quinta-feira, 31 de julho de 2008

Não sobe, nem sai de cima

Figueirense 1x1 SPFC
30.jul.2008, 21h50
Brasileirão 2008
Figadão (SC)


Pelo que foi o jogo, o São Paulo merecia ter vencido. Por conta de erros de arbitragem, não saiu perdendo. No fim das contas, talvez tenha sido o resultado justo. Mas ainda assim frustrante para as pretensões tricolores, que mais uma vez se vê em sexto lugar, fora do G-4, e precisando torcer contra os adversários para escalar na tabela antes do fim do primeiro turno.

É engraçado como as coisas estão acontecendo. Essa coisa de pontos corridos está fazendo com que os times visitantes fortes vão para cima na casa de seus adversários. Resultado: os mandantes começam a explorar isso e jogar no contra-golpe. Foi o que prejudicou o São Paulo, que entrou com Rogério Ceni, Éder, Aislan, André Dias e Ricky; Zé Luis, Joílson, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Aloísio. Logo aos sete minutos, num rápido contra-ataque da equipe catarinense, um cruzamento preciso, por baixo, numa zaga bagunçada resulta no primeiro gol do jogo: 1 a 0 para o Figueira.

O São Paulo sai para o ataque e perde gol atrás de gol. Aloísio perdeu pelo menos dois, um mais feito que o outro. Dagoberto teve outras chances, mas também não conseguiu marcar. Fim do primeiro tempo, e sofrimento para o torcedor são-paulino.

O segundo tempo começa no mesmo esquema do primeiro, com o São Paulo jogando em cima, e o Figueira nos contra-ataques. Só que a pressão aumentou ainda mais, quando Muricy sacou Éder para a entrada de Éder Luis. Jogando num 4-3-3 avançado, a equipe partiu para o tudo-ou-nada. E podia bem ter saído com o nada, se Hugo não acertasse um chutaço da intermediária, de curva, no ângulo do goleiro Wilson. Sensacional o gol. O placar final, nem tanto; 1 a 1. Embora tenha sido fora de casa, o São Paulo poderia ter vencido.

Mas também poderia ter perdido. No primeiro tempo, quando o placar estava 1 a 0, numa cobrança de falta, Aloísio, o terceiro homem da barreira, meteu a mão na bola. Era para ter sido pênalti, que o fraco juizão não marcou -- graças a Deus.

Então, fica tudo por isso mesmo, e vamos em frente com esse empate.

Destaques positivos da equipe tricolor: Dagoberto jogou *muito*. E, quando eu digo *muito*, é *MUITO* mesmo. Sinceramente, acho que foi uma de suas melhores, se não a melhor, apresentações no São Paulo. Pena que o jogo tenha sido de pouca expressão e ele tenha machucado o pé (tomara que não seja nada!), mas a fase parece estar boa para o nosso Dagol. E Hugo, embora não tenha sido brilhante, merece aplausos pelo chute espetacular que conquistou um pontinho para nós.

Destaques negativos: Joílson, que andava tão bem, rateou por aqui. Talvez pelo excesso de jogadores pela faixa direita do campo, com Zé Luís, Éder e o próprio se alternando. Mas o fato é que ele não acertou uma no jogo. Fraco mesmo. E Jorge Wagner também continua devendo uma barbaridade. Acorda, Jorge!

Resumo da ópera: o São Paulo vai a 27 pontos e fica três atrás do novo líder do campeonato, o Cruzeiro. Mas a distância pode aumentar se o Grêmio, que ainda não jogou, obtiver uma vitória contra o Coxa em Curitiba. Difícil, mas não impossível. Então, vamos com calma.

De toda forma, a rodada de fim de semana será também de arrepiar. O São Paulo recebe o Chubasco da Gama; já o Grêmio enfrenta o Vitória, enquanto o Flamengo recebe o Cruzeiro. A baba da rodada: a Porcaria vai a Ipatinga pegar aqueles pernas-de-pau com quem empatamos no Morumbi.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Será que agora vai?


Figueirense x SPFC
30.jul.2008, 21h50
Brasileirão 2008
Figadão (SC)


O jogo é em Figueirense, e o São Paulo ainda não engrenou verdadeiramente. Mas, dependendo de uma combinação prodigiosa de resultados, pode até virar líder hoje à noite. Se ganhar, já põe um pé no G-4.

Mas não deve ser fácil. Pelo menos Muricy poderá repetir a escalação. Acho que ele vai entrar com Rogério Ceni, Joílson, André Dias, Aislan e Ricky; Zé Luís, Jean, Jorge Wagner e Hugo; Aloísio e Dagoberto. Mas pode pintar Éder Luis. Só na hora para saber.

E é um olho no nosso jogo, outro na Porcaria contra a Urubuzada/CBF. Campeonato por pontos corridos é sensacional.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Bom não está, mas vamos que vamos

SPFC 3x1 Portuguesa
27.jul.2008, 18h10
Brasileirão 2008
Público pagante: 12 mil


Terminou a partida, e o ex-craque Muller, hoje comentarista, ouviu a pergunta: o São Paulo briga por título este ano? Acredite se quiser, a resposta dele foi que não.

Mas como, se estamos a três pontos do líder, que é o nada espetacular Grêmio?

É simples. Ele viu o jogo. E o São Paulo mais uma vez mostrou apatia para jogar bola em seus próprios domínios. Só depois de levar o susto com o gol da Lusa que o time começou a correr atrás do resultado. Uma equipe com esse espírito dificilmente conquistará o Campeonato Brasileiro.

Muricy inovou mais uma vez e barrou Juninho (aleluia!) na escalação. Entrou num 4-4-2, com Rogério Ceni, Joílson, Aislan, André Dias e Ricky; Zé Luís, Jean, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Aloísio. A equipe dominou o primeiro tempo, mas sem nenhuma vontade de fazer o gol. O controle das ações bastou ao São Paulo, e o placar terminou a etapa inicial como começou: 0 a 0.

Na volta para o segundo tempo, logo aos três minutos, na primeira chegada da Lusa, uma bobeada geral da zaga são-paulina -- a bola cruza a pequena área, nenhum zagueiro põe para longe, e Edno, de cabeça, faz o gol para os portugas. Dava, mais uma vez, toda a pinta de que o tempo ia fechar para o Tricolor.

Mas Muricy mexeu bem, tirando Jean para a entrada do veloz Éder Luis. Foi com esse time que o Tricolor buscou o empate, aos 17 minutos, com Hugo -- numa cabeçada estranha, porém certeira. Aliás, partidaça fez o Hugo; junto com Dagoberto, foi o motor da reação são-paulina. E foi de Dagol, após jogada de Hugo, que saiu o gol da virada, aos 25 minutos. Aos 40, o São Paulo fez o terceiro, um belo chute de Éder Luis da entrada da área, e sacramentou uma vitória que, 45 minutos atrás, não dava a menor pinta de que iria acontecer.

Com os resultados da rodada, ficamos fungando no cangote do G-4, e temos uma boa seqüência de jogos pela frente: Figueirense (fora), Vasco (casa), Fluminense (fora) e Goiás (casa). Enquanto isso, muitos dos que estão à frente terão de se matar entre si em confrontos diretos. Resultado: apesar de tudo, temos muitas chances de assumir a ponta do torneio ainda antes do fim do primeiro turno.

Mas... para isso, vai ter que jogar com mais vontade e determinação, sobretudo nas partidas do Morumbi.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cai o Jr.

E o Grêmio, quem diria, é o novo líder do Brasileirão. Ao ganhar fora de casa do Figueirense por 7 a 1, assumiu a ponta e deixou a urubuzada comendo poeira. Como eu queria ser uma mosquinha para ver as poucas e boas que a mulher do Caio Jr. deve estar dizendo a ele, depois de ter optado por ficar no Brasil e perder uma bolada nas Arábias, só para ser campeão no Flamengo.

Campeão? No Flamengo? Brasileiro? Pfff... bhuahuahuAHUAHUAHUA!

Pois é, com isso, a nossa distância para o líder subiu para cinco pontos. Não é pouco, mas também não é muito. E esse é o único número que interessa aos são-paulinos. Desde quando somos time de ficar mirando G-4? A meta Tricolor, sempre, é o G-1. Não estou nem aí para quem está no G-4, porque esse grupo deve ter flutuações até o final, com tantos postulantes. Hoje quem está lá amanhã não estará, e vice-versa.

Se o São Paulo ainda não inspira confiança, uma pequena lembrança do ano passado. No Brasileirão 2007, o Tricolor só assumiu a ponta após 17 rodadas. Não custa lembrar que acabamos de jogar nosso décimo-quarto jogo. Ainda tem chão, galera. É não esmorecer e fazer nossa parte nas partidas que faltam, para virar o primeiro turno no topo da tabela. Até porque vai ter muita gente tendo que se matar entre si para se manter por ali...

Vamos que vamos.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O jogo foi o que foi

Internacional 2x0 SPFC
23.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Beira-Rio (RS)


Dagoberto fez um gol legítimo, absurdamente anulado pelo bandeirinha, quando a partida estava 0 a 0, aos 22 minutos do primeiro tempo. Era o gol que colocaria o São Paulo jogando do jeito que estava armado para jogar -- no contra-golpe. Só que o juizão anulou.

E aí Juninho -- o homem em quem nunca podemos confiar -- espanou o taco e deixou uma bola na pequena área para Nilmar arrematar. O Inter fez 1 a 0 e, aí mesmo, selou o destino da partida.

A partir desse momento, o Inter embolou o meio-campo e decidiu jogar nos contra-ataques. Uma história parecida com o segundo jogo contra a Porcaria na semifinal do Paulistinha. O resultado também foi parecido: a equipe colorada fez 2 a 0 e c'est fini la contradance.

Muricy mais uma vez surpreendeu: colocou Ricky como lateral-esquerdo e montou um time no 4-4-2, com Rogério Ceni, Jancarlos, André Dias, Juninho e Ricky; Zé Luís, Joílson, Jorge Wagner e Hugo; Dagoberto e Éder Luis. Nem a entrada de Aloísio no segundo tempo ajudou muita coisa. O time criou muito pouco ofensivamente, e apesar do gol anulado injustamente o placar refletiu o que foi o jogo.

Como já se previa, o resultado não abalou as pretensões são-paulinas -- ainda mais com o empate do Flamengo com a Lusinha, e a derrota do Cruzeiro para o Goiás em casa. Ainda está tudo embolado, e agora o Inter também se junta ao pelotão de elite.

Campeonato por pontos corridos é muito bom.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Embalado, mas desfalcado


Internacional x SPFC
23.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Beira-Rio (RS)


Partida complicada essa, contra o Internacional. A equipe sul-rio-grandense nunca é fácil de enfrentar, mas desta vez será ainda mais complicado. Porque o time comandado por Tite está em franca ascensão -- é a equipe que mais pontuou nas últimas rodadas -- e precisa vencer para alimentar as chances de chegar ao topo.

Já o São Paulo, também vem embalado, mas já parando. Fez duas partidas excepcionais, contra Porcaria e Vitória, mas o último jogo foi de fraco futebol, contra o Botafogo. Três vitórias, verdade, mas num ritmo decrescente. E agora enfrentará, além dos adversários, quatro desfalques: Miranda e Borges estão machucados. Já Alex Silva e Hernanes estão com a Seleção -- e, como ficarão um bom tempo por lá, é bom que aprendamos a não depender deles para armar o time.

Meu palpite é que Muricy leva o time a campo hoje com Rogério Ceni, André Dias, Juninho e Zé Luís; Joílson, Ricky, Jorge Wagner, Hugo e Cazumba; Dagoberto e Éder Luis. Se for para jogar no contra-golpe, a formação é boa. Mas o sucesso vai depender do andar da carruagem -- mesma história que contra o Vitória.

Do lado de lá, a equipe colorada vem com muita moral. Além do bom desempenho nos últimos jogos, a torcida será apresentada a um novo reforço, trazido a peso de ouro: o argentino D'Alessandro, que estava no San Lorenzo. Parece também que Daniel Carvalho está perto do Beira-Rio. Ou seja, o que vai sobrar de meias no Inter vai faltar no Tricolor do Morumbi.

Se o São Paulo empatar, será bom resultado. Se ganhar, é muito difícil que não entre no G-4. Se perder, não será trágico. Mas diz o time que todo jogo agora é decisão e que o Tricolor buscará os três pontos. Tomara.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O copo meio cheio e o meio vazio

SPFC 2x1 Botafogo
20.jul.2008, 18h10
Brasileirão 2008
Público pagante: 17.589


Ganhamos. E, é claro, num campeonato de pontos corridos, essa é a única coisa que realmente importa. Mas não merecemos a vitória e nos vimos acuados pela horrorosa equipe do Botafogo, em pleno Morumbi.

Por que isso aconteceu? Na minha modesta opinião, Muricy escalou errado. O time entrou com Rogério Ceni, Éder, Alex Silva, André Dias e Alex Cazumba; Zé Luís, Jorge Wagner, Hernanes e Hugo; Dagoberto e Éder Luis. Um 4-4-2, sem referência de ataque, com dois velocistas abrindo pelos lados do campo no setor ofensivo.

Nada contra jogar sem centroavante -- o São Paulo glorioso de 1992 e 1993 jogava sem centroavante e ia muito bem, obrigado. O problema é que, para funcionar esse esquema, é preciso um meio-campo ágil e criativo. No time que não tem meias, não há como funcionar. Jorge Wagner, todo mundo sabe, rende muito mais na ala do que na meia. Hugo, apesar de ter melhorado muito de produção nos últimos jogos, foi terrível ontem.

Com um time sem visão de jogo e criatividade nas meias (Hernanes não funciona nessa posição, não tem jeito), fica muito difícil jogar assim -- a única jogada que funciona é a de contra-ataque. E não se pode viver de contra-ataques jogando em casa.

Depois de um abafa ilusório nos primeiros quinze minutos de jogo, em que surgiram pelo menos três chances claras de gol -- duas em escanteios --, o Botafogo adiantou sua marcação e acabou com o pouco de criação que havia no São Paulo. A equipe alvinegra passou a dominar a partida.

Foi nessas circunstâncias que Jorge Wagner (jogador que voltou a fazer boa partida, jogando mais recuado) fez um lançamento ótimo para Cazumba, que foi derrubado pelo estabanado Castillo. Era o primeiro pênalti a favor do Tricolor no campeonato. Em cobrança magistral de Rogério, 1 a 0 para nós. Àquela altura, o resultado mais justo já era o empate.

Veio o segundo tempo, e o Botafogo continuou em cima. Lúcio Flávio quase igualou o marcador numa bela jogada, tocando a bola na saída de Rogério; Alex Silva fez a cobertura e tirou de cabeça, na linha do gol.

Eis que Muricy percebeu os problemas. Primeiro, uma substituição para reorganizar a defesa: saiu Cazumba e entrou Juninho. Com isso, o São Paulo voltava a jogar no 3-5-2, com Éder ainda preso na defesa para ajudar os zagueiros. Mas não resolveu, porque a formação em campo ficou mais assemelhada a um 3-4-3, com Hugo se fixando entre os atacantes -- uma posição que dava ainda mais o meio-campo para o Botafogo.

Aí veio a substituição que deveria ter sido feita antes do início do jogo: Aloísio entrou no lugar de Éder Luis. Agora o São Paulo tinha alguém para dominar a bola e fazer o pivô, dispensando a criatividade dos meias e permitindo a ligação direta com o ataque. (É um jeito horrível de jogar, admito, mas é o que tem funcionado para o time que não tem meio-campistas à altura de outro tipo de jogo.)

O São Paulo começa a reequilibrar a partida e fazer por onde defender o resultado. Mas o futebol é caprichoso. Exatamente neste momento, aos 32 do segundo tempo, o asa-negra Carlos Alberto chuta de média distância. A bola desvia em Alex Silva e mata Rogério. O Botafogo chega ao empate.

O filme da partida já se desenhava como o do jogo contra o Ipatinga. A equipe continuava inefetiva no ataque, e o Botafogo queria a vitória. Eis que, aos 43 minutos, numa jogada que misturou determinação, espírito brigador e qualidade técnica, Jorge Wagner recebeu bola do pivozão Aloísio e acertou um belo cruzamento para Dagoberto, que de cabeça empurrou para o gol. O gol da vitória são-paulina. Injusta? Talvez. Mas o que fica é o resultado.

Com o placar, o Tricolor encostou no G-4, e apenas três pontos o separam do líder Flamengo -- que perdeu outra e parece estar em queda livre. Mas não há espaço para otimismo demasiado. Basicamente porque (1) o São Paulo continua jogando muito mal em casa e corre risco de perder mais pontos de forma besta no Morumbi; (2) Hernanes e Alex Silva vão para a Seleção olímpica e agora desfalcam o Tricolor, que terá dificuldades para se rearmar no campeonato; (3) o próximo adversário é o Internacional, que ensaia uma busca pelas primeiras colocações.

O próximo jogo, na quarta, será, sem dúvida, o mais difícil que teremos pela frente no primeiro turno. Depois de Inter, pegaremos Portuguesa (casa), Figueirense (fora), Vasco (casa), Fluminense (fora) e Goiás (casa). Acho que o objetivo terá de ser coletar 14 pontos nessa seqüência (uma vitória e dois empates fora, três vitórias em casa). Com isso, acredito que poderemos virar o turno na liderança. Mas atingir esse objetivo será tudo, menos fácil.

domingo, 20 de julho de 2008

Quem sabe agora?


SPFC x Botafogo
20.jul.2008, 18h10
Brasileirão 2008
Morumbi (SP)


Quem sabe o São Paulo voltará a fazer uma apresentação em casa no mesmo nível das que está fazendo fora de casa? Quem sabe não entremos agora no G-4, na inabalável caminhada rumo ao topo? Essas são as perguntas que, cautelosamente, ousamos nos fazer às vésperas do confronto contra o Botafogo.

O adversário, não se engane, é horrível. Horrível mesmo. Mas o Ipatinga também era, de modo que isso não garante absolutamente nada. As equipes têm muita gana de crescer para cima do Tricolor, então não surpreenderá um jogo de superação por parte da equipe alvinegra -- que inclui em seu elenco Carlos Alberto. É, aquele mesmo. Com sede de vingança, naturalmente.

Olhando para a tabela, o Botafogo não mete medo. Mas é importante lembrar que o time tem crescido de produção desde a saída de Cuca para a entrada de Ney Franco no comando técnico do grupo. Não é para considerar a partida de hoje favas contadas.

Mas... se o São Paulo jogar bem, não tem como não ganhar. Somos -- e estamos -- melhores que eles. O time deve entrar com Rogério Ceni, André Dias, Juninho e Alex Silva; Jancarlos, Zé Luís, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Aloísio. Mas não se surpreenda se Éder vier no lugar de Janca, e Éder Luis apareça no time -- Muricy adora brincar com as peças que têm à disposição.

Pena que o elenco deve ficar bem menos flexível em breve. Este jogo é a despedida -- ainda que temporária -- de Alex Silva e Hernanes, que apresentar-se-ão à Seleção para disputar os Jogos Olímpicos nos próximos dias. Vamos torcer para que seja por um breve período, embora rumores sobre a ida de ambos para o futebol europeu continuem firmes e fortes.

É isso. Vamos para cima deles, porque o próximo jogo será um pega-pra-capar: Internacional em franca evolução, lá em Porto Alegre.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Cineminha com pipoca

Sexta-feira é sempre um dia bom para pegar um cineminha. E o que não faltam são opções de bons filmes.

Confira aí as principais estréias!

Eles esperavam que pechinchas
mantivessem as finanças em ordem...

MARCELO TEIXEIRA apresenta

Um Dia a Casa Cai

Com CUCA e FÁBIO COSTA
Ele quis brincar no Brasileiro.
Agora se fodeu.

RENATO GAÚCHO em

Me Tira do Jardim de Infância

Com DODÔ e THIAGO NEVES

quinta-feira, 17 de julho de 2008

"Ô abre alas que eu quero passar!"

ÔOO ABRE ALAAAS QUE EU QUERO PASSAR!

Terminou a 12a rodada do Campeonato Brasileiro! O Tricolor venceu fora de casa está a apenas 6 pontos do líder Urubu, que foi abatido pelo Coxa nessa quinta-feira!

Além, de encostar no G-4, o SPFC visa o título e volta a luta real. Eu considero 4 times favoritos a conquista:

São Paulo
Flamengo
Palmeiras
Cruzeiro

Dos confrontos diretos com esses adversários o Tricolor levou vantagem em todos.

Venceu Fla fora de casa.
Venceu porcos em casa.
Empatou Cruzeiro fora de casa.

Esses resultados são um ótimo indicativo para as possibilidades do inédito TRI (consecutivo)!

Com uma mãozinha do destino...

Vitória 1x3 SPFC
16.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Barrosão (BA)


O São Paulo conseguiu uma vitória espetacular fora diante do Vitória e encostou no G-4. Mas só fez isso com uma ajudinha da sorte. Porque se não tivesse achado o primeiro gol antes dos 15 minutos, teria sofrido muito para tomar conta do jogo.

O começo foi difícil, com a equipe baiana trocando passes rápidos e envolventes e chegando fácil à área Tricolor. Chegou até a marcar um gol, após um cruzamento da linha de fundo -- mas o bandeira acusou saída da bola em tiro de meta antes do centro para a área, de forma que o tento foi anulado. (O ângulo da câmera não era muito bom, mas sinceramente não achei que a bola tivesse realmente saído inteira, como manda a regra.)

No primeiro lance em que o São Paulo se lançou ao ataque, a defesa do Vitória bobeia, Hugo se posiciona entre os dois zagueiros e recebe cruzamento perfeito, para testar para o fundo do gol. Com 12 minutos, 1 a 0 para nós.

Daí em diante, a coisa ficou como Muricy queria. Sem um centroavante para servir de referência no ataque, a melhor forma de atuar com os jogadores disponíveis seria cadenciar o jogo com a bola, atrair o Vitória e então sair em contra-ataques mortais, explorando a velocidade de Dagoberto e Éder Luis.

Foi exatamente o que aconteceu. A despeito dos perigosos ataques do Vitória, que encontraram em Rogério Ceni uma barreira intransponível, o São Paulo matou o jogo nos contragolpes. Primeiro com Dagoberto, que finalmente marcou o seu, e depois com Éder Luis, num golaço -- uma corrida de 50 metros, do círculo central à grande área, com direito a drible da vaca no último zagueiro e toque firme e decidido pro gol, na saída do goleiro Viafra. Se nos 2 a 0 a vitória parecia assegurada, com 3 ficou decidida.

O Vitória ainda conquistou seu gol de honra, lá pelos 45 do segundo tempo, mas foi só. Com isso, o Tricolor conquista mais uma vitória fora de casa contra um adversário direto e agora pega o Botafogo, no Morumbi, para continuar sua escalada rumo ao topo.

O time, que entrou com Rogério Ceni, Alex Silva, Juninho e Zé Luís; Joílson, Ricky, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Éder Luis, tomou uma chuva de cartões amarelos. Desses jogadores, dois ficaram suspensos para o próximo jogo: Joílson e Ricky. Em compensação, voltam da suspensão André Dias e Aloísio. Mas Muricy tem pouco tempo para colocar ordem na casa -- a próxima partida é já neste domingo.

Ah, antes que eu me esqueça de repetir: campeonato por pontos corridos é sensacional.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Frankenstein Tricolor na Bahia


Vitória x SPFC
16.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Barrosão (BA)


Na melhor tradição do Sudeste, o Tricolor exporta para a Bahia o samba-do-crioulo-doido para enfrentar um de seus rivais diretos na escalada rumo ao topo: o Vitória. Bem armada por Vagner Mancini, a equipe baiana é, sim, forte e perigosa. Já mostrou isso no campeonato, colocando-se durante várias rodadas no chamado G-4 -- principal objetivo nosso, caso o hexa não venha.

Com o time completo, já seria difícil; com meio time, mais complicado ainda. Estão fora André Dias e Aloísio, suspensos, mais Miranda e Borges, machucados. Isso complica demais na hora de montar o esquema tático, pois não há peça de reposição para o centroavante. A alternativa mais provável é a entrada de dois atacantes de movimentação para formar a frente.

Se a opção de Muricy for essa, o São Paulo deve entrar com Rogério Ceni, Alex Silva, Juninho e Zé Luís; Joílson, Hernanes, Ricky, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Éder Luis. Ruim o time não é. Mas confesso que não sei como comportar-se-á em campo com essa formação. Aliás, nem o Muricy sabe, porque não deu tempo de treinar.

Isso quer dizer o seguinte: podemos jogar bem, ou podemos jogar mal. E, levando em conta que há um adversário forte do outro lado, jogando em casa, as coisas se complicam. Mas as peças individuais do Tricolor têm qualidade. Acho que dá para ganhar. Veremos em breve.

domingo, 13 de julho de 2008

Relógio do Vandinho quebrou...

SPFC 2x1 Porcaria
13.jul.2008, 16h
Brasileirão 2008
Público pagante: 22.235


Coitado do Vandinho. Alguém precisa comprar um relógio novo para ele, porque o atual pifou aos 20 minutos do primeiro tempo do jogo de hoje. Ele disse na coletiva: "O São Paulo jogou melhor 20 minutos, e por isso mereceu vencer." Ah, vai catar coquinho, meu querido! O Tricolor jogou muuuito melhor que a Porcaria no primeiro tempo e foi também melhor que o bando de Kléber e Cia. no segundo tempo.

Lances perigosos do Palmeiras? Só de chute de longe. A equipe adversária não criou praticamente nada durante todo o jogo, e o São Paulo levou a partida como quis -- primeiro colocando correria e saindo na frente, e depois atraindo a Porcaria para dentro de seu campo para sair no contra-golpe. E nada que o Vandinho falasse ou fizesse poderia mudar esse quadro.

Como explicar o péssimo desempenho da Porcaria? Eu tenho uma tese. O Valdívia jogava com o cabelo.

Não, é sério. E nem tem a ver com histórias como a famosa lenda bíblica de Sansão, que perdeu sua força junto com suas madeixas. Mas já repararam que, depois que cortaram o cabelo dele, "el mago" só soube fazer uma mágica (a do desaparecimento)? Eu acho que ele jogava com o cabelo. Na frente dos zagueiros, enquanto gingava, o balanço daquela vasta cabeleira dava a impressão de que ele era mais ágil e malemolente que de fato era. Um que também acho que joga com o cabelo é o Ronaldinho Gaúcho. Se é verdade, não sei. Mas o Valdívia mais uma vez sumiu em campo, e sem ele a equipe porca vira um time comum.

Comum, não. Ruim. Porque, além do mau desempenho do meia chileno, os zagueiros trazidos para compor a equipe (Flintstone e Jecy) estão bem abaixo dos que antes jogavam -- Gustavo (ainda por lá) e Henrique (vendido para a Europa).

Bom para o nosso Tricolor, que entrou com o vigor típico dos clássicos e mostrou que pode mesmo evoluir no campeonato. Eu já havia gostado do desempenho da equipe no jogo contra o Náutico -- a despeito da derrota -- e agora o time me convenceu de vez. Quando quer jogar e está num dia inspirado, joga e muito.

Muricy surpreendeu e entrou com Rogério Ceni, Zé Luís, Alex Silva e André Dias; Joílson, Ricky, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. A entrada do atacante de movimentação, em lugar de Aloísio, deu mais velocidade e opção de jogo para a equipe do lado ofensivo. Quem não jogou bem (casos de Jorge Wagner e Hugo) também não comprometeu (embora não se possa perder gols como os que o "Pelé do Morumbi" perdeu na cara do Marcos), e a equipe conquistou uma vitória importantíssima.

Não que estejamos muito melhor do que estávamos antes na tabela; subimos da nona colocação para a sétima. Mas agora pelo menos dá para continuar sonhando. Para o líder Flamengo, a distância continua sendo de 9 pontos. Será que dá para chegar? A cada rodada, fica mais difícil. Porém, ainda dá tempo.

Pena que Cyborges tenha se contundido -- aliás, contusão feia do cotovelo, o braço dele, ao sair de campo, parecia uma maria-mole -- e Aloísio esteja suspenso. Para o jogo com o Vitória, na quarta, temos Dagol e Éder Luis (que entrou bem hoje e fez o gol que selou a conquista Tricolor na partida). Vai faltar um centroavante clássico. E, de novo, o jogo será de vida ou morte.

Agora é assim, a cada rodada, um jogo de vida ou morte -- até chegarmos ao G-4 e, posteriormente, à liderança do campeonato. Eu queria virar líder ao fim do primeiro turno. Será que dá tempo?

São Paulo 2x1 Porcalhada!


Saudações Tricolores!

Ah, que bela tarde de domingo ein? Nada melhor do que vencer e convencer em uma tarde ensolarada na capital paulista!

O SPFC fez um espetacular primeiro tempo e merecia ter goleado a Porcalhada, perdeu muitos gols como de costume, mas marcou logo no começo com o eterno zagueiro tricolor André Dias.

Nem parecia o time que vimos durante o último semestre que só vivia de cruzamentos. Com toque de bola refinado e muitas tabelas, o Tricolor atropelou os porquinhos que nada puderam fazer diante de um adversário tão bem armado.

Muricy foi brilhante e surpreendeu a todos escalando Dagoberto no lugar de Alóisio. Essa mudança gerou uma grande movimentação no ataque.Para incrementar o desespero porco, Zé Luís fazia o papel de Lateral Direito quando o SPFC atacava, liberando os avanços de Joílson para ser o meia armador por aquele lado.

Enfim, foi um belíssimo espetáculo Tricolor que enfim parece entrar nos trilhos para a busca bons resultados que quem sabe podem nos levar ao G4!

No segundo tempo, a porcalhada equilibrou um pouco da partida, mas por volta dos 38 minutos, Éder Luis em tabela muito bem feita com Jorge Wágner, fez o segundo do São Paulo, fechando o caixão porco.

A porcalhada ainda descontou nos acréscimos em falha da zaga tricolor em cobrança de escanteio, mas não dava tempo pra mais nada.

De lamentável nessa partida apenas a contusão no braço de Borges que parece ter sido grave. Uma pena, anda jogando muito!

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 X 1 PALMEIRAS

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 13 de julho de 2008, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Renda: R$ 583.397,00
Público: 22.235 pagantes (76 não pagantes)
Assistentes: Émerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP)
Cartões amarelos: Dagoberto (SP), Kléber (Pal), Gladstone (Pal), Alex Mineiro (Pal) e Aloísio (SP)
Gols:
SÃO PAULO: André Dias, aos sete minutos do primeiro tempo; Éder Luís, aos 38 minutos do segundo tempo.
PALMEIRAS: Jeci, aos 48 minutos do segundo tempo.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Alex Silva, André Dias e Zé Luís; Joílson (Éder), Richarlyson, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto (Éder Luís) e Borges (Aloísio)
Técnico: Muricy Ramalho.

PALMEIRAS: Marcos; Fabinho Capixaba (Evandro), Jeci, Gladstone e Leandro; Martinez, Léo Lima (Lenny), Diego Souza (Denílson) e Valdívia; Kléber e Alex Mineiro
Técnico: Wanderley Luxemburgo

Jogo de vida ou morte. De novo.


SPFC x Porcaria
13.jul.2008, 16h
Brasileirão 2008
Morumbi (SP)


Uma continha simples ajuda a explicar o drama: a Porcaria está quatro pontos na nossa frente -- e fora do G-4. Se ganharmos, continuaremos um ponto atrás deles. Ou seja, é ganhar para não cair para a segunda metade da tabela.

E o pior: é um clássico. Perder para o Palmeiras significa abalar o moral para as próximas partidas. Já vencer pode mesmo significar uma reação no campeonato.

Muitos são-paulinos dizem: ah, calma, ainda está no começo do campeonato. Não é bem assim. Já fizemos dez jogos -- mais que um quarto do campeonato. O próximo marco, em oito partidas, é o fim do primeiro turno. E os últimos anos mostraram que quem vira o primeiro turno na frente não costuma deixar a posição no segundo turno.

A reação é para ontem.

Para a missão, Muricy escalou Rogério Ceni, André Dias, Zé Luís e Alex Silva; Joílson, Ricky, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio. Miranda não joga pela contusão que sofreu nos Aflitos -- vai ficar um mês fora do time (pergunto-me se isso atrapalhará seus planos de ir para a Europa).

De resto, é o time que sempre vem jogando. Com a diferença de que temos uma renca de jogadores pendurados com dois cartões amarelos, cortesia do juizão Wagner Tardelli, que no último jogo aprontou com o Tricolor (a mando de quem, não sei, mas também é difícil imaginar alguém que queira que o São Paulo seja tricampeão brasileiro seguido).

Vamos ver se o árbitro não atrapalha hoje e conseguimos os pontos. Anote aí, quem vai apitar é Carlos Eugênio Símon, gaúcho cupincha da CBF. Pois é, o perigo está aí. Mas a diretoria do São Paulo já avisou: estamos de olho.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O terceiro nome

O zagueiro Anderson (ex-Curíntia) é virtual contratado do São Paulo FC. O acerto está quase finalizado com seu clube, o Lyon, e o jogador deve ficar por um ano no Morumbi. Dos cinco prometidos por Jesus, três já surgiram. Além do novo reforço, já estão no Morumbi o também zagueiro Rodrigo e o atacante André Lima. Os acertos dão uma pista de quem vai sair -- Miranda e Alex Silva parecem estar mesmo a caminho da Europa.

Pergunta que não quer calar: quem serão os outros dois? E haverá outros depois deles? Questionamentos que ainda vão ter de esperar o avanço da janela européia de transferências.

OS PONTOS CORRIDOS. Quem não gosta dessa fórmula de disputa não gosta de futebol. De que outra maneira eu me interessaria por jogos como Porcaria e Figueirense ou Cruzeiro e Ipatinga, realizados apenas na décima de 38 rodadas? É fantástico. E premia o melhor time. Gostava quando o São Paulo trafegava o topo da tabela e continuo gostando com o Tricolor no pelotão intermediário.

E POR FALAR NA DÉCIMA RODADA... Quando eu achava que tudo estava perdido, a Porcaria e o Cruzeiro resolveram tropeçar e mostrar a luz no fim do túnel para o Tricolor. Só esperemos que não seja o trem vindo na direção contrária...

INDEFINIÇÕES. Com o Flamengo -- rei da putaria -- na primeira posição e o Vitória da Bahia na segunda posição, das duas uma: ou é um campeonato em que só joga rubro-negro, ou o torneio está absolutamente indefinido. No caso, a alternativa correta é a segunda.

QUE VERGONHA, PORCARIA! O time que vendeu seu departamento de futebol para a Traffic e vendeu seu estádio para a WTorre não consegue nem pagar os salários dos seus jogadores. Depois de atrasar os pagamentos e ouvir uma chiadeira na imprensa, a diretoria porca correu, fez empréstimos e passou cheques para liquidar as dívidas internas. Detalhe: para quatro jogadores, os cheques não tinham fundos. E esse, senhores, é o time que faz as vezes de rival à altura do São Paulo FC no estado. Ah, faça-me o favor.

CHOQUE-REI. E, por falar nisso, é o time do Vandinho que teremos de enfrentar no domingo agora. Não sei vocês, mas eu já estou de saco cheio de maus resultados. Quem sabe agora não vira a maré para o nosso lado?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Hugo: "A sorte não está do nosso lado"

Naútico 2x1 SPFC
9.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Aflitos (PE)


O São Paulo fez um primeiro tempo de bom a muito bom, e um segundo tempo razoável. O Náutico fez dois tempos razoáveis. Mas o resultado foi 2 a 1 para o time da casa. E só foi assim porque o juizão resolveu terminar o jogo no meio de um lance que resultaria no gol de empate do Tricolor. Quando saiu de campo, Hugo disse que a sorte não tem andado com o clube nesta temporada. Sou obrigado a concordar com ele.

A apatia e a displicência que o time havia demonstrado contra o Ipatinga sumiram no jogo contra a equipe pernambucana. Mas os ecos da perda daqueles pontos ainda ressoam nos ouvidos do time e da comissão técnica. Aliás, não só daquele jogo -- de todos os pontos bestas que o São Paulo perdeu em casa. Foram eles que fizeram o resultado de ontem ser tão frustrante.

Aliás, os jogos de ontem demonstraram como empatar é ruim neste campeonato. O São Paulo perdeu. Mas, como o Flamengo empatou, a diferença entre os dois times ficou quase do mesmo tamanho -- subiu de 8 para 9. Mas, apesar disso, não se engane: a rodada terá terminado muito ruim para o Tricolor. Pois a briga pelo título, este ano, parece não estar ao alcance do time do Morumbi. A meta realista é a vaga na Libertadores 2009, e mesmo esta não parece muito simples de atingir no momento.

E pode piorar. No domingo, a partida é contra o Palmeiras, no Morumbi. Adversário direto no campeonato e no duelo de estádios pela Copa de 2014, sem falar da rivalidade transcendental das duas agremiações. Será um jogo de vida ou morte para o São Paulo. Pior: mais de morte que de vida, porque a vitória não colocará o time em posição muito melhor do que a que está, mas a derrota pode até varrer a equipe para a segunda metade da tabela.

E o jogo de ontem?

Como disse, pelo jogo em si, gostei do São Paulo. Muricy resolveu inventar moda e entrou em campo com Rogério Ceni, André Dias, Zé Luís e Miranda; Joílson, Ricky, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio. Tudo bem, pois Ricky já estava mesmo merecendo voltar à equipe titular (embora o Muricy precise ainda proibí-lo de tocar de calcanhar).

Quanto aos outros: Joílson parece finalmente adaptado ao clube e tem que ser titular. Jorge Wagner voltou a jogar bem, o que é essencial para o time. Borges e Hernanes tiveram grandes lampejos e fizeram ótimas partidas -- o artilheiro anotou o seu, graças a jogada espetacular do volante. E a melhor notícia talvez tenha vindo da defesa, que atuou sem Alex Silva desde o início e sem Miranda, que saiu contundido, praticamente todo o jogo: Juninho, André Dias e Zé Luís não comprometeram. Rogério Ceni, em minha opinião, não teve culpa nos gols -- embora haja quem discorde.

No final, foi uma boa apresentação do São Paulo, que foi "premiada" com um resultado negativo. Para mim, essa é a perfeita definição de "falta de sorte".

Um comentário final: vaias e mais vaias para o juizão Wagner Tardelli. O cara foi mal até dizer chega. Fez a perfeita atuação "Edilsão" (conforme relatada pelo próprio, ao revelar como fazia para manipular os resultados): marcou faltas inexistentes contra o São Paulo no meio-campo e distribuiu cartões amarelos a granel, quase nunca justificáveis. Estava louco para expulsar alguém. Por pouco, não conseguiu. E também não precisou, com a virada do Timbu. É verdade que acertou em lances capitais -- anulando um gol nosso e validando um deles --, mas aí os méritos vão para os auxiliares, que assinalaram corretamente.

Desilusão! Naútico 2x1 São Paulo

Uma derrota em um momento crucial do campeonato. Demoramos para engrenar e finalmente nos aproximando dos líderes, daí veio o empate com o Ipatinga, e agora a derrota para o Naútico.

O Torcedor do SPFC não quer ver o óbvio que está bem diante dos seus olhos. Não foi só a hegemonia tricolor que acabou, mas o elenco vasto e a qualidade nas peças de reposição também.

Pense bem, jogamos 21 partidas no Campeonato Paulista, 10 na Copa Libertadores e mais 10 do Campeonato Brasileiro. São 41 jogos no ano. Quantas vezes você viu o Tricolor atuar bem? Para os otimistas serão de 6 a 8 vezes. Os realistas de 2 a 4. E os pessimistas nenhuma partida.

Vamos trabalhar com 6 jogos como parâmetro 41-->6 jogos bons. É muito pouco, não concorda?

A cada 7 partidas em média, o SPFC faz um bom jogo. Onde vamos parar?

A maioria dos críticos diz que o tricolor não atuou mal hoje, talvez seja verdade. Mas falta qualidade técnica ao time e ao elenco, por isso não vence sempre que joga de forma mediana.

Faltam peças, sobra dinheiro e a diretoria joga a responsabilidade no colo do Muricy, que vive tendo que improvisar. A bola da vez hoje foi o Zé Luís, tendo que atuar na zaga.

Estou cansado, desiludido e de saco cheio desse time emperrado. Atolamos na lama desde o Paulistão e ninguém quer ver.

Sinceramente, tenho quase certeza que esse será o "ano em branco" do SPFC. Mas será por incompetência da diretoria.

Estou cansado.

Ah, e tem choque-rei no domingo, salve-se quem puder.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Jogo de vida ou morte


Náutico x SPFC
9.jul.2008, 21h45
Brasileirão 2008
Aflitos (PE)


Não vai ser fácil. Ninguém deve se iludir com os dois últimos resultados do Náutico -- derrotas para Palmeiras e Flamengo, as duas fora de casa. Em seu estádio, o time pernambucano continua forte e pode complicar a vida do São Paulo. Sobretudo se jogarmos um futebolzinho parecido com o da última rodada.

Dos titulares, Alex Silva está fora, suspenso. Deve entrar Juninho para o lugar dele -- e essa seria a minha opção, fosse eu treinador do Tricolor. O time entraria com Rogério Ceni, André Dias, Juninho e Miranda; Joílson, Zé Luís, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio.

Os dois times estão empatados, com 14 pontos, mas as nossas ambições no torneio são maiores. Ou não. Porque se perder vai ficar ainda mais difícil sonhar com o título. O torneio é longo, mas não há, por ora, razão para crer que o São Paulo tenha mais fôlego que seus principais adversários.

Enquanto isso, o cofre de Juvenal segue cheio...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Cadê os reforços?

Disse Jesus (Lopes) a seus discípulos antes da abertura da janela: haverá cinco reforços para o São Paulo. Dois já foram revelados: o atacante André Lima e o zagueiro Rodrigo. Três ainda estão por aparecer. Até agora, a coisa mais próxima de um meia aventada na imprensa foi o tal Zuñiga.

O Tricolor tem se mostrado bom de venda, mas péssimo de compra. Vamos colocar a mão no bolso, Juvenal! Mais três rodadas catastróficas e a gente não pega mais o Flamengo...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Conversa entre Juvenal e Leonardo!

(Este diálogo é fictício, qualquer semelhança será mera coincidência ou adivinhação da verdade)


Leonardo - Dirigente do AC Milan
Juvenal Juvêncio - Presidente do SPFC


Em uma tarde nublada em SP, Leonardo visita o CCT do SPFC e conversa com o mandatário tricolor.


Leonardo: Boa tarde meu caro amigo Juvenal!

Juvenal: Boa tarde meu amigo!

Leonardo: Então,juvenal... o negócio é o seguinte, vou direto ao ponto, queria contratar dois titulares atuais do spfc!

Juvenal: Ah é? Que bom, mas não pretendo vender... só saem se pagar as multas.

Leonardo: Ah, qual é Juvenal, você sabe que o mercado não funciona assim, e como você mesmo diz... o São Paulo sempre continuará "foooorrrrte".

Juvenal:Mesmo assim, a pressão está grande, o time foi mal na Libertadores, estão questionando o treinador e eu não contratei ninguém pra ele, só um catadão do botafogo, e os barrigas de aluguel que foram embora.

Leonardo: Ahhh Juvenal, você sabe que adoramos fazer negócio com você vai, você é O DONO ou não é do SPFC? Então, vende pelo menos um vai...

Juvenal: Tá bom vai... quem e por quanto?

Leonardo: O Miranda, tá bom por 10mi de euros?

Juvenal:Hmmm... não sei,vou consultar a comissão técnica.

Leonardo:Ué, mas você é o dono aqui ou não é?

Juvenal:tá bom tá bom... aceito esse valor.

Leonardo: Então, vende mais um além do Miranda vai...

Juvenal:Ah não... pra isso só dando valores muito altos.

(Nessas Leco mostrando seu brilhantismo de conhecimento futebolístico, cutuca Juvenal empolgado com o supermercado de atletas e sugere)

Leco: Psiu, Juvenal... pede o empréstimo do Kaká pra liberar algum jogador nosso.

Juvenal:Cala a boca Leco! Pára de jogar Winning eleven na concentração rapaz!

Leonardo(insiste): Liguei agora pro meu presidente, e ele ofereceu 18mi de euros pra levar o Miranda e o Hernanes.

Juvenal:Hmmm... mas eu falei pra imprensa que só o Hernanes seria 25mi de euros.

Leonardo:Mas você manda aqui ou não manda!?

Juvenal:é... eu mando.

Leonardo:Vamos fazer o seguinte, pra disfarçar eu te forneço um jogador brasileiro que está no meu elenco.

Juvenal(animado):Claro! Assim, temos um acordo. Muito bom fazer negócio com vocês!

Leonardo: eu que agradeço!

(Leonardo imediatamente liga para o telefone do presidente do Milan e diz: Enganamos de novo esses cara, nem acredito! Podemos vender o Kaká pro Chelsea que temos dois craques vindo pro Milan... e melhor, nos desfizemos daquele velho)

Logo após o final da reunião com Leonardo, Juvenal vai conversar com Muricy que saia do treino com os atletas.

Juvenal: Muricy, tenho uma grande notícia pra você! Você deu mais lucro pro clube e ainda vai ganhar um reforço!

Muricy(mal humorado): ah, já tava na hora né... ces tão de sacanagem,isso aqui é o futebóoool. Quem é que posição?

Juvenal:Lateral direito! Não era disso que você precisava? Em agosto, assinaremos com o Cafu, eles rescindiram o contrato dele por lá pra parecer que veio de graça, mas eu abati do valor do Hernanes e do Miranda! Assim, teremos o São Paulo foooorrrte!

Muricy: Ah...! Vou improvisar ele de lateral, zagueiro, volante e meia! Não sabia como era bom ter tanto lateral direito viu? Você deveria virar treinador seu juvenal!(irritado, mas puxando o saco)



Assim, o São Paulo cedeu dois atletas selecionáveis para um clube europeu. Parece até verdade né? talvez seja... tsc tsc.

Ibson: "Nem a pau, Juvenal!"

O já líder Flamengo confirma a permanência do bom volante Ibson por mais um ano na equipe carioca. Não que eu quisesse muito esse jogador, mas é fato que o São Paulo estava brigando por ele numa queda-de-braço com o time da Gávea.

Enquanto isso, Mineiro está sem time. O Hertha Berlin desencanou do volante, que pode voltar ao Brasil. Será que esse o Juvenal consegue contratar?

domingo, 6 de julho de 2008

Fala Sério Futebol Clube

SPFC 1x1 Ipatinga
6.jul.2008, 18h10
Brasileirão 2008
Público pagante: 13.421


Na boa. Não dá. Mais um empate do São Paulo em casa. Ou melhor, mais um Empatinga. Rogério Ceni, um dos poucos que se salvaram no time, falou tudo: "Time que quer ser campeão não pode empatar com o Ipatinga." Não pode mesmo.

O gol de empate da equipe mineira saiu só aos 44 minutos do segundo tempo. (Aliás, seria a consolidação da volta da "queda da chave geral" no fim do jogo, problema que tanto afligiu o Tricolor em temporadas passadas e já foi responsável pela saída da Libertadores neste ano?) Só o scout poderia passar a impressão de que o São Paulo levou azar. Na verdade, levou sorte. O Ipatinga foi mais time e poderia ter vencido a partida.

O problema principal da nossa equipe foi a displicência. Hernanes, Alex Silva e Miranda -- já vendo cifrões e mais cifrões, em vez da bola -- não jogaram absolutamente nada. Jorge Wagner repetiu as más atuações dos últimos jogos, acompanhado por Zé Luis. E Aloísio também não se encontrou no comando de ataque. O gol do São Paulo só saiu graças a uma jogada de Magic Joílson -- que, da linha, foi o melhor em campo no Tricolor -- para uma finalização de categoria de Cyborges.

O São Paulo teve chance para ampliar. Duas, na verdade, com Hugo. Mas foram desperdiçadas.

Já do lado mineiro, houve mais chances. Rogério Ceni fez pelo menos três milagres e ainda teve uma bola na trave num chute de longa distância. Mas, para coroar a má atuação da zaga são-paulina, o gol do Ipatinga saiu numa cobrança de escanteio.

E foi isso. Apesar de uma rodada até positiva para nós, com derrotas de Grêmio, Cruzeiro e Náutico, mais empate da Porcaria, não fizemos a nossa parte e seguimos estacionados na vexatória sétima colocação do torneio -- perigosos oito pontos atrás do cada vez mais líder Flamengo.

Não bastasse essa trágica situação, o Tricolor agora tem três jogos dificílimos: Náutico em Pernambuco, Porcaria no Morumbi e Vitória na Bahia. Três adversários que brigam por um espaço no topo da tabela. Vai ser um pega-pra-capar. E o time ainda não mostrou que encontrou o caminho do sucesso. Está invicto há oito jogos, mas com nada menos que cinco empates. E empate é quase perder, num campeonato de pontos corridos. A coisa não vai bem.

sábado, 5 de julho de 2008

Faxina na tabela


SPFC x Ipatinga
6.jul.2008, 18h10
Brasileirão 2008
Morumbi (SP)


O São Paulo joga contra o fraco Ipatinga e precisa dos três pontos para seguir em perseguição ao líder do Brasileirão, o Flamengo. A equipe oficial da CBF está mostrando que tem força para se manter no topo, mesmo após toda a fase "amiga" da tabela e ganhou convincentemente do Náutico por 3 a 0. O time pernambucano, por sua vez, começa a ser varrido do topo da tabela. E não deve ser o único.

A equipe do Morumbi deve entrar em campo completa, com Rogério Ceni, Alex Silva, André Dias e Miranda; Joílson, Zé Luís, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio. Há quem aposte que Ricky começa jogando. Vamos ver o que dirá Muricy amanhã.

De toda forma, precisamos vencer para manter a distância para o líder e ultrapassar um pessoal que está sendo varrido da tabela. Dá para terminar a rodada em quinto, se o Vitória também tropeçar. Aí a briga vai ficar só entre os cachorros grandes.

Mas...

Para isso, o São Paulo precisa vencer. Se perder ou empatar, acabará sendo varrido do topo da tabela e vai ficar difícil para chegar.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Por um punhado de euros

O desmanche está começando. E não só no nosso Tricolor; em todos os times. Entre os líderes que contam no Brasileirão, todos estão perdendo atletas para o exterior. Senão vejamos:

Flamengo: deve perder Ibson e possivelmente Léo Moura; Juan também é candidato a sair.

Grêmio: seu principal jogador, Roger, está indo para o futebol árabe.

Palmeiras: perdeu Henrique e Diego Cavallieri; pode perder também Kléber e Valdívia.

Cruzeiro: tem seu lateral-direito, Jonathan, na mira de clubes europeus.

São Paulo: parece ser o clube mais assediado. Embora ninguém esteja negociado, devem sair, quase com certeza, Miranda, Alex Silva e Hernanes. Ricky e Dagoberto também têm propostas.

É verdade que o Tricolor também foi o que apresentou maior movimentação para repor peças, com as chegadas de André Lima e Rodrigo, mais especulações sobre Ibson e Zuñiga, mas ainda é muito pouco, diante das perdas que virão. Mais uma vez, Juvenal ficará com o cofre cheio. Será que, desta vez, vai gastar?

Sabe Deus. Mas uma coisa é certa: o sucesso nas peças de reposição pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso no campeonato nacional.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Na F1, só dá SPFC! Hamilton é Tricolor!

Além do nosso querido Felipe Massa, líder do campeonato e piloto da Ferrari, ser torcedor do São Paulo, agora o inglês Lewis Hamilton demonstra toda a sua admiração pelo Tricolor!

Clique aqui para conferir o vídeo, cortesia do Globoesporte.com.

Show de bola! Parabéns à Reebok!

O Palestra não tira o Morumbi da Copa

Se fosse o Juvenal Juvêncio dizendo -- como de fato disse --, era uma afirmação para se desconfiar. Mas o que indica isso é o bom senso. Se o estado de São Paulo receber a partida de abertura do Mundial de 2014, ela será no Morumbi.

Basta olhar para a capacidade dos estádios que fizeram a abertura das últimas Copas.

EUA-1994 -- Soldier Field (Chicago) -- 63 mil
França-1998 -- Stade de France (Saint-Denis) -- 80 mil
Japão-Coréia-2002 -- Seoul Stadium (Seul) -- 63 mil
Alemanha-2006 -- Allianz Arena (Munique) -- 65 mil

Em 2010, o maior estádio da África do Sul será o Soccer City, com capacidade para 95 mil torcedores. O menor será o Royal Bafokeng Stadium, em Rustenburgo, que pode abrigar 42 mil pessoas -- a mesma capacidade que o novo Pocilga Itália poderá comportar após a reforma. É certo que esse estádio sul-afriano não receberá a abertura da Copa do Mundo.

Da mesma maneira, é absolutamente impossível que a Porcaria receba a abertura da Copa. Se ela vier para São Paulo, virá mesmo para o Morumbi, que poderá receber os 63 mil torcedores típicos de uma partida de abertura de Mundial.

Não é à toa que a diretoria porca tem enfatizado que quer receber a Itália (equipe que não fará o jogo inaugural da Copa de 2014) em suas dependências -- para brigar pela abertura, eles não têm a menor chance.

O alento deles é que, dentre as dez sedes escolhidas para a Copa de 2010, duas delas ficam na mesma cidade: Johanesburgo. Quem sabe eles não beliscam um joguinho para lá, apesar de o Morumbi ficar com a abertura?

A África do Sul é um país relativamente pequeno. No caso do Brasil, com tanto lobby em tantas cidades pelos jogos da Copa, será mais difícil manter duas sedes numa mesma cidade. Mas não impossível.

Agora, suponhamos que a abertura não venha para São Paulo e vá parar no Aecião, de Minas Gerais. Caso isso aconteça, Morumbi e Pocilga entrariam na briga pela sede. Os dois estando em condições de atender à Fifa, eu apostaria no estádio do Tricolor. Quem escolheria o menor, em detrimento do maior?

Hoje é dia de futebol e pipoca

Quis o destino que eu acompanhasse a final da Libertadores de 2008 sem nenhum sofrimento, com toda a tranqüilidade. O jogo é entre dois times que nunca venceram o torneio. A Liga Deportiva Universitária de Quito chega com um pouco mais de tradição -- é um time que já disputou o torneio continental diversas vezes nos últimos anos e a cada temporada subiu um pouco de produção. Com o 4 a 2 aplicado no primeiro jogo da final, pode ter atingido seu ápice. Já o Fluminense, apesar de não ter camisa e ser o azarão, chega com méritos na final e pode surpreender na decisão, disputada no Maracanazo. Eu vou assistir pela tevê, de casa, comendo minha pipoquinha. Já até separei o pacote, como se pode ver.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Começa a guerra paulista por 2014


O Conselho Deliberativo da Porcaria aprovou o contrato com a WTorre para a reforma do Pocilga Itália com o objetivo de entrar na briga para ser a sede paulista da Copa de 2014 -- vaga que, provisoriamente, está ocupada pelo Morumbi.

Tenho minhas dúvidas de que o projeto é bom para eles. Talvez a única coisa que inequivocamente soe boa para eles é que a proposta é muito ruim para nós. O Pocilga Itália, nos moldes da reforma proposta, é capaz, sim, de fazer sombra ao Velho Cícero.

Senão vejamos: o estádio passará a ter capacidade para respeitáveis 42 mil pagantes (num evento Fifa) e será completamente modernizado. Já conta com infra-estrutura de metrô ao redor e está perto de grandes vias de acesso, como a Marginal Tietê e a Av. Sumaré. Tem demanda de garagem inferior à do Morumbi, justamente por ter capacidade inferior, o que torna a acomodação dos automóveis na região mais viável. Sem falar no ar europeu que ganhará o novo Pocilga Itália, capaz de impressionar os cartolas.

Não bastasse isso, a diretoria porca tem força no lobby com as "otoridades". Isso ficou claro quando eles usaram a influência do governador de São Paulo, José Serra, para fazer a segunda semifinal do Campeonato Paulista de 2008 migrar do Morumbi para o Pocilga Itália. Diz-se também que o prefeito Gilberto Kassab -- que herdou a prefeitura do mesmíssimo José Serra, é bom lembrar -- está em vias de vetar o projeto de construção de infra-estrutura ao redor do Morumbi com vistas à Copa.

Ou seja, o tabuleiro está se armando para uma grande guerra -- pública e de bastidores -- entre os clubes do Morumbi e da Pompéia pela sede paulista da Copa. Isso, se o Curíntia não renascer das cinzas com seu projeto de estádio (que ainda está sendo ruminado dentro do clube, acredite se quiser), para complicar ainda mais a questão. Não acredito. A entrada do Pocilga Itália na briga deve polarizar a disputa, antes só na mão do São Paulo, e impedir a entrada tardia de um terceiro pleito.

Antes de discutirmos as chances do Morumbi, um lembrete sobre essa obra supostamente "sem custos" para a Porcaria. A WTorre irá reformar o estádio e, por isso, ao entregá-lo novinho em folha em 2010, terá direito a administrá-lo por 30 anos -- até 2040. Para tanto, o Pocilga terá de ser fechado no ano que vem e não poderá receber jogos da Porcaria até o fim das obras.

Ou seja:

*** O Palmeiras terá de pagar aluguel para todos os seus jogos como mandante nos próximos campeonatos, até o final da reforma;

*** O clube também terá de pagar aluguel para usar o seu próprio estádio, entre 2010 e 2040, repassando parte da renda de todas as partidas para a WTorre;

*** O Palmeiras não deve ganhar muitos tostões, caso seu reformado estádio seja mesmo escolhido sede da Copa de 2014 -- o evento cairá dentro do prazo em que a WTorre está com a posse efetiva da "arena".


A idéia é que, em 2041, a Porcaria tenha um estádio moderno e totalmente seu. Um estádio "moderno" de 30 anos atrás, é claro.

Considerando a porcaria que é o Pocilga Itália hoje, talvez nem seja uma péssima idéia. Mas é fato que o maior beneficiado por essa grandiosa obra é a WTorre -- não é à toa que ela está bancando o esforço de quase R$ 300 milhões.

E os porcos aproveitam para enfatizar o fato de que não há dinheiro público na "adequação" do estádio às exigências da Fifa.

O outro lado: Morumbi

O projeto do Morumbi foi apresentado no ano passado e envolve proposta de adequação produzida pelo arquiteto Ruy Ohtake. A apresentação foi criticada por muitos, porque não tem o visual estrambólico que costumam ter as maquetes de reforma ou construção de estádios modernos. Na verdade (e como a imagem acima mostra), ele parece apenas o bom e velho Morumbi, com uma cobertura meio simplória por cima.

Defendo que essa falta de pirotecnia é uma das forças do projeto -- o Morumbi já é um estádio bonito, embora não tenha a cara de arena européia que tem ditado moda em tempos mais recentes. E também já é grande (diferentemente do Pocilga Itália). Por isso, o trabalho do estádio tem de ser mais de adequação mesmo. Melhorar as acomodações, alinhar as saídas dos vestiários, reservar espaço adequado para os jornalistas, criar salas de entrevistas mais sofisticadas e por aí vai. Essas coisas não saltam aos olhos em maquetes, mas são o que a Fifa exige.

Essas obras de adequação seriam bancadas 100% pelo São Paulo FC, sem uso de dinheiro público. Mas só o que estiver dentro da propriedade do clube do Morumbi.

Ocorre que, para atender a todas as exigências da Fifa, é preciso criar um estacionamento gigantesco nos arredores do estádio. Ruy Ohtake também produziu esse projeto, que envolve a criação de um prédio na Praça Roberto Gomes Pedrosa, que terá, sobre si, um "jardim suspenso" e um monorail -- um trenzinho que ligará o estádio à Estação Morumbi-São Paulo do metrô, ainda em construção.

Essa parte da obra caberia ao poder público realizar.

Meia dúzia de gatos pingados, organizados como uma ONG chamada Morumbi Cidadania, resolveram atacar o São Paulo FC de todas as formas, como maneira de embargar o avanço das obras. Não com muito sucesso, é verdade. Mas a apresentação do novo projeto da Porcaria pode vir bem a calhar.

Diz-se por aí que, enquanto a turma da Turiassu se escora no apoio poderoso do governador José Serra, os lobbistas do Morumbi apostam em Marta do PT para que seu intento chegue a termo. Aparentemente, Marta deu uma ajuda para que o projeto do jardim suspenso na frente do Morumbi entrasse na lista de obras do PAC. Em troca, o clube parece disposto a ajudá-la na eleição para a prefeitura de São Paulo -- que, convenientemente, tiraria Kassab, comprometido com Serra, do cargo.

Como escreveu o Luiz Carlos Quartarollo em seu blog, fazer maquete é fácil; fazer virar estádio é muito mais complicado. Esse é um ponto em favor do Morumbi, que já está lá, gigante e facilmente adaptável às necessidades da Copa. Outro ponto que joga pelo estádio são-paulino é a capacidade. Mesmo reformado, o Pocilga só poderá ter 42 mil torcedores na Copa; o Morumbi terá capacidade para 63 mil. Se é objetivo do estado de São Paulo receber o jogo de abertura do torneio -- um evento de maior porte, envolvendo a seleção brasileira --, o estádio precisa receber mais de 42 mil pessoas.

O que faz lembrar que há uma guerra também pela abertura da Copa -- desta vez entre São Paulo e Minas Gerais --, e o governador mineiro, Aécio Neves (rival de José Serra na disputa pela Presidência da República em 2010), fará de tudo para levar este evento para Belo Horizonte. Se ele conseguir isso, o Pocilga ganhará mais força na disputa.

Como se vê, é briga de cachorro grande, e o fim ainda está longe de chegar. Vai ver que é por isso que falam tanto de "arena" pra cá, "arena" pra lá. Resta ainda saber qual dos clubes será jogado aos leões...