletas. Mas nada sugere, até o momento, que eles venham a vestir o manto sagrado no próximo ano.

É a diferença entre a fumaça e o fogo. Contrariamente ao ditado, às vezes tem fumaça, mas não tem fogo. (Se alguém duvida, vou tirar uma foto da minha churrasqueira...) E esse é bem o caso.

Claro que o São Paulo não oferece o Reffis a todos esses atletas porque é um clube filantrópico. É óbvio que a intenção é cativar os jogadores em recuperação com toda a estrutura do Tricolor, na esperança de que, por um gesto de gratidão, eles venham a topar um negócio "camarada" com o São Paulo por um semestre ou coisa do tipo.

O truque já funcionou antes. Luizão e Ricardo Oliveira vieram parar no Morumbi por essa rota. Mas também é legal lembrar que a tática mais não funcionou do que funcionou. O último caso de "abandono" foi do Zé Roberto -- jogador que aprendemos a odiar no Santos, no primeiro semestre deste ano.

Então, acho que cautela é a melhor receita para o torcedor neste momento. Basta lembrar que, se Adriano e França ficarem, ambos vão ter de brigar por posição! Isso já dá uma medida de como o São Paulo conhece a "rota Reffis de recrutamento": se você tem dois lá, dê graças aos céus se um ficar por um semestre.

Claro, a torcida é toda para que fiquem. E se tem um clube que tem o potencial para *atrair* jogadores de alto nível nos grandes mercados do futebol mundial, é o nosso. (Não acredite muito nessa balela de Riquelme no Fluminense -- com todo respeito ao tricolor carioca, eita conversinha difícil de comprar essa...)

Enfim, por ora é negócio torcer pelo Fabuloso na Seleção. (E pensar que ele também foi um daqueles que um dia quis voltar, antes de cair nas graças do técnico e da torcida do Sevilla...)

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