domingo, 30 de setembro de 2007

Rodada dos sonhos

Pois é, pessoal. Eu dizia ontem que não se podia exigir vitória do São Paulo no Beira-Rio. E o que se viu no jogo de hoje à tarde é que não se podia mesmo. O São Paulo pouco criou, e o Inter, além de ter batido a defesa são-paulina em uma ocasião, teve mais duas ou três chances reais de gol, uma delas miraculosamente evitada pela intervenção do goleiro-artilheiro Rogério Ceni. (Como brincou o Cléber Machado na transmissão, em tom de ironia, além de fazer gols, ele espalma umas bolas de vez em quando.)

O gol colorado surgiu de uma bola parada. E a história do jogo parecia estar destinada a se transformar quando Índio, do Inter, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso, ainda em meados do primeiro tempo.

Mas nada mudou. O Inter continuou dominando, e o São Paulo estava oprimido em seu campo de defesa, com poucas saídas de jogo.

A situação melhorou um pouco no segundo tempo, mas não muito. Não deu para sentir em nenhum momento que o Tricolor tinha um a mais. Nem quando, em dois gols seguidos, ambos em cruzamentos na área (um deles contra) o São Paulo mostrou mais uma vez a que veio neste Brasileirão e virou o jogo diante dos perplexos torcedores colorados.

O jogo foi uma guerra. Teve confusão, empurra-empurra, Leandro batendo em gandula, dirigente protestando com o quarto árbitro. Mas no fim, nem choro, nem vela impediram a vitória são-paulina.

E quando tudo parecia não ter como melhorar, o Cruzeiro escorregou numa casca de banana e perdeu para o Figueirense, de virada, em pleno Mineirão: 2x1 para o time catarinense, que já cumpriu sua missão no campeonato -- acelerar a eutanásia da pobre raposa agonizante.

Claro que a alegria são-paulina começou no sábado, quando o Curíntia apanhou do Sport em pleno Pacaembu e fez questão de prosseguir, convicto, na zona do rebaixamento -- de onde não dá pinta de que vá sair até o fim do ano.

Enfim, se Deus não é são-paulino, deveria ser, pois se divertiria muito mais lá em cima...

2 comentários:

Anônimo disse...

"Como brincou o Cléber Machado na transmissão, em tom de ironia, além de fazer gols, ele espalma umas bolas de vez em quando"

Como um bom santista e bom profissional que é Cléber Machado, acho interessante a outra perspectiva que se tem de entender essa ironia.
(...)
O número de vezes que vi o Ceni de joelho é 15 vezes superior ao número de gols dele.

Salvador Nogueira disse...

Ah, o despeito da galinhada! Nada me deixa mais feliz!