sábado, 28 de fevereiro de 2009

Pior, impossível!

Já não é de hoje que eu chamo o Campeonato Paulista de "Paulistinha", mas a verdade é nua e crua. O Paulistinha é disparado o pior campeonato que o Tricolor disputa no ano, e além disso não vale absolutamente nada.

Não sei vocês, mas estou realmente de saco cheio de acompanhar os jogos, não dá pra torcer. Existe uma disparidade muito grande do trio de ferro contra os demais. O Santos ainda faz uma força pra não classificar, mas se bobear terminará no G-4.

Quando assistir Grêmio x Universidad do Chile pela fase de grupos da Libertadores se torna absurdamente mais atraente que qualquer jogo de um rival no Paulistinha é que realmente o torneio acabou. E para ajudar ainda mais a diminuir o atrativo do campeonato, a FPF faz um regulamento sem emoção alguma. Onde só a partir das semifinais o campeonato realmente começa.

Amanhã, teremos outro clássico, mas e daí? Alguém realmente está preocupado com esse jogo? E os jogadores? Sim, lógico que entraremos pra vencer mas pra um clássico a ansiedade devia tomar conta, mas não... mais moroso impossível.

Queria deixar congratulações e os parabéns ao Presidente da FPF Marco "Porco" Del Nero, que conseguiu piorar ainda mais o Campeonato Paulista e escolher horários criminosos para jogos na quinta-feira.

Sinceramente, preferia colocar o "misto" e ficar excursionando pela Ásia e Europa, vendendo a imagem do Tricolor pelo mundo. O Paulistão tá morto e esqueceram de enterrar, uma pena que não resgatem da forma correta.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A baba que a gente esperava

SPFC 3x0 Oeste
26.fev.2009, 21h45
Campeonato Paulista 2009
Público: +4 mil


Na volta de Rogério Ceni uma vitória tranquila, como já se esperava contra um adversário do náipe do glorioso Oeste de Itápolis. Mesmo sem o melhor futebol (sobretudo no primeiro tempo), o São Paulo dominou o jogo de ponta a ponta e construiu o placar sem pressa, na certeza de que os gols sairiam.

O primeiro, aliás, até que saiu cedo, pelos pés de Washington, que dominou na área e virou para cima do goleiro, sem chance de defesa.

Este blogueiro quase "leu" a mente de Muricy ao escalar o São Paulo. A única diferença da escalação dada pela Imprensa São-Paulina foi a surpresa de Arouca no time titular; Hugo permaneceu fora. O time começou num 4-4-2, com Rogério Ceni, Zé Luis, André Dias, Miranda e Junior Cesar; Jean, Arouca, Hernanes e Jorge Wagner; Borges e Washington.

Mas o 4-4-2 do São Paulo, lamentavelmente, continua malfeito. É preciso explicar aos laterais que eles deixam de ser meio-campistas e passam a ser, principalmente, defensores. Quando um desce, o outro tem que fechar pelo meio, para recompor a defesa.

No que se viu ontem, os dois iam embora, posicionados na intermediária do adversário, sem essa função-pêndulo que permite o sucesso do 4-4-2. Aí o time acaba num 2-6-2, que seria suicídio em qualquer partida, exceto contra um rival da "qualidade" do Oeste.

Para o segundo tempo, de toda forma, o time veio um pouco melhor. E, num cruzamento (claro!), André Dias fez de cabeça o 2 a 0. E aí, o que faz o Muricy? Coloca mais um zagueiro. É isso aí. Entrou Renato Silva, saiu Junior Cesar. Rodrigo também entrou, no lugar de Miranda. E Hugo entrou no lugar do Washington. De repente, não mais que de repente, o 2-6-2 virou um 3-6-1. Então tá, Muricy.

Borges foi o melhor em campo do São Paulo, meteu duas na trave, mas ela caprichosamente não entrou. E Jean*, outro grande em campo, armou pivô mortal para Hernanes chegar à área e fuzilar, fazendo o derradeiro gol Tricolor.

O 3 a 0 ficou de ótimo tamanho, ainda mais para um joguinho tão sem-graça.

A verdade é uma só: já bem dentro da temporada, com futebol de todos os níveis, em todos os canais, o Campeonato Paulista perde o interesse que pode ter evocado nos torcedores nas primeiras rodadas. Em suma: tô cagando e andando pra esses jogos, que servem mais pela diversão de ver Muricy escalando o time de todas as formas improváveis que ele conseguir!

*Obrigado aos leitores pelo alerta; lá no Morumbi, achei que tivesse sido Borges o autor do passe para Hernanes.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A volta do capitão


SPFC x Oeste
26.fev.2009, 21h45
Campeonato Paulista 2009
Morumbi (SP)


Quem olha para o distintivo e o uniforme do Oeste, pensa logo no Flamengo. Mas que ninguém se engane: o time de Itápolis é bem menos endividado e mascarado. De resto, é mais ou menos como enfrentar o Flamengo -- aquela baba tradicional.

Ainda mais com a volta do nosso glorioso capitão, Rogério Ceni, à meta são-paulina. Bosco pegou até pensamento nos jogos que fez, manteve invencibilidade pessoal atuando sob o gol defendido pelo Tricolor, mas agora é hora de continuar seu trabalho, incansável, ao lado do resto do grupo -- incentivando, treinando duro e estando sempre disposto para jogar, quando for preciso.

Quanto a Rogério, a verdade é que a presença dele em campo faz falta. Por mais que ele acompanhe o time, fale antes dos jogos, veja as partidas no estádio, tê-lo dentro das quatro linhas é outra coisa. Seu pulso firme e sua determinação parecem emanar da meta em que defende e transbordar para os outros jogadores do time. Todo mundo joga mais quando Rogério está em campo. E, às vezes, quando tudo parece perdido, ele vai ao ataque e ainda marca uns golzinhos salvadores. Ou seja, é presença indispensável ao São Paulo, para toda e qualquer partida. Seja bem-vindo de volta, capitão!

De resto, Muricy pode escalar praticamente quem quiser. Só Dagoberto cumpre suspensão pelo terceiro amarelo.

Time que eu acho que o Muricy vai escalar, sabendo que ele não gosta que ala vá à linha de fundo: Rogério Ceni, Zé Luis, André Dias, Miranda e Junior Cesar; Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Hugo; Borges e Washington.

Ô coitado...

E o Tcheco vai ter mais motivo para choramingar. Mais uma "injustiça" para a coleção desse arremedo de craque. Vocês viram o jogo do Grêmio, agora há pouco? Até eu, que não torço nem pelo time gaúcho, nem pela equipe chilena, sofri pra caramba, angustiado por um gol iminente que nunca vinha. Tava zicada demais a meta defendida pela Universidad de Chile!

Aliás, essa é uma para nós, são-paulinos, refletirmos. Os resultados dos dois tricolores brasileiros, em sua estreia na Libertadores 2009, foram iguais: empates, em casa, contra equipes inferiores (0 a 0 lá, 1 a 1 aqui). Só que há uma diferença quantitativa e sobretudo qualitativa entre as chances criadas pelo São Paulo e as criadas pelo Grêmio. As do time de Celso Roth (quem diria!) evidenciavam mais trabalho de bola pelo chão, penetrações na área e chegadas dos centroavantes e (lembra deles?) meias. (Aliás, pergunta que não quer calar: o que aconteceu ao Alex Mineiro, que desaprendeu a fazer gols?).

Tem dois lados para encarar isso. O São Paulo parece ter avantes mais qualificados (com chances menos evidentes, fazem mais gols), ou o Grêmio parece ter volume de jogo muito melhor que o do São Paulo. E aí, quem viu os dois jogos, opine: quem fez melhor estreia, SPFC ou Grêmio?

P.S.: Creio eu que os gremistas teriam preferido uma estreia como a do Tricolor do Morumbi. Afinal, mesmo que o resultado fosse o mesmo, se os gols do Morumbi tivessem saído no Olímpico, os gaúchos poderiam pelo menos se consolar dando aquela tradicional encoxada nos caras que sentam na primeira fila... :-)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Homenagem ao Grêmio!

O time porto-alegrense estreia hoje na Libertadores. Para celebrar isso e a recente entrevista do Tcheco, capitão da equipe gaúcha, a Imprensa São-Paulina presta a seguinte homenagem.

Valeu a secada!

Melhor resultado, impossível; pior jogo, também. Num joguinho de dar sono, Independiente Medellín e Defensor empataram na Colômbia em 0 a 0 e deixaram o Tricolor em boa condição para se reabilitar em seu grupo na Libertadores. A imprensa, secando, claro, já destaca que o time do Morumbi pode virar primeiro, se ganhar a próxima.

Sobre a partida de ontem, lições aprendidas:

- O grupo como um todo é, de fato, muito equilibrado.
- Time por time, o São Paulo é o único que destoa, para cima.
- O Defensor só sabe mesmo defender.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Jogo importante hoje!

São-paulino já tem programa para a noite de hoje: tem Independiente Medellín e Defensor na televisão (Sportv, 22h15). O jogo é válido pela Libertadores, no nosso grupo, e será interessante ver o time que nos deu tanto trabalho no Morumbi recebendo o atual líder do grupo. O melhor resultado para nós, disparado, é o empate. O pior é vitória do Defensor, que abriria muitos pontos na liderança.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Vossa Majestade, Rei Borges XVII!
Barueri 1x3 São Paulo

Quem diria que falaríamos que o Borges está virando unanimidade, hein? Em mais uma exibição sofrida do nosso Tricolor, lá estava ele. Rei Borges XVII meteu mais dois gols e mostrou por que foi titular no ano passado.

A verdade é que o SPFC é dependente de seus gols e ele reina sozinho no ataque tricolor já faz algum tempo. Além de ter salvado a a pátria na quarta pela Libertadores, cada dia mais vem ganhando o apoio do torcedor, que já o vê com posição fixa no ataque.

O SPFC entrou em campo uma verdadeira bagunça: Bosco, Rodrigo (Lateral-Direito), André Dias, Miranda, Júnior Cesar (Lateral Esquerdo), Jean, Hernanes, Richarlyson, Dagoberto (meia-atacante), Washington e Borges.

Totalmente perdido na marcação, o Tricolor sofreu no primeiro tempo com a fraca atuação de seus volantes e principalmente por ter deixado os atacantes isolados lá na frente. A bomba estourava atrás, onde os zagueiros estavam perdidos na marcação.

Na segunda etapa, Muricy "arrumou" a casa colocando Joílson e Jorge Wagner no jogo e voltando ao tradicional 3-5-2. Mesmo assim, depois de uma falha bizonha de Joílson, o Barueri abriu o placar aos 4 minutos do segundo tempo.

Então, restou ao SPFC ir todo pra frente. Numa jogada individual do atacante Borges, com belo drible no zagueiro, empatamos. E em seguida, na bruxaria de Washington, Jorge Wagner cruzou e o zagueiro do Barueri fez gol contra. Depois que viramos o jogo, foi uma maravilha. O terceiro gol saiu pela esquerda, com cruzamento preciso de Jorge Wagner para Borges desviar.

Enfim, o que ficou de lição é que o Muricy tem que jogar no 3-5-2 e o Júnior Cesar só pode atuar quando o Jorge Wagner estiver em campo. E no ataque, que continue o reinado de Borges XVII. Dagoberto e Washington que se matem pela outra vaga.

Hoje tem jogo. E daí?


Barueri x SPFC
21.fev.2009, 18h30
Campeonato Paulista 2009
Arena Barueri (SP)


Se a reação ao Paulista já era meio indiferente, agora que a Libertadores de fato começou é até difícil para os são-paulinos pensar nesses joguinhos sem-vergonha. Hoje tem mais um, em tese confronto de Série A, contra o Barueri.

Muricy não está nem aí e vai dar descanso para alguns jogadores que se mataram no jogo contra o Independiente Medellín. Rogério Ceni também não deve ir para o jogo. Eu apostaria num time com Bosco, Rodrigo, André Dias e Miranda; Joílson, Jean, Ricky, Arouca e Junior Cesar; Dagoberto e André Lima.

Também, quem liga? É apenas uma oportunidade para observar os jogadores que, no momento, encontram-se no "time B" do Tricolor. A cabeça dos torcedores, estou certo, está no jogo contra o América de Cali, em duas semanas.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

EXCLUSIVO: Relato de uma testemunha crucial sobre a confusão no Morumbi

O clássico entre São Paulo e Corinthians já vai completar uma semana, mas as repercussões sobre a confusão que se deu na saída da torcida alvinegra continuam a reverberar nos corredores dos clubes e nos gabinetes das autoridades responsáveis pela segurança pública.

A Imprensa São-Paulina confessa: não foi por esforço de reportagem, mas por pura sorte que encontramos uma testemunha ocular crucial para entendermos o que se passou no estádio Cícero Pompeu de Toledo naquele fim de tarde de domingo.

Este torcedor, que prefere não se identificar para não se misturar à confusão e politicagem crescentes, viu o jogo num dos camarotes do andar inferior, acompanhado por sua esposa, sua irmã e seu cunhado.

Ao caminhar para a saída, ele transitava pela Rua Laudo Natel (área interna do estádio que é usada como estacionamento privativo por membros do clube) quando, a cerca de cinco metros de distância, ele testemunhou uma grade pesada ser arremessada e cair sobre um Mercedes Classe A. "Vi caindo e arregaçando o carro", relata. "Depois jogaram um hidrante atrás da gente. Ainda bem que ninguém se feriu."

Em seguida, ele ouviu a explosão de três bombas, e o corre-corre no anel superior teve início. Detalhe: ele é testemunha ocular de que NÃO HOUVE ARREMESSO DE BOMBA DA RUA LAUDO NATEL PARA O SETOR DE SAÍDA DA TORCIDA DO CORINTHIANS.

"Não, cara. Só tinha gente saindo dos camarotes, deficientes físicos e até corintianos que sentaram nas cadeiras vermelhas. Os caras fizeram merda sozinhos."

Este fato é crucial para as investigações, porque demonstra que o confronto foi exclusivamente entre a torcida do Corinthians e a polícia, sem qualquer elemento externo que justificasse a ação selvagem dos "mártires".

"Os corintianos ficaram putinhos, pois teriam de esperar para sair, e começaram a arregaçar tudo, inclusive jogando as grades-cavaletes, extintores e hidrantes pra baixo, sem nem sequer olhar o lugar em que as coisas iriam cair", relata este torcedor.

"Foi uma sorte absurda não ter ninguém andando na calçada da Rua Laudo Natel na parte atingida, ou alguém dentro dos carros arrebentados. Lá estava cheio de deficientes físicos em cadeiras de rodas, pois a rua também é acesso ao setor especial", completa. "Foram atos de selvageria extrema. Cara, jogar essas coisas pesadas pra baixo foi pura tentativa de homicídio. Ver uma grade-cavalete de 100 kg despencando de uns seis metros de altura e destruindo um Classe A é algo que não se vê todo dia."

Com isso, é difícil colocar culpa em muro, torcedor do time mandante, polícia... a confusão se deu, única e exclusivamente, no setor dos visitantes, e por pouco não há mortes decorrentes do vandalismo dos "mártires".

Não é à toa que, fora do setor visitante, as autoridades não registraram nenhuma emboscada, nenhum confronto, nenhuma confusão.

Lamentável é que a diretoria do Corinthians, fiando-se apenas no conflito de versões e numa vontade de exercer populismo da pior espécie, queira lançar uma guerra total contra o São Paulo Futebol Clube -- entidade que nada mais fez que se esforçar ao máximo para zelar pela segurança daqueles que, verdadeiramente, estavam ali para apreciar o espetáculo.

UPDATE: Segundo a Polícia Militar, já foi identificado o torcedor -- do Corinthians, claro -- a detonar a primeira bomba. Ele teria arremessado o artefato na direção do estacionamento do Morumbi, e a explosão iniciou o caos no andar superior. Note que esta informação (divulgada aqui) corrobora o depoimento colhido acima, destacando que, da área do estacionamento mesmo, ninguém jogou nada na direção da torcida visitante. Estou curioso para saber o que Andres Sanchez irá falar de mais este "mártir" corintiano, detido temporariamente pela polícia.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Hernanes renova até 2012!

A diretoria do SPFC estendeu o contrato de Hernanes por mais um ano, o antigo expirava em 2011, o novo chega até 2012. Logicamente isso deve ter sido feito esperando uma futura venda do atleta nas próximas aberturas de janela do mercado europeu.

A renovação aumenta o valor da multa de Hernanes e protege o SPFC do assédio dos clubes europeus.

Libertadores:

Não sei o que vem acontecendo com o Tricolor na primeira fase da competição, mas estamos nos acostumando "mal". Ou seja, sempre joga MAL! Todo ano o time começa devagar quase parando.

Infelizmente a equipe precisa melhorar no aspecto de movimentação e PRINCIPALMENTE NA VARIAÇÃO DE JOGADAS. Ficar apenas cruzando bolas para área não irá resolver a maioria dos jogos.

Na bacia das almas, um golaço:
São Paulo 1x1 Independiente Medellín



SPFC 1x1 Independiente
18.fev.2009, 21h45
Libertadores 2009
Público: +30 mil


A gente já esperava um jogo difícil contra "El DIM", como é chamado na Colômbia o Independiente Medellín. Mas certamente não tão difícil. O empate acabou sendo lucro, pelas circunstâncias do jogo.

O São Paulo entrou em campo no 3-5-2, exatamente como predito por este blogueiro. Mas a surpresa no início do jogo foi do time colombiano, que partiu para sufocar a equipe da casa, fazendo marcação-pressão e dominando a posse de bola pelos primeiros cinco minutos.

Aos poucos, o Tricolor foi recuperando o comando das ações, mas manteve o padrão tático adotado por Muricy de não levar os alas para a linha de fundo. Ironicamente, o estilo de jogo lembrou muito o da Libertadores 2008, com muitos levantamentos de bola na área e pouco jogo pelo chão.

Embolando pelo meio, o São Paulo só chutava de média distância, obrigando o bom goleiro Bobadilla a trabalhar um pouco. Mas quem teve o lance mais perigoso do primeiro tempo foi o Independiente, que obrigou a uma defesa espetacular de Bosco.

O segundo tempo veio do mesmo jeito que o primeiro tinha terminado -- com o São Paulo em cima, mas sem efetividade ofensiva. A entrada de Arouca, no lugar de Zé Luis, não melhorou muito as coisas. Somente a entrada de Dagoberto, no lugar do desaparecido Hugo, melhorou a chegada do time ao ataque. Ainda assim, num de seus raros contragolpes, o Independiente achou seu gol, num cruzamento que desviou na zaga e encontrou um de seus jogadores livre, que teve o trabalho só de chutar fora do alcance de Bosco.

A pressão Tricolor aumentou ainda mais, a despeito do cansaço. Num ato de desespero, aos 41 do segundo tempo, Muricy colocou André Lima no lugar de Renato Silva. E, nessa formação "all-out-attack" (lembrando o Muricy dos velhos tempos), quando tudo parecia estar indo para o brejo, Borges recebeu um cruzamento desajeitado, mas numa puxeta de muita habilidade, transformou aquele lance improvável em gol. Golaço. Pena que aos 47 do segundo tempo.

Empolgado, o São Paulo bem que tentou encontrar o gol da virada, mas o tempo era escasso demais. O juiz argentino encerrou pouco antes dos 49 prometidos, e o placar final seria mesmo 1 a 1. Ruim por ser em casa; bom diante da perspectiva iminente de derrota.

E agora está mais que claro que a vida do Tricolor não será mesmo fácil neste grupo. Terá de suar a camisa, se quiser passar às oitavas-de-final. E, infelizmente, o futebol, pelo menos até agora, não está à altura das ambições do time nesta competição.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Agora é para valer mesmo!


SPFC x Independiente
18.fev.2009, 21h45
Libertadores 2009
Morumbi (SP)


É isso aí, acabou a espera. Nesta quarta-feira, 21h45, não tem mais preparação, pré-temporada, treinamento, rodízio... começa a Libertadores 2009, maior ambição do Tricolor no ano -- para não dizer obsessão.

Desta vez -- coisa rara -- começamos a competição no Morumbi. Infelizmente, a torcida não parece disposta a lotar o estádio, e o público deve ficar parecido com o do clássico com as frangas.

O adversário, entretanto, promete impor mais dificuldades.

Que ninguém se engane: o Independiente Medellín é, como dita a tradição colombiana, um time rápido e abusado. Dois jogadores chamam atenção em especial: o atacante Jackson Martinez e o lateral Ivan Corredor.

Mas o Tricolor, claro, é mais time. Muricy deve ir a campo com Bosco, Renato Silva, André Dias e Miranda; Zé Luis, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Washington.

É isso aí. Agora é para valer!

VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SÃO PAULO! VAMOS, SER CAMPEÃO!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

"No Paulista, o que vier é lucro"

Está no ar a mais nova edição do Podcast da Imprensa São-Paulina, com foco total na estreia do São Paulo na Libertadores, na próxima quarta-feira. O programa contou com a participação especial do Dr. Turíbio Leite de Barros, fisiologista do SPFC, que revela detalhes da preparação do time para a competição e confirma a priorização do torneio continental sobre o Paulistinha.

O fisiologista do Tricolor também comenta sobre quais são os desafios atuais, na área da medicina esportiva, para dar melhor condição ao time ao longo da temporada e revela os bastidores da decisão de colocar o time reserva para jogar contra o Curíntia.

Confira o programa no player abaixo, ou baixe o arquivo em MP3 (22 MB) clicando aqui.

Rogério Ceni fora da estreia na Libertadores

A notícia vem do Site Oficial do SPFC: Rogério Ceni fez testes com o departamento médico, mas ainda não está pronto para voltar a campo. Seu retorno aos gramados pode acontecer no sábado, contra o Barueri. Mas não há hipótese de Rogério jogar contra o Independiente Medellín, na qurta-feira.

Interditar o Morumbi? Só se for para fechar o setor de visitantes...

Vejam só vocês, seria cômico não fosse trágico: a gambazada vai até o Morumbi com o propósito único de fazer algazarra. Quebram tudo no estádio, de assento a banheiro, passando por hidrante e vidro à prova de bala (imagens fartas da depredação, você encontra aqui). Entram em conflito com a polícia (e, naturalmente, se dão mal).

E aí, surpresa: o time sem-estádio (para não dizer sem-história e freguês-do-Tricolor) vai pedir à FPF (logo a quem!) a interdição do estádio de seu generoso anfitrião. Que tal?

Que coincidência, né, que só eles brigaram com a polícia? A Independente, tão violenta, não teve ocorrências registradas. Mas a Gaviões? Os "santos" da Gaviões? Os "protegidinhos" do presidente duas-caras, Andrés Sanchez? Que estranho, logo eles, tão civilizados, entrando em confusão e destruindo o estádio do São Paulo Futebol Clube?

Interditar o Morumbi? Mas peraí, a confusão não foi no setor da torcida visitante? Interdita-se o setor visitante e pronto, então. Resolvido o problema.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Na próxima, escalemos o dente-de-leite!

Depois da decisão do Muricy de escalar o time reserva contra as Frangas, a diretoria do SPFC devia estudar a possibilidade de jogarmos contra eles com o dente-de-leite, quem sabe assim, eles tem alguma chance de vencer o jogo.

Dominamos o jogo quase inteiro, mas graças a uma falha da zaga, apenas empatamos com um time medíocre de Série B. O resultado pode ser lamentado pelo que foi a partida, uma diferença absurda entre as duas equipes.

Enfim, por isso foi um "brinde". O que importa é a Copa Libertadores e pela primeira vez, parece que o time e o Muricy tem a competição como objetivo de ALTA PRIORIDADE.

ESPAÇO UNYCO:

No jogo de hoje, estive no UNYCO, novo camarote do estádio do Morumbi. Com um ambiente envolvente e com comida de ótima qualidade fornecida pelo Apple Bee´s,o lugar é perfeito para relacionamento entre empresários.

Com um clima descontraído e despojado, o UNYCO mostra como o anel inferior do Morumbi está sendo transformado em um dos lugares mais nobres do estádio.

Surpresa!
São Paulo B 1x1 Time da Série B

SPFC 1x1 Frangas
15.fev.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Público: +33 mil


SURPRESA! Como indicado sutilmente pela Imprensa São-Paulina, Muricy, autorizado por Juvenal, escalou o time B do campeão da Série A para pegar o campeão da Série B. Apenas três ditos titulares estavam na escalação que começou o jogo com as Frangas no Morumbi. A equipe entrou com Bosco, Rodrigo, André Dias e Renato Silva; Wagner Diniz, Jean, Ricky, Arouca e Junior Cesar; Dagoberto e André Lima.

Depois de ver a escalação, houve quem se preocupasse com o desempenho da equipe. Bobagem. Para pegar os galináceos não precisava muito mais que isso mesmo. Tanto que, mal começado o jogo, o São Paulo dominou todos os espaços do jogo e impediu o Curíntia de jogar. Impediu mesmo. Sabe aqueles jogos que viram ataque-contra-defesa? Foi assim.

O problema deste ataque-contra-defesa é que o ataque, justo o ataque, não andou tão bem. André Lima, seguindo o padrão de suas atuações pelo São Paulo, perdeu uns dois gols (um com atenuante, pois foi marcado impedimento) que não se pode perder. Num deles, uma furada bisonha, daquelas que envergonham os jogadores profissionais. Uma pena. Torci por um bom desempenho dele em campo, mas não rolou.

De toda forma, o São Paulo dominou e -- pasme! -- até arriscou uma ou duas decidas à linha de fundo, com Wagner Diniz e Junior Cesar.

As frangas se apavoraram e começaram a ficar nervosas. Dar bico em jogador. E o nosso amigo Túlio deu um soco no André Dias. O juiz não viu, mas auxiliado pelo bandeira aplicou o justo cartão vermelho.

E, se o jogo já estava para nós, ficou ainda mais. O Tricolor tomava conta do campo, assim como sua torcida tomava conta das arquibancadas.

Nesse clima de "placar injusto", veio o segundo tempo. Muricy fez duas mexidas, para explorar o "homem a mais em campo". Tirou André Lima para colocar alguém que soubesse fazer gol -- no caso, Borges --, e colocou Hernanes no lugar de Rodrigo (deslocando Ricky para fazer o terceiro zagueiro).

O jogo seguia na mesma toada (o velho ataque-contra-defesa-sem-ataque), até que Wagner Diniz toma o segundo cartão amarelo, em lance bobo, e iguala o número de jogadores para os dois lados.

E aí, num lance espetacular em que Dagoberto conduziu de um lado a outro da área, ele toca para Hernanes, que devolve para o atacante em projeção, que de um toque só cruza para Borges, na cara do gol, encontrar as redes! 1 a 0. Eram 30 minutos do segundo tempo, e parecia que a vitória estava sacramentada.

Não muito depois, numa falha de marcação, a galinha André Santos se projetou, recebeu belo passe e tocou na saída de Bosco. Foi praticamente o único ataque efetivo das frangas. Mas o que vale no futebol é gol, e aí o 1 a 1, injusto, foi comemorado como um título pelo time da Marginal S/N.

Foi isso. Se nos jogos anteriores, o São Paulo vencia sem convencer, este convenceu sem vencer. Vamos torcer para que as duas qualidades se encontrem finalmente na quarta-feira, que é quando vale. Que venha a Libertadores!

Em tempo: a torcida galinácea, além de aparecer em presença ainda menor (centenas de ingressos, dos 6.500 dados a eles, foram devolvidos), mostrou por que não pode dividir o Morumbi 2014 meio-a-meio com o São Paulo. Várias depredações e confusões com a polícia. Antes que alguém cite a divisão desigual de ingressos como a causa, cabe lembrar que, entre torcedores dos dois times, não houve incidentes de vulto registrados pela força policial. Ou seja: só se machucou quem entrou em confronto com a polícia, por não acatar a ordem de esperar em seu lugar para sair do estádio após a saída da torcida mandante.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Clássico é clássico, e vice-versa


SPFC x Frangas
15.fev.2009, 16h
Campeonato Paulista 2009
Morumbi (SP)


Burburinho a semana toda. Acusações entre as diretorias. Uma eleição do lado de lá, uma Libertadores do lado de cá. Tem de tudo para este "duelo de campeões" (Série A x Série B) válido pelo Paulistinha.

Apesar do clima criado fora de campo, ainda não senti os jogadores, de ambas as agremiações, "mordidos" com o clássico. E é sintomático, especialmente por parte do São Paulo, que este jogo tenha virado "brinde" em promoção para a Libertadores.

O foco, claro, está todo na competição continental. E é fato que Muricy não teve, desde o início da temporada, tempo para realmente *treinar* o time. É jogo, recondicionamento físico, jogo, recondicionamento físico, jogo, recondicionamento físico... assim, fica difícil para a equipe ganhar algum padrão tático. E a Libertadores tá aí, começa na quarta-feira.

Por conta de tudo isso, o São Paulo pode aparecer no gramado domingo com algumas "surpresinhas" (aliás, Muricy adora "surpresinhas"). Vamos ver em que sentido irá a deliberação final no Tricolor, após esgotarem-se as instâncias decisórias no Morumbi.

Uma coisa é certa: Hugo, suspenso, não joga. O resto, meus caros, é resto.

E quer saber? QUE VENHA O INDEPENDIENTE MEDELLÍN!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

SPFC e Tardelli fora da mira do STJD

Acabo de ler no blog do jornalista Luís Carlos Quartarollo que o STJD descartou qualquer ação dolosa por parte do São Paulo FC e do árbitro Wagner Tardelli, no infame episódio da rodada final do Campeonato Brasileiro 2008.

Isso todo mundo já sabia. Que bom que os ilustres membros do tribunal viram da mesma maneira. Agora falta a coragem de apontar a responsabilidade a quem é de direito: Marco Polo del Nero.

Mas vai ser difícil que isso aconteça. Segundo Quartarollo, o auditor Virgílio Vall queria varrer tudo para debaixo do tapete. Mas o presidente do STJD, Rubens Aprobato Machado, não teria deixado. E agora a ação do presidente da FPF segue sob investigação, para que se apure seu grau de dolo na tentativa de macular o tricampeonato do São Paulo.

É bom ver que ao menos parte da imprensa não abandonou este caso. Afinal, todos os são-paulinos querem a apuração dos fatos. Nada mais.

São Paulo 2x1 Ponte Preta,
e termina a pré-temporada tricolor!

SPFC 2x1 Ponte Preta
12.fev.2009, 21h45
Campeonato Paulista 2009
Público: +5 mil


Uma partida sofrível, que o São Paulo ganhou ao fazer dois gols de bola parada -- os dois de Jorge Wagner, embora o primeiro tenha sido dado a Rodrigo pela arbitragem. Uma noite chuvosa no Morumbi quase abandonado. Foi um jogo para marcar mesmo o fim de uma etapa na temporada Tricolor.

A partir de agora, com o clássico galináceo no domingo e a estreia na Libertadores na quarta-feira, a coisa passa a ser para valer.

Ontem, o São Paulo voltou a jogar no 3-5-2, com Bosco, Rodrigo, Renato Silva e Miranda; Zé Luis, Jean, Ricky, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Washington. Arouca, cotado para jogar, ficou de fora. Junior Cesar, outro com chances de sair jogando, entrou só no segundo tempo, em lugar de Hugo -- aliás, o negão está suspenso para a próxima rodada, pelo terceiro amarelo, e pode fazer falta contra a galinhada.

O time começou defensivamente sólido, mas sem nenhum poder ofensivo. A partida se dava, de forma sofrível, no meio-campo. Até que, numa jogada de Hugo, vem uma falta. Cobrança perfeita de Jorge Wagner, Rodrigo passa pertinho da bola mas não toca nela; gol.

No segundo tempo, o São Paulo mais uma vez veio a campo para esperar o jogo acabar. A Ponte também pouco criava. Até que, em nova cobrança de falta, Jorge Wagner colocou na gaveta. 2 a 0. A coisa parecia se encaminhar para um final tranquilo, mas aos 39, num cruzamento que atravessou toda a área, a equipe campineira conseguiu marcar o seu. E aí, os minutos finais foram de ligeira pressão ponte-pretana, mas sem sucesso. Placar final: 2 a 1.

É isso aí, Muricy. Acabou a fase de experimentar. Agora é colocar os melhores em campo e mandar ver nas frangas!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Confusão por ingressos na Marginal S/N!


Perguntinhas para a corja de Andrés Sanchez:

- Se os ingressos para o time visitante são tão poucos, por que vocês decidiram destinar cerca de 70% diretamente para as torcidas organizadas -- justamente os mais baratos -- e deixou apenas pouco mais de 2.000 ingressos, os mais caros, para os pobres coitados que se acotovelam na Marginal S/N para poder ir ao jogo?

- Por que vocês se comprometeram a buscar os ingressos destinados ao time visitante no Morumbi e depois se furtaram a fazê-lo, deixando na penúria (sem trocadilho) os galináceos que se aglomeravam à sua porta para comprar ingressos?

- Tendo os ingressos sido entregues pelo São Paulo -- serviço "delivery", pago pelo Tricolor, por conta da inoperância/canalhice franguística -- às 13h35 de hoje, ainda assim vocês decidiram por iniciar as vendas ao torcedor visitante somente no dia seguinte, com o pretexto de "contar" as entradas. Por quê?

- Por que vocês não reclamaram um pio da marcação do clássico com a Porcaria (mando dos porcos, inclusive) para Presidente Prudente, a quase 600 quilômetros da capital? Para quem está se mostrando tão "preocupado" com os torcedores visitantes para o jogo com o São Paulo, não dá para entender...

- Por que vocês não contratam alguém que saiba português para redigir as notas oficiais do Curíntia?

- Vocês gostaram da arbitragem do Cleber Wellington Abade ontem, no jogo de vocês?

- Que dia é a eleição aí mesmo?

A Ponte que partiu


SPFC x Ponte Preta
12.fev.2009, 21h45
Campeonato Paulista 2009
Morumbi (SP)


Mais um jogo de público baixíssimo (pelo horário e pela proximidade com a Libertadores e o clássico com as frangas), e o início de uma "maratona doméstica" para o Tricolor. Essa é a tônica do confronto com a atual vice-campeã paulista, a Ponte Preta, no Morumbi.

No ano passado, a Ponte era um time razoável. Neste, nem isso. Entre as "proezas" da temporada está a de ter perdido para o time reserva da Porcaria, em casa, numa das primeiras rodadas do campeonato. Além de tudo, a equipe de Campinas vem desfalcada para o jogo. Ou seja, sem mesmo olhar para o outro lado, já dá para apontar um potencial favorito.

Ao olhar para o outro lado, no entanto, o quadro fica um pouco mais nebuloso.

Em primeiro lugar, o São Paulo enfrenta um conflito de prioridades, entre o clássico e a Libertadores. E nenhum dessas potenciais prioridades passa pelo jogo contra a Ponte.

Em segundo lugar, independentemente de qualquer prioridade, o resultado esperado em casa é sempre a vitória, e hoje não pode ser diferente.

Em terceiro lugar, sem Hernanes e André Dias, suspensos, Muricy terá de escalar um time sem dois dos inquestionáveis titulares do Tricolor Mutante.

Em quarto lugar, embora o sucesso do esquema ainda esteja longe de comprovado (e mais perto de refutado), Muricy começou os últimos dois jogos no 4-4-2, e pode repetir a dose hoje.

Em suma, há muitas interrogações sobre a equipe do Morumbi até para apostar num time-base.

Este blogueiro entraria em campo no 3-5-2, com Bosco, Renato Silva, Rodrigo e Miranda; Zé Luis, Jean, Arouca, Hugo e Junior Cesar; Borges e Washington.

Mas o Muricy, creio eu, deve ir com um time diferente a campo -- possivelmente no 4-4-2. Eu apostaria em Bosco, Zé Luis, Renato Silva, Miranda e Junior Cesar; Jean, Ricky, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Washington.

Para saber o que vai ser, só indo ao Morumbi hoje, às 21h45. A Imprensa São-Paulina, claro, estará lá.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não deu pra meter medo, não...

Ontem à noite começou a Libertadores para o São Paulo, com o primeiro confronto do seu grupo. Num estádio Centenário às moscas, deu-se o jogo Defensor Sporting, do Uruguai, contra América de Cali, da Colômbia.

Eita joguinho sem-vergonha, viu?

Pode ser apenas uma primeira impressão, mas, entre esses dois e o Independiente, que se classificou na repescagem para o grupo 4, eu fico com a equipe de Medellín.

De todo jeito, a partida (um magro 1 a 0 dos mandantes) renovou minhas esperanças de que o Tricolor faça uma campanha exemplar na Primeira Fase da Libertadores -- ponto de partida para decidir em casa os confrontos eliminatórios. Muricy, certamente, deve ter gostado do que viu.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Frangas subindo nas tamancas...

Ué? Engraçado como ficaram bravinhas as franguinhas da Marginal S/N. A diretoria do Curíntia divulgou nota chamando a atitude de destinar apenas 10% da carga de ingressos à torcida visitante no Morumbi de "egoísta" e "simplista". Ah, deram xilique e espernearam também. Só faltou chamarem o São Paulo de "bobo, feio e chato".

Não gostou, Andrés? Tira as calças e pisa em cima, meu filho!

"Egoísta"? Como pode ser egoísta decidir quem vai ter mais torcida no seu próprio estádio?

"Simplista"? Na verdade, é simples mesmo: o São Paulo é o dono do estádio e é quem decide como é que as coisas acontecem em sua casa -- sempre respeitando a legislação, claro. Não tem nada na lei dizendo que clássicos ensejam exceções nas regras de distribuição de ingressos ao time visitante.

Com isso, em retaliação, o Curíntia declara que não mandará mais seus jogos no Morumbi.

E daí? Não foram eles mesmos, em conluio com a Porcaria, que aprovaram a realização do jogo entre eles em Presidente Prudente, a quase 600 km de suas sedes, só para não dar dinheiro ao São Paulo com aluguel? Depois dessa, como dizer que eles estão realmente preocupados com sua torcida? É uma crise de imagem, é uma humilhação aos sem-estádio, muito mais do que uma preocupação com seus próprios seguidores.

Como torcedor, esta é a melhor notícia que eu poderia receber. Moro a pouco mais de um quilômetro do Morumbi, e uma das coisas que mais me irritava era ver a torcida dos outros ir "tomar conta" do nosso estádio. Amigos corintianos acostumados ao Velho Cícero deram-no a alcunha de "recreio dos corintianos". Well, not anymore, my friend.

Pensando como gerente do clube, talvez essa iniciativa possa ser clubística demais; afinal, corta-se uma parcela de potencial renda anual com o estádio, que viria do aluguel para os rivais.

Agora, convenhamos: quem mais tem informações para julgar se a coisa prejudica o São Paulo ou não é a própria diretoria, "mãe" da decisão. Então, quanto a isso, estou tranquilo.

E os benefícios são maiores do que os mais palpáveis (aumento de segurança e conforto para a torcida do time da casa). No mínimo, no mínimo, vai ficar mais difícil para o áudio da Globo fingir que só tem torcedor do Curíntia gritando no estádio -- elemento importante para fortalecer a imagem e a torcida do São Paulo fora de seus recantos mais próximos.

(Se bem que, depois da transmissão da final da Copa do Brasil do ano passado, no Recife, eu não duvido de mais nada dos "magos" da mixagem de áudio da tevê mais corintiana do Brasil.)

Esta diretoria, meus caros, não dá ponto sem nó. Pode-se criticá-los, sim. Mas nunca acusá-los de ingenuidade.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Vão pingando mais uns trocos...

O São Paulo hoje anunciou novos patrocinadores e parceiros com foco, sobretudo, no Mundial 2014. Segundo o clube, os acordos devem render cerca de R$ 20 milhões, dos quais R$ 12 milhões vão direto para os cofres do Tricolor. O resto representa investimento na infra-estrutura do estádio.

Os dois patrocinadores principais são a Volkswagen e o laboratório farmacêutico Aché. A primeira terá um show-room de seus automóveis no anel inferior do estádio, e a segunda terá uma ampliação de seu camarote, além de maior exposição de sua marca no Morumbi.

Os três parceiros anunciados são Unyco, Applebees e Associação Brasileira de Indústria de Hotéis. O primeiro terá um mega-camarote de luxo, no Morumbi, que renderá R$ 10 milhões ao SPFC. O segundo, além de servir seu cardápio no espaço Unyco, também pretende abrir um de seus restaurantes no anel inferior do estádio. E a Abih colocará os serviços do Morumbi em seu guia, distribuído nos hotéis conveniados.

É dinheiro bem-vindo, após o decepcionante (em vista das perspectiva pré-crise, claro) contrato de renovação com a LG pelo patrocínio master.

E POR FALAR EM TROCO... Esta vai para quem critica a tal Lei de Incentivo, que dá isenção fiscal a empresas que apoiarem projetos esportivos. O São Paulo está desenvolvendo projeto de R$ 3 milhões para dar aulas de atletismo para crianças carentes da favela Paraisópolis, localizada nas redondezas do Morumbi. O clube já conseguiu captar dois terços do investimento requerido, mostrando que a iniciativa tem grandes chances de decolar. A notícia, veiculada ontem pelo Painel FC, da Folha de S.Paulo, mostra como a lei, tão criticada, pode muito bem reverter em benefícios sociais, mesmo quando o projeto parte de um clube de futebol.

TENSÃO PRÉ-CLÁSSICO. As frangas estão esperneando com os 6.800 ingressos que o São Paulo pretende destinar à torcida visitante no jogo de domingo. Mas a velha raposa já reiterou: é assim que vai ser. E a Imprensa São-Paulina reitera: tá mais que certo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Vote NÃO ao 4-4-2!

Sinceramente não sei o que acontece com a cabeça do Muricy no começo das temporadas, parece que se esquece de tudo o que já viu em seus últimos anos no SPFC. O time não funciona bem no 4-4-2, não adianta. A defesa fica perdida, a zaga não tem cobertura e fica muuuuuito difícil encaixar jogadas pela lateral.

O que agrava mais ainda a situação é a falta de um camisa 10 de ofício e que faça a criação plena das jogadas. Embora o Hernanes seja um baita jogador, ele não é o que chamamos de "10" clássico.

O SPFC sempre primou pela solidez defensiva e a rapidez nas alas em seus anos vencedores. Quando um ala como Jorge Wágner atua como lateral, além dele ficar pregado em uma cruz na defesa da lateral-esquerda, acaba não atacando nem defendendo direito.

Mas todo ano é a mesma coisa, observamos a teimosia do Muricy. Sou admirador notório de seu trabalho e gosto muito dele como treinador. Agora, não adianta complicar, muito menos mudar o que estava dando certo.

O que adianta ter um Washington dentro da área se você não vai explorar a bola aérea que é o forte desse centroavante?

Abre o olho Muricy! A Libertadores tá batendo na porta, se estamos tendo muita dificuldade com times do Paulistinha, imagina quando enfrentarmos um ferrolho com 11 na defesa?!? É pelo alto e principalmente em jogadas da linha de fundo que exploramos melhor as características do nosso elenco atual!

Na partida de hoje, a equipe só melhorou e ganhou solidez, quando "improvisou" o Richarlyson na zaga. E olha que tínhamos o Rodrigo no banco, não sei porque não entrou.

A verdade é nua e crua, o SPFC não tem jogado bem, apresenta dificuldades e hoje levou sorte do bandeirinha ter anulado de forma errada um gol do Botafogo-SP.

Enfim, espero que na quinta, o time volte a jogar no 3-5-2 e o Muricy só "invente" 4-4-2 quando ABSOLUTAMENTE necessário, como quando o Breno/Rodrigo atuava como um "falso" lateral. Só isso.

De novo no sufoco, mais três pontos:
Botafogo-SP 1x2 São Paulo

Botafogo 1x2 São Paulo
8.fev.2009, 17h
Campeonato Paulista 2009
Santa Cruz (SP)


Não foi o que a gente queria. Aliás, não foi nem de perto o que a gente queria. Porque, de cara, deu pra perceber duas coisas. A primeira: pelo que o time correu o jogo inteiro, a parte física já não é mais o grande problema do time. A segunda: não adianta correr, se o time não cria.

Muricy decidiu entrar num 4-4-2, repetindo a experiência feita contra o Bragantino. Bosco, Zé Luis, André Dias, Miranda e Jorge Wagner; Jean, Ricky, Hernanes e Hugo; Borges e Washington.

O time começou dominando o jogo e mantendo a posse de bola, com ótima pegada. O Botafogo, acovardado, entrou com três zagueiros, e isso fez com que só o São Paulo jogasse no primeiro tempo. Infelizmente, isso não quer dizer muito, porque o setor de criação não foi bem. E o gol que fizemos -- GOLAÇO, diga-se de passagem -- foi meio que achado. Uma bola mascada que Hernanes pegou de sem-pulo na entrada da área, sem defesa.

No segundo tempo, a equipe do Botafogo veio reorganizada, e aí o 4-4-2 desmanchou. A equipe local empatou, num belo chute, e chegou a virar, mas o segundo gol foi (mal) anulado, por impedimento. Aí Muricy recuou Ricky para voltar ao 3-5-2, e o São Paulo se restabeleceu na partida.

Borges, de novo jogando bem, deu vários gols para Washington. O centroavante recém-contratado, por sinal, mostrou seu velho talento: perdeu um, dois, até que no terceiro, com assistência de Hernanes, ele acertou. 2 a 1.

Tivemos chance ainda de ampliar, e Junior Cesar entrou no lugar de Hugo, que saiu puto da vida com a substituição. Mas ficou tudo por isso mesmo e, sob ligeira pressão do Botafogo, saímos com o apertado resultado.

Ah, Hernanes conseguiu tomar o segundo amarelo, seguido de vermelho, num lance estúpido que era para ter sido gol nosso. Ironicamente, ele foi o melhor em campo.

Enquanto isso, no Pocilga Itália, a Porcaria meteu mais um sacode, desta vez no Santos. 4 a 1. Não sei como, mas os caras lá tão jogando muito.

Jogo de tricolores em Ribeirão Preto


Botafogo x SPFC
8.fev.2009, 17h
Campeonato Paulista 2009
Santa Cruz (SP)


A simpática equipe do Botafogo de Ribeirão Preto, tricolor como nós, recebe neste domingo o São Paulo. A expectativa, por parte da equipe do Morumbi, é conquistar mais uma vitória. Até agora, fora de casa, não conhecemos outro resultado.

Rogério Ceni, contundido, está fora -- situação que deve permanecer até a estreia na Libertadores. Bosco herda a posição, e André Dias, a tarja de capitão. Dagoberto sentiu dores no treinamento e fica fora da partida. Bom para Borges, que fica assegurado como titular.

O time que Muricy deve mandar a campo é este: Bosco, Renato Silva, André Dias e Miranda; Zé Luis, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Washington.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Resenha do DVD do Hexa

No fim do mês passado, tive a oportunidade de ver pela primeira vez o mais novo lançamento em DVD do São Paulo FC. Produzido pela BossaNovaFilms e distribuído pela Fox, é o primeiro a receber um tratamento realmente profissional.

Está clara a curva de aprendizado da BossaNova com esses DVDs. A empresa também foi responsável pelos documentários do Tetra e do Penta, e a evolução de uma edição para a próxima fica bem clara e se fez presente novamente com o Hexa.

Pela primeira vez, o lançamento vem com widescreen anamórfico -- característica que só faz diferença se você tiver uma TV com formato widescreen, e que portanto beneficia uma minoria dos consumidores, mas que não poderia faltar: qual é a lógica de filmar um documentário em widescreen, se a imagem vai ficar ruim numa TV widescreen? Era o que acontecia no DVD do Penta, mas não neste do Hexa.

O documentário em si é muito bom. As entrevistas com os jogadores e, sobretudo, com Muricy Ramalho valem muito a pena, e a edição está boa e fluida -- qualidade que certamente emergiu de um roteiro bem azeitado (provavelmente o maior benefício de o lançamento não ter saído logo depois do campeonato, no ano passado).

A trilha sonora também foi muito bem escolhida, imprimindo o tom certo às cenas. Só achei que faltou variedade. A mesma música toca várias vezes ao longo do documentário. A magia de uma trilha sonora de filme é saber repetir os temas nos momentos apropriados, mas sem repetir a música. Aqui, o DVD do Hexa falhou.

Outra coisa que me incomodou foi a falta de destaque para o grande feito do São Paulo -- passar 18 jogos sem perder e recuperar grande diferença de pontos para o primeiro colocado. O documentário até tenta enfatizar isso, destacando, antes de cada partida, a diferença de pontos, mas não com a ênfase necessária. E o mesmo acontece com a invencibilidade. Esse pedaço precisa ser complementado pela lembrança do telespectador, que funciona bem em 2009, mas certamente fará falta em 2019.

Aliás, uma coisa que eu também senti falta, talvez como um extra, é um programete para indicar a importância de um tricampeonato para o São Paulo. Não acho que uma história dos "quases" desmereceria o clube; pelo contrário, daria a dimensão certa da conquista da equipe. No DVD, tudo que resta são duas menções a isso: Marco Aurélio Cunha contando a história de um torcedor antigo que disse esperar esse tri desde a época de Leônidas; e Leco fazendo a pergunta que todos nós nos fizemos ao longo da caminhada rumo ao tri: "Será que não vamos conquistar este tricampeonato?"

Daria para ter feito muito mais. Com imagens históricas, mostrar todas as vezes em que o São Paulo bateu na "trave", inclusive na dolorida derrota, nos pênaltis, para o Vélez Sarsfield, na final da Libertadores de 1994.

Nos pontos a favor do documentário do Hexa estão as imagens produzidas especialmente para o DVD durante os jogos. Claramente, o São Paulo está aprendendo a documentar em vídeo a sua temporada toda, o que cria uma biblioteca de imagens mais vasta na hora de editar um documentário assim. Mas ainda há o que melhorar: temos apenas trechos de entrevistas após a conquista. Acho que seria legal, até para adicionar dramaticidade, ter entrevistas da época dos jogos. Não é possível que o São Paulo não filme suas próprias coletivas!

No segundo disco, mais de 60 minutos com todos os gols do tricampeonato. Apenas um blooper: em 2006, o vídeo diz que Inter e São Paulo foi 3 a 1 para nós; na verdade, foi 3 a 1 para eles.

As imagens, cedidas pelo PFC, têm qualidade variável. Por razões bizarras, os jogos contra o Cruzeiro parecem ter sido menos preservados...

Quanto aos extras, temos algumas entrevistas, um clipe de Rogério Ceni jogando na linha em um jogo-festa em Mato Grosso, mas o mais legal, pelo menos para mim, são os cartuns animados do pessoal do "AnimaTunes". Imperdíveis, tiram sarro dos nossos algozes na temporada 2008 e exaltam as glórias tricolores.

No fim das contas, é um produto bem-acabado, melhor que seus antecessores, e indispensável na videoteca do torcedor. Mas ainda há um longo caminho de aperfeiçoamento pela frente, até que tenhamos chegado à fórmula ideal. Espero que o São Paulo continue conquistando títulos, para que o pessoal da BossaNova siga evoluindo em suas produções!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Franguinhas só terão direito a 10% dos ingressos em clássico!

A diretoria do SPFC botou moral e anunciou que as frangas só terão direito a 10% da capacidade do Morumbi (aproximadamente 6.000 ingressos) no próximo clássico SPFC x Frangas! Haha, a torcida da franga passarinho ficará entre a Independente e o Setor Visa.

Acabou a farra de meio a meio no Morumbi! Finalmente. Clássico com mando de campo!

Boa, Juvenal!

Quando interpelado pela imprensa sobre o que a FPF e o SCCP achariam disso, o nosso presidente exclamou: "Não preciso consultar ninguém para cumprir a lei!"

Agora sim, vai começar a Libertadores!

Com o fim da repescagem, agora começa a Libertadores para valer. Confira os grupos. Em negrito, os que este blogueiro considera favoritos para passar às oitavas-de-final. O único grupo sem negritos é o 4 -- convém não secar. Será, pelo menos pela impressão inicial, o grupo mais difícil que o São Paulo enfrentará desde sua volta ao torneio, em 2004.


Grupo 1

Colo Colo (CHI)
LDU (EQU)
Palmeiras (BRA)
Sport Recife (BRA)


Grupo 2

Boca Juniors (ARG)
Deportivo Cuenca (EQU)
Deportivo Táchira (VEN)
Guaraní (PAR)


Grupo 3

Nacional (PAR)
Nacional (URU)
River Plate (ARG)
Universidad San Martín (PER)


Grupo 4 - É NÓIS!

América de Cali (COL)
Defensor Sporting (URU)
Independiente de Medellín (COL)
São Paulo FC (BRA)


Grupo 5

Cruzeiro (BRA)
Deportivo Quito (EQU)
Estudiantes (ARG)
Universitario de Sucre (BOL)


Grupo 6

Lanús (ARG)
Caracas FC (VEN)
Chivas (MEX)
Everton (CHI)


Grupo 7

Aurora (BOL)
Boyacá Chicó (COL)
Grêmio (BRA)
Universidade de Chile (CHI)


Grupo 8

Libertad (PAR)
San Lorenzo (ARG)
San Luis FC (MEX)
Universitario (PER)

São Paulo FC: uma paixão argentina!

Meu amigo Daniel Perrone (que dispensa apresentações, depois de dar vida aos dois sites são-paulinos mais visitados da internet, a SPNet e o Blog do Torcedor do SPFC) acaba de produzir uma reportagem sensacional sobre um clube argentino que tem verdadeira adoração pelo Tricolor Mais Querido do Mundo. Confira tudo sobre as aspirações e a longa história do Chacarita Juniors, clicando aqui. Imperdível!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ufa, ganhamos no Morumbi!
São Paulo 2x1 Bragantino

SPFC 2x1 Bragantino
4.fev.2009, 22h
Campeonato Paulista 2009
Público: 4 mil


O futebol praticado pelo São Paulo ontem, logo no início da partida, foi de encher os olhos. Encher os olhos de lágrimas, tão ruim que estava.

Nos primeiros minutos, o Bragantino chegava com mais presença no ataque, e antes que o time pudesse pensar, Rogério Ceni aceitou um frango que fez parecer a falha do jogo passado uma grande defesa. Bizarro mesmo, demonstrando mais uma vez que ele não tinha reais condições físicas de atuar. Tanto que, alguns minutos depois, ele voltou a sentir a contusão na coxa e teve de dar lugar a Bosco.

Com 1 a 0 no placar, de repente o 4-4-2 escalado por Muricy, que de início era temerário, passou a ser a melhor opção, em razão do recuo do time de Bragança. O time entrou em campo com Rogério Ceni, Zé Luís, Renato Silva, André Dias e Jorge Wagner; Jean, Ricky, Hernanes e Hugo; Borges e Washington, e dessa formação começaram a resultar belas jogadas pelo meio. Mas o São Paulo continuava a insistir, teimosamente, em ir pouco à linha de fundo.

Washington perdeu um gol feito, após assistência de Borges, que teria de toda forma sido anulado por impedimento. Mas logo em seguida o novo centroavante do Tricolor se redimiu, acertando um chutaço da fora da área que foi completamente fora do alcance do goleiro do Braga. Aos 34 minutos, o jogo estava empatado.

Daí por diante, entusiasmado com o gol, o São Paulo foi em definitivo para o ataque. Ao longo do segundo tempo, criou outras boas oportunidades, até André Dias, de cabeça, virar o placar. Ainda haveria tempo para Borges (em tabela com Washington) e Dagoberto (que entraria nos minutos finais, de novo em tabela com Washington) perderem gols na cara do goleiro, mas a vitória já estava selada.

Após um início muito ruim, o São Paulo acabou se acertando nos dois terços finais da partida e fez por onde conquistar sua primeira vitória no Morumbi na temporada.

Conclusões a tirar do jogo:

- O 4-4-2 é uma opção tática interessante, sobretudo se Muricy soltar a galera para avançar linha de fundo adentro (o que não acontece hoje), mas... a defesa fica muito frágil. Em pelo menos duas ocasiões o Braga tentou encaixar contra-ataques que ficaram no mano a mano com a defesa. Se a equipe do interior tivesse um pouco mais de qualidade, poderíamos ter nos encrencado. Continuo acreditando que o 3-5-2 ainda é a melhor formação para o time.

- Goste Borges ou não, Washington está cavando uma cadeira cativa no ataque do São Paulo. Na verdade, a essa altura, minha preferência é ter os dois começando o jogo. Dagoberto é excelente opção para dar velocidade e pegar a zaga cansada no segundo tempo.

- Jorge Wagner está mal de novo. Não sei se é problema físico (o jogador já tem sua idade, convenhamos), mas está na hora de experimentarmos de novo o Junior Cesar, antes que comece a Libertadores e termine a fase de "testes".

- Rogério Ceni é ídolo eterno do São Paulo, mas não é mais um garoto. Admiro a obsessão por estar sempre em campo, mas a gente vai precisar de você na Libertadores, Capitão! Se cuida aí, rapaz!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ceni Forever!

Rogério Ceni Forever!

O SPFC está prestes a anunciar a renovação de contrato do ídolo-goleiro-artilheiro-capitão-técnico-rei da preleção-embaixador-futuro presidente e eterno Rogério Ceni!

O vínculo será prorrogado até 31 de dezembro de 2012, o que fatalmente fará com que o goleiro alcance os 1000 jogos pelo clube! Quem sabe até não chegamos aos 100 gols ein capitão?

É injusto pensar que meus filhos não verão Rogério Ceni atuando em uma partida. Ele com certeza é o tipo de jogador que será lembrado por gerações e gerações tricolores. Não apenas pela lealdade com o clube e seu torcedor, mas pela sua paixão pelo tricolor e por ser um representante da torcida dentro de campo.

Para falar sobre o Rogério Ceni no SPFC, eu precisaria escrever uma bíblia. E dizer obrigado, seria muito pouco para o nosso capitão.

Portanto, Rogério Ceni, em nome de toda nação tricolor, saiba que todos esses momentos e títulos, além de estarem na história, estarão sempre em nossos corações e com certeza de nossos filhos.

Quem sabe, até lá não lançamos a "10-7-7"? hehehe!

Para apagar a má impressão


SPFC x Bragantino
4.fev.2009, 22h
Campeonato Paulista 2009
Morumbi (SP)


Três dias depois da chulapada que levou do Santo André em pleno Morumbi, o São Paulo volta ao mesmo palco para apagar a má impressão. Se os jogadores entrarem mordidos com a derrota anterior, o Bragantino pode virar sparring. Mas esta é apenas a melhor (e não a mais provável) das hipóteses.

A equipe de Bragança Paulista, apesar da má campanha, é osso duro de roer, e ninguém deve esperar moleza. Se o São Paulo jogar tudo que sabe, claro, passa fácil. Mas se o Tricolor não jogou tudo que sabe nos quatro jogos anteriores, por que pensar que vai ser no quinto que alguma coisa vai mudar?

A base do time, pelo menos, não vai mudar muito. Saem apenas Wagner Diniz (que já despontava como reserva de todo modo) e Miranda (suspenso após o cartão vermelho do último jogo), para as entradas de Zé Luis e Renato Silva. No ataque, a aposta de todos é em Borges e Washington. Se for isso mesmo, concordo com a escalação. Não que Dagol não mereça espaço entre os titulares, mas é fato que ele não está com gás para correr o jogo inteiro, e as últimas experiências mostraram que, quando ele entra no segundo tempo, pega o outro time cansado e rende muito mais.

Time provável: Rogério Ceni, Renato Silva, Rodrigo e André Dias; Zé Luis, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Washington.

Pena que o jogo deve ter um Morumbi às moscas. Marcado para as 22h de quarta-feira, só mesmo sendo Libertadores para ter bom público...

O maior jogador da história do SPFC

A pergunta é difícil, e vira-e-mexe volta a aparecer nas rodas de discussão. Os dois blogueiros desta Imprensa São-Paulina mesmo já se pegaram tendo este debate várias vezes ao longo de mais de duas décadas de torcida pelo Tricolor. Nossa discussão, ofuscada pelo sucesso do São Paulo nos últimos 20 anos, invariavelmente girava ao redor de Raí e Rogério Ceni.

Mas um torcedor ilustre do São Paulo acaba de trazer à tona um nome há muito esquecido. Dr. Catta-Preta escreveu mais um crônica sensacional, publicada no Blog do Marcello Lima (o texto, imperdível, você encontra aqui), e para ele o maior jogador da história do São Paulo FC é ninguém menos que Leônidas da Silva.

O argumento em defesa do Diamante Negro, como era conhecido Leônidas, é fortíssimo. Catta-Preta aponta que o São Paulo FC era um clube recém-fundado, caminhando aos trancos e barrancos, sem projeção de grandeza nas quatro linhas, diante de adversários temidos e tradicionais, como o antigo Palestra Itália (atual Porcaria) e o Curíntia. Em 1942, Leônidas veio para o futebol paulista por uma pequena fortuna, e muitos diziam que estava em fim de carreira. Mas foi sob sua batuta que surgiu, não mais que de repente, o "rolo compressor" Tricolor, que faturou os paulistas de 43, 45, 46, 48 e 49. Moral da história: é graças a Leônidas que o São Paulo adquiriu o respeito dos rivais e passou a ser visto como um time grande, futuramente destinado a suplantar em grandeza todos os demais. É onde começa a história vitoriosa do São Paulo, e nada do que veio depois, argumenta Catta-Preta, pode ser mais importante que isso.

Com seu texto fluente e rico, o Catta quase me convenceu. Mas temo que essa seja, na verdade, uma discussão cuja principal característica é ser interminável. Primeiro porque a primazia pode ter sua relevância, mas qual das primazias é mais importante? Leônidas trouxe o Tricolor para o mesmo patamar de Porcaria e Curíntia. Raí levou o São Paulo a igualar os feitos do Santos de Pelé. Rogério Ceni bateu todos os recordes, se tornou o maior goleiro-artilheiro do mundo, conseguiu conquistar o terceiro mundial do Tricolor e conduziu o São Paulo a um inédito tricampeonato (coisa que ninguém antes no São Paulo tinha feito), desta vez em escala nacional (coisa que ninguém de nenhum lugar tinha feito). Qual desses é mais importante?

Difícil dizer.

De toda forma, ler os textos do Catta-Preta me traz velhas lembranças. Talvez ele não se lembre, mas já estive com ele em uma ou duas ocasiões, muitos anos atrás -- jogando botão, na casa de um amigo em comum. Lá, embora sem muito sucesso no campeonato (que contou com presenças ilustres, como a do narrador e aspirante a botonista José Silvério), entrei em campo (ou em mesa, sei lá como se diz) com o que, para mim, na época, era o meu "São Paulo de todos os tempos".

A escalação do meu time de botão: Zetti, Cafu, Bellini, Dario Pereyra e Leonardo; Falcão, Gérson e Raí; Müller, Leônidas e Serginho. No banco, se eu precisasse, ainda tinha o zagueirão Oscar e o centroavante Careca.

A única ausência sentida, 15 anos depois, é Rogério Ceni. E fica uma menção honrosa para Roberto Dias. Mas fico feliz de, naquela ocasião, ter escalado Leônidas.

De toda forma, a sensação que fica é que talvez, para um clube da grandeza do São Paulo, seja impossível eleger o maior jogador de todos os tempos. A tarefa fica mais fácil (mas ainda assim bem difícil) se escalarmos, de cara, um "onze".

E aí, qual seria o seu all-star São Paulo de todos os tempos?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Eu *gosto* das coletivas do Muricy!

Nosso treinador chegou à sala de imprensa do Morumbi no domingo mais de uma hora depois do fim do jogo. Durante sua tradicional entrevista coletiva, distribuiu patadas para todo lado -- o que já é hábito do treinador, sobretudo quando o time não vai bem.

O que mudou? Parece que a imprensa (ó, como ela é santa, imaculada, né) resolveu reagir. Segundo o jornalista Marcelo Prado, a ESPN Brasil cogita fazer boicote às entrevistas do treinador, depois dos últimos maus tratos a um profissional de sua equipe no domingo passado. E a Globo decidiu dar um tapa com luva de pelica: procurou até psiquiatras para fazer uma reportagem de dicas para Muricy "curar" seu mau humor e falta de educação.

Sou jornalista, entendo a necessidade do respeito aos profissionais, mas acho que o respeito tem de ser mútuo. E quem vê as coletivas de Muricy regularmente sabe que o "mau humor" dele não é direcionado a todos os repórteres, mas apenas a alguns. Wanderley Nogueira, por exemplo (não por acaso, o melhor repórter de campo do rádio esportivo brasileiro), nunca foi destratado -- pelo menos, que eu me lembre.

E tem mais. Se o jornalista se sente no direito de fazer perguntas idiotas, por que o treinador não pode dar respostas agressivas?

O futebol é espetáculo. O jornalismo, cada dia mais (apesar de eu não gostar disso), está virando espetáculo também. E tenho que admitir que, em 90% dos casos, eu acho as respostas malcriadas do Muricy espetaculares. Dou risada. É algo que me diverte. Se os repórteres menos brilhantes pagam o pato, fazer o quê? São pagos para isso. Ninguém é pago para entrevistar somente as personalidades afáveis. Eu sou jornalista, então sinto-me bem à vontade para dizer.

Por essas e por outras, sou totalmente favorável ao estilo Muricy de ser. Quero que nosso treinador continue distribuindo patadas por muitos e muitos anos. E não estou sozinho. Enquete recente no site Estação Tricolor dá conta de que a maioria dos torcedores aprova o "tratamento" que Muricy dispensa à imprensa.

Malcriado, ranzinza, turrão... Muricy é puro carisma. E uma das razões para o seu sucesso é esse excesso de franqueza. Pois que continue assim.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Podcast: Paulistinha, ingressos e Copa 2014

Está no ar a terceira edição do Podcast Imprensa São-Paulina. Entre os assuntos debatidos estão o desempenho do São Paulo nas primeiras rodadas do Campeonato Paulista, problemas para comprar ingressos nos jogos (pra variar!), dificuldades nos principais rivais e a inspeção da Fifa ao Morumbi com vistas à Copa do Mundo de 2014.

Ouça no player abaixo ou baixe o arquivo em MP3 aqui.

Que merda, hein, seu Lacerda?
São Paulo 0x2 Santo André

São Paulo 0x2 Santo André
01.fev.2009, 17h
Campeonato Paulista 2009
Público: +14 mil


Coisa feia. Depois de uma atuação ridícula, o Tricolor perdeu uma invencibilidade de cinco meses e meio e caiu no Morumbi, diante da mediana equipe do Santo André. A imprensa, naturalmente, está em festa. O relato do jogo no Globoesporte.com, por exemplo, estampou o intertítulo: "Cadê o tri-hexa?" É por essas e outras que a Imprensa São-Paulina está aqui -- sendo francamente parciais, em favor do Tricolor, queremos equilibrar essa torcida contra que emana de todas as partes da mídia, que em geral prefere o time da Marginal S/N.

Tanto prefere que, em título de capa do mesmo Globoesporte.com, ontem, foi Marcelinho quem acabou com a invencibilidade do São Paulo. Quem viu o jogo, entretanto, não enxergou essa participação decisiva do ex-jogador em atividade. Sua maior colaboração foi perder um gol feito, cara a cara com Rogério, depois de uma bobeada da defesa.

Aliás, taí um jogo para falarmos exemplarmente sobre "bobeadas da defesa". A partida foi possivelmente a pior de Miranda com a camisa do São Paulo. Não bastasse as falhas de posicionamento, o zagueiro conseguiu ainda "cavar" a própria expulsão, num lance imbecil no meio de campo. Patético.

Como foi patética também a colaboração de Rogério Ceni no segundo e decisivo gol do Santo André -- mal colocado, fez golpe de vista e viu a bola morrer no fundo da rede. Para fazer isso, era melhor ter ficado pianinho e deixado o Bosco jogar.

O São Paulo foi a campo com Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Wagner Diniz, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington. A equipe começou num clássico 3-5-2, embolando o jogo pelo meio-campo. Num cochilo da defesa, logo no comecinho, o Santo André abriu 1 a 0. O início trágico só fez por motivar a equipe andreense a jogar nos contragolpes, como já se insinuava ser seu plano original. A equipe do ABC se fechou em copas, deixando espaços apenas pelas laterais. Mas o São Paulo insistia pelo meio, diante da inoperância completa de Wagner Diniz pela direita e, parcialmente, a de Jorge Wagner pela esquerda.

No intervalo, Muricy decidiu mexer forte na equipe. Colocou Arouca no lugar do péssimo Wagner Diniz, convertendo o 3-5-2 num 4-4-2, com Rodrigo abrindo pelo lado direito como um lateral. Apesar da alteração, o São Paulo continuou embolando pelo meio. E o Santo André "achou" o referido peru de Rogério Ceni.

Em seguida, Miranda é expulso. Com um a menos e 2 a 0 contra no placar, a sorte parecia selada. E aí, só aí, o São Paulo começou a correr. O time estava bagunçado, e Hugo, contundido, deu lugar a Borges. Por fim, Ricky entrou no lugar de Dagoberto, pregado.

Quando tudo parecia perdido, um cruzamento encontra a cabeça de Borges, que carimba o travessão. A bola quica na linha do gol e volta a campo. A jogada aumentou momentaneamente o ímpeto do São Paulo, que tinha o pivô Borges como sua arma mais perigosa. Ainda assim, nem perto de ser perigosa o suficiente para operar o milagre de buscar o empate.

No fim das contas, ficou 2 a 0 para eles mesmo, e caiu uma invencibilidade gigantesca do Tricolor. Enquanto isso, Porcaria e Curíntia venceram seus jogos na rodada e abriram vantagem na tabela.